tag:blogger.com,1999:blog-50088136886749843412024-03-29T00:30:05.662-03:00Linguagem CinéfilaThomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.comBlogger738125tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-85559332350520398352024-03-22T13:26:00.002-03:002024-03-22T13:26:26.881-03:00Ervas Secas<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDIV5prDbDGNMY221upQw6ODSZKet1EqjNxhSti_9SlZC02cYFjZuVoYQI_qEpz3M55_ICObd_EtvJ4F-aFA4WHEcLb9DvDYrNHk1VBNMvgxsM0TuTb1UK7_VN56ViiilCDVfUPlMAQ0gNDcx9EXU9mvL17azAH_Xqy1-_VfMHHOjMbML0oqfOF-hmuU0/s1359/About%20Dry%20Grasses.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1359" data-original-width="1000" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDIV5prDbDGNMY221upQw6ODSZKet1EqjNxhSti_9SlZC02cYFjZuVoYQI_qEpz3M55_ICObd_EtvJ4F-aFA4WHEcLb9DvDYrNHk1VBNMvgxsM0TuTb1UK7_VN56ViiilCDVfUPlMAQ0gNDcx9EXU9mvL17azAH_Xqy1-_VfMHHOjMbML0oqfOF-hmuU0/w191-h268/About%20Dry%20Grasses.jpg" width="191" /></a></div><div style="text-align: justify;">(Comentário escrito durante a cobertura da 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo)</div><p></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: justify;">Logo após as mais três horas de duração deste <b>Ervas Secas</b>, pairou em minha cabeça a dúvida quanto ao número de páginas que o roteiro do filme teria. Não por conta da duração, mas sim por ele contar com diálogos, diálogos, diálogos e mais diálogos (respondendo a dúvida, aparentemente o roteiro tinha mais de 500 páginas). Mas apesar de parecer, isso que falei está bem longe de ser uma crítica, já que o diretor Nuri Bilge Ceylan faz dos diálogos um dos pontos fortes do filme.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: justify;">A história mostra o professor Samet (Deniz Celiloğlu), que mora junto com seu colega Kenan (Musab Ekici) e dá aula em uma escola em Anatolia, tendo como objetivo se transferir de volta para Istambul. Mas as coisas passam a não dar muito certo quando duas alunas acusam os sujeitos de terem abusado delas. Ao mesmo tempo, Samet e Kenan conhecem Nuray (Merve Dizdar), professora que sobreviveu a um ataque terrorista e pela qual ambos passam a se interessar.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: justify;">Pela base da trama, <b>Ervas Secas</b> parece que será um filme que colocará seus personagens rumo a algum julgamento, mesmo que seja um julgamento do próprio público. Mas a verdade é que Nuri Bilge Ceylan usa isso mais como ponto de partida para o longa, que tem interesse maior em trazer Samet, Kenan e Nuray discutindo política, filosofia, suas visões de mundo, seus desejos e até sua própria existência, com os dramas pessoais dos personagens funcionando para mostrar como tudo isso se molda e pode mudar a partir de nossas vivências. E talvez <b>Ervas Secas</b> pudesse ser uma experiência maçante (afinal, grande parte do filme é composta por longos planos de personagens conversando), mas Nuri Bilge Ceylan consegue dar dinamismo a narrativa, ao passo que os diálogos se revelam brilhantes e universais.</p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: justify;">Nota:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKe4Qg0r_U_P_frOuJRWxy-Tse9_RGI_lSR7WRivIuoN6MuNvhva8mzRD40UkSSpH6m1Sd_rMQzVh-YeqdaQak6JXlnPqAgvjVRvTO5hICam-IYsmqL16YhQDgfi8XVdJoxCdMv6z3GG_7HZK8PRo0rNW6yk2zKmCeJKRMtonO8ODwCj0TIqKeCQUm6CE/s229/5%20estrelas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="229" height="42" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKe4Qg0r_U_P_frOuJRWxy-Tse9_RGI_lSR7WRivIuoN6MuNvhva8mzRD40UkSSpH6m1Sd_rMQzVh-YeqdaQak6JXlnPqAgvjVRvTO5hICam-IYsmqL16YhQDgfi8XVdJoxCdMv6z3GG_7HZK8PRo0rNW6yk2zKmCeJKRMtonO8ODwCj0TIqKeCQUm6CE/s1600/5%20estrelas.jpg" width="229" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: justify;"><br /></p>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-20883110932612290022024-01-25T15:35:00.001-03:002024-01-25T15:35:36.867-03:00Anatomia de Uma Queda(Comentário publicado originalmente durante a cobertura da 47ª Mostra de Cinema de São Paulo)<div><span style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV-_SnXMfAsT0bhEVgVhHbBIDyCqHTsOmkFfEGAqm5vfEYUlzDWV2zCa2_biQ17_9XgpRTqmzjFMt5ZRYkWJ0NetFDRa6z4Thu6oqfw-0dMGYxNxD6Mb1LvbD1iqG6RsOfM6QRYPAiUOVhQE5CbvB8IJEoWUYEXmIDJ3-VLX-KUqiCgHnsBDi0gwj5HX4/s1467/Anatomy%20of%20a%20Fall.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1467" data-original-width="1000" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV-_SnXMfAsT0bhEVgVhHbBIDyCqHTsOmkFfEGAqm5vfEYUlzDWV2zCa2_biQ17_9XgpRTqmzjFMt5ZRYkWJ0NetFDRa6z4Thu6oqfw-0dMGYxNxD6Mb1LvbD1iqG6RsOfM6QRYPAiUOVhQE5CbvB8IJEoWUYEXmIDJ3-VLX-KUqiCgHnsBDi0gwj5HX4/s320/Anatomy%20of%20a%20Fall.jpg" width="218" /></a></div></span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Se <b>Anatomia de Uma Queda </b>fosse um filme mais preocupado com a solução de seus conflitos, acho que ele não teria a força que tem. O que faz o longa brilhar é o caminho que a diretora Justine Triet monta até a linha de chegada, lembrando uma velha frase de Roger Ebert, que dizia que “Não importa sobre o que é o filme, mas sim como ele é”.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b>Anatomia de Uma Queda</b> basicamente é um drama de tribunal. Depois que seu marido Samuel (Samuel Maleski) é encontrado morto do lado de fora de casa, a escritora Sandra (Sandra Hüller) é indiciada como a principal suspeita, o que inicia uma luta nos tribunais para esclarecer o que exatamente ocorreu: assassinato ou suicídio. Isso acaba envolvendo até as lembranças do filho deficiente visual do casal, Daniel (Milo Machado-Graner), que encontrou o corpo do pai.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Logo na primeira cena do filme, Justine Triet faz algo que já diz muito sobre o que veremos. Quando Sandra é entrevistada por uma jornalista e um tópico sobre verdade e ficção surge na conversa, a diretora deixa a cena desfocada por um breve segundo, logo quando a palavra “verdade” é proferida. Coincidência ou não, ao longo do filme a verdade sobre tudo o que acontece é o que menos importa, já que nada indica um caminho claro. E é isso que torna a narrativa de Justine Triet tão admirável, nos mantendo envolvidos do início ao fim por nos fazer lidar mais com questionamentos do que propriamente com respostas, nos deixando sempre com uma pulga atrás da orelha em relação a tudo e todos e permitindo que o espectador tire suas próprias conclusões.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">No topo disso tudo temos uma Sandra Hüller em atuação digna de prêmios, tornando a protagonista uma figura multidimensional e simplesmente difícil de julgar, já que ao mesmo tempo em que ela é capaz de ser manipuladora e fria, ela também soa sincera em tudo o que diz. Já o jovem Milo Machado-Graner não fica muito atrás e surpreende ao fazer do personagem uma figura pouco confiável não tanto por sua deficiência, mas sim por conta de sua fragilidade emocional.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">A Palma de Ouro do Festival de Cannes definitivamente ficou em boas mãos.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNUQ2MI15eoNJh7vb1uqz2G4MG3DJaAIgjE9M9mLBQ7csBfXuSV1enuzSUVCumSv4ducT2YYNTAjeRXZW5j6SZ3uJB88bimRTSfUKFM-8TmvDcBxdragn8dtT5RnLz-TNXj53XQWFnkPXoSPXGttTWpRGC6jkPblBqn_jxNhBqu8axmxMHvmxmQtGxi4Q/s229/5%20estrelas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="229" height="42" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNUQ2MI15eoNJh7vb1uqz2G4MG3DJaAIgjE9M9mLBQ7csBfXuSV1enuzSUVCumSv4ducT2YYNTAjeRXZW5j6SZ3uJB88bimRTSfUKFM-8TmvDcBxdragn8dtT5RnLz-TNXj53XQWFnkPXoSPXGttTWpRGC6jkPblBqn_jxNhBqu8axmxMHvmxmQtGxi4Q/s1600/5%20estrelas.jpg" width="229" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><br /></p></div>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-52867073831650668272024-01-17T22:59:00.002-03:002024-01-17T22:59:37.134-03:00Sobreviventes: Depois do Terremoto<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg2_uiM-pWl7__I0FWB7fym1atJvjW-UG8smKuic8wLrkCs_BTGJBB5Z5jP_5WzzfZnvM5uW4EfTKp01MOvInubnPA3g70RdQkKzQbmUSR8Z-dpwo2EGAFGw6L2zsQhFhuZVnCUumXHxMiDA2lGx6zjFbiggajzV4G5Sm2LgPnb-jaj2odumUFGtW_foOw" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="755" data-original-width="511" height="338" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg2_uiM-pWl7__I0FWB7fym1atJvjW-UG8smKuic8wLrkCs_BTGJBB5Z5jP_5WzzfZnvM5uW4EfTKp01MOvInubnPA3g70RdQkKzQbmUSR8Z-dpwo2EGAFGw6L2zsQhFhuZVnCUumXHxMiDA2lGx6zjFbiggajzV4G5Sm2LgPnb-jaj2odumUFGtW_foOw=w228-h338" width="228" /></a></div>Candidato da Coreia do Sul para tentar uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar deste ano, <b>Sobreviventes: Depois do Terremoto</b> se diferencia do que poderíamos esperar de um filme-catástrofe ao evitar trazer seus personagens em constantes cenas de ação nas quais eles lutam para sobreviver a uma catástrofe natural, preferindo ao invés disso focar mais nas consequências do desastre e fazendo comentários sócio-políticos em meio ao contexto que apresenta. Escrito pelo diretor Um Tae-hwa em parceria com Lee Shin-ji, o filme tem início mostrando a grande valorização que as pessoas dão ao fato de terem onde morar, apenas para logo em seguida um absurdo terremoto mandar tudo pelos ares. Ou melhor, quase tudo, já que um condomínio conseguiu se manter intacto no meio de toda a destruição. E a partir daí passamos a acompanhar moradores do edifício, como o casal Kim Min-seong e Joo Myeong-hwa (vividos por Park Seo-joon e Park Bo-young, respectivamente), precisando se adaptar a uma nova forma de viver enquanto pessoas de fora que perderam tudo são tratadas como forasteiras, principalmente depois que Kim Yeoung-tak (Lee Byung-hung) é eleito líder do condomínio, iniciando uma espécie de utopia por ali.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhfJWDvLQ-SlKYMTaGJ3IkUTr9PSyD6HUDn0LlUd34CZ6IBr0ljcn0g_pKA-04d1LmcStxJw-MHmyp5oezWVAm7478m-1s5TMJdbE3lUONZFAy2VJ_HKDvs9kVL3f2R13-6Ubj-KWWz1tiT-7ry_0yq2ADaSHc8LLR12ho30C3PnvR-ONsktiMDbGq2glU" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="337" data-original-width="600" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhfJWDvLQ-SlKYMTaGJ3IkUTr9PSyD6HUDn0LlUd34CZ6IBr0ljcn0g_pKA-04d1LmcStxJw-MHmyp5oezWVAm7478m-1s5TMJdbE3lUONZFAy2VJ_HKDvs9kVL3f2R13-6Ubj-KWWz1tiT-7ry_0yq2ADaSHc8LLR12ho30C3PnvR-ONsktiMDbGq2glU=w400-h225" width="400" /></a></div><br />O filme procura fazer comentários e críticas sociais que são bastante pertinentes, mas o roteiro não deixa de soar um tanto básico ao abordar essas questões, de maneira que durante boa parte do filme tive a impressão de estar assistindo a algo que poderia se chamar “Sociologia Para Leigos”. Há conflitos que acabam sendo bastante previsíveis devido ao elitismo que passa a mover personagens como Kim Yeoung-tak, ao passo que muitas vezes o filme procura mostrar como o egoísmo e a hipocrisia dos moradores são fontes dos problemas que eles enfrentam. Isso é apontado sem nenhuma sutileza por Um Tae-hwa, como quando Kim Min-seong reclama que as pessoas não são mais solidárias enquanto ele próprio se esconde para consumir uma lata de pêssego para não precisar dividir, ou quando os chamados forasteiros são expulsos do condomínio e a câmera foca uma placa religiosa de “Amai-vos uns aos outros”. São detalhes que dão a impressão de que o diretor não confia muito na inteligência do espectador, martelando o máximo que pode suas mensagens a fim de deixar tudo demasiadamente esclarecido.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgB77T1fEOAKOMSQs4TIz6UkcA90gMXGusVVWlWfwtfqQuyvztgn9yYufH-8s25xaWF5DmnNflqy5jN-x_1xgNapMvkPmo9enr6aBc-r3qCjJyMh8ExJJ4A97l49B-MF9odoETcC5jdztanfV-vqqmQHQmHaEaQzdfvo7gR958gXlyvaWRvb2iHyTk5Nz0" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="383" data-original-width="681" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgB77T1fEOAKOMSQs4TIz6UkcA90gMXGusVVWlWfwtfqQuyvztgn9yYufH-8s25xaWF5DmnNflqy5jN-x_1xgNapMvkPmo9enr6aBc-r3qCjJyMh8ExJJ4A97l49B-MF9odoETcC5jdztanfV-vqqmQHQmHaEaQzdfvo7gR958gXlyvaWRvb2iHyTk5Nz0=w400-h225" width="400" /></a></div><br />No entanto, se <b>Sobreviventes</b> não capricha muito nesses quesitos, ele ao menos funciona bem como thriller, com Um Tae-hwa utilizando o que sabemos sobre os personagens e a desumanização que assola aquela comunidade para criar momentos de tensão muito eficientes. E nisso é preciso destacar também a atuação de Lee Byung-hung, que faz do líder Kim Yeoung-tak uma figura cuja presença se torna gradativamente ameaçadora, se contrapondo a delicadeza com a qual Park Bo-young interpreta Joo Myeong-hwa, que se mostra a personagem mais empática da história e que, por isso, funciona como a bússola moral do filme.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Apesar de não ser tão interessante quanto sua ambição e suas ideias, <b>Sobreviventes</b> ainda se revela uma obra eficaz, conseguindo envolver o espectador na situação de seus personagens e merecendo alguns créditos também por conseguir fugir um pouco do lugar-comum dos filmes-catástrofe, considerando que o gênero em si já é bastante engessado por fórmulas narrativas.
</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjTSbUcD_JD5o7V1NaYX7PAmmqeE16IvX4FLjkp8j7pn5gptZnB2gfaRZVaAgBbWmSQGDRnqTdUHkZDC57K92kiA4ctRjOdXo1Ru9yC8IwdRuKiLjK8uiYnsG8GD1nfWrWzZ6KDPrUTG-Jsy--Q2HKwixofZZrm4Vt8Nm4CAMYDTvXq4i_lJTbig1SsCVc" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="881" data-original-width="1566" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjTSbUcD_JD5o7V1NaYX7PAmmqeE16IvX4FLjkp8j7pn5gptZnB2gfaRZVaAgBbWmSQGDRnqTdUHkZDC57K92kiA4ctRjOdXo1Ru9yC8IwdRuKiLjK8uiYnsG8GD1nfWrWzZ6KDPrUTG-Jsy--Q2HKwixofZZrm4Vt8Nm4CAMYDTvXq4i_lJTbig1SsCVc=w400-h225" width="400" /></a></div><br /></div><div style="text-align: justify;">Nota:</div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEha6iHOFdNJ3Mud_X3rdtXiZIG2P08vMn29CNc3ASkCh7OftRHlisfHcrfW8AK0FWpiRZhc2XPNsPUIdkj1dIpULZPWWGPJzSAMnmK8HShsfBiNZ4-S3QT2oE8mcQCnfieYDEjxcLDG1Ao8jMMONO-o_wxM7DzqTU52tBMYy6NHkeP38j79WjGDIWlgJLc" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="42" data-original-width="138" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEha6iHOFdNJ3Mud_X3rdtXiZIG2P08vMn29CNc3ASkCh7OftRHlisfHcrfW8AK0FWpiRZhc2XPNsPUIdkj1dIpULZPWWGPJzSAMnmK8HShsfBiNZ4-S3QT2oE8mcQCnfieYDEjxcLDG1Ao8jMMONO-o_wxM7DzqTU52tBMYy6NHkeP38j79WjGDIWlgJLc=s16000" /></a></div><br /><br /></div>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-29369018551072513822023-12-30T20:59:00.000-03:002023-12-30T20:59:22.656-03:00Os Melhores Filmes de 2023<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiuZP8mNc4biga7zBxr6YGcXRKmJjOX_EwnxBzyh_2Cx5D2jHSB-KKcYQM41RcCfpaMEBB_KNAf-rPrlYECVFyu0NQf2iHNRQ7zsYqHZ2ra7KOx7D6YZpmwaUcscrtPdrBza2wDDuU-4tJc0F95qBSyt5-CV1geygFiyErFbzRW_2lRBJk1AsV0rZAY4o/s2976/Melhores%202023.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1276" data-original-width="2976" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiuZP8mNc4biga7zBxr6YGcXRKmJjOX_EwnxBzyh_2Cx5D2jHSB-KKcYQM41RcCfpaMEBB_KNAf-rPrlYECVFyu0NQf2iHNRQ7zsYqHZ2ra7KOx7D6YZpmwaUcscrtPdrBza2wDDuU-4tJc0F95qBSyt5-CV1geygFiyErFbzRW_2lRBJk1AsV0rZAY4o/w532-h228/Melhores%202023.jpg" width="532" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">2023 serviu para mim como uma
espécie de reconexão com o cinema. Seja por conta da pandemia ou por outros
motivos particulares, os últimos anos foram um tanto complicados para que eu
acompanhasse os filmes que eram lançados. Vi poucas coisas, escrevi menos ainda
e me vi constantemente desmotivado. Mas 2023 foi um pouco mais produtivo. Além
de ter conseguido voltar a ver mais filmes e escrito com alguma frequência,
pude cobrir o meu <b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de_31.html" target="_blank">primeiro festival de cinema</a></b> presencialmente e que foi
uma das experiências mais ricas que tive, me ajudando a confirmar algo que, por
incrível que pareça, só tive certeza recentemente: se tenho alguma função nesse
mundo, esta é escrever (lamento caso alguém não goste do que produzo, mas
realmente não pretendo parar).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Assim, me sinto confortável para
retomar a lista de melhores filmes do ano que costumo fazer nessa época, e que
deixei de publicar nos últimos anos exatamente por sentir que não vi longas o
bastante para listar e fazer um ranking. E a lista de piores filmes do ano?
Bem, essa foi descartada e não tem previsão de volta. Quem me acompanha nas
redes sociais deve ter visto um pequeno desabafo que fiz recentemente, quando
falei sobre a percepção que tenho tido em relação a listar os piores do ano.
Primeiro que muitas vezes isso acaba sendo como chutar cachorro morto,
considerando que há filmes que já são detonados o suficiente ao longo do ano. E
segundo que listar os piores do ano além de ser desnecessário ainda estimula
negativamente a ideia que o público tem de que a crítica de cinema é um guia de
consumo, alimentando a frase “se você não gostou eu não vou ver”, algo que sinceramente
tem me doído os ouvidos ultimamente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para compensar a exclusão de uma
lista, decidi que dessa vez não farei um top 10 com os melhores do ano, mas sim
um top 20, além das menções honrosas. E devo deixar claro que preferi
considerar para a lista apenas os filmes lançados comercialmente nos cinemas
brasileiros em 2023, o que fez eu deixar de fora alguns longas que vi na Mostra
de São Paulo (como <b>Anatomia de Uma Queda</b> e <b>O Mal Não Existe</b>) e que
devem entrar em cartaz oficialmente apenas no ano que vem.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sem mais delongas, vamos aos
filmes.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Primeiro, as menções honrosas (em
ordem alfabética):<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/02/a-baleia.html" target="_blank">A Baleia (The Whale)</a></span></b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">,
de Darren Aronofsky<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b>Esquema de Risco: Operação Fortune (Operation Fortune:
Ruse de Guerre)</b>, de Guy Ritchie<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Guardiões
da Galáxia: Vol. 3 (Guardians of the Galaxy: Vol. 3)</span></b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">, de James Gunn<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Jogo
Justo (Fair Play)</span></b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">,
de Chloe Dumont<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Kill
Boksoon</span></b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">, de Byun Sung-hyun<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">O
Pacto (Guy Ritchie’s The Covenant)</span></b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">, de Guy Ritchie<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b>Sisu: Uma História de Determinação (Sisu)</b>, de
Jalmari Helander<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b>Still: Ainda Sou Michael J. Fox (Still: A Michael J.
Fox Movie)</b>, de Davis Guggenheim<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/08/as-tartarugas-ninja-caos-mutante.html" target="_blank">As Tartarugas Ninja: Caos Mutante (Teenage Mutant Ninja Turtles: Mutant Mayhem)</a></b>, de Jeff Rowe<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing">Em um pequeno adendo: preciso mencionar também “<b>Long,
Long Time</b>”, o terceiro episódio de <b>The Last of Us</b> e que foi uma das
coisas mais lindas do ano.</p><p class="MsoNoSpacing"><br /></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E agora o top 20 em ordem
decrescente:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdJFj6pvdBE4P6XlGbbYPUU88HbxS-Jx3ksYu-6AFC4g0RSoCXl5gvWLWfYdMDAioBRWx5olHYwiDzgRMaScPDjj8ZyFYnOsYfKh3kchB3ydTxnofZajkN5X9F9Lxa7yteqKfmRbTfAuPw3poGrv33YmZU6IzNbuJB_vnjyYM2YnfZX_i_UTb3mXwVDB4/s1100/20%20They%20Cloned%20Tyrone.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="618" data-original-width="1100" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdJFj6pvdBE4P6XlGbbYPUU88HbxS-Jx3ksYu-6AFC4g0RSoCXl5gvWLWfYdMDAioBRWx5olHYwiDzgRMaScPDjj8ZyFYnOsYfKh3kchB3ydTxnofZajkN5X9F9Lxa7yteqKfmRbTfAuPw3poGrv33YmZU6IzNbuJB_vnjyYM2YnfZX_i_UTb3mXwVDB4/w400-h225/20%20They%20Cloned%20Tyrone.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">20) Clonaram Tyrone! (They Cloned Tyrone), de Juel
Taylor<o:p></o:p></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><br /></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOTdNw8nQZKll87ymoIMJRgo1YhrJ9LhRXiVJNOjiz8jl2w-leL4urT1NSJPOK9aubYz0FFp5Cu6HDHaDYR8tUuVHaHDcS274MutwZkW0erRU_JL13rVV79OSy9MAA3nx2tm1Txz8DeeE4ux7wa7O67_-a5o920EP_SzOIFD6YTEDbSoSs29iO-veiik4/s900/19%20Dungeons%20&%20Dragons%20-%20Honor%20Among%20Thieves.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="506" data-original-width="900" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOTdNw8nQZKll87ymoIMJRgo1YhrJ9LhRXiVJNOjiz8jl2w-leL4urT1NSJPOK9aubYz0FFp5Cu6HDHaDYR8tUuVHaHDcS274MutwZkW0erRU_JL13rVV79OSy9MAA3nx2tm1Txz8DeeE4ux7wa7O67_-a5o920EP_SzOIFD6YTEDbSoSs29iO-veiik4/w400-h225/19%20Dungeons%20&%20Dragons%20-%20Honor%20Among%20Thieves.jpg" width="400" /></a></b></div><b><span lang="EN-US"><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US">19) Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes
(Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves), de John Francis Daley e Jonathan
Goldstein</span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US"><br /></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3Zwr2UqaydrTr-iC-8OC8S9MfKF9UA7ugq8oiGrIO7oft29rrDmbCQ-0RFZ7-cCCPffcSUyyClY0Dl4Mjg2os8umhA_F41rIlu0OUhqhXt_e0fYqw_t91uXkbGtJeh4IdhvpAUu3MVSWvvePICSkzCQcMSyR-tWLKoSKoMLM1BeG9Gejcqm-M-Cu9J1k/s2902/18%20Evil%20Dead%20Rise.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1632" data-original-width="2902" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3Zwr2UqaydrTr-iC-8OC8S9MfKF9UA7ugq8oiGrIO7oft29rrDmbCQ-0RFZ7-cCCPffcSUyyClY0Dl4Mjg2os8umhA_F41rIlu0OUhqhXt_e0fYqw_t91uXkbGtJeh4IdhvpAUu3MVSWvvePICSkzCQcMSyR-tWLKoSKoMLM1BeG9Gejcqm-M-Cu9J1k/w400-h225/18%20Evil%20Dead%20Rise.jpg" width="400" /></a></b></div><p></p></span></b><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>18) <a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/04/a-morte-do-demonio-ascensao.html" target="_blank">A Morte do Demônio: A Ascensão</a> (Evil Dead Rise), de Lee Cronin<o:p></o:p></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><br /></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq3jAnfGsyzxmprTIdXCefawRni0Mq_m5ccWNfFWY1Yeta8wxPZZOVnj2XetrX_BRzIrPo_nkIed_Qwa_gCBPCweExMqXIVn1eefel4WetyUR8_ZdCiR_yFaYKKyc0eeEcqSXn1coHj9_AG0RWzUWKPS-6xNzYHpVH36S2mgKBxn9ohQrJ-E7CUWQHPeU/s1280/17%20Mission%20Impossible%20Dead%20Reckoning.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq3jAnfGsyzxmprTIdXCefawRni0Mq_m5ccWNfFWY1Yeta8wxPZZOVnj2XetrX_BRzIrPo_nkIed_Qwa_gCBPCweExMqXIVn1eefel4WetyUR8_ZdCiR_yFaYKKyc0eeEcqSXn1coHj9_AG0RWzUWKPS-6xNzYHpVH36S2mgKBxn9ohQrJ-E7CUWQHPeU/w400-h225/17%20Mission%20Impossible%20Dead%20Reckoning.jpg" width="400" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>17) <a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/07/missao-impossivel-acerto-de-contas.html" target="_blank">Missão Impossível: Acerto de Contas – Parte Um</a> (Mission Impossible: Dead Reckoning – Part
One), de Christopher McQuarrie<o:p></o:p></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><br /></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUzuuOY8GGYU4AiATEHe0UYpOdVxo0d52FIWa_dvdLKFCdGCW0CtqhzlNa3mPwVoB4kD8hQ4ZhgLJNdFQjszL9_mMok1C_beK6W_1bAUodrHrsyQMgjsu-UVwdTq8PKJDYhkMyZJcNnIwYKwc1yyflVT72qsY8kDiZYEOJohA55cFPxLUaapUOcq1sXjk/s970/16%20Propriedade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="970" height="162" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUzuuOY8GGYU4AiATEHe0UYpOdVxo0d52FIWa_dvdLKFCdGCW0CtqhzlNa3mPwVoB4kD8hQ4ZhgLJNdFQjszL9_mMok1C_beK6W_1bAUodrHrsyQMgjsu-UVwdTq8PKJDYhkMyZJcNnIwYKwc1yyflVT72qsY8kDiZYEOJohA55cFPxLUaapUOcq1sXjk/w434-h162/16%20Propriedade.jpg" width="434" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>16) Propriedade,
de Daniel Bandeira<o:p></o:p></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><br /></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh429JnglP9FLWzzM05jjXr5xN1HDI_g4TzN9Z_Fwq-s6FfeNahP4pW2Q8k2jvnnobiRhSEoUNLPMEts6BtuFnoVRmjksmODQ6_35UuA87jMLnEIwg9FagbtmRuU6s9DHW83bm35lX1k002vkvwJtfxNrhonbGafUNmypre5tLUzB7OxnjzOeX78wHIa34/s725/15%20The%20Killer.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="384" data-original-width="725" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh429JnglP9FLWzzM05jjXr5xN1HDI_g4TzN9Z_Fwq-s6FfeNahP4pW2Q8k2jvnnobiRhSEoUNLPMEts6BtuFnoVRmjksmODQ6_35UuA87jMLnEIwg9FagbtmRuU6s9DHW83bm35lX1k002vkvwJtfxNrhonbGafUNmypre5tLUzB7OxnjzOeX78wHIa34/w400-h211/15%20The%20Killer.jpg" width="400" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>15) O Assassino
(The Killer), de David Fincher<o:p></o:p></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><br /></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizdjYvdHyBG-z0C4429Qty_9aQECkFDhNiR9LDq-IiNOIPMAZjLYa59QyGRyTKQ3wDHU2kI3re91SC8JuABYN3Pss1Q1qM8OBGsHrWXTvRYkJBS_k5g69KVEAHUX3keTcB1e6pQ1QfwSz_HCTKfmsehHUe6GSEyiVj-Z6-CEGLh4PiTxn56n6EsT3dSM0/s675/14%20Ped%C3%A1gio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="675" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizdjYvdHyBG-z0C4429Qty_9aQECkFDhNiR9LDq-IiNOIPMAZjLYa59QyGRyTKQ3wDHU2kI3re91SC8JuABYN3Pss1Q1qM8OBGsHrWXTvRYkJBS_k5g69KVEAHUX3keTcB1e6pQ1QfwSz_HCTKfmsehHUe6GSEyiVj-Z6-CEGLh4PiTxn56n6EsT3dSM0/w400-h266/14%20Ped%C3%A1gio.jpg" width="400" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>14) <a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de_28.html" target="_blank">Pedágio</a>, de
Carolina Markowicz<o:p></o:p></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><br /></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWWsB5ZtK6DNRhk-r41LgN4NsegJlXBR1M2Na2quXv2M0V1EcqzSssW5dh503yfOXcwgw1793-lO_yz1nskyH75bzsrjChRCCV4QQiptQ-xB6iVhfALowrwG__toj9YgrTbUrL7HkpLBVnQjD_ilwXJK4AZ-EeihvCZHb-rngAqXCRwCJthLkWZf0apgw/s1600/13%20Afire.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWWsB5ZtK6DNRhk-r41LgN4NsegJlXBR1M2Na2quXv2M0V1EcqzSssW5dh503yfOXcwgw1793-lO_yz1nskyH75bzsrjChRCCV4QQiptQ-xB6iVhfALowrwG__toj9YgrTbUrL7HkpLBVnQjD_ilwXJK4AZ-EeihvCZHb-rngAqXCRwCJthLkWZf0apgw/w400-h225/13%20Afire.jpg" width="400" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">13) <a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de_22.html" target="_blank">Afire</a> (Roter Himmel), de Christian Petzold<o:p></o:p></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><br /></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT6QLsXSSSvwd893E5lGfp1W8g0aoCk7IGXuTJY7q0iTQb3fEm2ka6IU1vJBt1gepmMVOgQNRAmQyG_fTsDhM3CdvKTrHCoIqJWz8aixLsNyEylkOhO3iAZ0aOTG10kyAMLlHuzgZB18mR3Afwosbe8q4E6Tr9EVPOTRLb9KhYMvIVKX8lzedl4QzO0e0/s1920/12%20Triangle%20of%20Sadness.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="793" data-original-width="1920" height="165" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT6QLsXSSSvwd893E5lGfp1W8g0aoCk7IGXuTJY7q0iTQb3fEm2ka6IU1vJBt1gepmMVOgQNRAmQyG_fTsDhM3CdvKTrHCoIqJWz8aixLsNyEylkOhO3iAZ0aOTG10kyAMLlHuzgZB18mR3Afwosbe8q4E6Tr9EVPOTRLb9KhYMvIVKX8lzedl4QzO0e0/w400-h165/12%20Triangle%20of%20Sadness.jpg" width="400" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>12) Triângulo da
Tristeza (Triangle of Sadness), de Ruben Östlund<o:p></o:p></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><br /></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgldyYi9S-STXkiNb1KydQZ1QI-U9Vc5agP15yLcocN-mAlXl7H4pKM7uqjCN0PVRe8rYTe5hDaDagpq1Au5EQUN7ljk0gXd8LOUpsjrVmc1GVR2aP_8V3XzELT8fMUJmJK6-sNTyLLX_qBCE-ha1FquQDRdzaeg2c2WIecQ1lLb8QPa4IusUBSpuQKb7A/s1200/11%20Godzilla%20Minus%20One.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="675" data-original-width="1200" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgldyYi9S-STXkiNb1KydQZ1QI-U9Vc5agP15yLcocN-mAlXl7H4pKM7uqjCN0PVRe8rYTe5hDaDagpq1Au5EQUN7ljk0gXd8LOUpsjrVmc1GVR2aP_8V3XzELT8fMUJmJK6-sNTyLLX_qBCE-ha1FquQDRdzaeg2c2WIecQ1lLb8QPa4IusUBSpuQKb7A/w400-h225/11%20Godzilla%20Minus%20One.jpeg" width="400" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">11) Godzilla Minus One (Gojira Mainasu Wan), de
Takashi Yamazaki<o:p></o:p></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><br /></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUL8YOqq6zLsTshHTni_Z9Z_-2C-DM6-21uY5LOjd0BU6kBbUmN3EHM30s4FpBNpuLLx6WSorwut-U6wa9wxxnPzCQP8MuS9lc6Pem1Qiyeh1PHvxSastqK_JB1b9JP-ZHbPtBoI4wVep4j-SkTfBFz1sXgKWcZyB5spR0RAj37mCmZy8hgG5Roj9II5w/s3840/10%20The%20Fabelmans.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2160" data-original-width="3840" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUL8YOqq6zLsTshHTni_Z9Z_-2C-DM6-21uY5LOjd0BU6kBbUmN3EHM30s4FpBNpuLLx6WSorwut-U6wa9wxxnPzCQP8MuS9lc6Pem1Qiyeh1PHvxSastqK_JB1b9JP-ZHbPtBoI4wVep4j-SkTfBFz1sXgKWcZyB5spR0RAj37mCmZy8hgG5Roj9II5w/w400-h225/10%20The%20Fabelmans.jpeg" width="400" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>10) Os Fabelmans
(The Fabelmans), de Steven Spielberg<o:p></o:p></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><br /></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwrI909JgLbcuFuel_pi6oKBYFrWWDWoMG5LLAjnjM1jRLI3QBFOz-rfqLPzXz9mgugyhOf8u83evyDvgUqio9Dh1e1A5d97omwYeY9TNs0v8vLXJxNrf0a-Ykm2zkXUSkXzTEjcXeuPUSsgoEZzwR4DgYHrGyPInVSUJbib_FdtM9FviHxc6lQNidMzY/s736/9%20Spider-Man%20Across%20the%20Spider-Verse.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="414" data-original-width="736" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwrI909JgLbcuFuel_pi6oKBYFrWWDWoMG5LLAjnjM1jRLI3QBFOz-rfqLPzXz9mgugyhOf8u83evyDvgUqio9Dh1e1A5d97omwYeY9TNs0v8vLXJxNrf0a-Ykm2zkXUSkXzTEjcXeuPUSsgoEZzwR4DgYHrGyPInVSUJbib_FdtM9FviHxc6lQNidMzY/w400-h225/9%20Spider-Man%20Across%20the%20Spider-Verse.jpg" width="400" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>9) Homem-Aranha:
Através do Aranhaverso (Spider-Man: Across the Spider-Verse), de Joaquim Dos
Santos, Justin K. Thompson e Kemp Powers<o:p></o:p></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><br /></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm-iSTbyTPqkxxhoNS3EpnVGqhCj0b9fUIMQVcTLpdLubIA4YLDSaPfLbbdy3Yianl7BcwYG-ANtgtE5Q56STc2X2zvDLHV5YE58JqIHyFKxs_-GjDT22E_r6yWfh2-DATPdAE6TOAe94oVcN2AQ51ieQAwsGLtVaizvA-c9gtrNDWJzbcZIvZyYqr-qA/s1100/8%20Decision%20to%20Leave.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="550" data-original-width="1100" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm-iSTbyTPqkxxhoNS3EpnVGqhCj0b9fUIMQVcTLpdLubIA4YLDSaPfLbbdy3Yianl7BcwYG-ANtgtE5Q56STc2X2zvDLHV5YE58JqIHyFKxs_-GjDT22E_r6yWfh2-DATPdAE6TOAe94oVcN2AQ51ieQAwsGLtVaizvA-c9gtrNDWJzbcZIvZyYqr-qA/w400-h200/8%20Decision%20to%20Leave.jpg" width="400" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>8) Decisão de
Partir (Heojil Kyolshim), de Park Chan-wook<o:p></o:p></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><br /></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnBKmjEXaVW9h63HRjvQM7tQXw15-4bPMiZXEi2Bg-5qeUPzMpnybSoy797e39delZiFaeMsyJbEuUgbtVk05XfY_4FzJFR-Nt15whTD6BE9tUnj7n-LQUgX_vZMvRUnCgo0JE7xblLj1AFm7DScTD4AvzPw-c3Glo2v2ODIcJz0ZQy24SrcnKgdyfHD4/s2560/7%20The%20Banshees%20of%20Inisherin.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1441" data-original-width="2560" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnBKmjEXaVW9h63HRjvQM7tQXw15-4bPMiZXEi2Bg-5qeUPzMpnybSoy797e39delZiFaeMsyJbEuUgbtVk05XfY_4FzJFR-Nt15whTD6BE9tUnj7n-LQUgX_vZMvRUnCgo0JE7xblLj1AFm7DScTD4AvzPw-c3Glo2v2ODIcJz0ZQy24SrcnKgdyfHD4/w400-h225/7%20The%20Banshees%20of%20Inisherin.jpg" width="400" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">7) <a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/01/os-banshees-de-inisherin.html" target="_blank">Os Banshees de Inisherin</a> (The Banshees of
Inisherin), de Martin McDonagh<o:p></o:p></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><br /></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOlwEeLSpCC9KzrVGBnvYiLtKtNie1xeuUbGD2gI0M6RoKVrOE9YGJ15CkpjlUhmFGgMV5UOKBFkhmdpFTVW32fMruPapJ16TlHInRLycxMn2foxrNBJhr4mgho4Z0S6tMbFckmkqFOlVAVIYNSt4TDooBg_U-4qDC2lvMksTFijli6rHiYOrT2cvyTrc/s1440/6%20John%20Wick%204.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="1440" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOlwEeLSpCC9KzrVGBnvYiLtKtNie1xeuUbGD2gI0M6RoKVrOE9YGJ15CkpjlUhmFGgMV5UOKBFkhmdpFTVW32fMruPapJ16TlHInRLycxMn2foxrNBJhr4mgho4Z0S6tMbFckmkqFOlVAVIYNSt4TDooBg_U-4qDC2lvMksTFijli6rHiYOrT2cvyTrc/w400-h266/6%20John%20Wick%204.jpg" width="400" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">6) <a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/03/john-wick-4-baba-yaga.html" target="_blank">John Wick 4: Baba Yaga</a> (John Wick: Chapter
4), de Chad Stahelski<o:p></o:p></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><br /></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM94qq9lGm8sYiGMA9pd6fnVT4WfDed9LSH3iTiJNeBLpYUl_nWVDu1jSny88Gr6GvQ-V_7YheyysnxU8J1CmqhGiWzmayq2kp3WlqpqWrfTOcgRWUPOt8EvW1v6jTPyx1h-KVwyhOLJPG1Er_Ridx-HvFH5QNzUo2RX9FgvCBd6CtTYvZwrh4BVqQDts/s4100/5%20T%C3%A1r.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2306" data-original-width="4100" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM94qq9lGm8sYiGMA9pd6fnVT4WfDed9LSH3iTiJNeBLpYUl_nWVDu1jSny88Gr6GvQ-V_7YheyysnxU8J1CmqhGiWzmayq2kp3WlqpqWrfTOcgRWUPOt8EvW1v6jTPyx1h-KVwyhOLJPG1Er_Ridx-HvFH5QNzUo2RX9FgvCBd6CtTYvZwrh4BVqQDts/w400-h225/5%20T%C3%A1r.jpg" width="400" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">5) Tár, de Todd Field<o:p></o:p></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><br /></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0c-5bbHZCvfgi9dTOB03-uXp7jinrTHkdg50ZcmqS5yu0NxIO_syfMHpNKKsPgXrnvrS_CGS8Z63bKvcz073zIPjhWINBC86TR01jLAMVysO8kFL7eoBz3MpLAliqh7gyB1fMwFscaLazlRqQ0ZU7scVhbBk5ODkfIkQ4ZisoBroRzmQ2sXLtRKqTFno/s1200/4%20Oppenheimer.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="675" data-original-width="1200" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0c-5bbHZCvfgi9dTOB03-uXp7jinrTHkdg50ZcmqS5yu0NxIO_syfMHpNKKsPgXrnvrS_CGS8Z63bKvcz073zIPjhWINBC86TR01jLAMVysO8kFL7eoBz3MpLAliqh7gyB1fMwFscaLazlRqQ0ZU7scVhbBk5ODkfIkQ4ZisoBroRzmQ2sXLtRKqTFno/w400-h225/4%20Oppenheimer.jpeg" width="400" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">4) <a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/07/barbie-vs-oppenheimer-o-fenomeno.html" target="_blank">Oppenheimer</a>, de Christopher Nolan<o:p></o:p></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><br /></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixZp4v3aPW57mA4oG4MsmXRGN55Eno6kA6THh7j6gXjEatA4CTOUk_yhmgi3IxyBwkQPVZIjWJlgGUJtd-0uOP01CskepZnHZn5DQiVGea81TalJJJDkVkPk7PmemkQ1FO7tg47zPWNo_YsamIu6WqZ22HOBDsy3MeZW0oNNCJIcNmbiXyMtkGmY-LhTI/s1140/3%20Barbie.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="760" data-original-width="1140" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixZp4v3aPW57mA4oG4MsmXRGN55Eno6kA6THh7j6gXjEatA4CTOUk_yhmgi3IxyBwkQPVZIjWJlgGUJtd-0uOP01CskepZnHZn5DQiVGea81TalJJJDkVkPk7PmemkQ1FO7tg47zPWNo_YsamIu6WqZ22HOBDsy3MeZW0oNNCJIcNmbiXyMtkGmY-LhTI/w400-h266/3%20Barbie.jpg" width="400" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">3) <a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/07/barbie-vs-oppenheimer-o-fenomeno.html" target="_blank">Barbie</a>, de Greta Gerwig<o:p></o:p></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><br /></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyr8yecFg9utv62EdjVX7N3cVUOLGz1Q2nBYM1GWIPu6ECBlQKq57PNJjuskvN0og_bV8PUo753EwWXqI9UvVoBN-rn58N_9LL_UmqqHCny7hOyum5h6BvZMKpiqU3ebREPausjT6W291dqdP723-2xbTSzj8R5I84Rr8fOSc7hPhdqAkaoKTejMpeqic/s1280/2%20Retratos%20Fantasmas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="648" data-original-width="1280" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyr8yecFg9utv62EdjVX7N3cVUOLGz1Q2nBYM1GWIPu6ECBlQKq57PNJjuskvN0og_bV8PUo753EwWXqI9UvVoBN-rn58N_9LL_UmqqHCny7hOyum5h6BvZMKpiqU3ebREPausjT6W291dqdP723-2xbTSzj8R5I84Rr8fOSc7hPhdqAkaoKTejMpeqic/w400-h203/2%20Retratos%20Fantasmas.jpg" width="400" /></a></b></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>2) <a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/09/retratos-fantasmas.html" target="_blank">Retratos Fantasmas</a>, de Kleber Mendonça Filho<o:p></o:p></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><br /></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXbdjXnlfDA4u8zK1NcMbOACz94ZoS76XrmRCxokcTnaYLb3HNYrLdGaGT3p-P5EF4NEJ8DyYJq-I675eXrN1NYOSej8wQ9BO8SXrIltow_MTxbFCfEljCHyUJKr_8mgAj7VIEQAGn8PyExgpgC5i38pUz7QPfABRdENtb-F5pOPtCPrY7vBpkDrc26NE/s1920/1%20Killers%20of%20the%20Flower%20Moon.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1920" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXbdjXnlfDA4u8zK1NcMbOACz94ZoS76XrmRCxokcTnaYLb3HNYrLdGaGT3p-P5EF4NEJ8DyYJq-I675eXrN1NYOSej8wQ9BO8SXrIltow_MTxbFCfEljCHyUJKr_8mgAj7VIEQAGn8PyExgpgC5i38pUz7QPfABRdENtb-F5pOPtCPrY7vBpkDrc26NE/w400-h225/1%20Killers%20of%20the%20Flower%20Moon.jpg" width="400" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">1) Assassinos da Lua das Flores (Killers of the
Flower Moon), de Martin Scorsese</span></b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Feliz Ano Novo para todos vocês
que me acompanham por aqui. Torcendo desde já para que 2024 seja ainda mais
produtivo.</p><p></p>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-84264500128252783922023-12-20T22:16:00.000-03:002023-12-20T22:16:15.727-03:00Maestro<p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">(Comentário publicado durante a cobertura da 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo)</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCvaaa14JkAqUxzVpRDbc90lFOcgtsb1JcZ87WTMW0SzpA8qF1uFwpJHLaIBOd7oEo-Dr2tY72g-HarnX0YPlv0agvl-Zz8QBlOOz-Ie4W_CdtCkdmo1CusDmx9xT3C_xbQuvkwRTVLBT6iKNXqvW2KEz-2kr0jo3PcIESD9DOfsx7PPFqUdct-ltRzgM/s2222/Maestro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2222" data-original-width="1500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCvaaa14JkAqUxzVpRDbc90lFOcgtsb1JcZ87WTMW0SzpA8qF1uFwpJHLaIBOd7oEo-Dr2tY72g-HarnX0YPlv0agvl-Zz8QBlOOz-Ie4W_CdtCkdmo1CusDmx9xT3C_xbQuvkwRTVLBT6iKNXqvW2KEz-2kr0jo3PcIESD9DOfsx7PPFqUdct-ltRzgM/s320/Maestro.jpg" width="216" /></a></div>Aguardada
cinebiografia do maestro e músico Leonard Bernstein dirigida por Bradley Cooper,
<b>Maestro</b> segue a vida de Bernstein (vivido pelo próprio Cooper) ao longo
de 50 anos, mostrando o sucesso dele desde cedo como condutor de grandes
orquestras, sua sexualidade e seu casamento com Felicia Montealegre (Carey
Mulligan).<o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Como
ator, Bradley Cooper faz um bom trabalho encarnando a segurança de Leonard
Bernstein como artista, algo que só aumenta e se torna mais sutil com o passar
dos anos, sendo que o ator ainda mantém grande expressividade mesmo quando por
baixo de toda a excelente maquiagem que utiliza quando o personagem fica mais
velho. Já a ótima Carey Mulligan traz força e resiliência a Felicia, uma mulher
que se recusa a viver na sombra do marido mesmo quando isso parece inevitável.
E por mais conturbado que seja o casamento dos personagens, seus intérpretes conseguem
mostrar bem o afeto entre eles.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">No
entanto, enquanto o roteiro escrito por Cooper e Josh Singer faz um belo
retrato da relação entre Bernstein e Montealegre, outras coisas parecem ser
jogadas na tela apenas para que o filme possa dizer que as incluiu, como o uso
de drogas por parte do protagonista e os namoros dele com outros homens (em
especial Tom Cothran), que mais parecem devaneios do que propriamente
relacionamentos. Este último quesito é até curioso considerando que o filme trata
a sexualidade de Leonard Bernstein abertamente, de forma que talvez tenha
faltado um pouco de coragem a Cooper e sua equipe para se aprofundar mais nesse
aspecto.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Já
na direção, há sacadas interessantes de Bradley Cooper. A lógica visual do
filme, por exemplo, é primorosa, iniciando com uma razão de aspecto 1.33:1 em
preto e branco, para então adicionar cores na segunda fase da vida do
protagonista e aumentando a razão de aspecto para o habitual 1.85:1 apenas
quando chega na fase final, o que sinaliza como uma passagem se soma a outra.
Além disso, Cooper é hábil ao usar uma maior profundidade de campo para
retratar o modo que Felicia fica, por vezes, relegada na vida do protagonista,
ao passo que planos mais longos trazem uma maior naturalidade a determinadas
cenas. Porém, há vários outros momentos em que Cooper parece apenas querer se
exibir, usando travellings que viajam pelos cenários e um extenso número de <i>raccords</i>
(transições de cena que mantêm a continuidade entre um plano e outro), recursos
que acabam chamando atenção demais para seu diretor.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b>Maestro</b>
no fim se equilibra entre altos e baixos, conseguindo até ser eficaz como
filme, ainda que não tão brilhante como a figura que retrata na tela.<o:p></o:p></p>Nota:<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN1acGO-PQ1N5ykmozA4hqhJGw4NJvLkfE1dtMfnE-R8EcepYksHxoXeYUlwd3tKI6bUnD8O1B86VyhXa46e0GiWSewyXFm1TIcFVNnUablqVgTjZdOUlBrtY8HBJEGqGtD6ChXEiRJSURHY59eKh5EAfI1UTr8t-J_rCuMxTwDJ9pxrGP4kemi7Zego0/s138/3%20estrelas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="138" height="42" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN1acGO-PQ1N5ykmozA4hqhJGw4NJvLkfE1dtMfnE-R8EcepYksHxoXeYUlwd3tKI6bUnD8O1B86VyhXa46e0GiWSewyXFm1TIcFVNnUablqVgTjZdOUlBrtY8HBJEGqGtD6ChXEiRJSURHY59eKh5EAfI1UTr8t-J_rCuMxTwDJ9pxrGP4kemi7Zego0/s1600/3%20estrelas.jpg" width="138" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><br /></p></div><p></p>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-22365256829299424602023-10-31T18:22:00.003-03:002023-10-31T18:22:46.757-03:0047ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo - Última Parte<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeOnkDcowynbcUQMDK_8foDQ3sno3jRYQaPNhDei1zgVYcZM-CuG2-Vl_wKuta4EHkKBsJAtUcuQV_1Tadd0r4gNeynOYdjdCQ4XK7gLMGgx5sb7OGqs4F5eHvtNGLrJbcP6GJJY0jGtYcyaURhRXYzXA6kiQJxXECf1VGwm9sRWXr5fmh34pU7gRc9kY/s764/images%20(68).jpeg-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="401" data-original-width="764" height="291" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeOnkDcowynbcUQMDK_8foDQ3sno3jRYQaPNhDei1zgVYcZM-CuG2-Vl_wKuta4EHkKBsJAtUcuQV_1Tadd0r4gNeynOYdjdCQ4XK7gLMGgx5sb7OGqs4F5eHvtNGLrJbcP6GJJY0jGtYcyaURhRXYzXA6kiQJxXECf1VGwm9sRWXr5fmh34pU7gRc9kY/w554-h291/images%20(68).jpeg-1.jpg" width="554" /></a></div><div><span style="text-align: justify;"><br /></span></div><div><!--StartFragment-->
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">E
chegamos ao nosso último post da cobertura dessa 47ª Mostra Internacional de Cinema
de São Paulo. Nos oito dias que fiquei na cidade, assisti a 30 filmes e consegui
produzir conteúdo sobre todos. No processo, creio ter conseguido bater de
frente com inseguranças que costumo ter em relação tanto ao meu trabalho quanto
a mim mesmo, o que faz eu pensar que essa cobertura foi uma das experiências
mais enriquecedoras que já tive.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Espero
que tenham curtido os comentários tanto quanto eu curti assistir aos filmes e
escrever sobre eles. Foi um trabalho cansativo, mas certamente prazeroso e que
espero repetir mais vezes no futuro próximo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Bom,
vamos aos últimos quatro filmes que conferi.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy8RqKDAAuHRk41uQU_HKzQCk8FhIiIyyLT8CAK8HP-Ubt_gudbYBJHOh9NGTPjDOGAsJesj_IgGT568DWLdGYhrwqLGDi-X4pVkjgKCkD_xs9bIw7W8BMlXEVZ6mE4YH4tW114MkpRlLhORb2EYt-d7gnYiqcAvZ_xaNcWxdPAe72VmjvHD2Jb4T48zs/s902/Screenshot_20231031-180612-324.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="902" data-original-width="720" height="295" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy8RqKDAAuHRk41uQU_HKzQCk8FhIiIyyLT8CAK8HP-Ubt_gudbYBJHOh9NGTPjDOGAsJesj_IgGT568DWLdGYhrwqLGDi-X4pVkjgKCkD_xs9bIw7W8BMlXEVZ6mE4YH4tW114MkpRlLhORb2EYt-d7gnYiqcAvZ_xaNcWxdPAe72VmjvHD2Jb4T48zs/w226-h295/Screenshot_20231031-180612-324.png" width="226" /></a></b></div><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Uma Revolução em Quadros (A Revolution on
Canvas, 2023), de Sara Nodjoumi e Till Schauder:<o:p></o:p></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Documentário
produzido pela HBO, <b>Uma Revolução em Quadros</b> foca no pintor iraniano
Nicky Nodjoumi, que em 1980 se exilou nos Estados Unidos durante a Revolução
Islâmica por conta de ameaças e acusações de traição, já que ele era crítico do
regime do Irã na época. A fuga ocorreu antes de uma exibição que ele iria
fazer, de forma que ele deixou para trás todas as obras que seriam expostas. O
documentário, codirigido pela filha de Nicky, Sara Nodjoumi, investiga o
paradeiro dessas obras e os esforços do artista e de sua família para
recuperá-los, ao mesmo tempo em que conhecemos o artista e vemos o quanto seu
ativismo afetou sua vida pessoal.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Seja
pela história de Nicky Nodjoumi e sua família ou pela investigação sobre suas
obras, <b>Uma Revolução em Quadros</b> se revela muito rico. Estabelecendo bem
o contexto do exílio do artista e fazendo um retrato eficaz do autoritarismo
que domina seu país, o filme é envolvente em sua investigação, que se revela
nada simples e bastante arriscada, a ponto de Sara Nodjoumi e Till Schauder
(marido dela e codiretor do filme) terem que censurar até os nomes das pessoas
que os ajudam. Além disso, o longa fala com propriedade sobre sacrifícios que
são feitos em nome de algo maior, o que faz a história de Nicky e a relação
dele com sua família render momentos muito tocantes.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1gkx2JVcpIC8rt3xAAWn2O0ZtCmcfI9B-Ov6JBrYSnIFy09KF_tEC9SGnB6sK4cSU7rDApMiQfsV6TrGYdvotvyQtq-rDefjRN7vCCPQSmQpOum13G4wdH-9d2elJj0ERX32iX7dJ38WEp0O426wMcfH8fclq5xTib05Xji_LdNQSZwgc_STA_Nit2Go/s184/4%20estrelas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="184" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1gkx2JVcpIC8rt3xAAWn2O0ZtCmcfI9B-Ov6JBrYSnIFy09KF_tEC9SGnB6sK4cSU7rDApMiQfsV6TrGYdvotvyQtq-rDefjRN7vCCPQSmQpOum13G4wdH-9d2elJj0ERX32iX7dJ38WEp0O426wMcfH8fclq5xTib05Xji_LdNQSZwgc_STA_Nit2Go/w88-h20/4%20estrelas.jpg" width="88" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSmeq-EikfrFsBQZfTrz_urbEPSOk6xqnQzbFR0MF1-ZUrcl6tLPCX1fsJsY_WSgvVD0i50QlvswlMHRxu1Vw30RJiOhUXBz2W0vrv42iZzjn1N1RWLzsQhKjGLuj9gI_xhIyLb1-lJwoWLcK6KvUjg4c0yolFmKaygrzay9UP6jQ5qEa7w09D_FHi-og/s1500/next_goal_wins_ver2_xlg.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br /><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1001" height="294" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSmeq-EikfrFsBQZfTrz_urbEPSOk6xqnQzbFR0MF1-ZUrcl6tLPCX1fsJsY_WSgvVD0i50QlvswlMHRxu1Vw30RJiOhUXBz2W0vrv42iZzjn1N1RWLzsQhKjGLuj9gI_xhIyLb1-lJwoWLcK6KvUjg4c0yolFmKaygrzay9UP6jQ5qEa7w09D_FHi-og/w197-h294/next_goal_wins_ver2_xlg.jpg" width="197" /></a><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"></b></div><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><div><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>Quem Fizer Ganha (Next Goal Wins, 2023), de
Taika Waititi:<o:p></o:p></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">O
estilo <i>non sense</i> de Taika Waititi se mistura com todos os clichê
possíveis neste <b>Quem Fizer Ganha</b>. No longa, que se passa em 2011, acompanhamos
a seleção de futebol da Samoa Americana, na época a última colocada no ranking
de seleções da FIFA e conhecida por uma derrota histórica de 31 a 0 para a
Austrália. É então que o técnico Thomas Rongen (Michael Fassbender) é
contratado para tentar fazer o time dar a volta por cima, o que na verdade
significa apenas marcar um gol, pouco importando os resultados.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">É
natural sentir simpatia pela história que é contada, já que se trata do
clássico “Davi contra Golias” em que torcemos para figuras pouco afortunadas
terem sucesso. Mas mesmo assim, é preciso reconhecer que Taika Waititi faz um
filme formuláico, previsível e por vezes maniqueísta demais. Somando isso ao <i>non
sense</i> totalmente sem controle do diretor, <b>Quem Fizer Ganha </b>acaba se
tornando uma experiência mais irritante do que propriamente engraçada, sendo
que Waititi ainda retrata o povo da Samoa Americana como figuras estereotipadas
e engraçadinhas que nunca soam realmente humanas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivWBRoxr3sV1lLfEwwc_Cp1h5rsufaWeTuZeFI5B5R8_ixnnXilXotKBZJKVdpJjoswzhA7VZDfymKhtLH7Xf_uHmeWnjS7N9hMQyUNdifoYNyyC7_ZwLF5EcU7qecImpJNrGvn4lXSRZ1Sy5eUsB9M9EV-1-bWQTZMiC7hqEeUGurVctBaF5Yw1HswTM/s92/2%20estrelas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="92" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivWBRoxr3sV1lLfEwwc_Cp1h5rsufaWeTuZeFI5B5R8_ixnnXilXotKBZJKVdpJjoswzhA7VZDfymKhtLH7Xf_uHmeWnjS7N9hMQyUNdifoYNyyC7_ZwLF5EcU7qecImpJNrGvn4lXSRZ1Sy5eUsB9M9EV-1-bWQTZMiC7hqEeUGurVctBaF5Yw1HswTM/w44-h20/2%20estrelas.jpg" width="44" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><br /></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvTFzjaNCdqwxgRYlh9UBWWJbeo0ruVp3TiL1RHyM5WbVwaOcYFo35OFCknpukrQPqcws7UoOoG41KTbiCT9COKrbq0CLX2JFwgz4O7zQKm0rMz7DwzHtR8unqn_exqXrnXjkSeBGy23vP4cADVGn88bUJtbacLubfsVOSWwoxrXtU-SyjeijGCoF1dfc/s1200/poster_big.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="881" height="291" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvTFzjaNCdqwxgRYlh9UBWWJbeo0ruVp3TiL1RHyM5WbVwaOcYFo35OFCknpukrQPqcws7UoOoG41KTbiCT9COKrbq0CLX2JFwgz4O7zQKm0rMz7DwzHtR8unqn_exqXrnXjkSeBGy23vP4cADVGn88bUJtbacLubfsVOSWwoxrXtU-SyjeijGCoF1dfc/w201-h291/poster_big.jpg" width="201" /></a></b></div><b>O Livro das Soluções (Le Livre des
solutions, 2023), de Michel Gondry:</b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Acho
que <b>O Livro das Soluções</b> foi uma das minhas grandes frustrações entre os
longas que assisti na Mostra. Gosto do estilo e do senso de humor de Michel
Gondry, que se fazem presentes neste novo trabalho, mas acabam auxiliando uma
narrativa sem foco e protagonizada por um sujeito que beira o insuportável. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Escrito
pelo próprio Gondry, <b>O Livro das Soluções</b> reflete a relação que o
diretor teve com produtores em alguns de seus projetos. Aqui, Marc (Pierre
Niney) é um jovem cineasta em meio a realização de seu mais novo filme. Mas
quando os produtores detestam uma versão não-finalizada da obra e resolvem tirá-la
de suas mãos, o diretor decide pegar todo o material filmado e finalizá-lo na
casa de sua tia Denise (Françoise Lebrun), tendo a ajuda da montadora Charlotte
(Blanche Gardin) e de sua assistente Sylvia (Frankie Wallach).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Seria
o filme uma crítica a como estúdios tratam a liberdade criativa de seus
diretores? Estaria Michel Gondry querendo compartilhar com as pessoas
(principalmente artistas em potencial) o que sabe sobre o processo de
realização de uma obra de arte? Ou ele quer tratar das ansiedades resultantes
de um processo criativo? No fim, Michel Gondry parece querer falar sobre muitas
coisas ao longo de <b>O Livro das Soluções</b>, mas acaba não falando sobre
nada. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Muito
se deve também a aleatoriedade que toma conta da cabeça do protagonista, que muitas
vezes não sabe o que quer fazer primeiro. E isso é apenas uma das coisas que
tornam Marc um teste de paciência para o espectador, já que sua bipolaridade e egocentrismo
se mostram irritantes e ele chega a ser até abusivo em determinados momentos com
quem quer apenas ajudá-lo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDNJQoSB1PgwGcWZQAU93swVQ2jXR4jB2gg0GMbCQiw2on-SS3itCwNBGqtLNlouKPTDk3BLL11NxRTHxH4B-RKliF3jMQvrp0tehl7V7-IFvPi0g4LBwq6RIRAi02x1xunTIi_vY3t4JUmrellcNaYsgFoYeY-aKgiVi6DXeL5b0Ai6V4rXoqmYmzKKk/s92/2%20estrelas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="92" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDNJQoSB1PgwGcWZQAU93swVQ2jXR4jB2gg0GMbCQiw2on-SS3itCwNBGqtLNlouKPTDk3BLL11NxRTHxH4B-RKliF3jMQvrp0tehl7V7-IFvPi0g4LBwq6RIRAi02x1xunTIi_vY3t4JUmrellcNaYsgFoYeY-aKgiVi6DXeL5b0Ai6V4rXoqmYmzKKk/w44-h20/2%20estrelas.jpg" width="44" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><br /></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVUfT9KjOa0TFoZWCxpV1B2cBRdubqThf7s16GPl1doRF3A_r8I6dZXihfjxeeG7iDc95baWrwr_0Gle9Z0P_DZnv5UT2Dtt2008EWFWbcBx4bmArBnuHYxGKgzu8ATc6rC2-efZ2lM1pYcGDR6S82lKre-JgYt3R8PufFtSC19qrGkYA3p95-szvL8ZI/s2222/maestro_ver2_xxlg.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="2222" data-original-width="1500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVUfT9KjOa0TFoZWCxpV1B2cBRdubqThf7s16GPl1doRF3A_r8I6dZXihfjxeeG7iDc95baWrwr_0Gle9Z0P_DZnv5UT2Dtt2008EWFWbcBx4bmArBnuHYxGKgzu8ATc6rC2-efZ2lM1pYcGDR6S82lKre-JgYt3R8PufFtSC19qrGkYA3p95-szvL8ZI/s320/maestro_ver2_xxlg.jpg" width="216" /></a></b></div><b>Maestro (2023), de Bradley Cooper:</b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Aguardada
cinebiografia do maestro e músico Leonard Bernstein dirigida por Bradley Cooper,
<b>Maestro</b> segue a vida de Bernstein (vivido pelo próprio Cooper) ao longo de
50 anos, mostrando o sucesso dele desde cedo como condutor de grandes orquestras,
sua sexualidade e seu casamento com Felicia Montealegre (Carey Mulligan).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Como
ator, Bradley Cooper faz um bom trabalho encarnando a segurança de Leonard Bernstein
como artista, algo que só aumenta e se torna mais sutil com o passar dos anos, sendo
que o ator ainda mantém grande expressividade mesmo quando por baixo de toda a excelente
maquiagem que utiliza quando o personagem fica mais velho. Já a ótima Carey
Mulligan traz força e resiliência a Felicia, uma mulher que se recusa a viver na
sombra do marido mesmo quando isso parece inevitável. E por mais conturbado que
seja o casamento dos personagens, seus intérpretes conseguem mostrar bem o afeto
entre eles.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">No entanto,
enquanto o roteiro escrito por Cooper e Josh Singer faz um belo retrato da relação
entre Bernstein e Montealegre, outras coisas parecem ser jogadas na tela apenas
para que o filme possa dizer que as incluiu, como o uso de drogas por parte do protagonista
e os namoros dele com outros homens (em especial Tom Cothran), que mais parecem
devaneios do que propriamente relacionamentos. Este último quesito é até curioso
considerando que o filme trata a sexualidade de Leonard Bernstein abertamente, de
forma que talvez tenha faltado um pouco de coragem a Cooper e sua equipe para se
aprofundar mais nesse aspecto.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Já na
direção, há sacadas interessantes de Bradley Cooper. A lógica visual do filme, por
exemplo, é primorosa, iniciando com uma razão de aspecto 1.33:1 em preto e branco,
para então adicionar cores na segunda fase da vida do protagonista e aumentando
a razão de aspecto para o habitual 1.85:1 apenas quando chega na fase final, o que
sinaliza como uma passagem se soma a outra. Além disso, Cooper é hábil ao usar uma
maior profundidade de campo para retratar o modo que Felicia fica, por vezes, relegada
na vida do protagonista, ao passo que planos mais longos trazem uma maior naturalidade
a determinadas cenas. Porém, há vários outros momentos em que Cooper parece apenas
querer se exibir, usando travellings que viajam pelos cenários e um extenso número
de <i>raccords</i> (transições de cena que mantêm a continuidade entre um plano
e outro), recursos que acabam chamando atenção demais para seu diretor.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b>Maestro</b>
no fim se equilibra entre altos e baixos, conseguindo até ser eficaz como filme,
ainda que não tão brilhante como a figura que retrata na tela.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghY50AIfyWdnJi8Ielbs-xQ-ru823yszsdFcNgvNFtEVB8rFPi0e_5SRgEEr6lkovFmgAEKIhKyHZfk4rtOlNfqFvBa6OR1OBBQEcFLBsyDWg75oR4qGid7hlQvTELj6KHSDXkaBs5It11FggvVp2_3_Ahyphenhyphenx8hFEXPSRSXKwsJCqcItBgoyW88zV_dZvo/s138/3%20estrelas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="138" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghY50AIfyWdnJi8Ielbs-xQ-ru823yszsdFcNgvNFtEVB8rFPi0e_5SRgEEr6lkovFmgAEKIhKyHZfk4rtOlNfqFvBa6OR1OBBQEcFLBsyDWg75oR4qGid7hlQvTELj6KHSDXkaBs5It11FggvVp2_3_Ahyphenhyphenx8hFEXPSRSXKwsJCqcItBgoyW88zV_dZvo/w66-h20/3%20estrelas.jpg" width="66" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b style="text-align: left;"><br /></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b style="text-align: left;">Outros posts da cobertura:</b></p><div><div><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de.html" target="_blank">1a parte</a></b></div><div><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de_22.html" target="_blank">2a parte</a> </b></div><div><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de_23.html" target="_blank">3a parte</a></b></div><div><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de_25.html" target="_blank">4a parte</a></b></div></div><div><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de_28.html" target="_blank">5a parte</a></b></div></div><div><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de_30.html" target="_blank">6a parte</a></b></div>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-1944778643064585212023-10-30T02:53:00.001-03:002023-11-16T17:41:43.087-03:0047ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo - 6ª Parte<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMBqtBkkU0A8zxbElPGbBtjpZjQJTzQ1opS1VhrJW8TKu9SUwDu3U_THR6EQpaULyoGNxZjQeMgD87VnNsivo5z0GnNZe0gtYLzSt6T5PYNYdt-c4pGgp2gWr-jCtMoS9yA2aKkaZ-gQq1UJb8S9pjFpHfV8_xb6eEK3nrjnas2hDLOD2cPY53ORE8hfc/s764/images%20(68).jpeg-1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="401" data-original-width="764" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMBqtBkkU0A8zxbElPGbBtjpZjQJTzQ1opS1VhrJW8TKu9SUwDu3U_THR6EQpaULyoGNxZjQeMgD87VnNsivo5z0GnNZe0gtYLzSt6T5PYNYdt-c4pGgp2gWr-jCtMoS9yA2aKkaZ-gQq1UJb8S9pjFpHfV8_xb6eEK3nrjnas2hDLOD2cPY53ORE8hfc/w533-h280/images%20(68).jpeg-1.jpg" width="533" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><!--StartFragment-->
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Estamos
na reta final da nossa cobertura da Mostra de São Paulo. Já começo a sentir falta
do evento. Eis aqui os comentários sobre mais quatro filmes que assisti, incluindo
simplesmente o grande vencedor do Festival de Cannes deste ano e um documentário
em 3D do lendário Wim Wenders.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTs3yJT05rKTB9ms4slbecmDkr4Cx4SB1QIvBlSzYzC2UThe2K8NbUHvz1zM0AGP4LwL7uJPz5iWLp_JuiseaztDoYdgv7rnhdRrOwqpeQVvUaAet8sv1xZrQTdzrPz1JaRcCaCKTjwRoW9i-KOvvABsv5PIpI7NBFp5zwuwCcAXq-RkaKT-omov2hNRg/s3000/anatomie_dune_chute_ver3_xxlg.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3000" data-original-width="2045" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTs3yJT05rKTB9ms4slbecmDkr4Cx4SB1QIvBlSzYzC2UThe2K8NbUHvz1zM0AGP4LwL7uJPz5iWLp_JuiseaztDoYdgv7rnhdRrOwqpeQVvUaAet8sv1xZrQTdzrPz1JaRcCaCKTjwRoW9i-KOvvABsv5PIpI7NBFp5zwuwCcAXq-RkaKT-omov2hNRg/w201-h296/anatomie_dune_chute_ver3_xxlg.jpg" width="201" /></a></b></div><b>Anatomia
de Uma Queda (Anatomie d’une chute, 2023), de Justine Triet:<o:p></o:p></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Se <b>Anatomia
de Uma Queda </b>fosse um filme mais preocupado com a solução de seus
conflitos, acho que ele não teria a força que tem. O que faz o longa brilhar é
o caminho que a diretora Justine Triet monta até a linha de chegada, lembrando
uma velha frase de Roger Ebert, que dizia que “Não importa sobre o que é o
filme, mas sim como ele é”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b>Anatomia
de Uma Queda</b> basicamente é um drama de tribunal. Depois que seu marido
Samuel (Samuel Maleski) é encontrado morto do lado de fora de casa, a escritora
Sandra (Sandra Hüller) é indiciada como a principal suspeita, o que inicia uma
luta nos tribunais para esclarecer o que exatamente ocorreu: assassinato ou suicídio.
Isso acaba envolvendo até as lembranças do filho deficiente visual do casal, Daniel
(Milo Machado-Graner), que encontrou o corpo do pai.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Logo
na primeira cena do filme, Justine Triet faz algo que já diz muito sobre o que veremos.
