quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Sempre ao Seu Lado

Filmes onde os protagonistas são animais são muito populares. Já vimos isso ano passado com Marley & Eu. E esse tipo de filme acaba se dedicando muito mais a duas coisas: ou a fazer rir, ou (principalmente) nos fazer chorar. Não é diferente com este filme Sempre ao seu Lado. Mas a grande diferença é que esse filme é um drama, e não uma comédia como na maioria das vezes.
Sempre ao seu Lado conta a história de amizade entre o cão Hachiko e seu dono, Parker (Richard Gere). É uma história de lealdade entre o homem e seu melhor amigo. Toda vez que Parker vai trabalhar, Hachi (como é chamado durante toda a projeção) o acompanha até a estação de trem. É assim todos os dias. Logo, Hachi fica amigo do vendedor de cachorro-quente, da dona da livraria, do funcionário da estação e de todas as pessoas que passam por lá.
É um filme que emociona, isso não se pode negar. Afinal, nós vemos a amizade daqueles dois personagens nascer e, eventualmente, morrer. E quando lembramos dos momentos especiais que aqueles dois passaram juntos, é humanamente impossível não se emocionar.
O fato de o filme ser um drama ajuda muito, pois o deixa mais humano. Sendo assim é muito mais fácil senti-lo. Ainda mais com a trilha sonora que segue perfeitamente os passos do filme. Mas o fato mais curioso é que mesmo sem falar, Hachi consegue nos “dizer” exatamente o que passa pela sua cabeça.
Quanto ao seu coadjuvante, Richard Gere, faz o seu trabalho de ator competente muito bem. Ele faz com que seu personagem ganhe o carisma do público desde de sua primeira cena. É um papel no qual nunca pensamos ver Richard Gere interpretar. Afinal, o cachorro é o protagonista.
No fim das contas, Sempre ao seu Lado é um ótimo filme para aqueles que gostam de uma história de amizade emocionante, e também para aqueles que simplesmente querem chorar. É humanamente impossível não se emocionar ao ver aquele cão. E se isso não ocorrer, você deveria ir ao médico, ver se ainda tem coração.
Cotação:

Coração Satânico

Filmes sobre cultos e rituais religiosos geralmente são muito complexos. Coração Satânico não é diferente. Dirigido por Alan Parker, em 1987, o filme contava com o astro Robert De Niro e a estrela em ascensão Mickey Rourke. E esse é o detalhe que faz de Coração Satânico um filme intrigante.
O filme se passa em 1955, e começa quando o detetive particular Harry Angel (Mickey Rourke) aceita o trabalho proposto por Louis Cyphre (Robert De Niro). O trabalho: encontrar o ex-soldado da 2ª Guerra e cantor Johnny Favorite, que simplesmente desapareceu. À medida que Angel vai descobrindo pistas e informações sobre o paradeiro de Johnny, ele se vê em meio a uma trama que envolve cultos e assassinatos.
Coração Satânico funciona muito bem como suspense. Méritos para Parker, que conseguiu dar ao filme um ritmo tenso. O problema é que depois de construir o roteiro dando pistas e fechando buracos aos poucos, ao chegar no clímax o diretor simplesmente joga o resto das cartas na mesa, fazendo com que fiquemos um pouco confusos.
Mas, o filme definitivamente não funcionaria se Parker não tivesse o protagonista certo. E é aí que chegamos em Mickey Rourke. Sua atuação no filme é tão natural que em certos momentos do filme cheguei a lembrar de Marlon Brando. E toda vez que Robert De Niro aparece e rouba a cena (em um papel importante, mas de certa forma pequeno), a estrela de Rourke nem ameaça se apagar.
No fim, Coração Satânico não é um filme que marque época ou algo do tipo, mas é um bom entretenimento para as pessoas que gostam de um filme de suspense.
Cotação:

