sábado, 17 de novembro de 2012
Créditos de Abertura
Há filmes que conseguem prender a atenção já em seus créditos iniciais. Quando essas sequências mostram um pouco de criatividade por parte dos envolvidos no projeto, isso geralmente cria alguma expectativa com relação ao que vem a seguir. Uma esperança de que o restante da produção seja igualmente interessante.
Os créditos iniciais podem até ser a melhor parte de um filme fraco ou então ser um dos vários grandes momentos de um filmaço. Esses casos podem ser vistos, respectivamente, em X-Men Origens: Wolverine e Millenium: Os Homens Que Não Amavam as Mulheres. Usando raccords e elipses, os créditos do filme-solo do mutante mostram as passagens de James Howlett (ou Logan, ou Wolverine, como preferirem) e Victor Creed por várias guerras, já valendo a incursão pelo filme, ainda que este seja bastante decepcionante (infelizmente, depois de muito tentar, não consegui incluir os créditos do filme por aqui). Enquanto isso, Os Homens Que Não Amavam as Mulheres usa seus fantásticos créditos para adiantar o mundo brutal no qual entraremos, além de apresentar um pouco a mente conturbada de sua protagonista, Lisbeth Salander. E a versão que fizeram de “Immigrant Song” é um bônus sensacional.
Em termos de mostrar de antemão um pouco do universo no qual o filme está inserido, há também os créditos de Zumbilândia, que ao som de Metallica conta com vários ataques de zumbis em slow motion, sendo que os personagens ainda interagem com os letreiros, o que acaba sendo divertido de se ver. Ou Corra Lola, Corra, que consegue apresentar seu ritmo frenético com créditos feitos em forma de desenho animado. Ou Watchmen, que mostra a ascendência e a decadência dos super-heróis (incluindo toda a história do grupo dos Minute Men) em uma sequência que dura pouco mais de cinco minutos. E a canção que a acompanha é mais do que apropriada (infelizmente, este é outro filme que não consegui os créditos).
Os créditos de Um Corpo Que Cai também são muito interessantes. O mestre Alfred Hitchcock usou essa parte de seu filme (que recentemente foi eleito o melhor filme de todos os tempos pela revista britânica Sight & Sound) para ilustrar a vertigem do protagonista interpretado por James Stewart. E a trilha composta por Bernard Hermann ajuda a criar uma atmosfera de tensão, que ainda percorrerá ao longo de quase todo o filme.
Para terminar, seria difícil não mencionar por aqui os créditos dos filmes da franquia 007, que sempre foram bastante estilizados, e a partir de 007 Contra Gondfinger ainda passaram a ter uma música-tema. Vale dizer que os créditos de 007: Operação Skyfall fazem jus aos melhores da série, lembrando um pouco a era clássica de James Bond, o que corresponde a uma das propostas do filme.
Que créditos bacanas como esses que citei (e outros que só não incluí para não deixar o post grande demais, como Homem-Aranha 2 e Seven: Os Sete Crimes Capitais) continuem sendo feitos. É sempre interessante ver um pouco de criatividade nesses momentos.
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Um comentário:
Ótima postagem.
Talvez pela minha idade...rs... fico um pouco incomodado com filmes que não tem créditos de abertura, ou melhor, colocam estes créditos apenas no final.
Até os anos noventa isto era raro, hoje é fato comum, a maioria dos longas deixam os créditos para o final.
Na sala de cinema isto é ainda pior, pois mal o filme acaba e as as pessoas já correm para a saída, sem contar os funcionários que só faltam expulsar quem deseja ver os créditos.
Abraço
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