Quando Sandra é entrevistada por uma jornalista e um tópico sobre verdade e
ficção surge na conversa, a diretora deixa a cena desfocada por um breve
segundo, logo quando a palavra “verdade” é proferida. Coincidência ou não, ao
longo do filme a verdade sobre tudo o que acontece é o que menos importa, já
que nada indica um caminho claro. E é isso que torna a narrativa de Justine Triet
tão admirável, nos mantendo envolvidos do início ao fim por nos fazer lidar mais
com questionamentos do que propriamente com respostas, nos deixando sempre com
uma pulga atrás da orelha em relação a tudo e todos e permitindo que o espectador
tire suas próprias conclusões.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">No
topo disso tudo temos uma Sandra Hüller em atuação digna de prêmios, tornando a
protagonista uma figura multidimensional e simplesmente difícil de julgar, já que
ao mesmo tempo em que ela é capaz de ser manipuladora e fria, ela também soa sincera
em tudo o que diz. Já o jovem Milo Machado-Graner não fica muito atrás e
surpreende ao fazer do personagem uma figura pouco confiável não tanto por sua deficiência,
mas sim por conta de sua fragilidade emocional.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">A
Palma de Ouro do Festival de Cannes definitivamente ficou em boas mãos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5C9S9sDNEsHoGU3qBd5PAb4sJWYJ7QboPUlnzU29uR6ajdyK2EgetJdHe28DhbP3NEeECQaeQRUnFKUnJe9H8C1VzmnVlxNWzwg4m_BEb4wdhsOhjw2G1Q0ztWKu4W_R4ExyCHA2KXK_rQZu-Y9DMQjRbZ2aPO1ouIUSV0uTBO325wGFPWJgMDZFL924/s229/5%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="229" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5C9S9sDNEsHoGU3qBd5PAb4sJWYJ7QboPUlnzU29uR6ajdyK2EgetJdHe28DhbP3NEeECQaeQRUnFKUnJe9H8C1VzmnVlxNWzwg4m_BEb4wdhsOhjw2G1Q0ztWKu4W_R4ExyCHA2KXK_rQZu-Y9DMQjRbZ2aPO1ouIUSV0uTBO325wGFPWJgMDZFL924/w109-h20/5%20estrelas.jpg" width="109" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><br /></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6ZqGA2gt7lDopPUTCuB7io9OPE1TNUBX-cbtnGA1hes8r-hFUKd5kVUMvvXMc0P4bA1F5PD_iL08ogQxn7hr6k4pzqCeMZAj47Vm8vobuVEeOEz_ONB9I_5n_ODJxcSLXkMivyStymp35-umhpV1CEn9Qtv_xWNcDugblJcBY0m_qibTd-gq3YiMaSpA/s1333/MV5BMDVmOGNjNjQtNDNiYS00ZTUwLWExN2QtMDk2Mjk4MmFiMzA1XkEyXkFqcGdeQXVyODY0MDQ3NTI@._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1333" data-original-width="1000" height="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6ZqGA2gt7lDopPUTCuB7io9OPE1TNUBX-cbtnGA1hes8r-hFUKd5kVUMvvXMc0P4bA1F5PD_iL08ogQxn7hr6k4pzqCeMZAj47Vm8vobuVEeOEz_ONB9I_5n_ODJxcSLXkMivyStymp35-umhpV1CEn9Qtv_xWNcDugblJcBY0m_qibTd-gq3YiMaSpA/w206-h275/MV5BMDVmOGNjNjQtNDNiYS00ZTUwLWExN2QtMDk2Mjk4MmFiMzA1XkEyXkFqcGdeQXVyODY0MDQ3NTI@._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" width="206" /></a></b></div><b>Atrás das Montanhas (Oura el Jebel, 2023), de
Mohamed Ben Attia:</b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">Após passar quatro anos na prisão por ter tido
um ataque de fúria em uma universidade, Rafik (Majd Mastoura) tem o objetivo obsessivo
de mostrar uma descoberta especial a sua família, em especial seu filho Yassine
(Walid Bouchhioua). Começa assim uma jornada em que crenças são colocadas à prova.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Atrás das Montanhas</b><span style="mso-bidi-font-weight: bold;"> tem um início muito promissor, não demorando
para dar início a discussões sobre crenças e religião a partir do que Rafik deseja
mostrar ao filho, algo que fica ainda mais evidente quando um pastor de ovelhas
(vivido por Samer Bisharat) passa a segui-los a troco de nada. Mas é uma pena que
em determinado momento o roteiro do diretor Mohamed Ben Attia transforme a história
em um thriller clichê de invasão a domicílio, algo que nem condiz muito com os personagens
e torna a narrativa desinteressante, diminuindo a força das discussões que ele propõe.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">Nota:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrVMwnVD5rq-dxXkt8ow841VgAxdZBVwnRSmAbr7d-ux6Qp0Jw9vidK9AK6sSWAonsNWislkxSb9LsG2Xeboq7zmgbuxMQOnG1Fn-F8HDumtqy4CPmypu-obFhd55h5-wFMrjvl6Ywc6E5fl6_pQfCKI9BV7aJJpiSyeXd_0npq1zrNoQzn3TR2KgGrCk/s92/2%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="92" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrVMwnVD5rq-dxXkt8ow841VgAxdZBVwnRSmAbr7d-ux6Qp0Jw9vidK9AK6sSWAonsNWislkxSb9LsG2Xeboq7zmgbuxMQOnG1Fn-F8HDumtqy4CPmypu-obFhd55h5-wFMrjvl6Ywc6E5fl6_pQfCKI9BV7aJJpiSyeXd_0npq1zrNoQzn3TR2KgGrCk/w44-h20/2%20estrelas.jpg" width="44" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8IN_myIq9X5q1bhxC9p4PjgJSd8K0BRhyphenhyphenn3TEFc3X_oztJ8pNh_tuH8UZXq3sBWjj3aC5hyphenhyphenfMZtoQ-tWpmKqFMNnHkquw6-1qt7bGPJKMVoCvRMwYkGOFqesNqwFY1T2tC8akEW9vd3iKfm9zDZxvQ6IST3aJ0LWor_6OkoKV1Fz1raUngkszbC_wb5o/s3000/MV5BMzY1OTBhMTQtZGI0ZS00OWY0LWFlYjgtMGRmMTAyN2YzNjYwXkEyXkFqcGdeQXVyMTY4ODU5OTU3._V1_.jpg" style="clear: left; display: inline; float: left; font-weight: bold; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="3000" data-original-width="2000" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8IN_myIq9X5q1bhxC9p4PjgJSd8K0BRhyphenhyphenn3TEFc3X_oztJ8pNh_tuH8UZXq3sBWjj3aC5hyphenhyphenfMZtoQ-tWpmKqFMNnHkquw6-1qt7bGPJKMVoCvRMwYkGOFqesNqwFY1T2tC8akEW9vd3iKfm9zDZxvQ6IST3aJ0LWor_6OkoKV1Fz1raUngkszbC_wb5o/w184-h276/MV5BMzY1OTBhMTQtZGI0ZS00OWY0LWFlYjgtMGRmMTAyN2YzNjYwXkEyXkFqcGdeQXVyMTY4ODU5OTU3._V1_.jpg" width="184" /></a><b></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><b><br /></b></b></p><b>A Besta (Lá Bête, 2023), de Bertrand
Bonello:</b><p></p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">Levemente inspirado por “A Fera da Selva”, novela
de Henry James, </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Besta</b><span style="mso-bidi-font-weight: bold;"> mostra uma realidade em 2044 que foi dominada
por uma inteligência artificial, a ponto de Gabrielle (Léa Seydoux) concluir que
o único jeito de se encaixar na sociedade é se livrando de suas memórias e sentimentos,
o que inclui suas vidas passadas. Acompanhamos, então, a jornada da personagem pelos
anos de 1910, 2014 e 2044, e o relacionamento dela com Louis (George MacKay), que
atravessa todas essas épocas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">Em meio a discussões sobre natureza, misoginia
e tecnologia, este novo trabalho de Bertrand Bonello se revela bastante atual, tratando
essencialmente sobre como a humanidade desperdiça seu próprio potencial. No entanto,
a narrativa conduzida por Bonello nem sempre é interessante. Se por um lado os acontecimentos
de 1910 funcionam dramaticamente, os de 2014 já se revelam um tanto bobos, de forma
que o ritmo do filme acaba sendo um pouco prejudicado pela própria estrutura da
história, que intercala as linhas temporais. No fim, </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Besta</b><span style="mso-bidi-font-weight: bold;"> não deixa de ser eficaz, mas não é uma obra tão memorável de seu realizador.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">Nota:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_-NgG_5htwIZb73fk0CCPSVhh94IKZKNQgfIA8Zd3v_Bu3OXmXFylXMx_G6dnOgwwh78pXBOvKt1ssRxSkqcbtt9Z546eDIHODxUwPKEAdPpUJ8yyRav36_aMyBdmjGVDyAsLfb0VZtNRHND7F-5oBcS7kxzpNLAUhAWH2PIJ5gijH-HuGMMxFnpuSmE/s138/3%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="138" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_-NgG_5htwIZb73fk0CCPSVhh94IKZKNQgfIA8Zd3v_Bu3OXmXFylXMx_G6dnOgwwh78pXBOvKt1ssRxSkqcbtt9Z546eDIHODxUwPKEAdPpUJ8yyRav36_aMyBdmjGVDyAsLfb0VZtNRHND7F-5oBcS7kxzpNLAUhAWH2PIJ5gijH-HuGMMxFnpuSmE/w66-h20/3%20estrelas.jpg" width="66" /></a></div><br /><span style="mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyUKHYfyHXKcr7xzgZyhXgARIiQS6pvx2l2LwkBUc5nOGQFKQTwrGk2d5oIjsVgaRVh9zNZGiyDqLQGYcFzPd3yd-QmpOgvxEs3MHiya9LEie15ijZ3hEDe-RXWxkV0Pozv2bIWCSCJrH5fHZr2JB5aRFO7J-f848538Z_Y8P7_3WQMKsimidWnDFtphI/s2383/MV5BMzk1MzZmYzQtZWEyNy00ZjhlLWE5N2QtYjJhYjAxYmRhODY1XkEyXkFqcGdeQXVyMjI5NjM0OTQ@._V1_.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="2383" data-original-width="1683" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyUKHYfyHXKcr7xzgZyhXgARIiQS6pvx2l2LwkBUc5nOGQFKQTwrGk2d5oIjsVgaRVh9zNZGiyDqLQGYcFzPd3yd-QmpOgvxEs3MHiya9LEie15ijZ3hEDe-RXWxkV0Pozv2bIWCSCJrH5fHZr2JB5aRFO7J-f848538Z_Y8P7_3WQMKsimidWnDFtphI/w199-h281/MV5BMzk1MzZmYzQtZWEyNy00ZjhlLWE5N2QtYjJhYjAxYmRhODY1XkEyXkFqcGdeQXVyMjI5NjM0OTQ@._V1_.jpg" width="199" /></a></b></div><b>Anselm: O Barulho do Tempo (Anselm: Das Rauschen
der Zeit, 2023), de Wim Wenders:</b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Já
tem um bom tempo que desisti de assistir a filmes em 3D, reservando isso apenas
para quando não há alternativa. Desde que a tecnologia se popularizou, são
raríssimos os casos de obras que a utilizam como parte da narrativa, já que os
grandes estúdios continuam fazendo seus filmes normalmente, convertendo-os para
um 3D inexistente e que serve apenas para inflar as bilheterias. Mas que bom
que ainda temos artistas do calibre de Wim Wenders para mostrar do que a
tecnologia é capaz. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Depois
de fazer um documentário em 3D sobre a bailarina Pina Bausch, o diretor agora
faz o mesmo com o pintor e escultor Anselm Kiefer. Misturando documentário e ficção,
Wenders cria uma experiência poética e imersiva nas obras e na história do
artista, mostrando como ao longo dos anos ele se esforçou para fazer uma arte não
só muito evocativa, mas também provocativa e que mantivesse acesas discussões e
acontecimentos que a maioria talvez não goste muito de pensar sobre. Além disso,
o diretor cria um filme esteticamente belo, sabendo aproveitar muito bem o 3D para
contemplar as obras de Kiefer.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:</p></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNNy6rw6XanLX7DoSuVOd8RiQF5uDyxUe7YuCSvdbQdquGajz-Piad1KrA7Q-8_HCpghiz6inGgSUt1wIN9RjSBLuyXptypWmi5N6aZUNP-BYuZcAv-5noCSOLvSB8H6SL3aABefxmdbnYf0zPn6Tz7DBTdLtDKk3zEipVqb1uwygDFPGARE7V-GoPU4c/s184/4%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="184" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNNy6rw6XanLX7DoSuVOd8RiQF5uDyxUe7YuCSvdbQdquGajz-Piad1KrA7Q-8_HCpghiz6inGgSUt1wIN9RjSBLuyXptypWmi5N6aZUNP-BYuZcAv-5noCSOLvSB8H6SL3aABefxmdbnYf0zPn6Tz7DBTdLtDKk3zEipVqb1uwygDFPGARE7V-GoPU4c/w88-h20/4%20estrelas.jpg" width="88" /></a></div><div><br /></div><br /><div><br /></div><div><div><b>Outros posts da cobertura:</b></div><div><b><br /></b></div><div><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de.html" target="_blank">1a parte</a></b></div><div><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de_22.html" target="_blank">2a parte</a> </b></div><div><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de_23.html" target="_blank">3a parte</a></b></div><div><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de_25.html" target="_blank">4a parte</a></b></div></div><div><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de_28.html" target="_blank">5a parte</a></b></div>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-4580619585338251072023-10-28T10:38:00.002-03:002023-12-01T15:13:12.889-03:0047ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo - 5ª Parte<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB9qtXxcVQWJeUSx_3aH1PxRHXK68afe3eBax5K_Or6S2hqI9XPhF6aDf2RD23pGlNXpclpaXM_tRhxHIBv6mmu3_-sPzjpjTfx2knAlrpkqGxwm-oKtbES9eC2n2rMf_PANzvKb-RSz2Hgnb5wE6AoevKjM1M9Dzm0YnYkR8pPdfFGmlm_dkut1l6ozU/s764/images%20(68).jpeg-1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="401" data-original-width="764" height="291" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB9qtXxcVQWJeUSx_3aH1PxRHXK68afe3eBax5K_Or6S2hqI9XPhF6aDf2RD23pGlNXpclpaXM_tRhxHIBv6mmu3_-sPzjpjTfx2knAlrpkqGxwm-oKtbES9eC2n2rMf_PANzvKb-RSz2Hgnb5wE6AoevKjM1M9Dzm0YnYkR8pPdfFGmlm_dkut1l6ozU/w554-h291/images%20(68).jpeg-1.jpg" width="554" /></a></div><br /><div><!--StartFragment-->
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Maratonar
filmes é divertido, mas maratonar filmes durante um dos principais festivais do
país,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>correndo de um cinema a outro, é incomparável.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">E vamos
lá para os comentários sobre mais cinco filmes conferidos na Mostra de São Paulo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivCXBrvUUm9IYOeyq91r1RbQXYVYy81ufMWO5eVIwxYsQhdAtp0Qw9ghA-eaeaKCeuKSwpWqaluIJeHFqgSENGfkevquChwV59OwkDUYynrIfoiqJYQpt-eAcixsNlaKp17Zr8ViCABEeiUdeqU8d0OBOwEmCb1J6dNO4jzrEpCqwPBHB-pRuZr8Z0eSg/s755/slow.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="755" data-original-width="529" height="295" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivCXBrvUUm9IYOeyq91r1RbQXYVYy81ufMWO5eVIwxYsQhdAtp0Qw9ghA-eaeaKCeuKSwpWqaluIJeHFqgSENGfkevquChwV59OwkDUYynrIfoiqJYQpt-eAcixsNlaKp17Zr8ViCABEeiUdeqU8d0OBOwEmCb1J6dNO4jzrEpCqwPBHB-pRuZr8Z0eSg/w206-h295/slow.jpg" width="206" /></a></b></div><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Devagar (Tu man nieko neprimeni, 2023), de Marija
Kavtaradzé:<o:p></o:p></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Candidato
da Lituânia ao Oscar de Melhor Filme Internacional, <b>Devagar</b> apresenta a
dançarina Elena (Greta Grineviĉiūté) e o intérprete de linguagem de sinais
Dovydas (Kęstutis Cicénas). Após se conhecerem em um trabalho, os dois iniciam
um romance. No entanto, Dovydas desde o princípio deixa claro ser assexual,
algo que com o tempo vira um entrave para o casal.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Acompanhamos,
então, um romance que se destaca pela honestidade. Ainda que possamos prever os
tipos de conflito que irão surgir em algum momento entre os personagens, a conexão
do casal é forte desde o início, muito por eles se abrirem totalmente um para o
outro, em um relacionamento sensível e tratado com delicadeza pela diretora Marija
Kavtaradzé. E as atuações de Greta Grineviĉiūté e Kęstutis Cicénas merecem vastos
elogios, já que a dupla não só tem carisma e uma química em cena invejável, mas
também faz de Elena e Dovydas figuras incrivelmente humanas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGuODHYZe8hPDworBcJsGPCTUPwf_ymJKQVbuZfvUIXth3k_dsrX9bFOxTxL9vzDY9Vn744kHP99u7OUuxA7RWAPhJn71PcAmDLunoySSZZrfq9nDH2tw8oV8pXsYmv5gcKFulho0l-7Xa3D5eBdWTWGm6zEnpzChTfc16br5ST9BV9cuwkftv1GQWc24/s184/4%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="184" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGuODHYZe8hPDworBcJsGPCTUPwf_ymJKQVbuZfvUIXth3k_dsrX9bFOxTxL9vzDY9Vn744kHP99u7OUuxA7RWAPhJn71PcAmDLunoySSZZrfq9nDH2tw8oV8pXsYmv5gcKFulho0l-7Xa3D5eBdWTWGm6zEnpzChTfc16br5ST9BV9cuwkftv1GQWc24/w88-h20/4%20estrelas.jpg" width="88" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><br /></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0Nb_g7BZLJzFOvWSbGTNcUwXIcpHNYDoXufnJEPD4zj0Ng9Tap8adkk92v6v_CZR44BKwb9Q7bXPDRAJXYA00811I90VFm9i3kViJ42fIRv7N6K18e-g2_GrLg9KG3xlkJqfs1rHveSI8LltllxvDl0XkIXWEhaTj0GbaqQTcq4eY3yARfIserW61BB0/s1036/MV5BMjdkODA0YjMtMGE5My00M2FhLTkyNGQtNjFkODkzMDc0MzM3XkEyXkFqcGdeQXVyNzMxNjI4MjA@._V1_.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1036" data-original-width="750" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0Nb_g7BZLJzFOvWSbGTNcUwXIcpHNYDoXufnJEPD4zj0Ng9Tap8adkk92v6v_CZR44BKwb9Q7bXPDRAJXYA00811I90VFm9i3kViJ42fIRv7N6K18e-g2_GrLg9KG3xlkJqfs1rHveSI8LltllxvDl0XkIXWEhaTj0GbaqQTcq4eY3yARfIserW61BB0/w209-h288/MV5BMjdkODA0YjMtMGE5My00M2FhLTkyNGQtNjFkODkzMDc0MzM3XkEyXkFqcGdeQXVyNzMxNjI4MjA@._V1_.jpg" width="209" /></a></b></div><b>Todos Amam Jeanne (Tout le monde aime Jeanne,
2023), de Céline Devaux:</b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Jeanne
(Blanche Gardin) é uma mulher muito admirada, mas no momento se sente no fundo
do poço quando vê seu projeto de sustentabilidade ir, literalmente, por água
abaixo. Humilhada e falida, ela vai a Lisboa com a ideia de vender o
apartamento deixado por sua falecida mãe, encontrando no caminho um antigo
colega, Jean (Laurent Lafitte), que passa a ser uma presença frequente em seu dia-a-dia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b>Todos
Amam Jeanne</b> é um tanto formulário e, por isso, acaba sendo previsível em
vários pontos de sua trama e no arco de sua protagonista. Mas é um filme no
qual a diretora Céline Devaux mostra presar muito pelo bom humor, concebendo
uma narrativa leve e que diverte ora com os personagens, ora com certas sacadas
do roteiro. As inserções animadas que representam os pensamentos de Jeanne, por
exemplo, arrancam boas risadas, mesmo que à vezes surjam exageradamente. Já Blanche
Gardin carrega o filme com segurança interpretando a protagonista, mesmo que seja
um pouco ofuscada por Laurent Lafitte e o jeito totalmente cara de pau de seu
Jean.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVhA9dyM0w-wTPTcOKKcqI2bUBjM7WNL4-MPevIJXOybc3h2C0UkhOxylHfY1Wjp5dnJoIbU_jIEsntz4Oxk0x4IH8MSZaBmC9nmRAwBATj_pLeQKD__2m0ktXdUTknAb_LwHGzWINLsR72NUNwcBc71Iy245g8iKlr4LO1m4bsNdC1RIAjke2vd021dQ/s138/3%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="138" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVhA9dyM0w-wTPTcOKKcqI2bUBjM7WNL4-MPevIJXOybc3h2C0UkhOxylHfY1Wjp5dnJoIbU_jIEsntz4Oxk0x4IH8MSZaBmC9nmRAwBATj_pLeQKD__2m0ktXdUTknAb_LwHGzWINLsR72NUNwcBc71Iy245g8iKlr4LO1m4bsNdC1RIAjke2vd021dQ/w66-h20/3%20estrelas.jpg" width="66" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><br /></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPX3ysLKbgV7RHR1dPPDvfrw9W0dmjtmoTKIlKQ9Y03830ww08U7sHy4ds1OI8KZovcryJUxvlVOlZ4gusLBquvCeG_yyY-bilMR3Sbq2fsZUAqDIcuOofF6Kw82_kk6797Dg2dYQegiRpWWywFvX6oNzX2_x7lXByT8zSKD8Ic8QxlS09TUHTq1MyrJk/s1312/poster-nacional-pedagio.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1312" data-original-width="984" height="283" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPX3ysLKbgV7RHR1dPPDvfrw9W0dmjtmoTKIlKQ9Y03830ww08U7sHy4ds1OI8KZovcryJUxvlVOlZ4gusLBquvCeG_yyY-bilMR3Sbq2fsZUAqDIcuOofF6Kw82_kk6797Dg2dYQegiRpWWywFvX6oNzX2_x7lXByT8zSKD8Ic8QxlS09TUHTq1MyrJk/w212-h283/poster-nacional-pedagio.jpg" width="212" /></a></b></div><b>Pedágio (2023), de Carolina Markowics:</b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Tem
sido comum os jornais trazerem notícias de pessoas homoafetivas que tiram a
própria vida após se submeterem a algum processo de “cura”, geralmente
propagado por pastores cujo maior interesse está no dinheiro que recebem e não
no bem-estar do próximo. <b>Pedágio</b> parte exatamente dessa ideia de “cura” para
desenvolver a história de uma mãe e seu filho.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">No
filme, a diretora Carolina Markowicz nos apresenta a Suellen (Maeve Jinkings), que
trabalha em um pedágio e é mãe de Tiquinho (Kauan Alvarenga), rapaz homossexual
e que não tem vergonha de sua natureza. Mas a mãe infelizmente tem, e resolve
enviá-lo para o tratamento de um pastor estrangeiro que está sendo promovido
por uma igreja. Mas para poder pagar por isso, ela entra em negócios ilícitos
com o namorado (Thomas Aquino).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Uma
das coisas bacanas de <b>Pedágio</b> é que, ao mesmo tempo em que ridiculariza
tudo o que envolve o tal tratamento de cura, Carolina Markowicz faz questão de cutucar
a hipocrisia daqueles que geralmente vendem essa ideia como algo válido,
indivíduos que quando analisados de perto não têm nada de santos e puros, mas ainda
assim adoram condenar o outro apenas por sua sexualidade. Além disso, a relação
entre mãe e filho no filme é retratada delicadamente, já que tratam-se de
pessoas que claramente se amam e se importam uma com a outra, apesar de a mãe
não aceitar a natureza do filho. E Maeve Jinkings e Kauan Alvarenga dão vida a
essa dinâmica com a sensibilidade necessária.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKQRUW8EjQuTij-lO0WE7Lx-C1z3sMI0O_hOuJS_cBagWdgT95qUSzSZvxREVwG4mIxBcTFdRSiZ8OtKZUe9srOVt9uJUtxuyc9YVuvcPNVDEoppB8dMbcLY_tvEQb-kaoa9SyEyUDCZ0-rxWMQkMCAEtbKx_CPI3JVIFOUc_NCA1amcb00scP0hXwhvk/s184/4%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="184" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKQRUW8EjQuTij-lO0WE7Lx-C1z3sMI0O_hOuJS_cBagWdgT95qUSzSZvxREVwG4mIxBcTFdRSiZ8OtKZUe9srOVt9uJUtxuyc9YVuvcPNVDEoppB8dMbcLY_tvEQb-kaoa9SyEyUDCZ0-rxWMQkMCAEtbKx_CPI3JVIFOUc_NCA1amcb00scP0hXwhvk/w88-h20/4%20estrelas.jpg" width="88" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><br /></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6GlXk-kJze1BEzwVHacAJL_vprK3UxSWADs5eazMpB0MTtJVmSOqsqgPLFlDtwR3hh8Jk8ONru9qq35Qz7ELN7k7u5QWHVJI_EmpVUn_hFOSyZJZ7Af9wa4wWrkG1u1syh8Z8srnezGqLGH7nmThVl1RZv6H8pjklsd8VBA8uFvOVrbQjogXQHHP9nAY/s1359/MV5BZGU1YmJhMTUtZGNhYi00MjUwLTgwNWEtODY1YzBjN2EwNjZjXkEyXkFqcGdeQXVyODc5Mjc4Nzg@._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1359" data-original-width="1000" height="299" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6GlXk-kJze1BEzwVHacAJL_vprK3UxSWADs5eazMpB0MTtJVmSOqsqgPLFlDtwR3hh8Jk8ONru9qq35Qz7ELN7k7u5QWHVJI_EmpVUn_hFOSyZJZ7Af9wa4wWrkG1u1syh8Z8srnezGqLGH7nmThVl1RZv6H8pjklsd8VBA8uFvOVrbQjogXQHHP9nAY/w220-h299/MV5BZGU1YmJhMTUtZGNhYi00MjUwLTgwNWEtODY1YzBjN2EwNjZjXkEyXkFqcGdeQXVyODc5Mjc4Nzg@._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" width="220" /></a></b></div><b>Ervas Secas (Kuru Otlar Üstüne, 2023), de Nuri
Bilge Ceylan:</b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Logo
após as mais três horas de duração deste <b>Ervas Secas</b>, pairou em minha
cabeça a dúvida quanto ao número de páginas que o roteiro do filme teria. Não
por conta da duração, mas sim por ele contar com diálogos, diálogos, diálogos e
mais diálogos (respondendo a dúvida, aparentemente o roteiro tinha mais de 500
páginas). Mas apesar de parecer, isso que falei está bem longe de ser uma
crítica, já que o diretor Nuri Bilge Ceylan faz dos diálogos um dos pontos
fortes do filme.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">A
história mostra o professor Samet (Deniz Celiloğlu), que mora junto com seu
colega Kenan (Musab Ekici) e dá aula em uma escola em Anatolia, tendo como
objetivo se transferir de volta para Istambul. Mas as coisas passam a não dar
muito certo quando duas alunas acusam os sujeitos de terem abusado delas. Ao
mesmo tempo, Samet e Kenan conhecem Nuray (Merve Dizdar), professora que
sobreviveu a um ataque terrorista e pela qual ambos passam a se interessar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Pela
base da trama, <b>Ervas Secas</b> parece que será um filme que colocará seus personagens
rumo a algum julgamento, mesmo que seja um julgamento do próprio público. Mas a
verdade é que Nuri Bilge Ceylan usa isso mais como ponto de partida para o
longa, que tem interesse maior em trazer Samet, Kenan e Nuray discutindo
política, filosofia, suas visões de mundo, seus desejos e até sua própria
existência, com os dramas pessoais dos personagens funcionando para mostrar
como tudo isso se molda e pode mudar a partir de nossas vivências. E talvez <b>Ervas
Secas</b> pudesse ser uma experiência maçante (afinal, grande parte do filme é
composta por longos planos de personagens conversando), mas Nuri Bilge Ceylan
consegue dar dinamismo a narrativa, ao passo que os diálogos se revelam
brilhantes e universais.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9-HKqF3MtRFit51bJE1RIs9A3lpqqH4-vFX3VUU3SJdhXWE7DYkf8EJkBmRCdzX950Sy9AOAfXwg1LczrvcSbYKcPdSZRaiTBTQWAeFuKggVVskAEM2f787jERfI8CPQjtXw80KFo7MZtguHfJtAlWEE0YsJcGygj1jn9VO5-Mq422bc4cBocKNLS0m4/s229/5%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="229" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9-HKqF3MtRFit51bJE1RIs9A3lpqqH4-vFX3VUU3SJdhXWE7DYkf8EJkBmRCdzX950Sy9AOAfXwg1LczrvcSbYKcPdSZRaiTBTQWAeFuKggVVskAEM2f787jERfI8CPQjtXw80KFo7MZtguHfJtAlWEE0YsJcGygj1jn9VO5-Mq422bc4cBocKNLS0m4/w109-h20/5%20estrelas.jpg" width="109" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7pxcyHqmgHV0Cr_zdjkpTl4-2Vqccc798ZoYuvlFyvfAuugh0pgDnBTejf72BcYoJBoFUCWozSbvRXDYUlA744Obu-lADmDhGyWSTVwpJzfpZDuw8tuj3oXBb2H0s0TLMGM634bnS8_-T5XHo6535yS9qVbbtKcHBylrccQBTfzKv1sycu_PjX4GG_-U/s1500/tiger_stripes_xlg.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1061" height="294" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7pxcyHqmgHV0Cr_zdjkpTl4-2Vqccc798ZoYuvlFyvfAuugh0pgDnBTejf72BcYoJBoFUCWozSbvRXDYUlA744Obu-lADmDhGyWSTVwpJzfpZDuw8tuj3oXBb2H0s0TLMGM634bnS8_-T5XHo6535yS9qVbbtKcHBylrccQBTfzKv1sycu_PjX4GG_-U/w208-h294/tiger_stripes_xlg.jpg" width="208" /></a></b></div><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Tiger Stripes (2023), de Amanda Nell Eu:<o:p></o:p></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Candidato
da Malásia ao Oscar de Melhor Filme Internacional, o longa de estreia de Amanda
Nell Eu apresenta a jovem Zaffan (Zafreen Zairizal), que está começando a passar
pelas mudanças causadas pela puberdade. Mas aos poucos as mudanças se revelam diferentes,
chegando a níveis sobrenaturais.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Sutileza
é algo que não faz parte da narrativa de <b>Tiger Stripes</b>, e ao longo da trama
o filme usa as transformações de Zaffan como uma alegoria referente a forma como
ela se sente na realidade conservadora que vive. Uma realidade na qual até mesmo
fazer vídeos para as redes sociais soa como desafio a autoridades (ao menos quando
meninas fazem). Mas apesar de lidar com uma temática séria e montar uma narrativa
que flerta muito com o terror, Amanda Nell Eu faz um filme caloroso e que diverte,
principalmente quando resolve abraçar um lado mais <i>trash</i> (como ocorre no
terceiro ato), ainda que no fim isso tire qualquer peso que a obra poderia ter.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF3lHgkh9DRy26HbaXY7a1kX6VcIvRaK0FdG76DDwjz5VxsmwOFrVfn7Sc3JsRAyWOUwXu0i03vVLJtGgDbap8AyKgD8jv96FIwwZIGFh6e5xHpCwEwuGQMS9EPsiixP65mzFENdC8oBWBJI1BzSt9si0_O5vlIwxSH9uZ4bwS1HIpn8nXav5fN8tJlcw/s138/3%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="138" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF3lHgkh9DRy26HbaXY7a1kX6VcIvRaK0FdG76DDwjz5VxsmwOFrVfn7Sc3JsRAyWOUwXu0i03vVLJtGgDbap8AyKgD8jv96FIwwZIGFh6e5xHpCwEwuGQMS9EPsiixP65mzFENdC8oBWBJI1BzSt9si0_O5vlIwxSH9uZ4bwS1HIpn8nXav5fN8tJlcw/w66-h20/3%20estrelas.jpg" width="66" /></a><span style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><b>Outros posts da cobertura:</b></div><div style="text-align: left;"><b><br /></b></div><div style="text-align: left;"><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de.html" target="_blank">1a parte</a></b></div><div style="text-align: left;"><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de_22.html" target="_blank">2a parte</a> </b></div><div style="text-align: left;"><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de_23.html" target="_blank">3a parte</a></b></div><div style="text-align: left;"><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de_25.html" target="_blank">4a parte</a></b></div></span></div></div>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-68156564300828664092023-10-25T23:40:00.002-03:002023-11-01T01:38:55.309-03:0047ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo - 4ª Parte<!--StartFragment-->
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNszJ0zhMMJvv0shFR3BiCjqlpPBQJ3o-Fh6AK5IoPNrpiuDHzW8FzBsmKgLA5v7bIc9D4hvAjlzb-C9gCIap09xyiJA9mmRzo5_HZvtnMW8vXynrljqmaq4KC1Dz0qJQwG_3hXesdoDvX9VxcZXwK07HEqX4MatZlP8IdCMsMunlNbRpL5QB9Op1hPgg/s764/images%20(68).jpeg-1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="401" data-original-width="764" height="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNszJ0zhMMJvv0shFR3BiCjqlpPBQJ3o-Fh6AK5IoPNrpiuDHzW8FzBsmKgLA5v7bIc9D4hvAjlzb-C9gCIap09xyiJA9mmRzo5_HZvtnMW8vXynrljqmaq4KC1Dz0qJQwG_3hXesdoDvX9VxcZXwK07HEqX4MatZlP8IdCMsMunlNbRpL5QB9Op1hPgg/w525-h275/images%20(68).jpeg-1.jpg" width="525" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Hoje
infelizmente não tenho uma grande introdução em mãos ou uma brincadeira para fazer.
Sinais de que minha criatividade tem limite. Mas vejam pelo lado bom: podemos ir
direto comentar mais cinco filmes assistidos nessa Mostra de São Paulo.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVJNYIDEvw7Fqk8XMeH-gO58KqMnwNgSunWuFrZcHTVHIVOj6bmUCLkj1INC_JF-41zTACAv8fjC6XZiwUpx_mDquYHOX8g-H5rws8emfHWlIoXnU9a4Paq4Cj5iq5I2ZTV0mPAJEqFA8whyZYEwD_n0U8t6xPOdNy1gdOONTRbHbyh8-cgs__f17XA5c/s1400/MV5BOTljYTQ4ZDktNGYyZi00NDQ3LWI0OGUtYTY4OWZjMWMwYmZiXkEyXkFqcGdeQXVyMTMzNzIxMTg0._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1400" data-original-width="1000" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVJNYIDEvw7Fqk8XMeH-gO58KqMnwNgSunWuFrZcHTVHIVOj6bmUCLkj1INC_JF-41zTACAv8fjC6XZiwUpx_mDquYHOX8g-H5rws8emfHWlIoXnU9a4Paq4Cj5iq5I2ZTV0mPAJEqFA8whyZYEwD_n0U8t6xPOdNy1gdOONTRbHbyh8-cgs__f17XA5c/w201-h280/MV5BOTljYTQ4ZDktNGYyZi00NDQ3LWI0OGUtYTY4OWZjMWMwYmZiXkEyXkFqcGdeQXVyMTMzNzIxMTg0._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" width="201" /></a></b></div><b>Sob
o Silêncio das Água (He bian de cuo wu, 2023), de Wei Shujun:<o:p></o:p></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Em
1995, o policial Ma Zhe (Zhu Yilong) se depara com uma série de assassinatos
pela cidade. Apesar de as suspeitas caírem em cima do filho adotivo de uma das
vítimas, Ma Zhe começa uma investigação que o faz questionar até sua noção de
realidade, ao mesmo tempo que ele lida com a gravidez de sua esposa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b>Sob
o Silêncio das Águas</b> não sai muito do lugar-comum, percorrendo caminhos que
outros thrillers policiais já percorreram de maneira melhor, além de não ser tão
misterioso quanto gostaria. Há bons momentos, como a cena em que a polícia
testa várias armas brancas para descobrir qual delas pode ter sido responsável
pelos crimes, mas são raros e não são o bastante pra envolver o espectador.
Além disso, o protagonista se revela muito desinteressante, interpretado por Zhu
Yilong de maneira inexpressiva.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX4L3Nlc5FY3I44ZreVdNOpNhieszaBWb4B3lEcyNfF4wJW9JVRriPbl68bIqlp4FYs26sNyqwRm54_XDuSRA_pUZwcFVC-upCB6yycFEwzrKp6qgNAveNW3uFtQ8sXGMkCNIEaRMMqiHZaL5XtWk_VIupaOBbfTGD84JSTZ8LmMW4VTLdDZqAu9iVFdo/s92/2%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="92" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX4L3Nlc5FY3I44ZreVdNOpNhieszaBWb4B3lEcyNfF4wJW9JVRriPbl68bIqlp4FYs26sNyqwRm54_XDuSRA_pUZwcFVC-upCB6yycFEwzrKp6qgNAveNW3uFtQ8sXGMkCNIEaRMMqiHZaL5XtWk_VIupaOBbfTGD84JSTZ8LmMW4VTLdDZqAu9iVFdo/w43-h20/2%20estrelas.jpg" width="43" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><br /></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzus1q7_SXsNfCMfszoScFYTYUzFk7gFwf28i-U3kgtecUUkX7FltAeSScEqyXXCDw6VNuK9iGLCLJomVPdSkL9QBgDGDYJVHn8CuXGHsicSxODKDefO_UjMLc02NSpZ6uA61VSI-BURDH-c2tscmhZoB9Xvlf9CA1z0BD8Mz5wilZaiBZaYN2dE5-Pvs/s718/aPhNShGoVSKrGah9Sn56sAwi8No.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="718" data-original-width="500" height="279" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzus1q7_SXsNfCMfszoScFYTYUzFk7gFwf28i-U3kgtecUUkX7FltAeSScEqyXXCDw6VNuK9iGLCLJomVPdSkL9QBgDGDYJVHn8CuXGHsicSxODKDefO_UjMLc02NSpZ6uA61VSI-BURDH-c2tscmhZoB9Xvlf9CA1z0BD8Mz5wilZaiBZaYN2dE5-Pvs/w194-h279/aPhNShGoVSKrGah9Sn56sAwi8No.jpg" width="194" /></a></b></div><b>Até
Que a Música Pare (2023), de Cristiane Oliveira:</b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Se há
algo que fica evidente na filmografia de Cristiane Oliveira como diretora é o
carinho que ela tem por seus personagens. E isso não é diferente neste seu novo
longa, <b>Até Que a Música Pare</b>, cuja história se passa na Serra Gaúcha e boa
parte é falada no idioma italian. No filme somos apresentados a Chiara (Cibele Tedesco),
uma senhora que se vê em uma rotina solitária. Ela então decide acompanhar o
marido, Alfredo (Hugo Lorensatti), nas entregas que ele realiza em mercados,
sendo que eles ainda estão lidando com a perda de um de seus filhos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Ao
longo do filme Cristiane Oliveira busca tratar de temas muito humanos e até
mesmo atuais, mostrando como parte do luto vivido pelo casal vem pelo
afastamento do filho causado pela polarização que a política trouxe a muitas
famílias. Mas esse tema em específico surge no filme superficialmente,
especialmente se comparado com outros dois que sustentam bem a narrativa: o uso
da religião como um conforto para quem deseja manter uma conexão com um ente
querido após a morte, e a sensação de abandono que atinge tantas pessoas
idosas, que assim convivem com um certo descaso dos filhos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">São
temas desenvolvidos com muita sensibilidade e até bom humor por Cristiane
Oliveira, sendo que ela ainda conta com uma atuação cheia de ternura de Cibele Tedesco.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj37O2ieX6R9EW6mdmB1nw5t6cpBVMxzzqT1z6tmzh4TFKzBF_MWi9TiEGC9e2sQ9rXLv7oEWS7-xEZjAkXNmd92xGhn_MjiR4wVUvvj5CTXq3jWT1aEhZrr3CPflw0p4GgmRcGPuaKMaXMZ9Pfow49xNgN7E7oIMVVhfoPQNRf_xcMafbKpZzfcUrzXfs/s184/4%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="184" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj37O2ieX6R9EW6mdmB1nw5t6cpBVMxzzqT1z6tmzh4TFKzBF_MWi9TiEGC9e2sQ9rXLv7oEWS7-xEZjAkXNmd92xGhn_MjiR4wVUvvj5CTXq3jWT1aEhZrr3CPflw0p4GgmRcGPuaKMaXMZ9Pfow49xNgN7E7oIMVVhfoPQNRf_xcMafbKpZzfcUrzXfs/w88-h20/4%20estrelas.jpg" width="88" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><br /></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXNhoNA2qAkouUbfnLAzYaXB9uHHB9zhbNt-lu6FtZgBgwejofLDCV7RqgrPZFF6uNdlFAbwIiZZWP6NzDCtDpyL647-_8Tx5OWeFfyVsOwZzyPQv4lvparWFQvE36Lj8qqfgNrjFSzGA5qk7HznouMTa5-qJu5cMs9p2ePtC8OSa9OhUt92jnaXLoJmE/s870/Screenshot_20231025_231712_Samsung%20Internet.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="870" data-original-width="602" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXNhoNA2qAkouUbfnLAzYaXB9uHHB9zhbNt-lu6FtZgBgwejofLDCV7RqgrPZFF6uNdlFAbwIiZZWP6NzDCtDpyL647-_8Tx5OWeFfyVsOwZzyPQv4lvparWFQvE36Lj8qqfgNrjFSzGA5qk7HznouMTa5-qJu5cMs9p2ePtC8OSa9OhUt92jnaXLoJmE/w194-h281/Screenshot_20231025_231712_Samsung%20Internet.jpg" width="194" /></a></b></div><b>Mambar
Pierrette (2023), de Rosine Mfetgo Mbakam:</b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b>Mambar
Pierrete</b> é um retrato de perseverança. Focando na personagem-título, uma
costureira na cidade de Douala, o longa mostra o cotidiano dela e como ela
encara diversos infortúnios, buscando dribla-los para se manter e poder cuidar
de seus filhos e de sua mãe.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Mais
conhecida por seu trabalho em documentários, a diretora Rosine Mfetgo Mbakam traz
um pouco dessa linguagem para o que constrói aqui, acompanhando de maneira
bastante próxima sua protagonista e apostando em uma dinâmica bastante natural
entre ela e outros personagens, o que rende um tom realista muito apropriado.
Aliás, logo de cara Mambar já conquista a simpatia do público, com o filme trazendo
cenas em que ela cuida com paciência de sua mãe e sendo afetuosa com um de seus
filhos, o que faz nós torcermos por ela frente a todo e qualquer obstáculo que
apareça em seu caminho, seja tal obstáculo algo simples ou mais complicado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZcMdOJLinwFKrdNtulPQzsLoR_t05_Zi39AXX-QcTjb-eQvZtVFVhgy3Np1QEXQ_VnLeziVpJynpu88gZ6-oFH7H8ZpOChaA6-nlaley1JggkLF-4g4jvEtY2BRCIM5YLG1TTWYz85Ofwx8BT90igIiyVjyECREcYV0sVgaqmdGKg1RPnuc4jl7bKcq4/s184/4%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="184" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZcMdOJLinwFKrdNtulPQzsLoR_t05_Zi39AXX-QcTjb-eQvZtVFVhgy3Np1QEXQ_VnLeziVpJynpu88gZ6-oFH7H8ZpOChaA6-nlaley1JggkLF-4g4jvEtY2BRCIM5YLG1TTWYz85Ofwx8BT90igIiyVjyECREcYV0sVgaqmdGKg1RPnuc4jl7bKcq4/w88-h20/4%20estrelas.jpg" width="88" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><br /></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlE4QmFtDhvS3mvPlhSmgio1YQTe6iCnQe5-j0xernck2RPT1c-8tEs_IdPlm8agpj6NohUH673iWrttLsEgs5VteAULT5LIdNoAXHw2-lOUlL8IUF_jjz-xCMs1xjyfWFGjsNoc4NNAS6q3obUk4uc1Sryv4AdUxAtUyVhbEZiyfGM1GUYanEAfitwfA/s1500/MV5BNjlhYTgxZTQtZDIwZi00YjkwLWE4NjMtNTllMjdlMzliNjhiXkEyXkFqcGdeQXVyODgxMDAxMjY@._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1000" height="305" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlE4QmFtDhvS3mvPlhSmgio1YQTe6iCnQe5-j0xernck2RPT1c-8tEs_IdPlm8agpj6NohUH673iWrttLsEgs5VteAULT5LIdNoAXHw2-lOUlL8IUF_jjz-xCMs1xjyfWFGjsNoc4NNAS6q3obUk4uc1Sryv4AdUxAtUyVhbEZiyfGM1GUYanEAfitwfA/w203-h305/MV5BNjlhYTgxZTQtZDIwZi00YjkwLWE4NjMtNTllMjdlMzliNjhiXkEyXkFqcGdeQXVyODgxMDAxMjY@._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" width="203" /></a></b></div><b>Não
Espere Muito do Fim do Mundo (Nu aştepta prea mult de la sfârşitul lumii,
2023), de Radu Jude:</b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Novo
trabalho de Radu Jude e candidato da Romênia para tentar uma das vagas entre os
indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional, <b>Não Espere Muito do Fim do
Mundo</b> nos apresenta a assistente de produção Angela (Ilinca Manolache)
enquanto ela dirige de ponto em ponto por Bucareste. Sua tarefa é entrevistar pessoas
para um vídeo de segurança no trabalho, projeto ordenado por uma grande
empresa. Pontualmente, ainda vemos inserções de cenas do filme <b>Angela Vai em
Frente</b> (de 1981), que também traz uma mulher dirigindo a trabalho pela
cidade.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Radu
Jude então faz um retrato cheio de ironia e humor ácido de uma sociedade que,
mesmo tendo evoluído nos últimos 40 anos, ainda parece manter muitas pessoas à beira
do colapso profissionalmente. Ao longo filme vemos Angela viver uma jornada de
trabalho absurda por horas e horas, e creio que as pausas que a personagem faz
para encarnar seu alter ego satírico Bobita (uma figura bizarra, misógina e,
por ser uma sátira, hilária) sirvam como uma manifestação da raiva que ela
acumula. Raiva esta que no fim se direciona a líderes e corporações poderosas,
que mantém as pessoas sempre sobrecarregadas de alguma forma e, quando algo dá
errado, culpam as próprias pessoas pelo ocorrido (como é ilustrado na longa e
excelente cena em que o vídeo de segurança é gravado).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Aqui
e ali <b>Não Espere Muito do Fim do Mundo</b> soa um tanto autoindulgente, mas de
modo geral Radu Jude faz um dos filmes mais estranhamente engraçados do ano.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1OildSPKIZArWaYOZlj5SEdqMN6NSI8QikkzjBd9EpTEfNQzY9vVClard-qi4pQNbQ5EsC_Oqtr96aDwN5UT27s-0jrp62lO12VtP_02ekHPb8LSkyiKMXv2sjcyc1WVwXdB0_zaAsSZKUHpfTdXfGKTFDJRMNaGPbTebWlMk60Tr6q9kyf5n7y4HGMY/s184/4%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="184" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1OildSPKIZArWaYOZlj5SEdqMN6NSI8QikkzjBd9EpTEfNQzY9vVClard-qi4pQNbQ5EsC_Oqtr96aDwN5UT27s-0jrp62lO12VtP_02ekHPb8LSkyiKMXv2sjcyc1WVwXdB0_zaAsSZKUHpfTdXfGKTFDJRMNaGPbTebWlMk60Tr6q9kyf5n7y4HGMY/w88-h20/4%20estrelas.jpg" width="88" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><br /></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpruzqru9RNIBFT8V4AINTI-sAPpvYggSXrIuxjpl9D2KZkrqVpQTg3RV-fIWUy0grV73M4LsiJ-ztSlAeBcI7Wnu0dIB5LGYXokK7bW5L8F4g_7jZ1HaNsXL_Q_fjsa7jiGI05MTptczReMWR1aUcJS4WVHZim8viE_dHkeusFYC3ufo4O56bNG2wcXU/s1400/MV5BNzUxMWZkMzMtMmQyMy00Mjc5LTllNWEtYTMxYTI5NGExYTE1XkEyXkFqcGdeQXVyMTIxMTAzNzU4._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1400" data-original-width="1000" height="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpruzqru9RNIBFT8V4AINTI-sAPpvYggSXrIuxjpl9D2KZkrqVpQTg3RV-fIWUy0grV73M4LsiJ-ztSlAeBcI7Wnu0dIB5LGYXokK7bW5L8F4g_7jZ1HaNsXL_Q_fjsa7jiGI05MTptczReMWR1aUcJS4WVHZim8viE_dHkeusFYC3ufo4O56bNG2wcXU/w208-h290/MV5BNzUxMWZkMzMtMmQyMy00Mjc5LTllNWEtYTMxYTI5NGExYTE1XkEyXkFqcGdeQXVyMTIxMTAzNzU4._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" width="208" /></a></b></div><b>Paraíso
em Chamas (Paradiset brinner, 2023), de Mika Gustafson:</b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Primeiro
longa de ficção da diretora sueca Mika Gustafson, <b>Paraíso em Chamas</b>
conta a história das jovens irmãs Laura, Mira e Steffi (vividas respectivamente
por Bianca Delbravo, Dilvin Asaad e Safira Mossberg), que há um bom tempo se
encontram abandonadas pela mãe e vivem sozinhas cuidando umas das outras.
Laura, por ser a mais velha, acaba servindo como a matriarca das irmãs, mas a
preocupação surge quando a assistência social entra em contato querendo falar
com a mãe delas, o que faz a garota tentar encontrar alguém que se passe por esse
papel e impeça o trio de ser separado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b>Paraíso
em Chamas</b> coloca adolescentes precisando assumir papéis de adultas, mas sem
ter qualquer preparo para exercer tal papel, uma ideia que não é nova, mas que aqui
ainda funciona bem. A rotina das irmãs, por exemplo, é uma verdadeira bagunça,
e Gustafson mescla isso com peripécias ilegais que as garotas fazem e que
parecem gerar um divertimento que elas precisam a fim de não pensar muito em
como vivem.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">O
filme também se beneficia da dinâmica entre as três atrizes, com Bianca
Delbravo merecendo destaque especial por fazer de Laura uma figura mais impaciente
e raivosa, talvez por estar em um papel que não gostaria, o que não a impede de
se divertir com as irmãs diante da vida sem muita responsabilidade que elas têm.
É uma pena que <b>Paraíso em Chamas</b> desenvolva alguns pontos da trama de maneira
previsível (como a relação entre Laura e Hanna, interpretada por Ida Engvoll) e
não se resolva tão bem, mas ainda assim é um drama eficaz.<o:p></o:p></p>
<span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 11pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-fareast-theme-font: minor-fareast; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Nota:</span><div><span face="Calibri, sans-serif"><span style="font-size: 14.6667px;"><br /></span></span><div><!--EndFragment--><div><div class="separator" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="138" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaR8cjSrNTQIf6ffDnZiLjFpJhZMU3CNoNnZlQhtkiRV_DSXgG__pMqYe6rSoN8WkaMJLWp5FYN7fuphW3xanVSJCEFIyP_THtiB_mL5diRivt_NqN1vhzCbN4zelL1mH-iN_VwtINICZ-0fDPuRzXMh_PeObG1xOKhUFd-GQCGjVSyNWFhVH7Cai_xdE/w65-h20/3%20estrelas.jpg" width="65" /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><b>Outros posts da cobertura:</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de.html" target="_blank"><b>1a parte</b></a></div><div style="text-align: justify;"><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de_22.html" target="_blank">2a parte</a></b></div><div style="text-align: justify;"><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de_23.html" target="_blank">3a parte</a></b></div></div></div></div></div>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-72528880768230002562023-10-23T23:20:00.003-03:002023-10-24T13:48:38.823-03:0047ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo - 3ª Parte<!--StartFragment-->
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-IEgvXdTPI09xH7Rrw9E1RfGMuw_J0zt4S0ErpspoSPlP55t-ofn-aWErrdz2N9VoOARLhU3N3kG746udt3jD_cDUGuvyTHL2DjvXZhFEAfnT0iO0n8TsBbwBcqBtmzHA04DpCDuPGQCWw8cA_4qaJUYDFzVsc05hQYxvRou7BzvaNedqu7A4t3te3lY/s764/images%20(68).jpeg-1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="401" data-original-width="764" height="273" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-IEgvXdTPI09xH7Rrw9E1RfGMuw_J0zt4S0ErpspoSPlP55t-ofn-aWErrdz2N9VoOARLhU3N3kG746udt3jD_cDUGuvyTHL2DjvXZhFEAfnT0iO0n8TsBbwBcqBtmzHA04DpCDuPGQCWw8cA_4qaJUYDFzVsc05hQYxvRou7BzvaNedqu7A4t3te3lY/w520-h273/images%20(68).jpeg-1.jpg" width="520" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Particularmente
falando, a leva de filmes desse post resultou em uma das maiores correrias dessa
Mostra de São Paulo até agora. Os quatro filmes foram assistidos em quatro cinemas
diferentes. No entanto, correrias como essa são o mais próximo que estou chegando
de turistar por São Paulo, considerando que não estou tendo tempo algum para passear
e conhecer a cidade. Mas é algo tem valido muito a pena, sendo que dessa vez gostei
de todos os filmes.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Enfim,
eis os comentários sobre mais quatro obras exibidas na 47ª Mostra Internacional
de Cinema de São Paulo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGKNdDQMwmfF2VyUHoSDEHklRWrxc1UNgakmAPKa3BJvLF3_Ohw3AiiY4N-3DNtDhPXrfTXpo19DjMalEag_LQquZLT6qAhyphenhyphenAZMAFMa0-R7_2fjKqYso8JaqDhNvUOEjRRq2jLnu6DV_bhD4m8dG83wHlowck_vzJSbbi-ug-D0AbL3FBCB7X9l2Bgyms/s845/OR-DE-VIE-WEB_vignette_600px-EN.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="845" data-original-width="600" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGKNdDQMwmfF2VyUHoSDEHklRWrxc1UNgakmAPKa3BJvLF3_Ohw3AiiY4N-3DNtDhPXrfTXpo19DjMalEag_LQquZLT6qAhyphenhyphenAZMAFMa0-R7_2fjKqYso8JaqDhNvUOEjRRq2jLnu6DV_bhD4m8dG83wHlowck_vzJSbbi-ug-D0AbL3FBCB7X9l2Bgyms/w202-h284/OR-DE-VIE-WEB_vignette_600px-EN.jpg" width="202" /></a></b></div><b>Uma
Vida de Ouro (Or de Vie, 2023), de Boubacar Sangaré:<o:p></o:p></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">“Se eu
tivesse 3 milhões de dólares já iria embora agora”, diz de maneira bem humorada
um dos trabalhadores que aparecem neste <b>Uma Vida de Ouro</b>, documentário de
Boubacar Sangaré. É um momento que de certa forma resume bem o filme, já que é possível
notar a desesperança de quem gostaria de mudar de vida, mas sabe que dificilmente
isso irá ocorrer. No longa, o diretor mostra o dia-a-dia de quem trabalha em uma
região de mineração na Burkina Faso, focando principalmente no jovem Rasmané.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">A partir
daí acompanhamos Rasmané e seus colegas sendo explorados ao mesmo tempo que vivem
e trabalham precariamente. À noite, eles dormem quase empilhados uns em cima dos
outros, ao passo que de dia eles descem e sobem 100 metros em uma mina. Mas algo
que Boubacar Sangaré mostra é que todos ali são dominados por um sistema determinado
a mantê-los onde estão, fazendo os trabalhadores terem de seguir essa rotina de
pobreza enquanto buscam manter acesa a esperança de uma vida melhor.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b>Uma
Vida de Ouro</b> acaba se tornando bastante repetitivo depois de um tempo, mas é
um documentário que acaba valendo por mostrar uma realidade que nem sempre ganha
atenção.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCw1fd96VGSH6WNIrn1WeMdeY5VkqzWnejb56bayHTxhovmw1CgR4pvfxZ2-JHBI148XQ2KYiW71RAd8FmecbKVxr27cIVOumzAXtgRo3m7UYjJ3IxzTYx8-IiKcebNPVBXcvY9IrViMvvCQ6gWQesCQkTAPCeOHAiJe4Yow7fA6fXED0m5DpYGf3HMZo/s138/3%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="138" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCw1fd96VGSH6WNIrn1WeMdeY5VkqzWnejb56bayHTxhovmw1CgR4pvfxZ2-JHBI148XQ2KYiW71RAd8FmecbKVxr27cIVOumzAXtgRo3m7UYjJ3IxzTYx8-IiKcebNPVBXcvY9IrViMvvCQ6gWQesCQkTAPCeOHAiJe4Yow7fA6fXED0m5DpYGf3HMZo/w66-h20/3%20estrelas.jpg" width="66" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwoMUySOrxrGXRNkENcb8apyjk6mgmzO-JXo9efF2k9Bjw-7ggktm0WNVrwjLFo5pBJlgOTu9Q3wsKP7AQbNoYi9Oa7QndQkSPKNgKfpa-TIreoSrukhNjrPV_5luxE6JxlVHUqFZI6uE8PL3YAXNrbptO0SH0mkulM9wYT5vk8mDcpaBom1xhQH_pEfc/s1246/MV5BYjcyY2JlMmQtODcyNS00OTk3LTkxYjItZTQ4NmNmODE4MThlXkEyXkFqcGdeQXVyNzQ3MDc3ODI@._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1246" data-original-width="1000" height="313" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwoMUySOrxrGXRNkENcb8apyjk6mgmzO-JXo9efF2k9Bjw-7ggktm0WNVrwjLFo5pBJlgOTu9Q3wsKP7AQbNoYi9Oa7QndQkSPKNgKfpa-TIreoSrukhNjrPV_5luxE6JxlVHUqFZI6uE8PL3YAXNrbptO0SH0mkulM9wYT5vk8mDcpaBom1xhQH_pEfc/w231-h313/MV5BYjcyY2JlMmQtODcyNS00OTk3LTkxYjItZTQ4NmNmODE4MThlXkEyXkFqcGdeQXVyNzQ3MDc3ODI@._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" width="231" /></a></b></div><b>Fancy
Dance (2023), de Erica Tremblay:<o:p></o:p></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Não satisfeito
em ter ido ver Lily Gladstone em uma atuação absolutamente memorável em <b>Assassinos
da Lua das Flores</b>, resolvi assistir também ao filme estrelado por ela que está
na programação da Mostra. Em <b>Fancy Dance</b>, Gladstone dá vida a Jax, que está
cuidando de sua sobrinha, Roki (Isabel Deroy-Olson), desde que sua irmã sumiu semanas
atrás, um caso que a polícia parece não ter interesse em resolver. Mas quando a
assistência social ameaça tirar de Jax a custódia de Roki, ela passa a se esforçar
ainda mais para descobrir o paradeiro da irmã.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">A trama
de investigação em <b>Fancy Dance</b> não deixa de ser comum. Mas o diferencial
do longa é a atenção que a diretora Erica Tremblay faz questão de dar a cultura
indígena de seus personagens, que assim como a realizadora fazem parte da nação
Seneca-Cayuga (Tremblay inclusive assina o filme com seu nome indígena, Qdewayę:sta’).
Sendo assim, ao mesmo tempo que é envolvente acompanhar Jax tentando achar sua irmã,
é muito bacana quando a história faz pausas para mostrar rituais importantes da
cultura dos personagens. É um aspecto que também contribui muito para a riqueza
da relação entre Jax e Roki, que é repleta de respeito e afeto. E Lily
Gladstone faz um ótimo trabalho ao trazer força e determinação a uma mulher que
sabe pertencer a um mundo que negligencia seu povo o quanto pode.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVb2oisBNneDaMk5AyNEnSmHogJQ4gN4ANudj2bd7cQ526XYAkxu8-FVxop2wXaUxqiCeOiCRxaVPqCIN3TP2HNc7NpxfZDweI8CCoBNJbx99x97qtoiF19mm0WeVvcw5KYnTXTwGZufRKBgyuLm91Fux4F0MtPVnsisRkdnLDJf5-gU-mMrClJkxD6FY/s184/4%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="184" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVb2oisBNneDaMk5AyNEnSmHogJQ4gN4ANudj2bd7cQ526XYAkxu8-FVxop2wXaUxqiCeOiCRxaVPqCIN3TP2HNc7NpxfZDweI8CCoBNJbx99x97qtoiF19mm0WeVvcw5KYnTXTwGZufRKBgyuLm91Fux4F0MtPVnsisRkdnLDJf5-gU-mMrClJkxD6FY/w88-h20/4%20estrelas.jpg" width="88" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE-1w3MLg03pd8RjETvBW4hWsgofgk87zqD0nh1SFfUJwkjzRtl4xoBy2hMCSCCu0ksof6FVYm0rqoIYpFmNHOKhfUUg-jhLn7mai7nQsqGw2ZOXya9pVI7-CvUh6UMm6bMbCCBy3j5vi1rUvEB32oiEahk4jK9tkhaJFkECAHfhx8rNnLc7M2bpR9mtA/s1949/MV5BZThhZGNkYTEtOThhYS00NTUwLWE0ZDctMTE2NDA1ZmFlYzJhXkEyXkFqcGdeQXVyMTQ5Mzc5MDU@._V1_.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1949" data-original-width="1380" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE-1w3MLg03pd8RjETvBW4hWsgofgk87zqD0nh1SFfUJwkjzRtl4xoBy2hMCSCCu0ksof6FVYm0rqoIYpFmNHOKhfUUg-jhLn7mai7nQsqGw2ZOXya9pVI7-CvUh6UMm6bMbCCBy3j5vi1rUvEB32oiEahk4jK9tkhaJFkECAHfhx8rNnLc7M2bpR9mtA/w213-h300/MV5BZThhZGNkYTEtOThhYS00NTUwLWE0ZDctMTE2NDA1ZmFlYzJhXkEyXkFqcGdeQXVyMTQ5Mzc5MDU@._V1_.jpg" width="213" /></a></b></div><b>A
Sobrevivência da Bondade (The Survival of Kindness, 2022), de Rolf de Heer:<o:p></o:p></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Num mundo
justo, Mwajemi Hussein receberia uma tonelada de prêmios de atuação por seu trabalho
neste <b>A Sobrevivência da Bondade</b>. Em um filme praticamente sem diálogos,
a atriz (que nunca havia atuado antes) tem como seus principais recursos o olhar
e o carisma para fazer uma composição de personagem brilhante. A personagem à principio sem
nome – nos créditos finais ela é chamada apenas de BlackWoman – vive em uma distopia,
sendo enjaulada no meio do deserto por figuras que usam máscaras de gás e representam
um poder autoritário. Mas ao conseguir escapar, BlackWoman começa a resgatar um
mínimo de dignidade em um mundo desolado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Autoritarismo,
intolerância, colonialismo. A alegoria que ganha vida pelas mãos do diretor Rolf
de Heer toca nessas questões com muita clareza, conseguindo ainda envolver o espectador
mesmo investindo em um ritmo mais cadenciado na narrativa, algo que serve também
para que ele mostre com calma o universo cheio de cenários desesperadores. Mas ainda
que lide com temas pesados, <b>A Sobrevivência da Bondade</b> se mostra capaz de
causar o riso. E aqui cito mais uma vez o trabalho de Mwajemi Hussein, que faz de
BlackWoman uma personagem capaz de nos fazer sorrir em meio ao caos, seja com meras
reverências a manequins, seja com interjeições de impaciência. Mas acho que o que
define mesmo a atuação maravilhosa da atriz é seu olhar generoso, e que se mantém assim
ao longo de praticamente todo o filme e faz o espectador ter um carinho quase imediato
por ela.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Um ótimo
filme e uma performance central que certamente é uma das melhores do ano.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdmXKMPMSJJ8vABVD0hmGhKGIHs8-NDWTMS_BKlP2Gyd3JcIChgvYVLWChaLHjvHDZ3EGWKeiZCOvEe3Yu2aGpjcgaO87463I1rXtNFiCy_ZMxbsoU60rzbVr6RfXkQWC2v4l_EQv_7Gvlfkb0u5aRJ9GMczURgt56VEJOIEuly092ttJ-b65tPGO4Yfg/s229/5%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="229" height="21" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdmXKMPMSJJ8vABVD0hmGhKGIHs8-NDWTMS_BKlP2Gyd3JcIChgvYVLWChaLHjvHDZ3EGWKeiZCOvEe3Yu2aGpjcgaO87463I1rXtNFiCy_ZMxbsoU60rzbVr6RfXkQWC2v4l_EQv_7Gvlfkb0u5aRJ9GMczURgt56VEJOIEuly092ttJ-b65tPGO4Yfg/w114-h21/5%20estrelas.jpg" width="114" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUjrLWevMEKjBe2YZ0iUep3KdFnBPkLCTHbM51OGwr5QmlM6Mk15ZvSxNQ0ZBiDG9aMrurBN4ot6-7JseRsAuCdIOgptmklp0ybynOmHWUiBboWlul9dqEXRju4cgDdcsXz3kFRn8y258rXtw75lKyKUZxEc9IeruX7y0ukju4TSfzialFcynjQDyI60U/s1500/MV5BNWUyOGEwZmYtODM3Zi00MDU0LWI4N2QtNmJmYzM4Njg3ZDg2XkEyXkFqcGdeQXVyNTY4ODAxODI@._V1_.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1082" height="322" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUjrLWevMEKjBe2YZ0iUep3KdFnBPkLCTHbM51OGwr5QmlM6Mk15ZvSxNQ0ZBiDG9aMrurBN4ot6-7JseRsAuCdIOgptmklp0ybynOmHWUiBboWlul9dqEXRju4cgDdcsXz3kFRn8y258rXtw75lKyKUZxEc9IeruX7y0ukju4TSfzialFcynjQDyI60U/w232-h322/MV5BNWUyOGEwZmYtODM3Zi00MDU0LWI4N2QtNmJmYzM4Njg3ZDg2XkEyXkFqcGdeQXVyNTY4ODAxODI@._V1_.jpg" width="232" /></a></b></div><b>O
Mal Não Existe (Aku Wa Sonzai Shina, 2023), de Ryūsuke Hamaguchi:<o:p></o:p></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Aguardado
novo trabalho do diretor Ryūsuke Hamaguchi após o sucesso <b>Drive My Car</b>,
O Mal Não Existe é uma ode contra a ignorância e a políticas neoliberais predatórias.
Escrito pelo próprio Hamaguchi, o filme se passa em um vilarejo que abriga uma natureza
linda e muito valorizada por seus habitantes, sendo que o trabalho de muitos deles
depende dessa natureza. Mas eis que uma empresa de Tóquio chega lá com o objetivo
de construir um local para “glamping” (ou acampamento glamoroso), cujo projeto promete
ameaçar todo o ecossistema do vilarejo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Ryūsuke
Hamaguchi naturalmente começa mostrando a beleza e a importância que a região tem
para seus habitantes, algo que ele faz investindo em planos longos e bastante contemplativos,
o que se revela essencial para entendermos o que está em jogo. Com isso estabelecido,
o diretor com propriedade desce suas críticas à forma totalmente ignorante com
a qual grandes corporações buscam se livrar de recursos naturais e/ou pontos históricos,
pouco se importando com seu valor e costumeiramente querendo criar negócios estapafúrdios
em nome de grana. Nisso, Hamaguchi concebe uma das cenas mais hilárias do ano quando
os despreparados representantes da empresa apresentam seu projeto no vilarejo, subestimando
todo o povo que vive ali e que se mostra conhecedor de sua história, de seu valor
e não tem absolutamente nada de burro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Além
disso, o cineasta concebe uma narrativa muito bem organizada, fazendo não só rimas
visuais elegantes (gosto principalmente de como o primeiro plano do filme dialoga
com o último),<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mas também sabendo usar a
leveza dos dois primeiros atos para potencializar o peso e a surpresa carregados
pelo terceiro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBJF93saQYYizs95V2H-WYhwQMEXRdSlgatXSYGIQeJRvFbh1AV3frZFefw9JKaQ4EJhR812ioX0IRNTPUgkc5wcIBIE7t2QJUUsO2xsB_xyIs4EOjLZLq93rPR0x7OxG-G-CLFhqznjxGyEMAhHeYYgYAANbTpPHvGv3tA_oH3WN0IoTGh9DUHmFVEdc/s229/5%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="229" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBJF93saQYYizs95V2H-WYhwQMEXRdSlgatXSYGIQeJRvFbh1AV3frZFefw9JKaQ4EJhR812ioX0IRNTPUgkc5wcIBIE7t2QJUUsO2xsB_xyIs4EOjLZLq93rPR0x7OxG-G-CLFhqznjxGyEMAhHeYYgYAANbTpPHvGv3tA_oH3WN0IoTGh9DUHmFVEdc/w109-h20/5%20estrelas.jpg" width="109" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b>Outros posts da cobertura da Mostra:</b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de.html" target="_blank">1a parte</a></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de_22.html" target="_blank">2a parte</a></b></p>
<!--EndFragment-->Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-45610589489543741412023-10-22T21:13:00.005-03:002023-10-23T23:21:22.815-03:0047ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo - 2ª Parte<p></p><div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzr-uzSzdKpAbhaR3O389mR1S5UzjwGHI2snqT-KIfPCO47ZLUdZDyn3Mn_C72jF6So1nNTXzZnJlozR10Q-eX8vvan3tHBliVhlPlqcjC7dCaN4nUTwd26gJ7kDMI0ECIjnLZfAMeJCxHm5zG_8tplRQWmYeM03n9OuypDFDlJ-tOLj5nJ0GPyW9E1oY/s495/images%20(68).jpeg.jpg"><img border="0" data-original-height="260" data-original-width="495" height="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzr-uzSzdKpAbhaR3O389mR1S5UzjwGHI2snqT-KIfPCO47ZLUdZDyn3Mn_C72jF6So1nNTXzZnJlozR10Q-eX8vvan3tHBliVhlPlqcjC7dCaN4nUTwd26gJ7kDMI0ECIjnLZfAMeJCxHm5zG_8tplRQWmYeM03n9OuypDFDlJ-tOLj5nJ0GPyW9E1oY/w483-h253/images%20(68).jpeg.jpg" width="483" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">A
Mostra recém começou e o crítico que vos fala... já conseguiu ir e voltar das
sessões de metrô (uma vitória para o bolso) e ainda soube ajudar alguém que
pediu direções na rua. Mais uns dias e serei um nativo de São Paulo.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Mas
brincadeiras à parte, hoje temos mais cinco filmes para comentar.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9unAC5R3jBu1ctm0fRmhOyQE5W28Bqy7u0DYRPG-nNlTzeGyscTT3H1zWUOQZU3FvTVL_8nuvO8SOlmD57unY4M55KhOxpuNujqifdqyr2uD-jz4G99V6Ax8lVXY8cjZv1_fbOsvK_jFAlvqRHQv4KXSGnRQOQZoslV-mZPOcQha1cTyV2y0V4P0c6Ls/s1413/MV5BODcyNzg2NGQtY2Y3Yi00ZDEzLThhMTktOWFiYTIyZGEzOGQxXkEyXkFqcGdeQXVyMzY2NTQ2MzM@._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1413" data-original-width="1000" height="279" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9unAC5R3jBu1ctm0fRmhOyQE5W28Bqy7u0DYRPG-nNlTzeGyscTT3H1zWUOQZU3FvTVL_8nuvO8SOlmD57unY4M55KhOxpuNujqifdqyr2uD-jz4G99V6Ax8lVXY8cjZv1_fbOsvK_jFAlvqRHQv4KXSGnRQOQZoslV-mZPOcQha1cTyV2y0V4P0c6Ls/w197-h279/MV5BODcyNzg2NGQtY2Y3Yi00ZDEzLThhMTktOWFiYTIyZGEzOGQxXkEyXkFqcGdeQXVyMzY2NTQ2MzM@._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" width="197" /></a></b></div><b>Sonhando
e Morrendo (Dreaming & Dying, 2023), de Nelson Yeo:<o:p></o:p></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Focado
no reencontro entre três amigos (interpretados por Peter Yu, Doreen Toh e
Kelvin Ho) após muitos anos sem se verem, o filme do diretor Nelson Yeo procura
ser um conto sobre desejos reprimidos. Quando a reunião dos amigos ocorre, tais
sentimentos vêm a tona e dão início a um triângulo amoroso com toques
fantásticos.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Ao
longo de <b>Sonhando e Morrendo</b>, Nelson Yeo intercala os momentos do trio
principal com cenas que recriam passagens de um livro, obra que reflete os
sentimentos dos personagens. Inicialmente ambos os pontos da narrativa até se
complementam, mas não demora muito para que se misturem, fazendo a história
como um todo ficar redundante. Além disso, em determinados momentos o longa
procura fazer comentários sobre o meio ambiente e refletir sobre a finitude da
vida, mas são coisas que não saem muito do óbvio e superficial.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgEcbDy17_1TZ-pU-cDl2i9_ahKUUp-GQhKEQnWA3dIDkoH8GSFTyzS1vHxc1gZftGVSwZCgunhQgyEiaQYy4nltUh4ZwZK6RsysyRi1-GUa-CoU76UQmw0Pm3bRFn_2rTRJzsskHdXfS1I3qDJv97OKON9bzxobXP1Y7I1CFfyNyRXay_TtOyOfVlLbU/s92/2%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="92" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgEcbDy17_1TZ-pU-cDl2i9_ahKUUp-GQhKEQnWA3dIDkoH8GSFTyzS1vHxc1gZftGVSwZCgunhQgyEiaQYy4nltUh4ZwZK6RsysyRi1-GUa-CoU76UQmw0Pm3bRFn_2rTRJzsskHdXfS1I3qDJv97OKON9bzxobXP1Y7I1CFfyNyRXay_TtOyOfVlLbU/w43-h20/2%20estrelas.jpg" width="43" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><br /></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinjo2U6LRFag7gxvRjiyLQdgAwgXrVC5gZVd6TgN0KCyfrXXkbTKoaOHlm6hloclpPRyRkX2f7YQAY3h8_ufP9y9Kzug28auisFPqlJd_lRVJR0hHOsiFn9MV5uPYRG79w7rtS_8ht4rasvdFrEG2XrnaL98djjcDKbJgSw8q3LKHUO9K3ECFbzsMzrQk/s755/roter_himmel_ver2.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="755" data-original-width="533" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinjo2U6LRFag7gxvRjiyLQdgAwgXrVC5gZVd6TgN0KCyfrXXkbTKoaOHlm6hloclpPRyRkX2f7YQAY3h8_ufP9y9Kzug28auisFPqlJd_lRVJR0hHOsiFn9MV5uPYRG79w7rtS_8ht4rasvdFrEG2XrnaL98djjcDKbJgSw8q3LKHUO9K3ECFbzsMzrQk/w204-h288/roter_himmel_ver2.jpg" width="204" /></a></b></div><b>Afire
(Rotter Himmel), de Christian Petzold:</b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">O
jovem escritor Leon (Thomas Schubert) vai com seu amigo Felix (Langston Uibel)
até uma casa de praia no Mar Báltico, onde espera se concentrar melhor em seu
novo romance. Chegando lá a dupla se depara com Nadja (Paula Beer), cuja
presença acaba se revelando distrativa principalmente para Leon, que passa
então a se esforçar muito para não dar voz a seus sentimentos, enquanto que
incêndios florestais atingem a região e limitam os arredores dos personagens.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Coincidência
ou não, tematicamente <b>Afire</b> lembra o primeiro filme deste post, com o
diretor alemão Christian Petzold construindo uma narrativa sobre desejos
reprimidos e de como eles são capazes de nos atrasar. Mas ao contrário do que
ocorre em <b>Sonhando e Morrendo</b>, Petzold conta uma história muito mais
sólida, desenvolvendo seus temas com propriedade, com os incêndios servindo
como um reflexo interessante das limitações que o protagonista impõe a si
próprio. Os personagens de <b>Afire</b>, aliás, se revelam muito ricos e contam
com intérpretes que fazem jus a essa riqueza, merecendo destaque Thomas
Schubert, que exibe uma segurança admirável encarnando a introspecção de Leon,
e Paula Beer, que praticamente rouba o filme com seu carisma e personalidade,
fazendo de Nadja uma mulher absolutamente encantadora (o que até justifica os
sentimentos conturbados do protagonista).<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Sabendo
causar risos sem que estes tirem o peso dramático da narrativa (que fica maior principalmente
no terceiro ato), <b>Afire</b> é um belo filme de um diretor cada vez mais
aclamado.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnqoysziqYuRiufwr6F9Ke0GUUlvaIymM1Q-_S5W99j7H6rCjhGexBhcQ2Fau1sZ1KcnSIheWJh5sCoZKGKqjuJIzajb7CSNC-9GA6RLhmowJdmiF_EKOrJ5-j8hpRqheA9ayCUyWGVBO2IpK2rQiNv34nX978PGh1QmxFJMwqjny-_GXWTgqJlzETsHU/s184/4%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="184" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnqoysziqYuRiufwr6F9Ke0GUUlvaIymM1Q-_S5W99j7H6rCjhGexBhcQ2Fau1sZ1KcnSIheWJh5sCoZKGKqjuJIzajb7CSNC-9GA6RLhmowJdmiF_EKOrJ5-j8hpRqheA9ayCUyWGVBO2IpK2rQiNv34nX978PGh1QmxFJMwqjny-_GXWTgqJlzETsHU/w88-h20/4%20estrelas.jpg" width="88" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><br /></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoalX2yB8Qe5lYCxsBcJI37q0ufMcn-Tt3fw6lYAm_SSEmcianrB96g-giLtU0Vu6vb6Liu-xZLUGx6GWBR5GR6d2i17A8N7SxGRWrrFCVcHLrSt9rewSLNm-nbZaSzkdVKVnBmLMZvx6biA5a7mIXY6ymIUwQrTvKWfHiqCLKlHJP0-94mVNZdzkPo04/s755/she_came_to_me.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="755" data-original-width="509" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoalX2yB8Qe5lYCxsBcJI37q0ufMcn-Tt3fw6lYAm_SSEmcianrB96g-giLtU0Vu6vb6Liu-xZLUGx6GWBR5GR6d2i17A8N7SxGRWrrFCVcHLrSt9rewSLNm-nbZaSzkdVKVnBmLMZvx6biA5a7mIXY6ymIUwQrTvKWfHiqCLKlHJP0-94mVNZdzkPo04/s320/she_came_to_me.jpg" width="216" /></a></b></div><b>She
Came to Me (2023), de Rebecca Miller:</b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Novo
filme de Rebecca Miller, <b>She Came to Me</b> nos apresenta a Steven Lauddem
(Peter Dinklage), um renomado compositor que agora enfrenta um sério bloqueio
criativo. Casado com a psicóloga Patricia (Anne Hathaway), ele um dia resolve
seguir as dicas dela e se distrair, conhecendo no processo a rebocadora Katrina
(Marisa Tomei), que fica obcecada por ele. Ao mesmo tempo ainda acompanhamos o
romance adolescente entre o filho de Patricia, Julian (Evan Elisson), e Tereza
(Harlow Jane), filha de Magdalena e Trey (Joanna Kulig e Bryan d’Arcy James,
respectivamente).<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Apesar
de contar com um elenco talentoso, o filme se revela bem decepcionante. O
roteiro escrito pela própria Rebecca Miller tenta desenvolver tantas coisas na
trama sem que nada tenha muita graça, sendo que a partir de determinado momento
a cineasta parece nem saber no que focar. Sim, há momentos divertidos
envolvendo Peter Dinklage, Anne Hathaway e Marisa Tomei, mas tais momentos não
compensam a bobagem bagunçada que o filme acaba sendo.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Acho
que o maior elogio que posso fazer a <b>She Came to Me</b> é que pelo menos
seus créditos finais são embalados por uma canção original do grande Bruce
Springsteen.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI74Q7xwsi5mALmZS9S6pASFq3WjsQcnu_JtuuAJB2x_7KD8iwGAxJfabDwC5TlAhg3yt_6iwkjcF1if_ymWu-oIFIKWsJfEpRQaJ019uDBqFRSTuuqaNxtktxOs7SK_87RVg7vGJ5C3h9IYcLq3M8Wh_PMyNGdOdOuv-0i4ehKe4-WY2SBbNP0nSgRBI/s92/2%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="92" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI74Q7xwsi5mALmZS9S6pASFq3WjsQcnu_JtuuAJB2x_7KD8iwGAxJfabDwC5TlAhg3yt_6iwkjcF1if_ymWu-oIFIKWsJfEpRQaJ019uDBqFRSTuuqaNxtktxOs7SK_87RVg7vGJ5C3h9IYcLq3M8Wh_PMyNGdOdOuv-0i4ehKe4-WY2SBbNP0nSgRBI/w44-h20/2%20estrelas.jpg" width="44" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><br /></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNIuiz39UmxZ5yd85L5GSZ4B9U4k8nYcqaIz7nW-i3BPW0CXnYZmCEvuwbXDtqzkP2m-8LSEHzkkFr6KxAnJWmymUnKT0IgpsJLbOHdYJd7R51uS8PXBbowekNz6qD3SvzcF0BP1kgGqhnuPRUmfsamWPYHC-vDJ-4k3se8JlG_LIdHPiHZU-c3WAZk6Y/s842/MV5BNmIxNGVmMzktNWVjNy00NWVmLTkwZjEtZDU2YWYyYWQ1OWNiXkEyXkFqcGdeQXVyMzI0MzEzOQ@@._V1_.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="842" data-original-width="595" height="304" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNIuiz39UmxZ5yd85L5GSZ4B9U4k8nYcqaIz7nW-i3BPW0CXnYZmCEvuwbXDtqzkP2m-8LSEHzkkFr6KxAnJWmymUnKT0IgpsJLbOHdYJd7R51uS8PXBbowekNz6qD3SvzcF0BP1kgGqhnuPRUmfsamWPYHC-vDJ-4k3se8JlG_LIdHPiHZU-c3WAZk6Y/w215-h304/MV5BNmIxNGVmMzktNWVjNy00NWVmLTkwZjEtZDU2YWYyYWQ1OWNiXkEyXkFqcGdeQXVyMzI0MzEzOQ@@._V1_.jpg" width="215" /></a></b></div><b>Caixa-Preta
(Black Box, 2023), Asli Özge:<o:p></o:p></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Produzido
pelos irmãos Dardenne, <b>Caixa-Preta</b> se passa em um condomínio que é
gerado pelo investidor Johannes Horn (Felix Kramer), cujas decisões e modo de
gerir estão desagradando alguns moradores, principalmente Erik Behr (Christian
Berkel). E as coisas ficam ainda mais à flor da pele quando repentinamente a
polícia faz um cordão de isolamento ao redor do condomínio, não permitindo que
ninguém entre ou saia dali. O motivo? Bom, é um mistério.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Esse
mistério ajuda o diretor Asli Özge a captar a atenção do espectador, ainda que
o interesse do realizador esteja menos em explorar essa incógnita e mais em
fazer um comentário sócio-político a partir dos embates entre os inquilinos e o
investidor. Johannes Horn, por exemplo, não é muito diferente de líderes
autoritários que fazem o que querem enquanto tentam calar opositores e
destratar figuras que pareçam “suspeitas” (leia-se: minorias). E ao redor
disso, inquilinos como Erik lidam não só com tal liderança, mas também com quem
é conivente com tudo o que ocorre no condomínio, figuras que chegam a elogiar
Horn apenas por ele fazer o básico de sua função como gestor.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">O
maior problema de <b>Caixa-Preta</b> é que se trata de um filme bastante
monótono na maior parte do tempo, não chegando a aproveitar muito a intensidade
proporcionada pelas limitações de seu espaço. A exceção quanto a isso é o
terceiro ato, quando as coisas fogem um pouco mais do controle. Mas ainda assim
Asli Özge concebe um bom thriller.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyloJlt7iorns863VsV39JVGTbHGFA0dG3X7D68Xvc9MRKZkiHyD1TFDX2xsKnLE6BUqiPByv8ptHTund6TlcGqwmmOjobi0aImeCkSbLINX3iecEexIX9EcDykh7LD-fRduKw8SEWPZD2hu7irdqZRc8tp0VfHyEfYEKPsL98FvwXxtXDVk3J7Q5Ikhw/s184/4%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="184" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyloJlt7iorns863VsV39JVGTbHGFA0dG3X7D68Xvc9MRKZkiHyD1TFDX2xsKnLE6BUqiPByv8ptHTund6TlcGqwmmOjobi0aImeCkSbLINX3iecEexIX9EcDykh7LD-fRduKw8SEWPZD2hu7irdqZRc8tp0VfHyEfYEKPsL98FvwXxtXDVk3J7Q5Ikhw/w88-h20/4%20estrelas.jpg" width="88" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><br /></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS8xr-5Lt-HzwCJh1dxvc9k-PPxdYPLchch835nPTsNFJMzmH6yG3GteScmPlKjrsnA2gyS5RMeD4rgvy5AqNQFVryyO8yPTeoR3PJUrmZkb_xOPb0dXaT7OTCH-bMfM7downn6jsd8qd9CYxwSttGALK_mAx3P3G7heXSIQztVlPSWZB9aJVUJQpMQ78/s1428/MV5BZGFmNDJjYjMtYzk4My00MzNkLTg1MDktZDdlNTBhZTFlMjBkXkEyXkFqcGdeQXVyOTc2ODM2NzM@._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1428" data-original-width="1000" height="282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS8xr-5Lt-HzwCJh1dxvc9k-PPxdYPLchch835nPTsNFJMzmH6yG3GteScmPlKjrsnA2gyS5RMeD4rgvy5AqNQFVryyO8yPTeoR3PJUrmZkb_xOPb0dXaT7OTCH-bMfM7downn6jsd8qd9CYxwSttGALK_mAx3P3G7heXSIQztVlPSWZB9aJVUJQpMQ78/w198-h282/MV5BZGFmNDJjYjMtYzk4My00MzNkLTg1MDktZDdlNTBhZTFlMjBkXkEyXkFqcGdeQXVyOTc2ODM2NzM@._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" width="198" /></a></b></div><b>Névoa
Prateada (Silver Haze, 2023), de Sasha Polak:</b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Franky
(vivida por Vicky Knight) é uma jovem enfermeira que convive há anos com um
desejo de se vingar de quem causou o incêndio que desfigurou parte de seu
corpo. Uma raiva constante que afeta até seus relacionamentos. Quando ela
conhece Florence (Esme Creed-Miles), ela passa a ter contato com sentimentos
mais afetuosos que podem tornar sua percepção de vida menos raivosa.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b>Névoa
Prateada</b> acaba sendo um grande palco para o talento de Vicky Knight, cuja
vida inspirou grande parte da concepção de sua personagem (a atriz realmente esteve
em um incêndio quando criança e carrega as cicatrizes desde então). Acompanhar
o arco dramático de Franky pelas mãos de Knight é fascinante, com a atriz merecendo
destaque pela sutileza e pela segurança com a qual encara tudo pelo que a
protagonista passa. Nisso, os melhores momentos do filme são exatamente aqueles
de maior leveza, como quando Franky está com sua irmã ou com a família de
Florence, cenas que são conduzidas com sensibilidade pela diretora Sasha Polak.