Avatar

A última vez que vimos um filme do diretor James Cameron no cinema foi quando ele lançou ao mar a maior bilheteria da história (e um dos melhores filmes já feitos): Titanic. Doze anos se passaram, e a genialidade de Cameron volta com força total, em um filme que promete revolucionar as produções hollywoodianas: Avatar. Se fosse definir o filme em duas palavras, estas seriam brilhante e genial.
Em Avatar, Cameron nos apresenta um mundo completamente novo, um tipo de “planeta Terra em forma alienígena”. A história do filme é muito simples. No ano de 2156, o governo quer dominar as riquezas do mundo de Pandora, no qual um simples pedacinho de terra vale pelo menos um bilhão de dólares. Para tentar convencer povo Na’vi, é enviado o fuzileiro Jake Sully (Sam Worthington, o grande ator que surgiu em 2009).
A relação entre Jake e os nativos é feita através de seu avatar, que é um tipo de clone Na’vi da pessoa. Mas durante a convivência com o povo Na’vi, Sully vai compreendendo a ligação que esses seres têm com a sua terra, e ao invés de ajudar a dominá-la, resolve protegê-la. Ao mesmo tempo, ele treina para ser um deles, e acaba se apaixonando por Neytiri (Zoe Saldana, por sua vez, a grande atriz que surgiu em 2009).
O governo, não se importa com os costumes ou com a humanidade dos nativos. Não se importa nem mesmo com as mortes que podem ocorrer durante o processo de “forçar o domínio”. Podemos comparar a história de Avatar com as várias colonizações que ocorreram durante os séculos (Portugal e Brasil, Inglaterra e Escócia).
Os personagens são incríveis. Principalmente o povo Na’vi. Cameron consegue fazer com que o público e Sully aprendam sobre os nativos ao mesmo tempo. E assim como o personagem, aprendemos a respeitá-los. Pandora é um mundo sensacional. Cada imagem que aparece das paisagens faz com que fiquemos maravilhados e ainda digamos aquele famoso “UAU”.
Temos que agradecer a James Cameron por ter esperado esses doze anos para poder fazer a sua obra-prima. A tecnologia certa para faze-la não podia ter chegado em hora melhor. Avatar é simplesmente perfeito. Minha primeira experiência com filmes em 3D. Acho que comecei com o pé direito nesta nova tecnologia. Cotação:

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

500 Dias com Ela

(500) Dias com Ela não é uma comédia romântica comum. Fala sobre as pessoas que passam pelas nossas vidas para mudar o nosso jeito de ser.
O filme mostra o relacionamento de 500 dias de Tom (Joseph Gordon-Levitt, em ótima atuação) e Summer (a bela Zooey Deschanel). A história deles não é contada em ordem cronológica, mas de um modo “embaralhado” que é perfeito, por que deixa o espectador curioso para saber o que exatamente aconteceu durante o namoro dos personagens.
Também tem partes hilárias, como por exemplo, as conversas entre Tom e sua “psiquiatra” Rachel (uma menina de uns 13 anos). Ou quando Tom está bêbado e vai cantar no karaokê. Mas a parte mais engraçada é quando Tom começa a dançar, com a cidade inteira, um musical da Broadway.
Outro ponto positivo é que o filme consegue fazer com que sintamos as mesmas coisas que Tom sente durante o relacionamento. Primeiro, a felicidade. Depois, uma certa “amenização”, sinal de que o namoro já virou rotina. E por fim, a depressão profunda. Ou seja, as fases de um namoro longo, mas sem futuro. Afinal, o filme segue à risca o seu slogan de divulgação: “Garoto conhece garota. Ele se apaixona. Ela não”.
Vale a pena assistir (500) Dias com Ela diversas vezes, principalmente depois que nós (do mundo real) terminamos um namoro. Porque o filme consegue passar muito bem a sua mensagem: um dia acaba, mas, depois, tudo começa de novo e quem sabe termina com um final feliz.
Cotação: