quarta-feira, 30 de março de 2011

Tarantino's Mind

Sou um grande fã de Quentin Tarantino. Os filmes dele são alguns dos melhores que já assisti. Sendo assim, resolvi colocar no blog este curta-metragem, estrelado por Selton Mello e Seu Jorge, chamado Tarantino’s Mind.
Achei este curta na internet há cerca de um ano e, recentemente, um de meus colegas na faculdade comentou sobre ele em aula. Dirigido e roteirizado por 300ml, Tarantino’s Mind traz dois caras que começam a discutir sobre os filmes de Tarantino e as ligações que um tem com o outro. Logo, o objetivo do curta é mostrar que todas as obras do diretor são apenas um filme dividido em várias partes.
É claro que isso é apenas uma ficção, mas a criatividade do roteiro chama muito a atenção. Além de ser um curta inteligentíssimo, é também muito divertido. É algo que todos os fãs de Quentin Tarantino precisam assistir.

sábado, 26 de março de 2011

Confusões, Confusões, Confusões...

Às vezes, quando assisto a um filme, penso no trabalhão que seus realizadores devem ter tido para fazê-lo. A verdade é que fazer um filme é sempre um pouco difícil. Mas alguns filmes conseguem ultrapassar todos os limites, sendo quase surpreendente que eles tenham ficado prontos. Brigas, erros no cenário, desentendimentos entre os membros da equipe. Tudo pode fazer com que a produção de um filme se torne mais difícil do que deveria ser.
Vejamos alguns filmes que tiveram suas filmagens bem tumultuadas:
Blade Runner: O Caçador de Androides (1982), de Ridley Scott
As filmagens de Blade Runner foram cheias de desentendimentos. Harrison Ford (no auge da carreira com os filmes de Star Wars e Indiana Jones) não se dava bem nem com o diretor Ridley Scott e nem com sua parceira em cena, a atriz Sean Young. Young comentou que os dias mais felizes de Ford no set foram os últimos, quando as filmagens estavam quase terminando.
Ridley Scott se desentendeu com vários outros membros da equipe. Um jornal britânico perguntou para o diretor se era melhor filmar com equipes inglesas ou equipes americanas. Ele respondeu que as inglesas eram melhores porque ele pedia algo e o pessoal só falava “Yes, guv’nor” (“Sim, chefe”) e iam fazer. A resposta da equipe de Blade Runner veio através de uma camiseta com os escritos “Yes gov’nor my ass!” (“Sim chefe é o c...”). Scott respondeu isso com outra camiseta que dizia “Xenophobia sucks” (“Xenofobia é uma droga”). O episódio ficou conhecido como “Guerra das Camisetas”.
E as confusões não param por aí. No primeiro dia de filmagens, Ridley Scott viu erros no cenário que tiveram de ser corrigidos imediatamente. O diretor de fotografia Jordan Cronenweth não estava bem de saúde, então não tinha o mesmo pique que Scott para certas cenas. E as filmagens chegaram a ficar vários dias atrasadas.
Hoje, Blade Runner é considerado uma obra-prima e serviu de influência para vários filmes, como Matrix.
Apocalypse Now (1979), de Francis Ford Coppola
As filmagens de Apocalypse Now são a definição perfeita de “Inferno”. Originalmente, eram para ter durado apenas seis semanas, mas acabaram durando dezesseis meses. A produção deste filme foi tão torturante para Francis Ford Coppola que ele ameaçou cometer suicídio.
A começar por Marlon Brando, que apareceu no set sem ter lido o livro no qual o filme é baseado (Heart of Darkness, de Joseph Conrad), não sabia as suas falas e estava muito acima do peso. Para um ator que é lembrado como o melhor de todos os tempos isso é muita falta de responsabilidade. Coppola teve de filmar Brando no meio de sombras, para que ele não parecesse tão gordo.
O protagonista Martin Sheen teve um infarto enquanto filmava sua cena inicial, em que está no quarto e dá um soco no espelho (algo que ele fez de verdade). Um furacão destruiu alguns sets, causando um atraso nas filmagens. O orçamento do filme estourou. No fim das filmagens, Coppola tinha cerca de 230 horas de filme para editar e montar.
Todo o sofrimento de Coppola e as dificuldades em fazer Apocalypse Now são mostrados no documentário Francis Ford Coppola: O Apocalipse de Um Cineasta, de 1991.
Sim, as filmagens de Apocalypse Now foram um inferno. Mas foi um inferno que valeu a pena, já que o filme é um dos melhores já feitos.
O Exorcista (1973), de William Friedkin
Um dos sets pode até ter pegado fogo (de forma inexplicável), mas as filmagens de O Exorcista entraram nesta postagem porque nove membros da equipe técnica faleceram durante a produção do filme, alguns de causas até hoje consideras estranhas. Na época disseram, é claro, que o filme estava amaldiçoado.
São fatos que só ajudam a aumentar a fama de “filme mais assustador de todos os tempos” que O Exorcista carrega há 38 anos.
Alien 3 (1992), de David Fincher
Em seu primeiro filme, David Fincher não teve liberdade alguma para realizá-lo. Os produtores interferiram muito no trabalho do diretor. Isso chegou ao ponto de Fincher ser proibido de filmar uma cena crucial para o filme, mas ele pegou a câmera e gravou a cena mesmo assim.
Por isso, Fincher diz que Alien 3 não foi dirigido por ele. Logo depois que as filmagens terminaram, o diretor abandonou a produção. Se os produtores do filme soubessem o grande diretor que eles tinham em mãos, as coisas poderiam ter sido diferentes.
O Corvo (1994), de Alex Proyas
Uma tragédia aconteceu durante as filmagens: Brandon Lee, a grande estrela do filme, morreu. Uma das cenas envolvia Eric Draven (personagem de Lee) levando um tiro. Mas uma confusão com a arma acabou deixando ela carregada com um projétil de verdade. O tiro matou Lee na hora.
Várias cenas de O Corvo ainda estavam pendentes, e um dublê foi usado para filmá-las. Uma das cenas era o reencontro de Eric Draven com sua amiga Sarah (interpretada por Rochelle Davis). A atriz ficou muito mal em ter de voltar ao set para filmar aquela cena. Depois disso, ela nunca mais atuou.
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As filmagens destes filmes podem ter sido dificílimas, mas o resultado foram obras muito boas (com exceção de Alien 3, que não assisti e, portanto, não posso opinar). Se alguém lembrar de outros filmes que tiveram filmagens difíceis, coloque nos comentários. Seria uma grande ajuda.