Não é a toa que a narrativa perde um pouco da força quando se concentra na
instabilidade de Florence, mas mesmo isso ainda agrega ao belo arco percorrido
pela protagonista.<o:p></o:p></p><p><!--StartFragment-->
<!--EndFragment--></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9KoD7te7nJxPpbpHfhdBASllqGQCaxG64nhdfMxQGe36MSurW__iF2Uu3rSCgncYFypuPUVKYI3bQl6edZgVxt2NqJ4t95zRPST_IDRqJb1KcGX6MLVs8Twct1oYhfJ0QkpNCtAChkJqDK5AdTR7gox92svJYHpCeP15Ul-4Yk_ofuSsp1wmcOOxS_xI/s184/4%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="184" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9KoD7te7nJxPpbpHfhdBASllqGQCaxG64nhdfMxQGe36MSurW__iF2Uu3rSCgncYFypuPUVKYI3bQl6edZgVxt2NqJ4t95zRPST_IDRqJb1KcGX6MLVs8Twct1oYhfJ0QkpNCtAChkJqDK5AdTR7gox92svJYHpCeP15Ul-4Yk_ofuSsp1wmcOOxS_xI/w88-h20/4%20estrelas.jpg" width="88" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b>Outros posts da cobertura:</b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2023/10/47-mostra-internacional-de-cinema-de.html" target="_blank">1a parte</a></b></p>
<!--EndFragment-->Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-5975337857101990152023-10-20T21:12:00.001-03:002023-10-20T21:57:40.220-03:0047ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo - 1ª Parte<!--StartFragment-->
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWSgOPaGcVylbwVNTiQK0GFzAF3hoGfIpzPM4Kj4Nu3NmZd74-Njooor94xk8ycmjIVsLzrdhB_QkaWEQYxwtAoJ3onB0fN8n-7eCJtpjObVfP0XuHowdWM6_pksCPcijHbNL9d72zHV_yn5WHVYOja1d-PKmOr40xwdInrFBfXtVoa2gatn6D-lZaaME/s764/images%20(68).jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="401" data-original-width="764" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWSgOPaGcVylbwVNTiQK0GFzAF3hoGfIpzPM4Kj4Nu3NmZd74-Njooor94xk8ycmjIVsLzrdhB_QkaWEQYxwtAoJ3onB0fN8n-7eCJtpjObVfP0XuHowdWM6_pksCPcijHbNL9d72zHV_yn5WHVYOja1d-PKmOr40xwdInrFBfXtVoa2gatn6D-lZaaME/w495-h260/images%20(68).jpeg" width="495" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Em
meio ao susto com o tamanho de São Paulo, ansiedade e pensamentos de “O que
diabos estou fazendo aqui?”, finalmente dei início a essa aguardada cobertura
da <b>47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo</b>. Um início bem leve
com apenas três filmes, servindo como uma espécie de aquecimento para a correria
que esses dias prometem ser.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Sem
mais delongas, esses são os três primeiros filmes que conferi:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaNTcXoNojM7NCIMzSlJv1BoY4SUVdTYH1lWUtOkMf5DshMeo5V0bvW0zBbn6XiggaG2kWUkgOdaqLiYXwc2uA6Qqz2ohp4x8Nn5F7HzPRc3pp9lS_8RqNMh_q-_jCf6HhoGTMrzxrwIBrD5N3I2DJ_DZKtTJoPt9kFXTCUOVy18tkAarrcrdFHWGrYvs/s674/images%20(69).jpeg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="674" data-original-width="455" height="277" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaNTcXoNojM7NCIMzSlJv1BoY4SUVdTYH1lWUtOkMf5DshMeo5V0bvW0zBbn6XiggaG2kWUkgOdaqLiYXwc2uA6Qqz2ohp4x8Nn5F7HzPRc3pp9lS_8RqNMh_q-_jCf6HhoGTMrzxrwIBrD5N3I2DJ_DZKtTJoPt9kFXTCUOVy18tkAarrcrdFHWGrYvs/w187-h277/images%20(69).jpeg" width="187" /></a></b></div><b>Portavoz
(Passe-parole, 2023), de Mario Valero:<o:p></o:p></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Situado
entre as cidades de Paris, Marselha e Bruxelas entre 2019 e 2020, <b>Portavoz</b>
mistura ficção e imagens documentais para fazer um retrato de um grupo de
amigos, principalmente o casal Pierre e Mila (Hugues Perrot e Elise Vilain-Gosselin,
respectivamente), enquanto vivem cotidianos bastante comuns com seus trabalhos,
ideias e relacionamentos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Partindo
disso, o filme tem um ou outro momento interessante, como a cena em que duas
mulheres cantam a música que surge pontualmente ao longo da história. Mas a
mistura entre ficção e documentário, que é curiosa como ideia, cria um problema
difícil de ignorar, já que infelizmente o diretor Mario Valero não consegue
usar o recurso para que ambos os aspectos da narrativa se potencializem, de
forma que o documental artificializa o ficcional. Sem falar que os personagens
não se mostram tão cativantes, mesmo levando rotinas com as quais poderíamos
nos identificar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota: </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGsUUUfHMOd-WGJg0R2-oDVO5tEPLTq_af-dRUTM_Zjru0Z2pIB1MfWUBCCaIK0afuBysi559tT3sRgoKNtGAZHdoLFU4CN4DAPmhmapLRjvTqtLpfYOPqOXcgUln4LtHkTI1MgQhoRLonnYPM7JkPe5e2YrpebDgd9ZswZu3HW-DFC_EGYBGeuz3tLjk/s92/2%20estrelas.jpg" style="clear: left; display: inline; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="92" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGsUUUfHMOd-WGJg0R2-oDVO5tEPLTq_af-dRUTM_Zjru0Z2pIB1MfWUBCCaIK0afuBysi559tT3sRgoKNtGAZHdoLFU4CN4DAPmhmapLRjvTqtLpfYOPqOXcgUln4LtHkTI1MgQhoRLonnYPM7JkPe5e2YrpebDgd9ZswZu3HW-DFC_EGYBGeuz3tLjk/w44-h20/2%20estrelas.jpg" width="44" /></a></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUUgEUlAgzW03jiz361vAh-JAQcgbamS7isZOjZROM14TQBC21k0Fz2qxqgnAUmTGPptd-fvfSliy0CEK1BJS9hWfkdTDUZ8G6sk0YXxaed92Q4BckdmQ71DvKFUKnKNTN0SrTUhyphenhyphenmDygB3yn1PSFWgfG1l3BoNjsYpdUWN-LwlbWxi6JnxBRnN_FECAw/s1414/MV5BMzQyYzY2NDgtM2ZhMC00ZjFlLTlkNzUtYThlODMyMjc2N2UxXkEyXkFqcGdeQXVyMTAyMzI5NjQ2._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1414" data-original-width="1000" height="303" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUUgEUlAgzW03jiz361vAh-JAQcgbamS7isZOjZROM14TQBC21k0Fz2qxqgnAUmTGPptd-fvfSliy0CEK1BJS9hWfkdTDUZ8G6sk0YXxaed92Q4BckdmQ71DvKFUKnKNTN0SrTUhyphenhyphenmDygB3yn1PSFWgfG1l3BoNjsYpdUWN-LwlbWxi6JnxBRnN_FECAw/w214-h303/MV5BMzQyYzY2NDgtM2ZhMC00ZjFlLTlkNzUtYThlODMyMjc2N2UxXkEyXkFqcGdeQXVyMTAyMzI5NjQ2._V1_FMjpg_UX1000_.jpg" width="214" /></a></b></div><b>Gamodi
(2023), de Felix Kalmenson:<o:p></o:p></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Outro
filme que se constrói no meio da pandemia, dessa vez em Tiblissi (capital da Geórgia), <b>Gamodi</b> foca sua narrativa em
Victor (Matta Shally), uma drag queen que faz sucesso na TV, e no adolescente
sem teto Tarzan. Ambos buscam lidar como podem com realidades bastante sombrias
e que parecem piorar devido ao isolamento imposto pelo contexto do mundo, tendo
como principal cenário um prédio que aparenta ou ser uma obra inacabada ou estar
apenas caindo aos pedaços.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Dirigido
por Felix Kalmenson, <b>Gamodi</b> praticamente não conta com diálogos ao longo
da trama, mas ainda demonstra ter algo a dizer com sua narrativa, fazendo de
certa forma uma reflexão em cima de ilusões que criamos e a realidade que encaramos.
É algo bem ilustrado em uma longa cena em que vemos o programa de Victor na
televisão, repleto de cores quentes e animação, enquanto ele fuma no canto de
uma sala escura e sem vida, ou quando Tarzan encontra o projeto do prédio,
mostrando como aquele lugar foi imaginado e o quão longe isso está da
realidade.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">É
uma pena, porém, que tudo o que o diretor tem a dizer com essas reflexões já
fique dito na metade do filme, fazendo a segunda metade da projeção se estender
mais do que precisava enquanto a história fica sem ter muito pra onde ir, o que tira
um pouco da força do que vinha sendo construído.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota: </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHAqUotzw1Tv1UXK33mr8LvfyWL5OnehYGDnFGfEBMLLrauC8TTf0cTEO8vlyqXEAzkrHTTTpbDNAyjHWZ348Lq3n_KTyUIQJI87AzJAtWwr90RBLcZFz1vokJtY8JS_B2L8HYlTBj-VOTMjxnZ30zg7sPaKNy4a4HsFViheebpzEMxwpkUh36LfLmbmc/s138/3%20estrelas.jpg" style="clear: left; display: inline; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="138" height="22" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHAqUotzw1Tv1UXK33mr8LvfyWL5OnehYGDnFGfEBMLLrauC8TTf0cTEO8vlyqXEAzkrHTTTpbDNAyjHWZ348Lq3n_KTyUIQJI87AzJAtWwr90RBLcZFz1vokJtY8JS_B2L8HYlTBj-VOTMjxnZ30zg7sPaKNy4a4HsFViheebpzEMxwpkUh36LfLmbmc/w72-h22/3%20estrelas.jpg" width="72" /></a><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7rv7MAahKZuFWinKrzNw8O00lXbfpan8sTB93YPv97LWl6wLNTEA4NEO1dzLRQnhSFUHK1gX3zYZK_ArXw3Rm6NjWI5rfmsbkq899AktwIj3liiMsNBJY8zn9SFbjXFU8TobhE3X396PG13vslfAmGKrFtuMFTJ_tQgi1jom8RjrZMC00iUtWMbwxEEU/s673/images%20(70).jpeg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="673" data-original-width="456" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7rv7MAahKZuFWinKrzNw8O00lXbfpan8sTB93YPv97LWl6wLNTEA4NEO1dzLRQnhSFUHK1gX3zYZK_ArXw3Rm6NjWI5rfmsbkq899AktwIj3liiMsNBJY8zn9SFbjXFU8TobhE3X396PG13vslfAmGKrFtuMFTJ_tQgi1jom8RjrZMC00iUtWMbwxEEU/s320/images%20(70).jpeg" width="217" /></a></b></div><b>The
Royal Hotel (2023), de Kitty Green:<o:p></o:p></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Filme
que reúne a diretora Kitty Green e a atriz Julia Garner após elas terem feito <b>A
Assistente</b>, <b>The Royal Hotel</b> é um thriller que busca criar tensão ao
jogar suas protagonistas no meio de um cenário dominado pela masculinidade.
Inspirado pelo documentário <b>Hotel Coolgardie</b> (que não assisti), o filme
nos apresenta a Hanna e Liv (vividas por Garner e Jessica Henwick,
respectivamente), duas jovens que estão fazendo um mochilão pela Austrália. Mas
quando se veem absolutamente sem dinheiro, elas acabando aceitando ir trabalhar
como garçonetes no Royal Hotel, um bar no meio do nada, movimentado no pior
sentido da palavra e habitado majoritariamente por homens que claramente não inspiram
confiança – isso quando não são abertamente babacas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">E
trata-se de um longa eficaz naquilo que se propõe, com Kitty Green usando a
bagunça do estabelecimento e os abusos que ali ocorrem para criar uma atmosfera
inquietante que percorre a narrativa praticamente o tempo inteiro. O grande
mérito do filme, aliás, é passar para o público a impressão de que algo
horrível está prestes a acontecer a qualquer momento, de maneira que é difícil
não sentir alguma coisa errada naquela situação mesmo quando estamos diante de
algo tranquilo como um banho em uma cachoeira.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Contribui
muito para isso também o trabalho de Julia Garner e Jessica Henwick, cujas
personagens não conhecemos de maneira muito aprofundada ao longo da história, mas
têm personalidades completamente diferentes e que se chocam quando menos
esperamos. Garner em particular se destaca ao fazer de Hanna uma figura que,
mesmo frágil, mostra um grande esforço para se impor diante dos homens nojentos
que ficam ao seu redor.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b>The
Royal Hotel</b> pode frustrar com algumas soluções da trama, que não chegam a
ser tão catárticas, mas ainda assim a apreensão que sentimos pelas personagens
acaba valendo o filme.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota: </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNl2XWv7oSxjhCu2lOuJ3vNMxjyuGC0S7A7_ltMkNQ2rnyz9an4PNhOf79ndsd_V4iryjSJEsV-uOXMZgQej3PWvaSe-eo7pwYdDWZXM_Mw_4EI9jhzpXvVs0kPSx7cMAgeiMUWG2vU8QnyylPj0syYG0R39_KgVhP_Q_-B5q4lMyAKk9KRrO9gQ7Odt0/s184/4%20estrelas.jpg" style="clear: left; display: inline; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="184" height="20" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNl2XWv7oSxjhCu2lOuJ3vNMxjyuGC0S7A7_ltMkNQ2rnyz9an4PNhOf79ndsd_V4iryjSJEsV-uOXMZgQej3PWvaSe-eo7pwYdDWZXM_Mw_4EI9jhzpXvVs0kPSx7cMAgeiMUWG2vU8QnyylPj0syYG0R39_KgVhP_Q_-B5q4lMyAKk9KRrO9gQ7Odt0/w87-h20/4%20estrelas.jpg" width="87" /></a><br /><o:p></o:p></p>
<!--EndFragment-->Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-8132352154667249902023-10-14T09:34:00.000-03:002023-10-14T09:34:35.601-03:00Linguagem Cinéfila estará na 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMiTzR_9HLBIeFNSjtbo0aawR3JnBOV9O6I874ksadb2wCJibv-5IAjGskIaaZS5T_zTFksUdzeCYn6UGwSj6eotFNXcapdtAnyLhCEBjgSp-LP6B9_P1oTPAH3FB_79VqnXOXZiPuPhdAJZ-b27WI4c-jqCLnSPMOCYmsg8JzpXWDyaUvy5XiTlUXBB0/s1181/47%20Mostra.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1181" data-original-width="800" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMiTzR_9HLBIeFNSjtbo0aawR3JnBOV9O6I874ksadb2wCJibv-5IAjGskIaaZS5T_zTFksUdzeCYn6UGwSj6eotFNXcapdtAnyLhCEBjgSp-LP6B9_P1oTPAH3FB_79VqnXOXZiPuPhdAJZ-b27WI4c-jqCLnSPMOCYmsg8JzpXWDyaUvy5XiTlUXBB0/w204-h300/47%20Mostra.jpg" width="204" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Apesar de ter este blog e escrever sobre cinema há quase 15 anos, minha experiência cobrindo festivais de cinema é escassa. É um compromisso difícil de assumir, seja por questões financeiras ou logísticas. Se posso dizer que cobri o <b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2020/08/xvi-fantaspoa-ultima-parte-e.html" target="_blank">Fantaspoa de 2020</a></b> ou que fiz parte do júri do <b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2021/03/levante-festival-de-curtas-metragens-de.html" target="_blank">Levante, festival de Pelotas, em 2021</a></b>, isso se deve porque foram eventos online durante a maior pandemia do último século. Mas sempre tive vontade de sair da minha cidade (Porto Alegre) exclusivamente para cobrir um festival de cinema.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Essa vontade virou projeto para 2023. “Por que não pego uma parte de minhas economias e invisto nisso?”, pensei. E agora que as coisas que eu vinha planejando se confirmaram, posso compartilhar que estarei com o Linguagem Cinéfila cobrindo a <b>47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo</b>. Estou indo de maneira totalmente independente, com a esperança de não só ter uma experiência profissional e pessoal enriquecedora (será inclusive a primeira vez que viajarei sozinho), mas também de criar um conteúdo legal sobre os filmes que serão exibidos. É algo que tentarei encarar ainda como umas merecidas férias, mesmo que eu esteja longe de ir lá para passear.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Usarei as redes sociais para divulgar a cobertura o máximo possível. Criei um novo perfil do blog no Instagram (<b><a href="https://www.instagram.com/linguagem_cinefila/" target="_blank">sigam aqui</a></b>) e o usarei junto com meus perfis no Twitter (<a href="https://twitter.com/thomas_boeira" target="_blank"><b>aqui</b></a>) e no Letterboxd (<b><a href="https://letterboxd.com/thomas_boeira/" target="_blank">aqui</a></b>) para falar sobre os filmes e avisar sobre novas postagens. E como estou indo de maneira independente, peço apenas uma ajuda nessa parte da divulgação: compartilhem os posts. Quanto mais pessoas forem alcançadas, mais bacana essa experiência será.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Espero que gostem.</p>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-67292296952990810412023-09-06T03:08:00.002-03:002023-10-16T02:30:37.252-03:00Retratos Fantasmas<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeRUXBwvd5z_C1aKkdImNnPpMieX9wDd6MSwgbg8jkLx2AMd-nXIve_4VAWYmBKRxE5MnBn9lEnRlEm8WQPgUrQVbtwMgYOusTY3fBZsz1MsMAvAkZr_yqSbv3mQjk166m-bcsKGtth3CjqI4sEC4BHTGsNG-CQkKSGKIJsXPUv7PgryCQRtjzRnG56pk/s2665/Retratos%20Fantasmas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2665" data-original-width="1814" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeRUXBwvd5z_C1aKkdImNnPpMieX9wDd6MSwgbg8jkLx2AMd-nXIve_4VAWYmBKRxE5MnBn9lEnRlEm8WQPgUrQVbtwMgYOusTY3fBZsz1MsMAvAkZr_yqSbv3mQjk166m-bcsKGtth3CjqI4sEC4BHTGsNG-CQkKSGKIJsXPUv7PgryCQRtjzRnG56pk/w273-h400/Retratos%20Fantasmas.jpg" width="273" /></a></div><div style="text-align: justify;">Astor, Central, Imperial, Guarany,
São João, Vogue, Cacique, Ritz, Rosário, Presidente...</div><o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Esses são nomes de alguns dos cinemas
de rua que por décadas marcaram presença no cenário de Porto Alegre, mas que
com o passar do tempo e a chegada de negócios que se tornaram mais populares
(como os cinemas de shopping) acabaram perdendo espaço na cidade. Se formos ver
hoje os lugares onde estes cinemas estavam, talvez nem consigamos ver sinais de
que eles existiram, já que muitos deram lugar a coisas que nada tem a ver com
exibições cinematográficas. Tais sinais talvez só sejam encontrados em velhas
fotografias e nas memórias de quem os frequentava (anos atrás, por exemplo, escrevi
brevemente sobre <b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2015/06/um-relato-sobre-tubarao.html" target="_blank">uma experiência que meu pai teve no São João</a></b>). Apesar
de eu nunca ter frequentado esses cinemas, tendo nascido logo quando os cinemas
de shopping já haviam se estabelecido, foi inevitável lembrar deles ao longo da
sessão de <b>Retratos Fantasmas</b>, documentário de Kleber Mendonça Filho.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em <b>Retratos Fantasmas</b>, o
diretor faz um verdadeiro resgate histórico dos cinemas de rua de Recife, relembrando
a popularidade que tinham ao mesmo tempo em que ele faz uma conexão entre esses
espaços e sua própria vida e formação cinematográfica. A partir daí, Kleber
Mendonça Filho realiza um filme que fala muito sobre como nós temos a capacidade
de nos conectarmos a determinados espaços (sejam eles cinemas ou simplesmente as
nossas casas) e como, dessa forma, tais espaços acabam ajudando a formar os
seres humanos que somos. É algo que o diretor ilustra através de histórias sobre
os cinemas (aliás, as imagens de arquivo que ele traz são um primor) e falando até
sobre a evolução de sua própria casa, exibindo cenas de curtas que ele dirigiu na
residência. Mas essas experiências que ele relata soam tão cotidianas que acaba
sendo difícil para o espectador não relacionar com suas próprias experiências
de vida e espaços que frequentou. Sendo assim, Kleber Mendonça Filho merece
créditos por conseguir tornar universal um projeto que poderia soar puramente
pessoal.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas, como bem sabemos, são poucos
os cinemas de rua que ainda estão firmes no Brasil, de maneira que o destino
daqueles de Recife não é muito diferente daqueles de Porto Alegre (e arrisco
dizer que isso vale para o país todo). Tendo isso em mente, Kleber Mendonça
Filho não deixa de trazer para o centro de sua narrativa uma discussão sobre
preservação da memória, focando muito no nosso descaso, já que não é incomum a
sociedade escantear ou até abrir mão de determinados
lugares mesmo que eles tenham uma importância inegável, fazendo eles se tornarem fantasmas nas
áreas em que se situavam. E o diretor pode até iniciar a discussão em um ponto
(no caso, os cinemas), mas podemos facilmente incluir outros espaços na
conversa, como parques, bibliotecas, teatros e universidades, o que contribui
ainda mais com a universalidade da narrativa que ele concebe.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>Retratos Fantasmas</b> é nada
menos que brilhante. Um filme que serve tanto como um documento histórico quanto
como uma celebração da memória e do cinema como espaço de imaginação. Até por
isso é ideal que Kleber Mendonça Filho encerre o filme com uma sequência divertidíssima que,
situada dentro de um carro, ilustra muito bem o tipo de criatividade que apenas
o cinema (como arte ou como espaço físico) pode nos proporcionar em toda sua
potencialidade.<o:p></o:p></p>Nota:<div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpHIzidCI5LoRA5TueakMdtlit44H4qRVmkrmQn7AecVZC8RhTY-O08gxpqyeDy7ULNnK-H7BQGubw-ITU6rc2TNyOl9SzbfEcS3VKeEJscNrqUMgTfwjedWwUIaiWzakx4IgLmkYwCBa8O8uxxWipw6pqkdels9tFH1A97vFORz9RjphUY9IvyShwwyM/s229/5%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="229" height="42" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpHIzidCI5LoRA5TueakMdtlit44H4qRVmkrmQn7AecVZC8RhTY-O08gxpqyeDy7ULNnK-H7BQGubw-ITU6rc2TNyOl9SzbfEcS3VKeEJscNrqUMgTfwjedWwUIaiWzakx4IgLmkYwCBa8O8uxxWipw6pqkdels9tFH1A97vFORz9RjphUY9IvyShwwyM/s1600/5%20estrelas.jpg" width="229" /></a></div><br /><div><br /></div></div>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-29976740457784331542023-09-05T00:28:00.006-03:002023-09-05T00:33:00.592-03:00A Chamada<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaUyBTMd0LhvKTrPnpeaN7BXXIvKk_z1Fdi4FxMbnX21w-c-vf2Dzq9HvsGmbLKbhF_ApNzGmdlAtsdeFvFdWo_9vj8CNs-cDAG-KxNaXIIGsnG0KmV8VhdT4eiLF7EM1GQAztDO3Dt1iyTjzJlNMAOabC51zt3C2ZvuLGt5MWBNK-GSDaLd_ek9zjLNQ/s1500/Retribution-1.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1013" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaUyBTMd0LhvKTrPnpeaN7BXXIvKk_z1Fdi4FxMbnX21w-c-vf2Dzq9HvsGmbLKbhF_ApNzGmdlAtsdeFvFdWo_9vj8CNs-cDAG-KxNaXIIGsnG0KmV8VhdT4eiLF7EM1GQAztDO3Dt1iyTjzJlNMAOabC51zt3C2ZvuLGt5MWBNK-GSDaLd_ek9zjLNQ/w200-h296/Retribution-1.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Recentemente resolvi assistir a <b>Legado
Explosivo</b>, um dos vários filmes de ação que Liam Neeson estrelou nos
últimos anos. Não darei spoilers, ainda que o longa não seja daqueles que
precise ser preservado, mas em determinado momento na história um personagem se
vê preso dentro de seu carro, já que há uma bomba embaixo do banco que será
acionada caso ele se levante para sair dali. Coincidência ou não, este novo
filme protagonizado por Neeson, <b>A Chamada</b>, basicamente não deixa de ser
uma versão estendida dessa cena.</div><o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Refilmagem do filme espanhol <b>El
Desconocido</b> (que não assisti), <b>A Chamada</b> traz Neeson no papel de
Matt Turner, um executivo de banco morando na Alemanha e (no modo mais clichê) dá
atenção excessiva ao trabalho, relegando sua família. Um dia ele está em seu
carro levando seus filhos, Zach e Emily (Jack Champion e Lilly Aspel, respectivamente),
para a escola. O que ele não esperava era que durante o trajeto ele receberia
uma ligação avisando que há uma bomba no carro, que explodirá caso ele ou seus
filhos saiam do veículo e não façam tudo o vilão lhes mandar fazer.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDFWtQIV0s1MH0GfHDzhuTjXIkaJG6ftCbSh1u8JGm94_qbIV1BTs6Uqf534hyLLgqeNvru_B7S1LlulQDwFuIf65_dK-BU0CKsW1llWHymucaFme5cm3_eMm55YHgWye59xzAXSyFClwN2CZyNLZy_9zP9wFn55IXOVTKQR7yu-dTGgOod-fdDhVluTU/s3000/Retribution-2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1688" data-original-width="3000" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDFWtQIV0s1MH0GfHDzhuTjXIkaJG6ftCbSh1u8JGm94_qbIV1BTs6Uqf534hyLLgqeNvru_B7S1LlulQDwFuIf65_dK-BU0CKsW1llWHymucaFme5cm3_eMm55YHgWye59xzAXSyFClwN2CZyNLZy_9zP9wFn55IXOVTKQR7yu-dTGgOod-fdDhVluTU/w455-h256/Retribution-2.jpg" width="455" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Apesar de o conceito por trás do
filme não ser nada novo, lembrando produções como <b>Velocidade Máxima</b>, é
preciso dizer que ele é simples o bastante para poder render algo eficaz.
Aliás, o próprio Liam Neeson protagonizou <b>Sem Escalas</b>, um longa que não é
grande coisa, mas ainda funciona ao colocar o ator em um avião e precisando obedecer
ao vilão a fim de salvar os passageiros. Mas <b>A Chamada</b> desde o princípio
se mostra distante de conseguir entreter o espectador, conseguindo falhar até
mesmo no que deveria ser básico em uma produção como essa: fazer o público se
importar com os personagens, que se revelam medíocres. Matt Turner, para começo
de conversa, é um marido e pai ausente que faz seu banco ganhar dinheiro mesmo
que isso signifique fazer seus clientes perderem fortunas (em determinado
momento ele é até descrito como “um orgulho para o capitalismo”). Já seus
filhos nos fazem revirar os olhos com suas rebeldias adolescentes e bobas, como
ao não gostarem que desliguem seus celulares, sendo que Zach ainda chama o pai
pelo nome (um dos clichês que, ao menos para mim, automaticamente estabelece um
personagem como uma criatura irritante). E é claro que o arco narrativo ao
longo do filme é fazer os personagens mudarem diante da situação de risco em
que se encontram, mas a verdade é que além de essa ideia ser tediosamente óbvia,
os sinais de evolução dessas figuras são superficiais no máximo, e nem um ator
talentoso como Liam Neeson consegue salvar.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgI963VkL6cJxGnF0ZB-X5Ja-n2p4m6tSpFVHCqgqBhkoPX2MyxCGNMOJHeMQg4JLPIq9mLvARK7iqPWiti2qBEra8NZL6AhEQF6nu9VFO5Xe6EKwv6Tg1F_Jby-g2SJ-lBJ25dpQhcC9Q6zL9V135L0Fs8_zG_RPh7f7EsK8Kzw-iRn-PhN-1pl985qJY/s1400/Retribution-3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="700" data-original-width="1400" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgI963VkL6cJxGnF0ZB-X5Ja-n2p4m6tSpFVHCqgqBhkoPX2MyxCGNMOJHeMQg4JLPIq9mLvARK7iqPWiti2qBEra8NZL6AhEQF6nu9VFO5Xe6EKwv6Tg1F_Jby-g2SJ-lBJ25dpQhcC9Q6zL9V135L0Fs8_zG_RPh7f7EsK8Kzw-iRn-PhN-1pl985qJY/w462-h231/Retribution-3.jpg" width="462" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sendo assim, ao invés de torcermos
para que os personagens sobrevivam, o único desejo que surge durante a projeção
é que o carro exploda de uma vez e encurte a história. Possivelmente isso faria
até com que não precisássemos ser guiados pela direção de Nimród Antal, que é
burocrática no melhor dos casos, não conseguindo criar tensão em momento algum,
nem criar sequências de ação minimamente envolventes (as perseguições com o
carro chegam a ser risíveis). Aliás, permitam-me dizer que torcer para a bomba
explodir não necessariamente significa torcer pelo vilão, já que até mesmo ele
se mostra uma figura estúpida, algo que piora quando vemos o roteiro tentar
fazer o personagem parecer muito inteligente, fazendo-o gritar que “pensou em
tudo” e “está muitos passos a frente dos outros” mesmo que, na verdade, seu
plano seja pavorosamente ruim.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Se Liam Neeson não fosse o protagonista,
creio que <b>A Chamada</b> seria um daqueles filmes que nem são exibidos nos cinemas,
sendo jogados direto na obscuridade do mercado de <i>video-on-demand</i>.
Trata-se de uma experiência sem a menor graça, com reviravoltas previsíveis que
fazem jus a pobreza criativa que vemos durante toda a narrativa.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nota:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifcR7aglEknOd_htbISpgnAI6Pt9vuPMmU2T_LQWKZHfSMZh7gHEi16qGH6Cn7dj6dbXiNfMyogXzaQWneiHT5a1HvLn8coE504JgBH8APgr5HBZeMaJbePIYmddtD_MBM_y8hN3sFy5VAjjT5lb58NGIBVwc6qn5rOLtLV-uHYrHylLv3id7SNzLYKIY/s47/1%20estrela.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="47" height="42" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifcR7aglEknOd_htbISpgnAI6Pt9vuPMmU2T_LQWKZHfSMZh7gHEi16qGH6Cn7dj6dbXiNfMyogXzaQWneiHT5a1HvLn8coE504JgBH8APgr5HBZeMaJbePIYmddtD_MBM_y8hN3sFy5VAjjT5lb58NGIBVwc6qn5rOLtLV-uHYrHylLv3id7SNzLYKIY/s1600/1%20estrela.jpg" width="47" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-42000918619368194632023-08-30T22:37:00.005-03:002023-08-31T15:37:27.844-03:00As Tartarugas Ninja: Caos Mutante<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3CHj83rwCIqy9zRrsYTD5ghyY6n-jRU3df5GEyRpNzMwdfdRuabBN8mQFiaTeM6oXoLXBFn7D1NPa-qzp1FfQR9n58HGDulqphPTG1YOT3u0Gp2ZaW3QFLst9I7G-OkMgmvw8qqVXy1ueckMWfgm8l3mNbk_W4QDV8tTwJOytFkWd6CdwedDJGGLADDU/s2047/TMNT%20Mutant%20Mayhem-1.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2047" data-original-width="1382" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3CHj83rwCIqy9zRrsYTD5ghyY6n-jRU3df5GEyRpNzMwdfdRuabBN8mQFiaTeM6oXoLXBFn7D1NPa-qzp1FfQR9n58HGDulqphPTG1YOT3u0Gp2ZaW3QFLst9I7G-OkMgmvw8qqVXy1ueckMWfgm8l3mNbk_W4QDV8tTwJOytFkWd6CdwedDJGGLADDU/w203-h300/TMNT%20Mutant%20Mayhem-1.jpg" width="203" /></a></div><o:p></o:p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Dentre todos os filmes produzidos
sobre as Tartarugas Ninja, sejam eles longas em <i>live-action</i> ou
animações, a palavra “adolescentes” que os personagens exibem em seu título original
(“Teenage” Mutant Ninja Turtles) raramente tinha algum sentido na tela. Não que
isso fosse um problema grave naquelas produções, que tinham suas próprias
propostas narrativas, mas é um aspecto com o qual o diretor Jeff Rowe (que codirigiu
o ótimo <b>A Família Mitchell Contra as Máquinas</b>) e os produtores (dentre
eles a dupla Seth Rogen e Evan Goldberg) claramente se preocuparam mais na hora
de realizar um novo filme focado na equipe. E o resultado é este <b>As
Tartarugas Ninja: Caos Mutante</b>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O roteiro parte da premissa que
já conhecemos: Leonardo, Raphael, Michelangelo e Donatello são tartarugas que moram
com seu pai e mentor, o rato Splinter, nos esgotos de Nova York depois de terem
tido contato com uma gosma mutagênica, vivendo escondidos da sociedade. Mas o
quarteto sonha em ser aceito pelos humanos. Para isso, com a ajuda da jovem aspirante
a jornalista April O’Neil, eles resolvem utilizar suas habilidades em artes
marciais para tentar capturar uma gangue que está aterrorizando a cidade. Eles
são pegos de surpresa, porém, quando os bandidos revelam ser animais mutantes
como eles, liderados pela figura do Super-Mosca.<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQcWuU7jzOOa8LABSNkOqn3iRXT0nha-tgueHcOoxsVM0PGDyUhzW3f13uz_F71EcZBsrLR2D52CfYq7U_5N37lBKJhchnAudgI2RvHoD-XdoSW3UIV-hgc1DeZ63JV3NGyN6hJH_re5PLJRkNAx4IAvt5iiKLgQ4Inu0cKaNc9pehpU-5d6VznUakZao/s3900/TMNT%20Mutant%20Mayhem-2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1634" data-original-width="3900" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQcWuU7jzOOa8LABSNkOqn3iRXT0nha-tgueHcOoxsVM0PGDyUhzW3f13uz_F71EcZBsrLR2D52CfYq7U_5N37lBKJhchnAudgI2RvHoD-XdoSW3UIV-hgc1DeZ63JV3NGyN6hJH_re5PLJRkNAx4IAvt5iiKLgQ4Inu0cKaNc9pehpU-5d6VznUakZao/w484-h203/TMNT%20Mutant%20Mayhem-2.jpg" width="484" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">É interessante notar como a adolescência
das tartarugas surge não tanto pela faixa etária em que elas estão e pela
dinâmica que exibem umas com as outras, mas sim pelo que aspiram viver. Com o
obscurantismo guiando e limitando suas rotinas, o roteiro desenvolve com
naturalidade o fato de eles desejarem ser adolescentes normais que vão à escola,
estudam, têm amigos e vivem as experiências comuns dessa fase. Dessa forma, o
filme até dialoga com produções como aquelas dirigidas por John Hughes nos anos
1980 (<b>Curtindo a Vida Adoidado</b> até aparece em uma sessão de cinema), trazendo
em seu centro personagens que querem viver sua adolescência por saberem a importância
dela para sua formação humana, o que é uma grata surpresa considerando que
estamos falando de tartarugas que sabem artes marciais, um conceito com o qual o
filme poderia se dar por satisfeito.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH0FLvTwj3u8v-UwsoxLlZzvB5NdFZK56sCk3M7dtlw6FbyRtQZA8XICV9XPHZkNLIlhv95nC4N0cYJPlUrZTi7rRGSe6Ky_S0u-3qx8r-_LBfq1FhF0bMB3TvWsN1vFhdKh0bpFUHtL36CS2YdeesZ1gwKsqJmeyqHJAAtAo-kdE9tCfKqne6I3uyUOA/s1100/TMNT%20Mutant%20Mayhem-3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="461" data-original-width="1100" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH0FLvTwj3u8v-UwsoxLlZzvB5NdFZK56sCk3M7dtlw6FbyRtQZA8XICV9XPHZkNLIlhv95nC4N0cYJPlUrZTi7rRGSe6Ky_S0u-3qx8r-_LBfq1FhF0bMB3TvWsN1vFhdKh0bpFUHtL36CS2YdeesZ1gwKsqJmeyqHJAAtAo-kdE9tCfKqne6I3uyUOA/w498-h210/TMNT%20Mutant%20Mayhem-3.jpg" width="498" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDPHVR-t6mn5YdRm1e3NiVZY0lQYVkCyXE4EXaR07fF_x3ApTZBweENe-o7sY0ZZSoFbk_fca4Uq3451YYRfPfvi4gvvkazPHAxLtkg1aZKWVHXzHhcciNC2pmJCIdkHP0VNzYoHY1x1EtNIOhvs_1AiRj4V23FCjh5I0pKJKSooSU-W37nISyuP1wJiM/s3900/TMNT%20Mutant%20Mayhem-4.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1634" data-original-width="3900" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDPHVR-t6mn5YdRm1e3NiVZY0lQYVkCyXE4EXaR07fF_x3ApTZBweENe-o7sY0ZZSoFbk_fca4Uq3451YYRfPfvi4gvvkazPHAxLtkg1aZKWVHXzHhcciNC2pmJCIdkHP0VNzYoHY1x1EtNIOhvs_1AiRj4V23FCjh5I0pKJKSooSU-W37nISyuP1wJiM/w501-h211/TMNT%20Mutant%20Mayhem-4.jpg" width="501" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Já visualmente <b>As Tartarugas
Ninja: Caos Mutante</b> é encantador, com Jeff Rowe e sua equipe concebendo o
design dos cenários e dos personagens em um formato 2D que lembra páginas de
histórias em quadrinhos, o que reverencia o próprio material de origem do
filme, além de mostrar que longas como <b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2019/01/homem-aranha-no-aranhaverso.html" target="_blank">Homem-Aranha no Aranhaverso</a></b> talvez
já estejam fazendo escola. E o filme ainda abraça com gosto certos absurdos.
Talvez pudéssemos questionar de onde Donatello tirou seus óculos ou como
Michelangelo colocou aparelho nos dentes, mas esses detalhes não são nada quando
vemos que o filme já parte da premissa de um rato que ensina tartarugas a lutar,
de forma que quaisquer outros absurdos servem até para pincelar a liberdade criativa
de Jeff Rowe ao dar vida aos personagens. Além disso, as cenas de ação ganham a
tela de maneira ágil, merecendo destaque a sequência em que acompanhamos intercaladamente
cada um dos protagonistas ir atrás de chefões do crime, um momento que brilha
pela continuidade visual que mantém entre cenas.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ainda que o roteiro com alguma
frequência se revele expositivo e trate de maneira repetitiva a questão do
preconceito enfrentado pelos personagens, não fugindo muito do lugar-comum, <b>As
Tartarugas Ninja: Caos Mutante</b> mostra ser um longa digno dos personagens
divertidos que retrata, algo que eles estavam precisando tendo em vista que as
<b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2014/08/as-tartarugas-ninja.html" target="_blank">últimas</a></b> <b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2016/06/as-tartarugas-ninja-fora-das-sombras.html" target="_blank">empreitadas</a></b> deles nos cinemas não haviam sido muito interessantes.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Obs.: Há uma cena durante os
créditos finais.<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx9KE5Cff0eK7sBFWfxieiIrR_W4aak3jIEKknWI-qoGYgYyasqwDlKxQiAdIzaOku6v1nvZPQs_JI_JAKNaLI2E5SjKd2ysLJEP4-h5iEvaObOYT_DawYUZvC2zzbTt0Ktbv0jwnMBw8WR-jgFSNhSG0jAOJMqAXwDTyqVWAttSprKp3i7C4QmzYr5NY/s1100/TMNT%20Mutant%20Mayhem-5.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="461" data-original-width="1100" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx9KE5Cff0eK7sBFWfxieiIrR_W4aak3jIEKknWI-qoGYgYyasqwDlKxQiAdIzaOku6v1nvZPQs_JI_JAKNaLI2E5SjKd2ysLJEP4-h5iEvaObOYT_DawYUZvC2zzbTt0Ktbv0jwnMBw8WR-jgFSNhSG0jAOJMqAXwDTyqVWAttSprKp3i7C4QmzYr5NY/w506-h212/TMNT%20Mutant%20Mayhem-5.jpg" width="506" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Nota:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh-6qeqKMeYBwGBseaO5MjVg_h3ccKyY95cmC_WdALe47_W78kaspxgsaZNBelvXW4BUsKu-67Ull7Zw6Z7r39Vs-g12D59TsUtw0WBV5yCoBz6iNqMJbnsEg_MO7-ES52w4S2UYWOpM3wKYHICRXKax7i4UP-FIcgrmsyWTP_WEDbm9RjhFZPj6pdYh8/s184/4%20estrelas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="184" height="42" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh-6qeqKMeYBwGBseaO5MjVg_h3ccKyY95cmC_WdALe47_W78kaspxgsaZNBelvXW4BUsKu-67Ull7Zw6Z7r39Vs-g12D59TsUtw0WBV5yCoBz6iNqMJbnsEg_MO7-ES52w4S2UYWOpM3wKYHICRXKax7i4UP-FIcgrmsyWTP_WEDbm9RjhFZPj6pdYh8/s1600/4%20estrelas.jpg" width="184" /></a></div>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-56980661567289158542023-07-27T22:56:00.000-03:002023-07-27T22:56:47.664-03:00Barbie vs. Oppenheimer: O Fenômeno Barbenheimer<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgg1o7iGeAzMaFqJ-RAzMV7tdhNqurd45zMxdrjlEECKFgxvMyzJYn7VNzn5RmJl8KpcKXuwIAriq1piJqfERZDFZBUb03YBYR7O0Je-MlXSyptbWPGRuPKOOk258uNaHfn66nMR0d02gt_oCtkS8n-_crB_XomdzF55Cs-N40mPlaifKOrT3KQCBEZJ44/s1333/Barbenheimer.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1333" data-original-width="984" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgg1o7iGeAzMaFqJ-RAzMV7tdhNqurd45zMxdrjlEECKFgxvMyzJYn7VNzn5RmJl8KpcKXuwIAriq1piJqfERZDFZBUb03YBYR7O0Je-MlXSyptbWPGRuPKOOk258uNaHfn66nMR0d02gt_oCtkS8n-_crB_XomdzF55Cs-N40mPlaifKOrT3KQCBEZJ44/w295-h400/Barbenheimer.jpeg" width="295" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><p class="MsoNormal">Acho que fazia algum tempo desde a
última vez que dois filmes assumiram o protagonismo em uma semana de estreia
como está ocorrendo com <b>Barbie</b> e <b>Oppenheimer</b>, duas obras
totalmente diferentes e que, em qualquer outro momento, possivelmente
estreariam com certa distância uma da outra, a fim de não prejudicar seus
respectivos resultados de bilheteria. Mas “Barbenheimer” (como esse evento está
sendo chamado) acabou fazendo bem para ambos os filmes, possivelmente
dando-lhes muito mais atenção do que receberiam normalmente. E apesar do título
deste texto apontar para algum tipo de disputa ou comparação, não é isso que pretendo
fazer. Até porque os dois filmes me agradaram imensamente e por virtudes
completamente diferentes.<o:p></o:p></p></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPUiWopPoTHcGHYrJcdt_vXftlfun7N2JyzLsvX8j7aDuyTPKDD2QX8KUO85CmDUBwGxTVEBvcAqEmBPXCczR_30OOIEISkF1qWbNHpBbWwxdQIrsj8cvbRHK4Jq7mI4S9iCs_ZE-3vfWjcAmxO_Ph-n68A10Wzya1JiJpldAhYnepWVLrJSzIj2Hq_R8/s1500/Oppenheimer-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="947" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPUiWopPoTHcGHYrJcdt_vXftlfun7N2JyzLsvX8j7aDuyTPKDD2QX8KUO85CmDUBwGxTVEBvcAqEmBPXCczR_30OOIEISkF1qWbNHpBbWwxdQIrsj8cvbRHK4Jq7mI4S9iCs_ZE-3vfWjcAmxO_Ph-n68A10Wzya1JiJpldAhYnepWVLrJSzIj2Hq_R8/s320/Oppenheimer-1.jpg" width="202" /></a></div>Começarei por <b>Oppenheimer</b> porque
foi o primeiro que consegui assistir. O longa é um retorno a boa forma para
Christopher Nolan, um diretor que admiro, mas que escorregou em sua última
empreitada, o medíocre e aborrecido <b>Tenet</b>. No filme, Nolan acompanha a
vida de J. Robert Oppenheimer (Cillian Murphy) a partir de duas linhas
narrativas: a primeira (em cores) acompanha o protagonista de forma mais
subjetiva, seguindo desde seus passos iniciais como físico até a liderança que
exerceu no Projeto Manhattan e na criação da bomba atômica, enquanto a segunda
(em preto e branco) se passa em meio a Guerra Fria e mostra as divergências que
Oppenheimer veio a ter em relação ao uso da arma e os julgamentos aos quais foi
submetido, algo que também é mostrado pelo ponto de vista de outros
personagens, em especial Lewis Strauss (Robert Downey Jr.), membro do Comitê de
Energia Atômica.<o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal">Christopher Nolan faz uma
cinebiografia que mostra riqueza não só na figura de Robert Oppenheimer, mas
também em todas as discussões morais e políticas que a criação e o uso da bomba
atômica vieram a trazer para muito além do contexto que todos viviam. Não são
discussões que o roteiro traz superficialmente ou martelando respostas fáceis, com
Nolan desenvolvendo tudo com inteligência e colocando em xeque até mesmo
intenções que podem parecer boas em teoria (“Não sei se nós somos confiáveis
com tal arma. Mas sei que os nazistas não são”, diz o protagonista em
determinado momento), mas que no fundo não deixam de abrir portas para o caos.
Para completar, a narrativa concebida por Nolan é muito consistente, intercalando
muito bem os dois pontos da história, de forma que o espectador nunca fica
confuso com o desenrolar dos acontecimentos ao mesmo tempo em que o cineasta
gera tensão a partir de diversas situações, e nisso é preciso aplaudir também
tanto o trabalho da montadora Jennifer Lame quanto a trilha composta por Ludwig
Göransson.<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggv8bljLBcCqjcbNCWkratgQOow-lUkfMy8KhRjJNIct4kM61WFGFnyq9CaCrxr6J4NALi3NhGoBywM-TRYI1OxFZ8kK3w9AYv4EnXpS_d_KHHEJ51aq6ZfCzmsFM_-FdKdgTn6rdITGtSsLpb7pO9nhSYIgJ7v62vZ9a76moLfZlXN0hYUGhvCDanQ6E/s873/Oppenheimer-2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="487" data-original-width="873" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggv8bljLBcCqjcbNCWkratgQOow-lUkfMy8KhRjJNIct4kM61WFGFnyq9CaCrxr6J4NALi3NhGoBywM-TRYI1OxFZ8kK3w9AYv4EnXpS_d_KHHEJ51aq6ZfCzmsFM_-FdKdgTn6rdITGtSsLpb7pO9nhSYIgJ7v62vZ9a76moLfZlXN0hYUGhvCDanQ6E/w400-h224/Oppenheimer-2.JPG" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_jAJJ3wbYrzQQz5Oof1BzZ2viIh1aQjiEKVRgkTtK0utfwdoPccPgiqUzt4X4rv2I0bIZL1bPb0CHeicV5Ld6kpj5ZPmnHd_YslM2MXZwd6IV81dmifMDv0j50LWzFvuA3geF-rVgjYf75kXr-XlVnWbV2i_VntKtEAlJSvetdPXD5abNG4He-HqgAoU/s1200/Oppenheimer-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="763" data-original-width="1200" height="254" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_jAJJ3wbYrzQQz5Oof1BzZ2viIh1aQjiEKVRgkTtK0utfwdoPccPgiqUzt4X4rv2I0bIZL1bPb0CHeicV5Ld6kpj5ZPmnHd_YslM2MXZwd6IV81dmifMDv0j50LWzFvuA3geF-rVgjYf75kXr-XlVnWbV2i_VntKtEAlJSvetdPXD5abNG4He-HqgAoU/w400-h254/Oppenheimer-3.jpg" width="400" /></a></div><p class="MsoNormal">Mas seria impossível falar de <b>Oppenheimer</b>
sem mencionar o trabalho absolutamente brilhante de Cillian Murphy, que
consegue projetar desde a confiança e o narcisismo do personagem-título até a
angústia que ele passa a sentir em relação ao que construiu (e seguindo a subjetividade
da narrativa, vale dizer que o filme não tenta diminuir a responsabilidade do
sujeito nas tragédias de Hiroshima e Nagazaki). Além disso, Murphy ainda conta
com um elenco de apoio fabuloso, de forma que se eu for mencionar todo mundo esse
texto não irá acabar. Por isso destacarei apenas dois nomes: Emily Blunt e
Robert Downey Jr. No papel de Kitty Oppenheimer, esposa do protagonista, Blunt
cria uma personagem resiliente e que muitas vezes demonstra ter mais força do
que o próprio marido, ao passo que Downey Jr. faz de Lewis Strauss um homem
cuja influência política rivaliza com sua aparente inveja e insegurança, o que
o torna uma versão de Antonio Salieri frente ao Mozart representado por Robert Oppenheimer
(lembrando a obra-prima <b>Amadeus</b>).</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-U71QmP5yoQ29qlbCeNKHmrrcPbvvjThuf5ye_TelH5iVmTBW6winjInqcRhHAQFjPA_sMaajYlRA9twTVClnfDqy-8QmNLGOxWD8VQ0vW1548mVmc1OcERwbMVZn14IaHVLFF18nSUTPSEObKwY_rSf5mwTXla7LaAzfDuKwISs92ksHUebOfMlFSwA/s1500/Barbie-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1039" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-U71QmP5yoQ29qlbCeNKHmrrcPbvvjThuf5ye_TelH5iVmTBW6winjInqcRhHAQFjPA_sMaajYlRA9twTVClnfDqy-8QmNLGOxWD8VQ0vW1548mVmc1OcERwbMVZn14IaHVLFF18nSUTPSEObKwY_rSf5mwTXla7LaAzfDuKwISs92ksHUebOfMlFSwA/s320/Barbie-1.jpg" width="222" /></a></div>Já <b>Barbie</b>... Bem, adaptando
um pouco uma fala de Anton Ego (o maravilhoso crítico de <b>Ratatouille</b>), o
filme fez eu pensar que “nem toda obra pode ser excelente, mas uma excelente obra
pode vir de qualquer lugar”. Digo isso porque não é particularmente comum ver
uma produção baseada numa linha de brinquedos ter tanto a dizer, e se isso
ocorre em <b>Barbie</b> acho que Greta Gerwig é a maior responsável. No longa,
Barbie (vivida por Margot Robbie) é uma figura que tem uma vida perfeita na
Barbielândia ao lado de suas amigas Barbies e vários Kens (o principal deles
sendo vivido por Ryan Gosling). E o roteiro coescrito por Gerwig e Noah
Baumbach começa a encontrar sua razão de ser quando a personagem-título se vê diante
de uma crise existencial, precisando vir com Ken até o nosso mundo a fim de
resolver o problema, que parece apenas piorar quando ela se depara com uma
realidade essencialmente patriarcal, o oposto da Barbielândia.<o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal">Acho que a melhor forma que
encontrei para descrever <b>Barbie</b> é que se trata de uma obra muito consciente.
Consciente de suas origens, de seu contexto e que sabe trabalhar esses aspectos
inteligentemente. O roteiro de Gerwig e Baumbach não tem medo de apontar o dedo
para a própria boneca Barbie (e para a Mattel, empresa que a produz) e
questionar o quanto ela contribuiu para o desenvolvimento de padrões que até podem
se encaixar em uma Barbielândia, mas soam como mentiras no mundo real quando
olhamos a desigualdade enfrentada pela parcela feminina da sociedade. Nesse sentido,
é impossível não destacar o discurso feito em determinado momento por Gloria
(interpretada pela ótima America Ferrera), palavras que além de cumprirem uma função
bacana na história ainda escancaram a visão que a sociedade frequentemente tem
e impõe às mulheres. E por apresentar dois universos distintos, o filme chama
atenção quanto aos paralelos entre eles (principalmente na inversão de papeis
na Barbielândia, onde as Barbies reinam e se apoiam enquanto os Kens ou tem
pouco espaço, ou não tem tanto valor ou vivem em função das Barbies) e o quanto
um é capaz de influenciar o outro, sem falar que Greta Gerwig ainda cria um
contraste visual e físico entre os dois mundos que é muito apropriado.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg381lAU8CPbV1FoQbMzApEdme3s_pKF2LJckBaAn_fPC2g8XOXw-xVj0TyC_TuW0zd__--k1kBvZ4wHqLy6Sm95Eis2SSYXU1_fpxQKEENijql0z6zE1k3NNCUBAHeagprQYKyCX736F2ddKI0yQNw7tmIGEVhzSoeMU40pgxAG3e9FGXtxj8252GPS7w/s4410/Barbie-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2190" data-original-width="4410" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg381lAU8CPbV1FoQbMzApEdme3s_pKF2LJckBaAn_fPC2g8XOXw-xVj0TyC_TuW0zd__--k1kBvZ4wHqLy6Sm95Eis2SSYXU1_fpxQKEENijql0z6zE1k3NNCUBAHeagprQYKyCX736F2ddKI0yQNw7tmIGEVhzSoeMU40pgxAG3e9FGXtxj8252GPS7w/w400-h199/Barbie-3.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhODXBjYFA_trzd6KLOcziikpya8Y6Hu-s_jwSyZpT-LcpQuA7UDYdmrJx8_l_N9b67p3VjIn-nWsYbpeEpWUXJeq0WjC1-3MzqeVhMTFQsQwETO6dqoXyvc9OBmXfhxlUfRrqclLF8rJEPhMhB-4jDsZtz-rFJ7sO2Zg2uw4RNBp7PqukV6g8uSz3kP4U/s1200/Barbie-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="571" data-original-width="1200" height="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhODXBjYFA_trzd6KLOcziikpya8Y6Hu-s_jwSyZpT-LcpQuA7UDYdmrJx8_l_N9b67p3VjIn-nWsYbpeEpWUXJeq0WjC1-3MzqeVhMTFQsQwETO6dqoXyvc9OBmXfhxlUfRrqclLF8rJEPhMhB-4jDsZtz-rFJ7sO2Zg2uw4RNBp7PqukV6g8uSz3kP4U/w400-h190/Barbie-2.jpg" width="400" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal">São ideias muito ricas e que vêm
embaladas num pacote de fantasia e comédia que envolve o espectador do início ao
fim, seja pelas piadas divertidíssimas, pela direção ágil de Gerwig ou pelo
elenco encantador liderado por Margot Robbie e Ryan Gosling. Aliás, enquanto
Robbie gradualmente imprime personalidade a Barbie, conseguindo ressaltar a
humanidade da personagem em cada passo e em cada dúvida que surge ao longo de sua
jornada, Gosling usa a falta de personalidade de Ken como um fio condutor do
personagem, que assim se torna um receptáculo de imposições patriarcais que mascaram
sua insegurança. E ambos os intérpretes surgem em cena repletos de carisma e
exibindo um timing cômico impecável.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">De um lado, uma grandiosa (em
vários sentidos) cinebiografia realizada por um diretor já muito bem
estabelecido como um grande nome. Do outro, uma obra surpreendente e prazerosa
que mostra que Greta Gerwig é uma cineasta cada vez mais interessante. E
enquanto o cinema como indústria agradece o sucesso de ambos os trabalhos,
creio que podemos dizer que o espectador também sai feliz por ver que a sessão
dupla de “Barbenheimer” no fim das contas envolve dois dos melhores filmes de
2023.</p><p class="MsoNormal">Nota (para os dois filmes):</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEqVmNIrQ9WIcbc2Qd6eNf44CVR02bi2rpnPArmPjagbEyPnoUII_bXcvBP9nMxlLJEw-k_qH4aDzdA991UwuBYrpyw5FUdsG676OtLNQYkOFb_fXaEEvRbr6YnlTq0NSPxdRBcowrGNdO5lOQCXBNl0RKgKqipDqaPIp7xYW-f2eq3u_-ob0r-nrkdxA/s229/5%20estrelas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="229" height="42" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEqVmNIrQ9WIcbc2Qd6eNf44CVR02bi2rpnPArmPjagbEyPnoUII_bXcvBP9nMxlLJEw-k_qH4aDzdA991UwuBYrpyw5FUdsG676OtLNQYkOFb_fXaEEvRbr6YnlTq0NSPxdRBcowrGNdO5lOQCXBNl0RKgKqipDqaPIp7xYW-f2eq3u_-ob0r-nrkdxA/s1600/5%20estrelas.jpg" width="229" /></a></div><br /><p class="MsoNormal"><br /></p></div>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-7444820778166489092023-07-12T13:54:00.000-03:002023-07-12T13:54:26.323-03:00Missão: Impossível - Acerto de Contas - Parte Um<p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX7oxOmGW1QPkYf0u5zdfPbNyCuZAIinL8jWYJTNxcfPod7uHRWjs3xgWB0hPyV1Nu8GLGrppY3D5VGouqmBv9k3-erwxZQsyDnqWe6PRLQWYJ803fLbKcJCoZC41ozOCYYZL5YvLTyiyj_IPDIz7kKEMawlwnpJarAHqSON2Yb1XorGMtBVDC0gZ26L4/s1500/Mission%20Impossible%20Dead%20Reckoning%20Part%20One-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1019" height="350" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX7oxOmGW1QPkYf0u5zdfPbNyCuZAIinL8jWYJTNxcfPod7uHRWjs3xgWB0hPyV1Nu8GLGrppY3D5VGouqmBv9k3-erwxZQsyDnqWe6PRLQWYJ803fLbKcJCoZC41ozOCYYZL5YvLTyiyj_IPDIz7kKEMawlwnpJarAHqSON2Yb1XorGMtBVDC0gZ26L4/w237-h350/Mission%20Impossible%20Dead%20Reckoning%20Part%20One-1.jpg" width="237" /></a></div><div style="text-align: justify;">Relendo
críticas que escrevi anos atrás sobre filmes de <b>Missão Impossível</b>, uma
coisa que sempre aponto é a minha surpresa de ver como a consistência da série
segue firme mesmo depois de tantos anos. É uma franquia admirável na qual Tom
Cruise e sua equipe parecem sempre determinados a tentar fazer um capítulo
superar o outro. E em meio a esses esforços, o longa mais recente, <b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2018/08/missao-impossivel-efeito-fallout.html" target="_blank">Efeito Fallout</a></b>, se mostrou uma obra-prima difícil de ser superada dentro da
franquia, mas isso não impede Cruise de tentar. E o resultado é essa primeira
parte de <b>Missão Impossível: Acerto de Contas</b>, que não chega a igualar o
capítulo anterior, mas ainda assim é uma obra que impressiona em vários
momentos.</div><o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Escrito
por Erik Jendrensen e pelo diretor Christopher McQuarrie, <b>Acerto de Contas –
Parte Um</b> coloca Ethan Hunt (Cruise) precisando recuperar as duas metades de
uma chave. Mas claro que isso não é tão fácil quanto parece, já que o objeto dá
acesso a uma inteligência artificial chamada de A Entidade, que atrai o
interesse de muitas pessoas e cujo poder pode colocar em risco o mundo inteiro
(detalhe que o roteiro aponta frequentemente, naquele que talvez seja seu maior
problema). Tendo esse perigo em mente, Hunt decide se rebelar novamente contra
a IMF a fim de tentar destruir A Entidade, o que o coloca no caminho de Gabriel
(Esai Morales), um antigo e misterioso colega que tem interesse em controlar a inteligência
artificial. No processo, Hunt ainda bate de frente com Grace (Hayley Atwell),
uma ladra que mal sabe onde está se metendo. E claro que a única ajuda que o
sujeito tem para realizar a missão é a de seus fiéis aliados Luther Stickel
(Ving Rhames), Benji Dunn (Simon Pegg) e Ilsa Faust (Rebecca Ferguson).<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJcLQGDvDf6SI5qvAgDUdiqgEEGqwuQg27iv2quI--cc2ERJP35gYv6UF0nhcf9HuhSQBlE8iOb1M6hdBCAjBj3Mp9Hd_J9hiA9miWMiDWv-xfYx2wpnzvu24QP-wI9BWTXyXc-DbKKtMS30e_qZVOyYJQrfyfEBd6551gLFGFhWqAmswod8qPClYHYpg/s1400/Mission%20Impossible%20Dead%20Reckoning%20Part%20One-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="700" data-original-width="1400" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJcLQGDvDf6SI5qvAgDUdiqgEEGqwuQg27iv2quI--cc2ERJP35gYv6UF0nhcf9HuhSQBlE8iOb1M6hdBCAjBj3Mp9Hd_J9hiA9miWMiDWv-xfYx2wpnzvu24QP-wI9BWTXyXc-DbKKtMS30e_qZVOyYJQrfyfEBd6551gLFGFhWqAmswod8qPClYHYpg/w459-h230/Mission%20Impossible%20Dead%20Reckoning%20Part%20One-2.jpg" width="459" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7PUY8XkjsQeI7BEE_vEI06pKpB3zlv6cm-fFsDQIyeWdf7r-wIv4ZKuX8ISbb8K5oLCyhlyrYcIS0m6oE2_hDZl9hmwKkHyyR8uvK-AREHdA4bTibuOKga3uVai1j98q7yXl8cQuqKPgiY133QzjhUUt31_NGO5WgaczmRFoXUgDbNV1GzQGmeuG3JtA/s960/Mission%20Impossible%20Dead%20Reckoning%20Part%20One-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="960" height="262" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7PUY8XkjsQeI7BEE_vEI06pKpB3zlv6cm-fFsDQIyeWdf7r-wIv4ZKuX8ISbb8K5oLCyhlyrYcIS0m6oE2_hDZl9hmwKkHyyR8uvK-AREHdA4bTibuOKga3uVai1j98q7yXl8cQuqKPgiY133QzjhUUt31_NGO5WgaczmRFoXUgDbNV1GzQGmeuG3JtA/w465-h262/Mission%20Impossible%20Dead%20Reckoning%20Part%20One-3.jpg" width="465" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">É uma
história típica de <b>Missão Impossível</b>,
com vários elementos que são de praxe na franquia e que podem apontar que ela
talvez não funcione de outra forma, precisando sempre colocar o protagonista e
sua equipe na posição de renegados que devem realizar uma missão que sempre
parece próxima de dar errado (e que envolve um objeto que pode ser perigoso se
cair nas mãos erradas). É tão comum que até os personagens já reconhecem como todas
essas coisas parecem ser parte integral de suas rotinas. Mas é preciso dizer
que, apesar da fórmula ser facilmente reconhecível, Christopher McQuarrie (o
diretor mais longevo na franquia, o que faz eu pensar que Tom Cruise encontrou
um cineasta tão maluco quanto ele) consegue fazer com que tudo tenha algum
frescor e que o espectador fique na ponta da cadeira, seja pela tensão ou pela
mera curiosidade de ver se os personagens conseguirão fazer o que planejam.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Muito
disso se deve ainda a ameaça escolhida para essa missão. E não me refiro a
personagens humanos, apesar de estes também renderem uma bela dor de cabeça
para o protagonista, mas sim à A Entidade. Além de mostrar um timing preciso
por parte dos realizadores (considerando as várias discussões que têm surgido
ultimamente quanto ao uso desse tipo de tecnologia), a inteligência artificial
enfrentada por Hunt e sua equipe dá início a um jogo de gato e rato que tem um
bom grau de imprevisibilidade, já que o algoritmo da Entidade sempre parece