sábado, 19 de março de 2011

Rango

Depois do sucesso da trilogia Piratas do Caribe (que terá sua quarta parte, dirigida por Rob Marshall, lançada em maio), o diretor Gore Verbinski se aventura, novamente com Johnny Depp, no gênero da animação com Rango. O resultado é um dos filmes mais divertidos do ano.
Roteirizado por John Logan (famoso por grandes produções como Gladiador e O Aviador), o filme tem como protagonista Rango (voz de Depp), um camaleão que depois de sofrer um acidente na estrada acaba indo parar na cidade de Poeira. Ele vira herói e xerife da cidade, e agora precisa resolver o problema de escassez de água no local.
Assistindo a Rango é impossível não lembrar dos clássicos faroestes das décadas de 1960 e 1970. A começar pela ótima trilha sonora de Hans Zimmer, que lembra muito as criações do grande Ennio Morricone. O estilo da animação e a concepção de alguns personagens também lembram muito àqueles filmes. Sendo assim, podemos dizer que Rango é uma grande homenagem ao gênero e seus principais precursores.
Mas Rango certamente não funcionaria se não tivesse um protagonista cativante e divertido. O personagem-título quer ser alguém importante, e não é à toa que fica se gabando um pouquinho quando se torna xerife de Poeira. E apesar de ser apenas dublado por Johnny Depp, é possível reconhecer vários trejeitos típicos de outros personagens interpretados pelo ator. À primeira estância, diria que Rango é uma junção de Hunter S. Thompson (de Medo e Delírio) e Jack Sparrow.
Rango não só diverte as crianças (seu público-alvo), mas também é um presente para os grandes fãs de faroeste.
Cotação:

domingo, 13 de março de 2011

Primeiros Passos no Mundo Universitário

Há duas semanas comecei as aulas na faculdade de cinema da ULBRA - Canoas. Estou cursando três disciplinas: Fundamentos da Produção Audiovisual, Marketing Corporativo, e Fotografia Para Cinema e Vídeo. Por causa do dia em que me matriculei e também dos feriados, ainda não pude comparecer a aula de Fundamentos (minha primeira aula nesta disciplina será amanhã), mas posso dizer o que estou achando das outras matérias.
Marketing Corporativo é muito interessante. Saber como vender o seu produto de forma adequada é algo essencial quando se trata de cinema. O que seria de filmes como Distrito 9, Cloverfield: Monstro e Atividade Paranormal se estes não tivessem contado com grandes campanhas de marketing na internet? Provavelmente não teriam sido os grandes sucessos de bilheteria que foram na época de seus lançamentos.
A aula de Fotografia Para Cinema e Vídeo foi algo que me deixou um pouco nervoso. Isso porque uma pergunta veio a minha cabeça: serei capaz de fazer um filme? Mas ao longo do curso vou aprender como fazer isso, então não é motivo para preocupação. Já aprendi os nomes dos planos cinematográficos e também dos movimentos de câmera, e me impressionei ao ver que consegui gravar quase tudo na cabeça (é o que dá ser fascinado pelo assunto).
As tarefas que os professores Igor (Marketing) e Catafesto (Fotografia) pediram já estão bem encaminhadas e espero que estejam corretas. Aliás, os dois professores são caras muito bacanas.
Estes foram os meus primeiros passos no mundo universitário e estou adorando a faculdade. Espero que tudo continue correndo bem.

domingo, 6 de março de 2011

Ídolos Oscarizados

Como vocês podem ver ainda estou de ressaca por causa da vitória de alguns dos meus ídolos no Oscar. Nesta edição, infelizmente não pude comemorar uma vitória de Christopher Nolan, mas comemorei as conquistas de Natalie Portman, Christian Bale e Aaron Sorkin.
Já falei em diversas postagens o porquê de Christopher Nolan ser meu diretor favorito, mas nunca escrevi o porquê de Natalie Portman e Christian Bale serem dois dos meus atores prediletos (a lista é muito comprida) ou o porquê de Aaron Sorkin ser um roteirista que admiro bastante. Outro dia escreverei sobre meus outros ídolos, mas agora resolvi escrever sobre estes três que foram oscarizados recentemente.
Natalie Portman:
Uma atriz linda e maravilhosa. Sou fã confesso de Natalie Portman desde que a vi em Hora de Voltar (dei como dica na postagem anterior), filme no qual ela interpreta Samantha, uma garota que não é muito certa da cabeça. Na sua primeira cena neste filme, Portman aparece entusiasmada em um hospital, escutando The Shins e tentando interagir com o sério Andrew Largeman, interpretado por Zach Braff. Portman faz de Samantha uma personagem adorável, em um filme excepcional. Depois que assisti a Cisne Negro, minha admiração aumentou ainda mais. No entanto, me sinto envergonhado ao afirmar que ainda não assisti O Profissional, sua estreia no cinema. Mas isso será corrigido muito em breve.
Christian Bale:
Não sei quando exatamente comecei a gostar de Christian Bale. Provavelmente foi na época em que assisti Batman: O Cavaleiro das Trevas, pois foi um filme que me levou a Psicopata Americano e O Operário. No primeiro, ele se desfez da imagem de bom moço e provou a todos que consegue interpretar personagens complexos até em sua essência. E no segundo ele mostrou até onde se sacrifica por um personagem, emagrecendo quase 30 quilos para o papel. Também não consegui assistir a estreia dele no cinema, em Império do Sol. Repito: essas coisas serão corrigidas em breve.
Aaron Sorkin:
Os diálogos afiados dos roteiros de Sorkin me deixam de queixo caído toda vez que assisto a um filme roteirizado por ele. Vou dar como exemplos os dois de seus melhores roteiros: Questão de Honra e A Rede Social (coloquei cenas dos dois filmes logo abaixo). Em Questão de Honra, os embates entre Tom Cruise e Jack Nicholson (ninguém fala a palavra “fuck” e seus derivados tão bem quanto este ator) são memoráveis. Destaque para a cena no tribunal (“You can’t handle the truth”). E em A Rede Social, as falas de Mark Zuckerberg, interpretado por Jesse Eisenberg, são simplesmente impressionantes. Sorkin ainda é o criador das séries de TV The West Wing e Studio 60 on the Sunset Strip (uma pena que tenha durado apenas uma temporada).
Espero que, em futuras cerimônias, meus outros ídolos também conquistem suas merecidas estatuetas.