estar muitos passos à frente do protagonista, consequentemente aumentando os
riscos da missão e a tensão provocada pela narrativa. Como se não bastasse, a
presença do ótimo Esai Morales como Gabriel, o principal vilão humano da
história, funciona muito por conta de ele ser o mais próximo de uma
representação da Entidade, ficando sempre por dentro do que é calculado pelo
algoritmo e soando mais perigoso por conta disso.<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7T9pzgmxY00eTYFjP2HlElpm4GYyeoYJNpZ2nLEdpqIWQw7UnNe10exSqYiECJOID0lEARtK-g1xq8WYoLzzjNDyMBHzw5Rws3hqW9QEEHOa5javErQxseTjrdb3r_q07bnfyYwOlSWazxLnJSCvMZkJ3-oDs4u_Dzs2AFDAbFP0yrV0SJDkzlxHeHwk/s898/Mission%20Impossible%20Dead%20Reckoning%20Part%20One-4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="898" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7T9pzgmxY00eTYFjP2HlElpm4GYyeoYJNpZ2nLEdpqIWQw7UnNe10exSqYiECJOID0lEARtK-g1xq8WYoLzzjNDyMBHzw5Rws3hqW9QEEHOa5javErQxseTjrdb3r_q07bnfyYwOlSWazxLnJSCvMZkJ3-oDs4u_Dzs2AFDAbFP0yrV0SJDkzlxHeHwk/w494-h247/Mission%20Impossible%20Dead%20Reckoning%20Part%20One-4.jpg" width="494" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Mas
talvez as ameaças não fossem tão eficazes caso não nos importássemos com os
personagens, o que sempre ocorreu na franquia e em <b>Acerto de Contas – Parte
Um</b> não é diferente. Aliás, uma das coisas mais perceptíveis ao longo da série
<b>Missão Impossível</b> é como Ethan Hunt cria laços cada vez mais fortes com sua
equipe, a ponto de a partir do <b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2015/08/missao-impossivel-nacao-secreta.html" target="_blank">quinto filme</a></b> ele poder dizer que tem um grupo de
amigos com os quais se importa (e vice-versa). E a base emocional da narrativa desse
sétimo exemplar reside principalmente na dinâmica que ele constrói com os
talentosos Simon Pegg, Ving Rhames e Rebecca Ferguson, cujos ótimos personagens
frequentemente são usados para ressaltar a humanidade do protagonista e manter os
pés dele no chão enquanto tenta salvar o mundo.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvvFE0uYFzrOKeGlhXo9_9MIhcTyG7Vt58yJyijChS8JWulUTXmgFzH-Sr5gnFba9qX0LYLmvvkeG38qdTbdUc8dFMSfmD64ybSY-SvEFTbrWgEWIY01mW_iWjE_46_2CAIwj5YGONjuQm5pZKQC0WvOhhw52pGhyeavzF7pNVuu1_j9ifCte4r4CjMSg/s871/Mission%20Impossible%20Dead%20Reckoning%20Part%20One-5.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="489" data-original-width="871" height="279" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvvFE0uYFzrOKeGlhXo9_9MIhcTyG7Vt58yJyijChS8JWulUTXmgFzH-Sr5gnFba9qX0LYLmvvkeG38qdTbdUc8dFMSfmD64ybSY-SvEFTbrWgEWIY01mW_iWjE_46_2CAIwj5YGONjuQm5pZKQC0WvOhhw52pGhyeavzF7pNVuu1_j9ifCte4r4CjMSg/w497-h279/Mission%20Impossible%20Dead%20Reckoning%20Part%20One-5.JPG" width="497" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Todos
esses elementos ajudam a fazer com que a narrativa envolva o espectador enquanto
as sequências de ação são costuradas umas nas outras pela trama, sequências
estas que mais uma vez são conduzidas com competência por Christopher
McQuarrie, que vem mostrando ser um diretor de ação muito confiável (vide não
só <b>Missão Impossível</b>, mas também o primeiro <b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2013/01/jack-reacher-o-ultimo-tiro.html" target="_blank">Jack Reacher</a></b>). McQuarrie
concebe sequências cuja escala vai aumentando gradualmente durante o filme, formando
uma estrutura em que o ritmo da narrativa segue uma crescente até chegar em seu
ápice no terceiro ato, quando o diretor e Tom Cruise decidem deixar a sanidade
de lado. Esse ritmo também merece ser creditado a ótima montagem de Eddie
Hamilton, que ainda faz um trabalho notável em momentos em que precisa intercalar
ações que ocorrem ao mesmo tempo, o que contribui com a tensão do filme, como
pode ser visto por exemplo na sequência situada no aeroporto de Abu Dhabi.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Se
juntando a <b>Homem-Aranha Através do Aranhaverso</b> no grupo de filmes de
2023 que se apresentam como a primeira parte de uma história, mas que sabe encerrar
seu arco narrativo concluindo os pontos que precisa e criando uma curiosidade
natural quanto a vindoura continuação, <b>Missão Impossível: Acerto de Contas –
Parte Um</b> mantém o alto nível de uma franquia que parece não cansar de
empolgar o público.<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCuhAKoNObWHHZnysPSnVD8qkhk1jSL04sBH_QKzHkp67eOOGDM9FMD12P2WSXDzoJcNRD6XOglusTvv6c9DxOOtXMt5520AnpQLu8ly5g3RZY5RxZmNr76ckbEhiqNc2cF9aUuemmCT_F21MJYOBIfS01Dte2o5inJhMe7DIzExiyXF57GMBrOIFqhr4/s800/Mission%20Impossible%20Dead%20Reckoning%20Part%20One-6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="410" data-original-width="800" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCuhAKoNObWHHZnysPSnVD8qkhk1jSL04sBH_QKzHkp67eOOGDM9FMD12P2WSXDzoJcNRD6XOglusTvv6c9DxOOtXMt5520AnpQLu8ly5g3RZY5RxZmNr76ckbEhiqNc2cF9aUuemmCT_F21MJYOBIfS01Dte2o5inJhMe7DIzExiyXF57GMBrOIFqhr4/w521-h267/Mission%20Impossible%20Dead%20Reckoning%20Part%20One-6.jpg" width="521" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioQkppzJJhHHTDxDNxBPnYBQkk65O62Gv6GhqU8gz17Djr2R2-B5XTm-AK12XnEuWQfJXVB0rAPFGdgOzgFtRaV4lXzWwwEmp66I3n9LD882__VZLGf2KX3dL0x9T-ZXGAoodnlTZfaDp4Hrd5KEAUAn8qS8Y14hurtOAtKUK-Jv1Lg0i7H5gq_yLbHbk/s184/4%20estrelas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="184" height="42" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioQkppzJJhHHTDxDNxBPnYBQkk65O62Gv6GhqU8gz17Djr2R2-B5XTm-AK12XnEuWQfJXVB0rAPFGdgOzgFtRaV4lXzWwwEmp66I3n9LD882__VZLGf2KX3dL0x9T-ZXGAoodnlTZfaDp4Hrd5KEAUAn8qS8Y14hurtOAtKUK-Jv1Lg0i7H5gq_yLbHbk/s1600/4%20estrelas.jpg" width="184" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><br /></p><p></p>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-14624869000624403512023-06-07T23:29:00.002-03:002023-06-07T23:29:51.473-03:00Transformers: O Despertar das Feras<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzwEoPqfqRx5O0FhOYT8MdE4cmZ7xuWT19WVnZaYaEB8dJmLuRhDIDiEyQ3faWpXWJ2QwAuouZVclfvR8n2OAGaC2DQcx_bvXmCTI_TzxvTDmQkFk1E-GZZFucEAswnFZcBv63Jnk7jGbQlEirRKYyggMg3OFAnEdkfVdAU0pdTV47MUAVlso5NmwT/s1500/Transformers%20Rise%20of%20the%20Beasts-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1013" height="307" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzwEoPqfqRx5O0FhOYT8MdE4cmZ7xuWT19WVnZaYaEB8dJmLuRhDIDiEyQ3faWpXWJ2QwAuouZVclfvR8n2OAGaC2DQcx_bvXmCTI_TzxvTDmQkFk1E-GZZFucEAswnFZcBv63Jnk7jGbQlEirRKYyggMg3OFAnEdkfVdAU0pdTV47MUAVlso5NmwT/w207-h307/Transformers%20Rise%20of%20the%20Beasts-1.jpg" width="207" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Quem me acompanha há algum tempo deve saber que não vejo <b>Transformers</b> como uma franquia particularmente agradável. Mas ela mostrou ser capaz de render um filme simpático e divertido quando a <i>prequel</i> <b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2019/01/bumblebee.html" target="_blank">Bumblebee</a></b> foi lançada em 2018, que curiosamente marcou a primeira vez que um longa da linha de brinquedos da Hasbro não foi comandado por Michael Bay. E a franquia resolve manter a diversidade por trás das câmeras neste <b>Transformers: O Despertar das Feras</b>, continuação de <b>Bumblebee</b> e que coloca a direção nas mãos de Steven Caple Jr. (de <b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2019/01/creed-ii.html" target="_blank">Creed II</a></b>). E o resultado até que é satisfatório.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>O Despertar das Feras</b> se
passa em 1994, quando o jovem Noah Diaz (Anthony Ramos) vive dificuldades com
sua família e, em uma tentativa desesperada para ganhar dinheiro, acaba tendo contato
com Mirage (voz de Pete Davidson), um dos Autobots liderados por Optimus Prime
(voz de Peter Cullen). Junto com a pesquisadora Elena Wallace (Dominique
Fishback), Noah acaba sugado para o conflito dos Autobots, passando a ajuda-los
a recuperar uma chave que pode salvar o planeta deles. No caminho, eles têm que
enfrentar os Terrorcons liderados por Scourge (voz de Peter Dinklage) e contam
com o auxílio dos Maximals, que basicamente são Transformers que tomam a forma
de animais ao invés de veículos.<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOy9rDMISP3KbU5wqVLZCxksLffeJWBM5UqTCmm9htae_5vDrjqxkQnLXgN8M9nN-uS1SoHmCpvqI6AGxmdMT6R4ZsYvsdxSiP34okoXq_IFX10Ym2eM3-bdiWMkoXtQLWL76d9RYV-5zGnQLBpK6kzNJc8TImnqO4kvNMtGwRVBCk_qXM948890eb/s1905/Transformers%20Rise%20of%20the%20Beasts-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="787" data-original-width="1905" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOy9rDMISP3KbU5wqVLZCxksLffeJWBM5UqTCmm9htae_5vDrjqxkQnLXgN8M9nN-uS1SoHmCpvqI6AGxmdMT6R4ZsYvsdxSiP34okoXq_IFX10Ym2eM3-bdiWMkoXtQLWL76d9RYV-5zGnQLBpK6kzNJc8TImnqO4kvNMtGwRVBCk_qXM948890eb/w476-h196/Transformers%20Rise%20of%20the%20Beasts-2.jpg" width="476" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ0okB7HYbCW6-MjV1CenFz1DVar9oVRJ0CHhMKLoZujf20ntrpj_Nnp0dX2P0fTBzH6iEqYJZwCVV_IhqwXs91UoMIglMpj4NC-Yb4JdtcC14SttPl3Nwmfi3cCA0Vs59S61a4YxVLAnsEG2WCxeNy2iIDPed1sa6CwBx2BUDnbsFGIPCmTFzNtgi/s1600/Transformers%20Rise%20of%20the%20Beasts-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="901" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ0okB7HYbCW6-MjV1CenFz1DVar9oVRJ0CHhMKLoZujf20ntrpj_Nnp0dX2P0fTBzH6iEqYJZwCVV_IhqwXs91UoMIglMpj4NC-Yb4JdtcC14SttPl3Nwmfi3cCA0Vs59S61a4YxVLAnsEG2WCxeNy2iIDPed1sa6CwBx2BUDnbsFGIPCmTFzNtgi/w472-h266/Transformers%20Rise%20of%20the%20Beasts-3.jpg" width="472" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Na maior parte do tempo, <b>O
Despertar das Feras</b> não parece tão disposto a trazer frescor a série. Ao
longo da projeção, nos deparamos com coisas que já estão mais do que batidas no
universo desses filmes, desde ver novas espécies de Transformers serem
apresentadas (sendo que não há nada que realmente as diferencie de outras que
já vimos, tirando as formas que elas assumem), passando pela relação entre os
personagens humanos e os robôs e chegando finalmente a própria base da trama. Afinal,
esta não é a primeira vez que vemos pessoas ajudando os Autobots a recuperar um
artefato que pode ajuda-los. Além disso, os diálogos expositivos que surgem com
alguma frequência se intercalam com outros mais bestas (“Se vamos morrer, vamos
morrer lutando como um só”).</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAsJuqz8R2u8DPuueeZKBJXUCsBFSDGARxOHmEd5A1oHUDSYCchp2DYdc3Cdwf-cFbqXnhgUQ0cjADbm71xttjw67Wf0IrzcNUNeJsYhA34MBWNvnOR26a6wLDGX_bZRRbBjn4Gbhxj56NKzby-gnqssd1530V2ecdRze9sKjYEWsOhisREopI9SXC/s709/Transformers%20Rise%20of%20the%20Beasts-4.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="398" data-original-width="709" height="258" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAsJuqz8R2u8DPuueeZKBJXUCsBFSDGARxOHmEd5A1oHUDSYCchp2DYdc3Cdwf-cFbqXnhgUQ0cjADbm71xttjw67Wf0IrzcNUNeJsYhA34MBWNvnOR26a6wLDGX_bZRRbBjn4Gbhxj56NKzby-gnqssd1530V2ecdRze9sKjYEWsOhisREopI9SXC/w459-h258/Transformers%20Rise%20of%20the%20Beasts-4.JPG" width="459" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzG64ZG-Gl5ohtsk5gldfy-RUzu8qdqG38V2NtS1zWTbOSAb-UPdUfho-lXs0TXVBK2JnlrtzvPykOST8dEcLzdDvm7sKiksibCF583WNFZhu6wDuR7cMieseO3PN0-wa636bQ1kuxWiPUejimF7gpIkY6jsOFA-kpVtx1My6u-Mrb2jxM_-YCiq83/s1200/Transformers%20Rise%20of%20the%20Beasts-5.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="502" data-original-width="1200" height="201" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzG64ZG-Gl5ohtsk5gldfy-RUzu8qdqG38V2NtS1zWTbOSAb-UPdUfho-lXs0TXVBK2JnlrtzvPykOST8dEcLzdDvm7sKiksibCF583WNFZhu6wDuR7cMieseO3PN0-wa636bQ1kuxWiPUejimF7gpIkY6jsOFA-kpVtx1My6u-Mrb2jxM_-YCiq83/w479-h201/Transformers%20Rise%20of%20the%20Beasts-5.jpeg" width="479" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas isso não impede o filme de
divertir e até mesmo envolver minimamente o espectador. A introdução de Mirage,
por exemplo, é muito bem-vinda, com o jeito mais irreverente do personagem
rendendo bons risos, o que vale também para a dinâmica entre ele e Noah. Este,
por sua vez, é interpretado com carisma e segurança por Anthony Ramos, exibindo
muito mais personalidade que outros protagonistas que a franquia já teve (me
refiro basicamente a Shia LaBeouf e Mark Wahlberg). E é bacana ver Steven Caple
Jr. em determinados momentos se concentrar em questões mais pessoais dos personagens,
principalmente no que diz respeito a relação de Noah com o irmão mais novo Kris
(Dean Scott Vasquez), detalhes que ajudam o espectador a simpatizar com eles. Para
completar, Caple Jr. conduz com competência as sequências de ação, lidando bem
com a escala grandiosa dos combates sem criar uma confusão visual como Michael
Bay tanto gosta de fazer, merecendo destaque a grande batalha que ocorre no
terceiro ato. Mas é preciso dizer que o diretor nada pode fazer nos momentos em
que certos personagens estão em perigo ou prestes a se sacrificarem, já que o próprio
fato de <b>O Despertar das Feras</b> ser uma <i>prequel</i> impede que acreditemos
que o destino daquelas figuras está realmente em jogo.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>O Despertar das Feras</b> não
chega a ter a doçura e o coração de <b>Bumblebee</b>, mas ainda é uma obra que
funciona bem como entretenimento, além de até deixar alguma curiosidade para continuações.
E isso já representa uma evolução considerando <b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2017/07/transformers-o-ultimo-cavaleiro.html" target="_blank">o baixo nível</a></b> apresentado pela
franquia até pouco tempo atrás.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Obs.: Há uma cena durante os
créditos finais.<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpn23AqsyKIXUR0wsRuKpS8GGg3iLxGGsraNH5S_Iyl9mZfiLw8KM4xb4KguvDvwsKaqDOPeHWxk79tJ3NhwvyA5DZaYvRiElctzV5ZSMRXra8cJVfbeyw3VnNWtYreDPwByo8D2b5H26JyvFXeAdc9Qf6w8wsa5jD0Hws20k0aHVmtEANCZnUC9sD/s1291/Transformers%20Rise%20of%20the%20Beasts-6.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="727" data-original-width="1291" height="254" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpn23AqsyKIXUR0wsRuKpS8GGg3iLxGGsraNH5S_Iyl9mZfiLw8KM4xb4KguvDvwsKaqDOPeHWxk79tJ3NhwvyA5DZaYvRiElctzV5ZSMRXra8cJVfbeyw3VnNWtYreDPwByo8D2b5H26JyvFXeAdc9Qf6w8wsa5jD0Hws20k0aHVmtEANCZnUC9sD/w452-h254/Transformers%20Rise%20of%20the%20Beasts-6.JPG" width="452" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nota:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOwsXdE5C07Pho1lYhMPnk2BZAIyTKT54F6myy1Fb5TTlg38apb0p1DdmOZReBY7Pgh19q8fpxvKnXHFVqXUHmlLyfMPsIOhZ9Mxzh8Cjruv9B7GzYQuIxxrx4r2t4i2fhKLHMbVkeWz1mdmcrZidsOQy8KjNIsBzWSCdwe9Yy73NF71X1AIN3ESej/s138/3%20estrelas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="138" height="42" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOwsXdE5C07Pho1lYhMPnk2BZAIyTKT54F6myy1Fb5TTlg38apb0p1DdmOZReBY7Pgh19q8fpxvKnXHFVqXUHmlLyfMPsIOhZ9Mxzh8Cjruv9B7GzYQuIxxrx4r2t4i2fhKLHMbVkeWz1mdmcrZidsOQy8KjNIsBzWSCdwe9Yy73NF71X1AIN3ESej/s1600/3%20estrelas.jpg" width="138" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><p></p>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-11623270160560995382023-06-01T04:31:00.005-03:002023-06-01T04:33:15.792-03:00Muito Obrigado, Ted Lasso!<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX30yVIstjoJh4Q-Q8fWfYF22LX-lASqqdLLuBwebIhw6ad7a4LsFVMuDz734CH1L3BOHNr7Vxnsx5TUf0GvRMB5eP-9Ao1zZQ_T5bhQXmf1AwmT34zCF-Wt41To34pZJH-EmoiWJF2MlmemvrGfWP0JuPgka2j9vPDdkfiJpUMRB13wZ9osjnBAYS/s1200/Ted%20Lasso-1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="675" data-original-width="1200" height="283" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX30yVIstjoJh4Q-Q8fWfYF22LX-lASqqdLLuBwebIhw6ad7a4LsFVMuDz734CH1L3BOHNr7Vxnsx5TUf0GvRMB5eP-9Ao1zZQ_T5bhQXmf1AwmT34zCF-Wt41To34pZJH-EmoiWJF2MlmemvrGfWP0JuPgka2j9vPDdkfiJpUMRB13wZ9osjnBAYS/w504-h283/Ted%20Lasso-1.jpg" width="504" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">(O texto a seguir <b>não contém spoilers</b>)</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não é exatamente comum eu me
sentir em dívida com algum filme ou série de TV. Mas me sinto em dívida com <b>Ted
Lasso</b>. Ao longo dos últimos três anos, em nenhum momento eu sentei em
frente ao computador para escrever um texto sobre essa série, que acompanhei de
maneira fiel desde seu lançamento. Mas tendo a série chegado ao fim nessa
semana, creio ser apropriado usar o momento para cobrir essa dívida.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>Ted Lasso</b> começou como uma
série engraçada sobre um técnico de futebol americano que praticamente cai de
paraquedas no AFC Richmond, um clube fictício da Premier League (como é
conhecida a primeira divisão do campeonato inglês). E seguiu sempre divertindo dentro
dessa ideia. Mas creio que fui pego de surpresa com o quanto a série se revelou
profundamente encantadora. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Com uma visão de mundo que
mistura um pouco de otimismo, ingenuidade, humildade e doçura, o
personagem-título (interpretado por Jason Sudeikis, que certamente encontrou
aqui um papel que definirá sua carreira) facilmente conquista as pessoas ao seu
redor e o espectador, sendo que tal visão de mundo não deixa de estabelecer os
principais pontos da série em si. E a partir desses pontos, vemos a história e sua
gama de personagens serem preenchidos de humanidade. Consequentemente, cada
episódio no universo de <b>Ted Lasso</b> se revelou uma dose saborosa de
chocolate quente, capaz de aquecer o coração e nos ajudar a escapar por alguns
minutos dos nossos próprios problemas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Até por conta disso a série não
deixa de parecer uma utopia, algo que eu poderia ter concluído mais cedo, mas
só fui refletir sobre isso nessa terceira e última temporada. E creio que esse
é outro motivo para ela ter se mostrado tão agradável. Digo “utopia” não tanto pelo
otimismo da série e de seu protagonista, mas porque na vida real falar de saúde
mental ainda é um tabu. Digo “utopia” porque, olhando notícias recentes, o
mundo do futebol pouco faz para combater coisas como racismo e homofobia. “Utopia”
porque é comum vermos clubes serem patrocinados por marcas ou pessoas que violam
direitos humanos. “Utopia” porque a série tocou em elementos como esses como se
colocasse o dedo nas feridas, fazendo seus personagens refletirem e darem
respostas sensatas sobre tais assuntos como raramente (para não dizer nunca)
vemos na vida real, o que meio que fez o AFC Richmond ser um clube que eu
gostaria que realmente existisse.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #0f1419; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Essa última temporada de
<b>Ted Lasso</b> certamente deixou a desejar em comparação com as anteriores
(principalmente a segunda temporada). Tropeçou em subtramas e personagens não
tão interessantes e mais de uma vez recorreu a resoluções fáceis. Mas apesar de
não terminar numa nota tão alta, seu fim ainda foi digno, e os sentimentos
doces que ela gerou ao longo das três temporadas são infinitamente mais fortes
do que qualquer dose amarga que tenha surgido no caminho.</span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E por gerar esses bons sentimentos,
digo apenas... Muito obrigado, <b>Ted Lasso</b>. Sentirei sua falta.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZ9Tc9yrN2RC5NyNxYVsysbhFGaYrhSHi5OIKnFCUJ0jvH6tnWnvSmmrPY1tBwyvOreWIov2WzM7To_sUm9Z0W9QpiOtcD_KBNa5Lke5CPDP3ghpX1ddOhqYGorhXaZ7MXPHe5KSmlGf4D_ufGMKmqePHXVzZcnz_yRtp5nyc66J9lrjQpFa-08klb/s498/Ted%20Lasso%20gif.gif" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="331" data-original-width="498" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZ9Tc9yrN2RC5NyNxYVsysbhFGaYrhSHi5OIKnFCUJ0jvH6tnWnvSmmrPY1tBwyvOreWIov2WzM7To_sUm9Z0W9QpiOtcD_KBNa5Lke5CPDP3ghpX1ddOhqYGorhXaZ7MXPHe5KSmlGf4D_ufGMKmqePHXVzZcnz_yRtp5nyc66J9lrjQpFa-08klb/w372-h247/Ted%20Lasso%20gif.gif" width="372" /></a></div><br />Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-67236705880309949882023-04-22T14:14:00.000-03:002023-04-22T14:14:24.338-03:00Ghosted: Sem Resposta<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjim-NwyStN-BWR2R_L_tdUsNhM8dVHpgllgWa73W_aybRurOYJO_9KFfXIs35ql9GbQ8WH62ncG3ApyQcl-V8hvhQoAzg7qBWZSWVgED_bENwGOph2rkXiaxn5fxfObbj5_EX2_N82EgwTbiLLy0ONppxclJyWF2b3Enc8f3lXDnYcZN6slqa1bPRp/s1500/Ghosted-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1000" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjim-NwyStN-BWR2R_L_tdUsNhM8dVHpgllgWa73W_aybRurOYJO_9KFfXIs35ql9GbQ8WH62ncG3ApyQcl-V8hvhQoAzg7qBWZSWVgED_bENwGOph2rkXiaxn5fxfObbj5_EX2_N82EgwTbiLLy0ONppxclJyWF2b3Enc8f3lXDnYcZN6slqa1bPRp/s320/Ghosted-1.jpg" width="213" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Chris Evans e Ana de Armas são
intérpretes que acho muito carismáticos. Não é à toa que ambos se tornaram bastante populares
nos últimos anos. No entanto, há filmes onde infelizmente não importa o quão
carismáticos os astros sejam, já que o material é tão pouco inspirado que nem
mesmo eles são capazes de salvar. Exemplo disso é este <b>Ghosted</b>, novo longa
produzido pela Apple para seu serviço de <i>streaming</i> e que já é o terceiro
filme estrelado por Evans e de Armas (depois do excelente <b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2019/12/entre-facas-e-segredos.html" target="_blank">Entre Facas e Segredos</a></b> e do fraco <b>Agente Oculto</b>).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Escrito por Rhett Reese e Paul
Wernick em parceria com Chris McKenna e Erik Sommers, <b>Ghosted</b> traz sua
dupla de protagonistas interpretando Cole e Sadie. Ele é um cara legal e
inocente que trabalha ajudando seus pais na fazenda da família. Já ela é uma
agente da CIA. Logo ao se conhecerem eles têm o melhor encontro romântico possível,
mas claro que Sadie não conta a verdade sobre seu trabalho. E depois de um
breve período sem ter qualquer tipo de retorno e desconfiando que foi deixado
no vácuo (ou “<i>ghosted</i>”), o rapaz resolve ir atrás da amada, a ponto de
atravessar o oceano até Londres para fazer uma surpresa (como qualquer ser
humano normal faz depois de um único encontro, certo?). É onde ele descobre a
real profissão de Sadie, que está no meio de uma missão em que precisa
recuperar uma poderosa arma biológica. E Cole é arrastado para dentro da
situação.<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA53kHK9Hp3R0Bcz5uvFS-ruqYt-UMDFnv064TgTqkRBrYn0WZMBOJzQWKoffZXixQMNuKUSa-2xZ80sKYbSICp6adu3r-Ev1XgaA5W_xj60lDlBS0z31DvMzcKvs7QV87c85g_JQYnD6SzlRuyoEuXlPt1318CMdOc_VJNmlNlN09KvPErYdFEkry/s900/Ghosted-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="506" data-original-width="900" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA53kHK9Hp3R0Bcz5uvFS-ruqYt-UMDFnv064TgTqkRBrYn0WZMBOJzQWKoffZXixQMNuKUSa-2xZ80sKYbSICp6adu3r-Ev1XgaA5W_xj60lDlBS0z31DvMzcKvs7QV87c85g_JQYnD6SzlRuyoEuXlPt1318CMdOc_VJNmlNlN09KvPErYdFEkry/w400-h225/Ghosted-2.jpg" width="400" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E então passamos a acompanhar uma
comédia romântica de ação que parece não fazer nenhum esforço para driblar os
clichês desses gêneros, com os protagonistas durante grande parte do tempo sendo
o clássico “casal que se odeia, mas ama” em meio a missão para salvar o mundo
de uma arma perigosa, que está nas mãos de um vilão unidimensional (e que
Adrien Brody encarna como uma caricatura ambulante). Talvez clichês como esses
não incomodassem tanto caso houvessem pontos interessantes que equilibrassem um
pouco a narrativa. Mas a verdade é que <b>Ghosted</b> não tem nada de muito
valoroso durante suas quase duas horas de duração. Chris Evans e Ana de Armas,
por exemplo, se veem interpretando personagens aborrecidos e que chegam a irritar,
um com sua falta de noção devido a carência e a outra com a dificuldade de se
conectar com outras pessoas (outro clichê mais do que batido), detalhes que
fazem as brigas entre eles serem dignas de revirar os olhos tamanha chatice.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU1IAC9k0H6DAmvcIPTt7IU95tBdBQgEHrjgLftaUYsRqe2HsTnOyiwIrJuTr_sUPBDB_po1mvhyOit_iL8cXPIsc1qJJefcSmh9lEMxO6S14NY5CqYSMq4qXUes-5FvKwN2VkUwO0IX8NSAfeSKL0iXCw7ozMRyq3RckrnPxFjbOCCkMw9ZfFNfru/s874/Ghosted-3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="490" data-original-width="874" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU1IAC9k0H6DAmvcIPTt7IU95tBdBQgEHrjgLftaUYsRqe2HsTnOyiwIrJuTr_sUPBDB_po1mvhyOit_iL8cXPIsc1qJJefcSmh9lEMxO6S14NY5CqYSMq4qXUes-5FvKwN2VkUwO0IX8NSAfeSKL0iXCw7ozMRyq3RckrnPxFjbOCCkMw9ZfFNfru/w400-h224/Ghosted-3.JPG" width="400" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Dessa forma, o diretor Dexter
Fletcher (que havia se saído bem no adorável <b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2016/03/voando-alto.html" target="_blank">Voando Alto</a></b> e na
cinebiografia <b>Rocketman</b>) não consegue impedir que a narrativa se desenrole
de maneira formuláica e previsível. Além disso, as cenas de ação se revelam muito
burocráticas, o que talvez denote a inexperiência do cineasta com o gênero,
vindo a culminar em um terceiro ato que se esforça até demais para ser
grandioso, mas que acaba sendo apenas uma bagunça. O “melhor” momento nesse
quesito talvez seja a primeira sequência de ação do filme, onde vemos uma longa
perseguição envolvendo um ônibus, mas mesmo esta não empolga ou tem alguma
graça.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Trazendo ainda rostos conhecidos
do público em participações especiais que servem só para distrair o espectador,
já que pouco ou nada contribuem para qualquer outra coisa na narrativa, <b>Ghosted</b>
é um filme besta no pior sentido da palavra. Um trabalho pobre que só desperdiça
seus simpáticos protagonistas.<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGRpqb-lyzu_eL6GuMVyBw5Yk2KZ74biefS1RoDyRBm_OKiDE-ULbrI3qCz3kH3EFi-fX38um0fAoLnRAZ75-eFVTgP07RfTzy8USFALRNMH-kCDzVs-cD78lsWuSzKSln4q9vNOCVjrOyOOCG2h_xKbodla4oGXh1efEkgC5pIlne6MX7wYRrDaai/s731/Ghosted-4.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="418" data-original-width="731" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGRpqb-lyzu_eL6GuMVyBw5Yk2KZ74biefS1RoDyRBm_OKiDE-ULbrI3qCz3kH3EFi-fX38um0fAoLnRAZ75-eFVTgP07RfTzy8USFALRNMH-kCDzVs-cD78lsWuSzKSln4q9vNOCVjrOyOOCG2h_xKbodla4oGXh1efEkgC5pIlne6MX7wYRrDaai/w400-h229/Ghosted-4.JPG" width="400" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nota:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiueAzr83JdoAaqZWn9h6o6wkIQwuFxvxxfUzfad28hdWMNBgecQ8VqSQ-eLdYXxlmw-k8MFe2pjigwmxROCJFCxy-TMO7Q485PkvqOV-be2yB017iOir0xTAxodiiRlInMyEqKubo0SYzlxX2Vb7Z0Ql9laicW2mz-B1klHCZ-ncwntJDBdeSo_Hkz/s47/1%20estrela.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="47" height="42" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiueAzr83JdoAaqZWn9h6o6wkIQwuFxvxxfUzfad28hdWMNBgecQ8VqSQ-eLdYXxlmw-k8MFe2pjigwmxROCJFCxy-TMO7Q485PkvqOV-be2yB017iOir0xTAxodiiRlInMyEqKubo0SYzlxX2Vb7Z0Ql9laicW2mz-B1klHCZ-ncwntJDBdeSo_Hkz/s1600/1%20estrela.jpg" width="47" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><p></p>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-44816190548327608642023-04-19T21:46:00.001-03:002023-04-20T03:24:50.246-03:00A Morte do Demônio: A Ascensão<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA-eiwMi5UkrA7hbZuD8ocwdjizOexNgS3g5Bndu7HI4h_Q5BYlKBw-JOiNqepjsnK5WFsOBM9PxEa18_DY46mVsgTLHXcBDZiw887eO9x3M3UtVvW7pV1kHcStG0tBaD-hgDSVOd0ugxzzWA7b8EvkFxLB-TQjOq3g2K_FndbzqCveIzhmyKISP9T/s1500/Evil%20Dead%20Rise-1.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1013" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA-eiwMi5UkrA7hbZuD8ocwdjizOexNgS3g5Bndu7HI4h_Q5BYlKBw-JOiNqepjsnK5WFsOBM9PxEa18_DY46mVsgTLHXcBDZiw887eO9x3M3UtVvW7pV1kHcStG0tBaD-hgDSVOd0ugxzzWA7b8EvkFxLB-TQjOq3g2K_FndbzqCveIzhmyKISP9T/s320/Evil%20Dead%20Rise-1.jpg" width="216" /></a></div><div style="text-align: justify;">Duvido que Sam Raimi, Bruce
Campbell e toda a equipe do modesto e excepcional <b>A Morte do Demônio</b>
imaginavam que, ao lançarem o filme em 1981, estariam iniciando uma franquia que
ainda renderia frutos 42 anos depois. E ao longo desse período, é bacana notar
como a franquia se mantém consistente e coesa mesmo passando por diversas
mentes criativas e formatos (já tivemos série de TV e jogos de videogame, por
exemplo), além de estar cada vez mais determinada a abraçar qualquer
sanguinolência absurda de seu universo. São coisas que seguem firmes e fortes
neste <b>A Morte do Demônio: A Ascensão</b>, o quinto filme da série.</div><o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Escrito e dirigido por Lee
Cronin, <b>A Ascensão</b> inicia quando Beth (Lily Sullivan) vai visitar sua
irmã, Ellie (Alyssa Sutherland), e os três filhos dela, Bridget, Danny e Kassie
(Gabrielle Echols, Morgan Davies e Nell Fisher, respectivamente), que moram em
um prédio que está literalmente caindo aos pedaços. Seria uma oportunidade
perfeita para que todos tentassem lidar juntos com seus problemas pessoais. Mas
tudo vira de cabeça para baixo quando o trio de irmãos encontra um volume do Livro
dos Mortos nos confins do edifício, o que eventualmente acaba por libertar os demônios
que passam a infernizar a vida da família.<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghKEyGV51-JooxaVY_souLh6i9f5Vuf6nffTre6X_95fC6hSH2a4FDaLeBDOh69Vra_oxF8Z83ps4n6zCslZB61gUkVlUgZZsWe04wVmeWeOtDrsCU7zkC1T3gE3JEGb5jrBTTsULvgdbh0tGqy8Z7U9tXgZCZrdCjQXDVQCI5Dc7FzY9jnrgdttbe/s2048/Evil%20Dead%20Rise-2.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="852" data-original-width="2048" height="187" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghKEyGV51-JooxaVY_souLh6i9f5Vuf6nffTre6X_95fC6hSH2a4FDaLeBDOh69Vra_oxF8Z83ps4n6zCslZB61gUkVlUgZZsWe04wVmeWeOtDrsCU7zkC1T3gE3JEGb5jrBTTsULvgdbh0tGqy8Z7U9tXgZCZrdCjQXDVQCI5Dc7FzY9jnrgdttbe/w451-h187/Evil%20Dead%20Rise-2.jpeg" width="451" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Assim como o eficaz <b><i><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2013/04/a-morte-do-demonio.html" target="_blank">reboot</a></i></b>
dirigido por Fede Alvarez em 2013, <b>A Ascensão</b> não tem conexões com os capítulos
anteriores da franquia, apresentando novos personagens e até mesmo uma nova
localização, saindo de uma cabana isolada no meio da floresta e indo para um
local mais urbano. Isso, porém, não impede Lee Cronin de criar uma atmosfera
claustrofóbica, situando quase toda a narrativa dentro dos limites do prédio e agarrando
quaisquer oportunidades para mostrar que os personagens não têm para onde
fugir, o que contribui com a sensação de angustia gerada pelo desenrolar da
trama. Mas muito dessa sensação se deve também porque Cronin sabiamente dedica o
primeiro ato do filme para estabelecer Beth, Ellie e as crianças como figuras
em uma situação vulnerável em suas vidas particulares e cujo carinho uns pelos
outros é muito claro, o que facilita a identificação do público com eles e, consequentemente,
dá mais peso para a tensão que passam a viver.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis-ta1Pce4gbJEh3kS2ZsvFh13EuNwBCs0uwpIAUCEk1nAFXP7kU1UhXM2fZBdqFVtYqi4zYHchNY8Pz0xC0sI6tVt8KU700TDtVPFFAvMnNI7XIiIK4hw-dLvaUTHlXCwv-JPSFdT97oCGYDhrAVHiWngWDJqT3uAMigp4DdD9WCItDWbVoAEoCZT/s2394/Evil-Dead-Rise-3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1197" data-original-width="2394" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis-ta1Pce4gbJEh3kS2ZsvFh13EuNwBCs0uwpIAUCEk1nAFXP7kU1UhXM2fZBdqFVtYqi4zYHchNY8Pz0xC0sI6tVt8KU700TDtVPFFAvMnNI7XIiIK4hw-dLvaUTHlXCwv-JPSFdT97oCGYDhrAVHiWngWDJqT3uAMigp4DdD9WCItDWbVoAEoCZT/w400-h200/Evil-Dead-Rise-3.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbYA83wxwIK4pPJ_TNqmPTypXaN5HOvb7bBxMPMnaJmxQgexWmV3yaZX5Lbh01_7pHch4O8TaoNMfENyRkhMYtAr_MY3bAPXHRGgu4HWTQbRV-fjRJDZGpL8Ox0kIvrHatgKtjELaA6pDcPdaS0gLAi3NXvGZJifOp0Dn6LbPIc7_EctNgrRYtYstN/s709/Evil-Dead-Rise-4.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="396" data-original-width="709" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbYA83wxwIK4pPJ_TNqmPTypXaN5HOvb7bBxMPMnaJmxQgexWmV3yaZX5Lbh01_7pHch4O8TaoNMfENyRkhMYtAr_MY3bAPXHRGgu4HWTQbRV-fjRJDZGpL8Ox0kIvrHatgKtjELaA6pDcPdaS0gLAi3NXvGZJifOp0Dn6LbPIc7_EctNgrRYtYstN/w400-h224/Evil-Dead-Rise-4.JPG" width="400" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E quando a tensão começa, ela não
para mais. Pontualmente, Lee Cronin até pode cair em sustos batidos, mas de modo geral ele exibe segurança na condução do terror que
toma conta da história, criando momentos visualmente interessantes como a sequência
que vemos através do olho mágico de uma porta. Mas o diretor se sai ainda
melhor ao investir no alto grau de violência, uma das marcas registradas da série
e que volta a render cenas divertidamente aflitivas ou de puro banho de sangue. O
terceiro ato acaba sendo o grande destaque nesse sentido, chegando até a fazer
referência a <b>O Iluminado</b> (por sinal, o clássico de
Stanley Kubrick certamente serviu de inspiração para o filme). Mas é preciso
apontar que <b>A Ascensão</b> causa arrepios mesmo quando a violência parte de
coisas banais, e aqui devo admitir que um brevíssimo momento envolvendo um
ralador dificilmente sairá da minha cabeça tão cedo.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>A Morte do Demônio: A Ascensão</b>
já mereceria créditos por sua eficácia como filme de terror. Mas também acaba
sendo interessante ver o longa conseguir injetar uma boa dose de frescor a uma
franquia tão longeva, algo que por tabela não deixa de ressaltar o rico
potencial do material que Sam Raimi e seus amigos conceberam há quatro décadas.<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghQ1NEy8BtyDDy3ukjhE7dU05yu1H1MqEn531-i2sjq6YPo5SlelLUAc6-FgGNLvUZeemikINOMc-cEM9lmqg23fDygkouNgbFJAhJgoo80uIh5smUkWvPWWvmDjeAzSZ0yf1mePgd-16CrRc3DQ2O0jJv7RAWYP_k_0eVztWx3khsZuZ2S56q8OyQ/s1500/Evil%20Dead%20Rise-5.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1500" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghQ1NEy8BtyDDy3ukjhE7dU05yu1H1MqEn531-i2sjq6YPo5SlelLUAc6-FgGNLvUZeemikINOMc-cEM9lmqg23fDygkouNgbFJAhJgoo80uIh5smUkWvPWWvmDjeAzSZ0yf1mePgd-16CrRc3DQ2O0jJv7RAWYP_k_0eVztWx3khsZuZ2S56q8OyQ/w400-h266/Evil%20Dead%20Rise-5.jpeg" width="400" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;">Nota:</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK1r2Mc9Ad7wbHoMuWzCSsya43T0ux7r4ORL0N9gRdq6rRo4M29bVFKbhaCDnvG1pdnYAMxYyG6vuxbO_ulexQYwRhOMnVK4Zq3k7KLwaZS593_Qf86pZbpBnNmlSGNzS9Bv0DKXZWZY2nxhh4y1_BAYQUC8IdN1duOkZiqxeG-vW0VmCminWmv0ke/s184/4%20estrelas.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="184" height="42" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK1r2Mc9Ad7wbHoMuWzCSsya43T0ux7r4ORL0N9gRdq6rRo4M29bVFKbhaCDnvG1pdnYAMxYyG6vuxbO_ulexQYwRhOMnVK4Zq3k7KLwaZS593_Qf86pZbpBnNmlSGNzS9Bv0DKXZWZY2nxhh4y1_BAYQUC8IdN1duOkZiqxeG-vW0VmCminWmv0ke/s1600/4%20estrelas.jpg" width="184" /></a></div><br /><div><br /></div>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-24265335374392241402023-03-29T14:53:00.000-03:002023-03-29T14:53:46.688-03:00O Urso do Pó Branco<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSFMbVZpLqMuUoCrJPDmQ4wqWy7r4N_v_IxXqHrPuaiWhAdtRIPSmZfOpijckqgDsJgeyCd2lPveTSABDrrKgLKnCIXFyxvbvWT0LXIIiTiSvfE82W-8FF7V_sAmzlTfoHOueYPbbZmADOtRUUrZJcGUUDtbby55gSj-Fd1GrS4sr2AhsMNtGR9b-L/s3000/Cocaine%20Bear%201.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3000" data-original-width="2051" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSFMbVZpLqMuUoCrJPDmQ4wqWy7r4N_v_IxXqHrPuaiWhAdtRIPSmZfOpijckqgDsJgeyCd2lPveTSABDrrKgLKnCIXFyxvbvWT0LXIIiTiSvfE82W-8FF7V_sAmzlTfoHOueYPbbZmADOtRUUrZJcGUUDtbby55gSj-Fd1GrS4sr2AhsMNtGR9b-L/s320/Cocaine%20Bear%201.jpg" width="219" /></a></div><div style="text-align: justify;">Arte
é uma produção imaginativa por natureza. Um processo criativo que nos permite
dar vida a qualquer história, sentimento ou ideia na esperança de nos conectarmos
com outros seres humanos. É também o que permite que um filme como <b>O Urso do
Pó Branco</b> pegue uma história real e a transforme em algo majoritariamente
ficcional. Afinal, se a diretora Elizabeth Banks contasse a história do urso do
título exatamente como se desenrolou, o filme na verdade não teria muito o que contar,
tendo o animal consumido cocaína e morrido pouco tempo depois. Mas ao imaginar esse
urso causando terror e deixando rastros de sangue por onde passa, Banks ganha
uma premissa bem mais chamativa. É uma pena, porém, que tal imaginação não
renda um filme dos mais eficazes.</div><o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Escrito
por Jimmy Warden, <b>O Urso do Pó Branco</b> nos leva até 1985, quando uma
grande remessa de cocaína cai nas florestas do estado da Geórgia. Ali, um
grande urso acaba encontrando e consumindo grandes quantidades da droga,
ficando absolutamente surtado e agressivo, o que o torna uma ameaça a qualquer
um que surja em seu caminho. Enquanto isso, a enfermeira Sari (Keri Russell) entra
na floresta à procura de sua filha Dee Dee (Brooklynn Prince) e o amigo dela
Henry (Christian Convery), ao passo que a dupla Eddie e Daveed (Alden
Ehrenreich e O’Shea Jackson Jr., respectivamente) tenta recuperar a cocaína,
que pertence ao chefão do crime Syd (o saudoso Ray Liotta). E ninguém imagina
que um urso “doidão” está à espreita.<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpxg_eFcvNax8E2vdaVIaaG8l_PJ5R3DrgAZ1FI8S6z2vu21XC8YoVybuyx3OqiG0NjlMjSUOBNjxPScuurDFTZ1X1C89GIio90A9AeNf3568wmIlx98iHYLoPR1k_1vY50r_jNZJ2E0qBSbLy-u5HGESotbeiyHMSCjP4iKXo8j9tmUufWbrCufL4/s976/Cocaine%20Bear%202.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="549" data-original-width="976" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpxg_eFcvNax8E2vdaVIaaG8l_PJ5R3DrgAZ1FI8S6z2vu21XC8YoVybuyx3OqiG0NjlMjSUOBNjxPScuurDFTZ1X1C89GIio90A9AeNf3568wmIlx98iHYLoPR1k_1vY50r_jNZJ2E0qBSbLy-u5HGESotbeiyHMSCjP4iKXo8j9tmUufWbrCufL4/w400-h225/Cocaine%20Bear%202.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8yJxhwoc41sNMEEnmCn54z-pkDndpakiRdh4yvBlE3reXAs8fVEQZRsHM7YryVwJvnR3Mk0TqxZJmp6Eqtk1ZF9_9_T_HWhZBQHl_M4tACh7HDw7dpnZXkt4wcbQbwBOB2TegfmnCHyyKVRv43PsAMZ8wavmCBbCFcH5D-8uaDUh2I-8SwIybmvnt/s1920/Cocaine%20Bear%203.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1920" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8yJxhwoc41sNMEEnmCn54z-pkDndpakiRdh4yvBlE3reXAs8fVEQZRsHM7YryVwJvnR3Mk0TqxZJmp6Eqtk1ZF9_9_T_HWhZBQHl_M4tACh7HDw7dpnZXkt4wcbQbwBOB2TegfmnCHyyKVRv43PsAMZ8wavmCBbCFcH5D-8uaDUh2I-8SwIybmvnt/w400-h225/Cocaine%20Bear%203.jpg" width="400" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">É
normal que uma premissa como essa não almeje se levar a sério, buscando ter o
espírito de um filme B que mistura terror e comédia. É algo que Elizabeth Banks
(em seu terceiro longa na cadeira de direção, depois do divertido <b>A Escolha
Perfeita 2</b> e o mediano <i>reboot</i> de <b>As Panteras</b>) trata de
estabelecer já na primeira cena, trazendo um contrabandista (vivido por Matthew
Rhys) despachando a cocaína de seu avião de maneira infantil e, logo em seguida,
tendo um fim absolutamente patético. Mas mesmo tendo um senso de humor que pontualmente
apresenta momentos engraçados como essa cena inicial, o filme na maior parte do
tempo não consegue fazer tanta graça quando deseja, soando apenas bobo e colocando
no meio disso personagens que ou são puramente caricatos ou puramente unidimensionais,
o que os torna desinteressantes seja como obstáculos, seja como alimentos para
o urso. E o elenco cheio de nomes talentosos pouco pode fazer para contornar isso.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6P_xMq2k6AzVpf4XpICC29zZnCw2n_My0cwDUFRX0Jg8TFHeoy9M-CJnYFVfrCqgeJjdt2oERh4h-6dtdZYOyspoXxU13bjIxHVQoQwS-IUmHTrK6KjFdaskTeEQ0noNqzMU5VX-rCvTdmpa0-46Eailtb1FdvSB925O2QZrAaKp2Vv-sKtQ6JpP7/s658/Cocaine%20Bear%204.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="370" data-original-width="658" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6P_xMq2k6AzVpf4XpICC29zZnCw2n_My0cwDUFRX0Jg8TFHeoy9M-CJnYFVfrCqgeJjdt2oERh4h-6dtdZYOyspoXxU13bjIxHVQoQwS-IUmHTrK6KjFdaskTeEQ0noNqzMU5VX-rCvTdmpa0-46Eailtb1FdvSB925O2QZrAaKp2Vv-sKtQ6JpP7/w400-h225/Cocaine%20Bear%204.JPG" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixR8RGXYVeAeBpPXfmVUuxDbLoT03LLnjJX0tzugCh3lCDi5uV9pXsgzI_sIcjUfIwL3yRVki5SX53DvvDNGAPOYja02d2QuSZOzO7O50Q31ATwrkTX5qiniCfsDxAveNw8QBxfWt3CQc71b2-KuUR_DosOS_6VP3ZNeplwXvBKoMkdxKd0j3CR6eh/s695/Cocaine%20Bear%205.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="463" data-original-width="695" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixR8RGXYVeAeBpPXfmVUuxDbLoT03LLnjJX0tzugCh3lCDi5uV9pXsgzI_sIcjUfIwL3yRVki5SX53DvvDNGAPOYja02d2QuSZOzO7O50Q31ATwrkTX5qiniCfsDxAveNw8QBxfWt3CQc71b2-KuUR_DosOS_6VP3ZNeplwXvBKoMkdxKd0j3CR6eh/w400-h266/Cocaine%20Bear%205.JPG" width="400" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Aliás,
as cenas que trazem pessoas sendo atacadas pelo urso claramente são tratadas
por Elizabeth Banks como uma espécie de carro-chefe do filme, mas nem mesmo elas
impressionam. Isso porque além de ser difícil se importar com o que ocorre na
tela, tais cenas ainda são realizadas de forma bastante burocrática, ficando
longe de chocar o espectador com o que o urso é capaz de fazer com suas
vítimas, e o fato de a sanguinolência (ou ao menos boa parte dela) ser feita
através de computação gráfica também não contribui muito para que esses
momentos tenham alguma relevância.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b>O
Urso do Pó Branco</b> até pode ser uma obra consciente da própria bobagem que
representa, mas quem dera isso fosse suficiente para sustentar sua narrativa.
Ou ao menos para tornar a graça do filme um pouco mais memorável.<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEZS4uYt7LHvZzbRDBarlOQYYKLbw8yA7yaPWfPgMmGI6VI4sjC_yP9jL-_RvRaFG7DiSTEmrgkmQP6Xk09Ar41bMjhca5Za_MjtqChnv065B-P18DsTI8X_9dDmoWCZgbjrM8CN7ha4cTnHS6CIL9vrMWOaxjf7Z9vJ1p4nT2vLe2yyxtKvBGTFl8/s2000/Cocaine%20Bear%206.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1270" data-original-width="2000" height="254" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEZS4uYt7LHvZzbRDBarlOQYYKLbw8yA7yaPWfPgMmGI6VI4sjC_yP9jL-_RvRaFG7DiSTEmrgkmQP6Xk09Ar41bMjhca5Za_MjtqChnv065B-P18DsTI8X_9dDmoWCZgbjrM8CN7ha4cTnHS6CIL9vrMWOaxjf7Z9vJ1p4nT2vLe2yyxtKvBGTFl8/w400-h254/Cocaine%20Bear%206.jpg" width="400" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOtTB595cxCFed4PsqGyu0I7pcr_0PPMJ2acj2dPul15ONIS_u-bRISDo1-RKEtMaSqWyETbMKazgEB-FOeeqBDa4GgDkP7iIofEdJugYvKhopn5v5xMURWsOJ3fbLvuOs0_At6TN4_gjROWGHuVvn5MVN1FMFK47L2a324irYQUc4j79-Q7JKzGZp/s92/2%20estrelas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="92" height="42" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOtTB595cxCFed4PsqGyu0I7pcr_0PPMJ2acj2dPul15ONIS_u-bRISDo1-RKEtMaSqWyETbMKazgEB-FOeeqBDa4GgDkP7iIofEdJugYvKhopn5v5xMURWsOJ3fbLvuOs0_At6TN4_gjROWGHuVvn5MVN1FMFK47L2a324irYQUc4j79-Q7JKzGZp/s1600/2%20estrelas.jpg" width="92" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><br /></p>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-54232887422713369942023-03-21T20:05:00.002-03:002023-03-21T20:05:38.741-03:00John Wick 4: Baba Yaga<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin-NtcTo2tCp7zR3TO360srTueJsQq9LrspNkjyRfi4EBJFxT-m4dKcGmg7PcKLLUSJdtcVf1lp5n9xaxV-uzSlwKXn5O9PQKsoxw-8V0Dd3nA8ZDzmN38mhgki-uLCLnP1emEpzm_9jqaNMZXoPnxHnQbDfTUs7COtEQjjQUOISQfSLBiNlH95AxH/s3000/John%20Wick%204%201.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3000" data-original-width="2025" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin-NtcTo2tCp7zR3TO360srTueJsQq9LrspNkjyRfi4EBJFxT-m4dKcGmg7PcKLLUSJdtcVf1lp5n9xaxV-uzSlwKXn5O9PQKsoxw-8V0Dd3nA8ZDzmN38mhgki-uLCLnP1emEpzm_9jqaNMZXoPnxHnQbDfTUs7COtEQjjQUOISQfSLBiNlH95AxH/s320/John%20Wick%204%201.jpg" width="216" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Toda
ação tem uma consequência. Podemos dizer que essa ideia está no centro de todos
os eventos que se desenrolam ao longo de toda a franquia <b>John Wick</b>.
Eventos estes que não cansam de tomar proporções cada vez maiores até ficarem
quase fora de controle. É até curioso lembrar que tudo começou com <b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2014/12/de-volta-ao-jogo.html" target="_blank">um assassino profissional se vingando daqueles que mataram seu cachorro e roubaram seu carro</a></b>, e gradualmente vimos este mesmo assassino entrar em uma verdadeira
guerra contra todo seu submundo do crime. E se os três primeiros exemplares estabeleceram
<b>John Wick</b> como uma franquia de ação empolgante, este <b>John Wick 4:
Baba Yaga</b> retoma essa empolgação e não a deixa cair em nenhum momento.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Escrito
por Shay Hatten e Michael Finch, <b>John Wick 4</b> tem uma trama bem simples,
como é comum na série. Depois dos eventos do <b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2019/05/john-wick-3-parabellum.html" target="_blank">terceiro filme</a></b>, o
personagem-título (Keanu Reeves) quer se vingar da Alta Cúpula e ficar livre de
uma vez por todas do submundo de assassinos profissionais. A Cúpula por sua vez
é representada agora pela figura do Marquês Vincent de Gramont (Bill Skarsg<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">å</span>rd),
que quer o fim de John Wick e não medirá esforços para destruir ele e qualquer
um que o ajudar. Para alcançar tal objetivo, o Marquês convoca até mesmo Caine
(Donnie Yen), um assassino cego e que é um velho amigo de Wick.<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqgEy2lrZrCPqiZ2TwusSFP4eacZJT-T977GSfejOHpyQRGAKjR0HFXlKYf21fDCF_N2bDgEPefZCQdtURxOrKz5vGf10IfgOcPbqq5UYaOofW_7a4zZ4qTCqhLUPUuqRpzwT_LIgTNN3g01g6kjomgETtOUhnr12SKCCaRhVne7C0X0z7Bs5HyReI/s1620/John%20Wick%204%202.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1620" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqgEy2lrZrCPqiZ2TwusSFP4eacZJT-T977GSfejOHpyQRGAKjR0HFXlKYf21fDCF_N2bDgEPefZCQdtURxOrKz5vGf10IfgOcPbqq5UYaOofW_7a4zZ4qTCqhLUPUuqRpzwT_LIgTNN3g01g6kjomgETtOUhnr12SKCCaRhVne7C0X0z7Bs5HyReI/w400-h266/John%20Wick%204%202.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4lDI5MvKYhpY_SvQSojdBMi3e453A47UGFfyMxyeb-FDjLDc6cME52hyne6N3ycnSOxnmdQKs0ezcQwPhWNzWYSZieLPWAW1CDIPextVP7ZaRjYHeRpkztSkeBEkCpZ2-sP__1CLtzXao8v3neSvpajMUnGiSW-KB9k6ne4TJBH8v3t-sdOlRAJrB/s1440/John%20Wick%204%203.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="1440" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4lDI5MvKYhpY_SvQSojdBMi3e453A47UGFfyMxyeb-FDjLDc6cME52hyne6N3ycnSOxnmdQKs0ezcQwPhWNzWYSZieLPWAW1CDIPextVP7ZaRjYHeRpkztSkeBEkCpZ2-sP__1CLtzXao8v3neSvpajMUnGiSW-KB9k6ne4TJBH8v3t-sdOlRAJrB/w400-h266/John%20Wick%204%203.jpg" width="400" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Apesar
de simples, a trama não impede que o diretor Chad Stahelski construa um épico
de ação com quase três horas de duração. Isso se deve principalmente porque
Stahelski e sua equipe parecem se deliciar com toda possibilidade de expandir o
universo de John Wick, apresentando novos personagens, regras e núcleos
narrativos. E assim como foi em <b>John Wick 2</b> e <b>3</b>, é fascinante ver
esse universo ganhar vida e se revelar cada vez maior. Neste quarto filme,
porém, há determinados momentos em que a trama pode soar desnecessariamente
longa, com os roteiristas apenas querendo colocar mais obstáculos no caminho do
protagonista mesmo quando poderiam ser mais objetivos. Mas creio que tal
inchaço na história deixa de ser um problema quando vemos que ele traz
recompensas, com os obstáculos adicionados rendendo belas cenas de ação e
apresentando personagens que chamam a atenção. Nesse sentido, destaco o Rastreador
vivido por Shamier Anderson, que ao longo do filme mostra ter seus próprios
interesses, e o chefe da cúpula alemã, Killa, vivido por um quase
irreconhecível Scott Adkins, um dos mais interessantes astros de ação
contemporâneos e que aqui tem uma rara oportunidade de criar um personagem que
não é definido só por suas habilidades como artista marcial.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZjVgM7Z5kJcbJ6-vC_psmZfMhDyPNoA9EfiddYyoRcHWr6G28HACtlS6lNc9AyY2DJvAOAUZApC1JvHR8Eb3sQnlsOQtg_zF-ZdHIrYVlXJP_Om-0ppypWYB6CuzrCD0jcgVMPhWFAXzKIOqh877qkLIeB95aqknjE-HlqinExKrsbmMYW3HT6AcB/s728/John%20Wick%204%205.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="485" data-original-width="728" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZjVgM7Z5kJcbJ6-vC_psmZfMhDyPNoA9EfiddYyoRcHWr6G28HACtlS6lNc9AyY2DJvAOAUZApC1JvHR8Eb3sQnlsOQtg_zF-ZdHIrYVlXJP_Om-0ppypWYB6CuzrCD0jcgVMPhWFAXzKIOqh877qkLIeB95aqknjE-HlqinExKrsbmMYW3HT6AcB/w400-h266/John%20Wick%204%205.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmVJm23xMtI9_YS4eUNfWd8LVXTQCY4-pqN34ZNeX3_o3oEkJlThziufNS2Ct3_G7G34mEHJfnvjV-G1IOOqqcu85XGETlo-bsspfxRjMKu-SpTQRKAPvd3I9vVMlnhoWiE_G_yHMDmzQLVqwZ5k1AwEsTecAssaYEV9C7-vTnfPHrQKflCYsDksF9/s1400/John%20Wick%204%204.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="933" data-original-width="1400" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmVJm23xMtI9_YS4eUNfWd8LVXTQCY4-pqN34ZNeX3_o3oEkJlThziufNS2Ct3_G7G34mEHJfnvjV-G1IOOqqcu85XGETlo-bsspfxRjMKu-SpTQRKAPvd3I9vVMlnhoWiE_G_yHMDmzQLVqwZ5k1AwEsTecAssaYEV9C7-vTnfPHrQKflCYsDksF9/w400-h266/John%20Wick%204%204.jpg" width="400" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">E já
que mencionei as cenas de ação, é preciso dizer que Chad Stahelski com
frequência passa a sensação de que uma é melhor que a outra. A exemplo do que
fez nos filmes anteriores, o diretor investe não só na grande escala das lutas
e tiroteios, mas também na variedade, de forma que esses momentos jamais soam
repetitivos e trazem o elenco usando de tudo um pouco em meio ao quebra-pau,
sejam armas de fogo, facas, espadas, carros ou <i>nunchakus</i>. Mas mais do
que isso, Stahelski e o diretor de fotografia Dan Laustsen fazem com que a ação
seja visualmente atrativa para o espectador, deixando a <i>mise en scène</i>
sempre clara e por vezes investindo em planos longos que contemplam as ótimas
coreografias dos atores, merecendo destaque a sequência filmada em um ângulo
alto (<i>plongée</i>) e que acompanha John Wick eliminando seus adversários
enquanto passa por várias salas. Aliás, por conta da intensidade da ação, os
momentos em que <b>John Wick 4</b> se concentra no desenvolvimento de seu
universo e de seus personagens também servem como pausas para o espectador, que
assim pode respirar um pouco antes de entrar na próxima grande sequência do
filme, e o roteiro merece créditos por conseguir amarrar de maneira organizada toda
essa ação à história e às motivações dos personagens.<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMVQVdQht2jFLRSPlqGWBlNBb9PhjE0FpA93Pb702CaQalDlT-qVbp43L2lYE3h23qF3YLzXwwBeYteyW5GaHFqxGvYxEFBjprh4Ozs-RrMofuULYAx0ANl8vsyUdQr2rWUNZ64ZCcPZ9sNgzM_AYwULdHMpoBzxFBjiv476IDuxwagx0Z8QuCCnIh/s1400/John%20Wick%204%206.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="933" data-original-width="1400" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMVQVdQht2jFLRSPlqGWBlNBb9PhjE0FpA93Pb702CaQalDlT-qVbp43L2lYE3h23qF3YLzXwwBeYteyW5GaHFqxGvYxEFBjprh4Ozs-RrMofuULYAx0ANl8vsyUdQr2rWUNZ64ZCcPZ9sNgzM_AYwULdHMpoBzxFBjiv476IDuxwagx0Z8QuCCnIh/w400-h266/John%20Wick%204%206.jpg" width="400" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6qH8aN6DICZ9GquKLCG8wYD3To51IN3TaZHjZYj3-_Cbklv3olCVizaN14DUPai5X6H9fZ9Aof8I8l-IPExXw8FEC5wJNeNAZ9MhdJlhIK9mAOQKw76AwU8OTq6GimfsZJmgYGHd4-qer9DrIvQ7qFSrsAkH4npExIU7kmKltxoEqbazUw8VwFG6G/s1600/John%20Wick%204%207.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6qH8aN6DICZ9GquKLCG8wYD3To51IN3TaZHjZYj3-_Cbklv3olCVizaN14DUPai5X6H9fZ9Aof8I8l-IPExXw8FEC5wJNeNAZ9MhdJlhIK9mAOQKw76AwU8OTq6GimfsZJmgYGHd4-qer9DrIvQ7qFSrsAkH4npExIU7kmKltxoEqbazUw8VwFG6G/w400-h225/John%20Wick%204%207.jpg" width="400" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Tendo
em vista a alta regularidade da franquia, dizer que <b>John Wick 4</b> é o
melhor exemplar que ela apresentou até agora não quer dizer pouca coisa. O que
Chad Stahelski, Keanu Reeves e companhia realizam aqui é um verdadeiro
espetáculo de ação, sendo desde já uma das produções que merecem destaque nesse
ano.</p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Obs.:
Há uma cena após os créditos finais.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8K7dR5Vaa0-tIHzQ77H-5Ao7nIDFbgxjE7EjbkJK9tTnHrJYe2LcJCEkGnNlW6AKLSWFG5fBFT5dAL-C-F8J4tlWpT9jdOuQmb2NHMEJ5J2-sgcPZ6I1D10h6jZ8iN6JStfEwFGLR-QQi6CPBNW608cfzgpEgU40uwrUZpbo0Ntr8ZXscY3aOolfv/s229/5%20estrelas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="229" height="42" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8K7dR5Vaa0-tIHzQ77H-5Ao7nIDFbgxjE7EjbkJK9tTnHrJYe2LcJCEkGnNlW6AKLSWFG5fBFT5dAL-C-F8J4tlWpT9jdOuQmb2NHMEJ5J2-sgcPZ6I1D10h6jZ8iN6JStfEwFGLR-QQi6CPBNW608cfzgpEgU40uwrUZpbo0Ntr8ZXscY3aOolfv/s1600/5%20estrelas.jpg" width="229" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><br /></p>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5008813688674984341.post-85221161419404573712023-03-02T01:09:00.001-03:002023-03-02T01:09:48.150-03:00Creed III<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhchlSXBCQTb_vmsXtrrZzFtH7JczbOxcBlMZKadn2HK-fSMmoQ3Px1bDsYQ84QByLzJW--9Mg7zY_vOYJRAFhIPyZa5QCNQX2BXB0wWVHw5QyRhBVQabNJ8NDErSIA6uZY6qq9sruvhvk8S3Mi-36Pv_WirfHOAtTcFYQzEr9ePrDsDa7INkTlGSIi/s1500/Creed%20III%201.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1012" height="314" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhchlSXBCQTb_vmsXtrrZzFtH7JczbOxcBlMZKadn2HK-fSMmoQ3Px1bDsYQ84QByLzJW--9Mg7zY_vOYJRAFhIPyZa5QCNQX2BXB0wWVHw5QyRhBVQabNJ8NDErSIA6uZY6qq9sruvhvk8S3Mi-36Pv_WirfHOAtTcFYQzEr9ePrDsDa7INkTlGSIi/w212-h314/Creed%20III%201.jpg" width="212" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Uma
coisa que podemos notar tanto na série <b>Rocky</b>
quando nesta série derivada <b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2016/01/creed-nascido-para-lutar.html" target="_blank">Creed</a></b> é
que, mesmo focando seus respectivos filmes em protagonistas completamente
diferentes um do outro, elas compartilham a ideia de fazer os personagens
encararem conflitos que se revelam muito pessoais. Assim, quando o Rocky Balboa
de Sylvester Stallone ou o Adonis Creed de Michael B. Jordan entram em um
ringue, o embate físico que se desenrola acaba sendo muito maior do que uma
mera troca de socos em uma arena lotada. Jordan mantém essa ideia como cerne
neste <b>Creed III</b>, no qual o ator
ainda assume a cadeira de diretor pela primeira vez na carreira.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Escrito
por Keenan Coogler e Zach Baylin a partir do argumento concebido por eles e
Ryan Coogler, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Creed III</b> traz Adonis
Creed vivendo feliz e tranquilamente ao lado de Bianca (Tessa Thompson) e a
filha Amara (Mila Davis-Kent). É então que Damian Anderson (Jonathan Majors),
seu grande amigo de infância e adolescência e que costumava ser um boxeador de
grande potencial, ressurge em sua vida após muitos anos na prisão. Isso acaba
trazendo de volta antigas e profundas feridas que Adonis queria esquecer, mas
que talvez só possam ser cicatrizadas no ringue.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsI0lbOd3ZJEXJ3HArs9L9lUFmnUUXPWsx66oRSSjl6GOpaBr41zO3KRpL3Qo1pHZPA7JgLCOzbm-5ZqqS3sLLzGqHVJAmjuayi1KtJKXETzdDih1O-3XBybPAnoDewsyww0gp06GbU099qd20ravEWaiLjNm7_fwqhfa-fQdisW3Siwcx0FPY2dAY/s636/Creed%20III%202.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="353" data-original-width="636" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsI0lbOd3ZJEXJ3HArs9L9lUFmnUUXPWsx66oRSSjl6GOpaBr41zO3KRpL3Qo1pHZPA7JgLCOzbm-5ZqqS3sLLzGqHVJAmjuayi1KtJKXETzdDih1O-3XBybPAnoDewsyww0gp06GbU099qd20ravEWaiLjNm7_fwqhfa-fQdisW3Siwcx0FPY2dAY/w400-h223/Creed%20III%202.jpg" width="400" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Como
podem ver, Rocky Balboa não faz parte da história, marcando a primeira vez que
Sylvester Stallone não dá as caras no universo que criou. Mas isso se revela
até um alívio, não só porque a história do personagem teve um final digno em <b><a href="https://linguagemcinefila.blogspot.com/2019/01/creed-ii.html" target="_blank">Creed II</a></b>, mas também porque possibilita
que este <i>spin-off</i> corra com as
próprias pernas, não sendo surpresa que isso ocorra com naturalidade ao longo
de <b>Creed III</b>. Adonis, sua família e
o núcleo que formam são interessantes, apresentando conflitos palpáveis e
humanos, sendo mais do que o suficiente para sustentar a narrativa. Aliás, é
bacana ver o roteiro adicionar novas camadas aos personagens, o que contribui até
para dar mais peso dramático às histórias daquelas figuras.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">As
atuações do elenco também são essenciais para isso. É notável, por exemplo,
como Michael B. Jordan encarna Adonis Creed com uma segurança ainda maior do
que nos filmes anteriores, exibindo uma postura mais forte e decidida em cena, detalhes
que pincelam apropriadamente a experiência que o boxeador adquiriu ao longo dos
anos. Além disso, sua química com Tessa Thompson novamente cativa o espectador,
com os personagens se abrindo um com o outro e soando mais humanos no processo.
Thompson, aliás, mais uma vez consegue fazer de Bianca uma mulher que não fica
apenas apoiando o protagonista, exibindo personalidade e tendo seus próprios
sonhos e frustrações. Para completar, o talentoso Jonathan Majors se revela uma
boa adição ao universo da franquia, fazendo de Damian uma figura que mantém o
espectador desconfiado, o que consequentemente torna a dinâmica dele com Michael
B. Jordan algo cheio de tensão, mesmo quando os personagens se tratam com
respeito e cumplicidade.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBXlTXUbNimrRNzZVUXR-5GB7RQXUHBcpgOlbi32MRlvCq8jRn3xNuV-sAHCc-J9oZKZI5Al4UylHQWxeCkFQ1-ueqWXtNpnPQ9D-jEn-gnU3pfKP-jGK8XB3_WN0saBk7acAAWKPTtq_DNBS2oNSIdF5e_Q-PKDfeYKxXBuivhfRvVnOsCpu6C_Pq/s1614/Creed%20III%203.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1075" data-original-width="1614" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBXlTXUbNimrRNzZVUXR-5GB7RQXUHBcpgOlbi32MRlvCq8jRn3xNuV-sAHCc-J9oZKZI5Al4UylHQWxeCkFQ1-ueqWXtNpnPQ9D-jEn-gnU3pfKP-jGK8XB3_WN0saBk7acAAWKPTtq_DNBS2oNSIdF5e_Q-PKDfeYKxXBuivhfRvVnOsCpu6C_Pq/w400-h266/Creed%20III%203.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjysYZgIVtakDihs9feLnRYkCDiyISEAwM8lCQOB10Ttd-E80LnA7d4tDGG0Di9I6gCwH9iXgbrQK99mAsdQ7pPtffVpA513_6Wa92CZpASfU_V003YwjJAYXLGFpNgudkWUSOlCxkYx38UImv4H1ZLsqWGn-Ip4vfF4-26pN0Uk3FJKyXHr60kMiNk/s885/Creed%20III%204.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="560" data-original-width="885" height="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjysYZgIVtakDihs9feLnRYkCDiyISEAwM8lCQOB10Ttd-E80LnA7d4tDGG0Di9I6gCwH9iXgbrQK99mAsdQ7pPtffVpA513_6Wa92CZpASfU_V003YwjJAYXLGFpNgudkWUSOlCxkYx38UImv4H1ZLsqWGn-Ip4vfF4-26pN0Uk3FJKyXHr60kMiNk/w400-h253/Creed%20III%204.jpg" width="400" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Enquanto
isso, Michael B. Jordan mostra talento também como diretor, dedicando um bom
tempo para o desenvolvimento dos dramas dos personagens e conseguindo assim
manter o espectador envolvido. Mas ele merece créditos principalmente por conceber
cenas de luta que fazem coisas novas dentro da franquia, usando a costumeira câmera
lenta tanto para dar impacto aos golpes desferidos quanto para apontar o
conhecimento do protagonista, que parece notar oportunidades para nocautear os
adversários. Mas o principal momento nesse quesito certamente é aquele que traz
um ringue fechado por grades e em uma arena sem público, transmitindo com eficiência
como os lutadores ali presentes encaram seu embate. Esses detalhes da direção
de Jordan até compensam um pouco o fato de <b>Creed
III</b> não trazer grandes surpresas com o desenrolar de sua história, que em
alguns momentos ou repete coisas que já vimos em outros exemplares (seja em
filmes de <b>Rocky</b> ou de <b>Creed</b>) ou é apenas previsível.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Creed III</b>, em suma, mantém admiravelmente
a consistência da franquia. E eu não reclamarei caso o filme seja o capítulo final
dessa história, até por ele trazer em seus derradeiros segundos um plano que
encanta não só pela beleza da imagem ali contida, mas também porque realmente
serve como um belo fim para o arco de seu ótimo protagonista.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4RXXzzwuZXyZOPNeRsBlG9ZvET5r3TCkzReF2THnur7sXPaG6w5rCxhbHuu09qTAgK9ZZ_TeZ8LXXZxaY1LNCevnp5OfEXLiEoHueOO5oUduwmGUwXzTMJCQs63DWOktM4JuDthI5cPt4C1PhPnaPVi-xesM9UCLThl4g_2yHfSXU8cHob1q35zyB/s2000/Creed%20III%205.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1333" data-original-width="2000" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4RXXzzwuZXyZOPNeRsBlG9ZvET5r3TCkzReF2THnur7sXPaG6w5rCxhbHuu09qTAgK9ZZ_TeZ8LXXZxaY1LNCevnp5OfEXLiEoHueOO5oUduwmGUwXzTMJCQs63DWOktM4JuDthI5cPt4C1PhPnaPVi-xesM9UCLThl4g_2yHfSXU8cHob1q35zyB/w400-h266/Creed%20III%205.jpg" width="400" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">Nota:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiOp7pg0q7sKGQxaXZN4Zm0RBWtYGtolu9SqduJG4iNT8v4RqFnT0cwUD32bRUuCSZma0ruFTFG699rjZ6nWWy1HklI7mnom1PkT4_TaXrI5unH7A0PR7lmhI03BMjVDvgythnbuhob0Bj3jzHFYbsdJZIkAqZBlUUsCYfu6XmcBQ-jReKiVo2lZyN/s184/4%20estrelas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="42" data-original-width="184" height="42" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiOp7pg0q7sKGQxaXZN4Zm0RBWtYGtolu9SqduJG4iNT8v4RqFnT0cwUD32bRUuCSZma0ruFTFG699rjZ6nWWy1HklI7mnom1PkT4_TaXrI5unH7A0PR7lmhI03BMjVDvgythnbuhob0Bj3jzHFYbsdJZIkAqZBlUUsCYfu6XmcBQ-jReKiVo2lZyN/s1600/4%20estrelas.jpg" width="184" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><br /></p>Thomás R. Boeirahttp://www.blogger.com/profile/08797168598892936206noreply@blogger.com0