sábado, 5 de março de 2011

Dicas de Filmes - Março

Como eu havia dito na crítica de Cisne Negro, esqueci completamente de fazer esta postagem de dicas no mês passado. Bem, retorno agora e espero que gostem dos filmes:
- A Noiva Cadáver (2005), de Tim Burton e Mike Johnson - *****: indicada ao Oscar de Melhor Animação em 2006, esta quinta parceria entre o diretor Tim Burton com o ator Johnny Depp é um verdadeiro deleite visual. O filme conta a história de Victor Van Dort, um jovem que está prestes a se casar com Victoria Everglot. Enquanto ele ensaia seus votos ele acorda Emily, a Noiva Cadáver, e vai parar em mundo onde o estilo “burtoniano” predomina. A Noiva Cadáver é um filme divertido e que ganha belíssimos traços de suspense em seus momentos finais. Este mês, Johnny Depp volta a emprestar a sua voz para um personagem animado na animação Rango. Além de Depp, o elenco de vozes é formado por Abigail Breslin, Bill Nighy e Isla Fisher. A direção é de Gore Verbinski, o mesmo da trilogia Piratas do Caribe. A estreia é no dia 11.
- Hora de Voltar (2004), de Zach Braff - *****: para comemorar a vitória de Natalie Portman no Oscar, dou como dica um dos meus filmes favoritos (onde ela está maravilhosa como sempre). Hora de Voltar mostra Andrew Largeman (Zach Braff, que escreveu e dirigiu o filme), um jovem que volta a sua cidade natal para o funeral de sua mãe. Durante a visita relembra um pouco de seu passado, passa um tempo com velhos amigos e conhece Sam (Natalie Portman), uma garota um pouco excêntrica. Hora de Voltar, ao lado de Closer: Perto Demais, coroou um 2004 brilhante para Natalie Portman. Este mês, depois de Cisne Negro, ela voltará aos cinemas brasileiros na comédia romântica Sexo Sem Compromisso, ao lado de Ashton Kutcher. O filme estreia no dia 18.
- Watchmen: O Filme (2009), de Zack Snyder - *****: depois de se aventurar no mundo das animações em A Lenda dos Guardiões, o diretor Zack Snyder volta para o gênero da ação este mês com Sucker Punch: Mundo Surreal. Sendo assim, minha dica é um dos melhores trabalhos deste que vem mostrando ser um dos diretores mais versáteis da atualidade. Watchmen: O Filme é baseado na cultuada graphic novel criada por Alan Moore e Dave Gibbons. Mostra um grupo de super-heróis aposentados, conhecido como Watchmen, que se vê ameaçado quando um de seus integrantes é assassinado. Entra em cena o herói psicótico Rorschach, que começa a investigar quem está vigiando os Watchmen. O filme conta com uma narrativa quase poética, cenas de ação muito boas e atuações inspiradíssimas de Jackie Earle Haley e Jeffrey Dean Morgan. Sucker Punch: Mundo Surreal chega aos cinemas brasileiros no dia 25.
Essas são as dicas de março. Bons filmes!!!