sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Os Melhores e os Piores Filmes de 2010

Este ano, consegui assistir 306 filmes sendo 68 deles no cinema. Destes 68, selecionei aqueles que mais me impressionaram ou decepcionaram para constar nesta minha lista de melhores e piores filmes de 2010. Fiz um Top 10 porque achei que abordaria os filmes de uma forma melhor (filmes de outros anos que foram lançados no Brasil em 2010 foram considerados).
Eis as listas:
Melhores Filmes de 2010:
1- A Origem (Inception), de Christopher Nolan: acho que já deixei bem claro em outras postagens o porquê deste filme ser, para mim, o melhor do ano. Simplesmente espetacular;
2- Toy Story 3, de Lee Unkrich: emocionate e divertido, Toy Story 3 merece estar entre os indicados ao Oscar de Melhor Filme;
3- A Rede Social (The Social Network), de David Fincher: Fincher acerta mais uma vez e Jesse Eisenberg tem uma das melhores atuações do ano;
4- Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1 (Harry Potter and the Deathly Hallows – Part 1), de David Yates: fiel ao livro e ainda conta com alguns dos melhores momentos da franquia;
5- Tropa de Elite 2, de José Padilha: os recordes que quebrou falam por si só;
6- Atração Perigosa (The Town), de Ben Affleck: o ator mostra segurança na direção e conta com um grande elenco, neste que é o melhor filme de assalto a banco desde Fogo Contra Fogo;
7- O Segredo dos Seus Olhos (El Secreto de Sus Ojos), de Juan José Campanella: a parceria entre o ator Ricardo Darín e o diretor Juan José Campanella já rendeu bons filmes e eles estão melhores do que nunca em uma história que mistura drama e suspense de forma magnífica;
8- Zumbilândia (Zombieland), de Ruben Fleischer: Woody Harrelson e Jesse Eisenberg estrelam um dos filmes mais engraçados dos últimos anos;
9- Kick-Ass: Quebrando Tudo (Kick-Ass), de Matthew Vaugh: um filme que consegue se equilibrar entre o divertido e o violento, sem se prejudicar, merece aplausos;
10- O Concerto (Le Concert), de Radu Mihaileanu: como falei na crítica, é pura beleza tanto para os olhos como para os ouvidos.
Outros destaques:
- Sherlock Holmes, de Guy Ritchie: o elenco está demais em uma história envolvente repleta de grandes momentos;
- Amor Sem Escalas (Up in the Air), de Jason Reitman: Jason Reitman acerta em cheio mais uma vez;
- Invictus, de Clint Eastwood: a história da conquista da África do Sul na Copa do Mundo de Rugby é muito bem contada por Eastwood.
- Ilha do Medo (Shutter Island), de Martin Scorsese: um dos maiores diretores de todos os tempos faz uma adaptação fiel do livro de Dennis Lehane e deixa o suspense tomar conta do início ao fim;
- Antes Que o Mundo Acabe, de Ana Luíza Azevedo: um dos melhores filmes brasileiros do ano. É muito divertido, sensível e tem grandes atuações de todo o elenco;
- Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme (Wall Street: Money Never Sleeps), de Oliver Stone: Michael Douglas está demais no filme que fecha com chave de ouro a história de Gordon Gekko.
Piores Filmes de 2010:
1- Jogos Mortais – O Final (Saw 3D), de Kevin Greutert: pessoas morrendo e virando bonecos de cera, e sangue fluorescente em uma história que já se perdeu há tempos. Espero que tenha sido mesmo o final;
2- Os Vampiros Que Se Mordam (Vampires Suck), de Jason Friedberg e Aaron Seltzer: piadas exageradas e ainda por cima sem graça;
3- O Último Exorcismo (The Last Exorcism), de Daniel Stamm: filme previsível que não assusta e se entrega ao clichê em seus momentos finais;
4- Predadores (Predators), de Nimród Antal: mais um desperdício de um monstro bacana. Acho que ele está com saudades de Schwarzenegger;
5- Premonição 4 (The Final Destination), de David R. Ellis: as mortes foram mais forçadas do que nos outros filmes e ainda tiram sarro de uma das regras da Morte. E ainda teremos um Premonição 5;
6- Fúria de Titãs (Clash of the Titans), de Louis Leterrier: personagens fascinantes são desperdiçados em um filme mal conduzido e que ainda conta com fracas atuações. Não assisti o original de 1981, mas deve ser bem melhor;
7- O Aprendiz de Feiticeiro (The Sorcerer’s Apprentice), de Jon Turteltaub: Jay Baruchel quase salva o filme, mas tem de se expor ao ridículo por causa do roteiro fraco. E Nicolas Cage não tem uma boa atuação;
8- O Lobisomem (The Wolfman), de Joe Johnston: se quiserem assistir um bom filme de lobisomem sugiro o original de 1941, porque essa refilmagem não foi feliz;
9- A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street), de Samuel Bayer: um Freddy Krueger decepcionante;
10- Lula: O Filho do Brasil, de Fábio Barreto: filme que mais me irritou em 2010, mas que ainda assim é melhor que as 9 produções acima.
Outras bombas:
- O Fim da Escuridão (Edge of Darkness), de Martin Campbell: Mel Gibson e Ray Winstone salvaram o filme de entrar no Top 10;
- Salt, de Phillip Noyce: cenas de ação que não empolgam e uma história fraca. Mas a Angelina Jolie está linda como sempre.
Aproveito este momento para desejar um FELIZ ANO NOVO a todos. Espero que 2011 seja repleto de realizações e bons filmes!!!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Um Ano de Brazilian Movie Guy

Uau!!! Já faz um ano da existência do Brazilian Movie Guy. O tempo passou muito rápido. Parece que foi ontem que o criei para ter um lugar onde colocar as críticas que eu recém havia começado a escrever.
Vou ser sincero, pensei em desistir do blog entre os meses de fevereiro e março, tanto que não postei absolutamente nada nesses meses. Ele tinha algumas falhas técnicas que me desanimavam. Mas quando aprendi a mexer nele e corrigi tais falhas, me animei bastante. Pouco tempo depois o Brazilian Movie Guy já estava saindo em uma revista e eu conheci pessoas e blogs muito bacanas.
Este primeiro ano de blog foi muito bom e espero que o próximo seja ainda melhor. Obrigado a todos que seguem o Brazilian Movie Guy.
Um abraço,
Thomás R. Boeira

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O Concerto

Poucas vezes, neste ano, vi um roteiro, uma direção e um elenco combinarem tão bem. No caso deste O Concerto, filme que representa a França no Globo de Ouro 2011, estas três funções não só combinam como também conseguem enganar os espectadores.
A história do filme é muito simples. Andrey Filipov (Aleksey Guskov, em grande atuação) era um maestro da orquestra de Bolshoi que teve seu concerto interrompido porque havia contratado músicos judeus. Agora, 30 anos depois, ele trabalha como faxineiro no Bolshoi. Ao ver um fax que convida a orquestra do teatro para tocar em Paris, Andrey engana o patrão e chama seus velhos amigos para ir à Cidade Luz fazer o concerto.
O roteiro, escrito pelo diretor Radu Mihaileanu ao lado de Matthew Robbins e Allan-Michel Blanc, é espetacular. Em pouco tempo, o protagonista já está muito bem desenvolvido, uma façanha que achei incrível. O humor funciona muito bem, sempre divertindo o público. Mas o grande êxito é o fato de conseguir plantar uma ideia na cabeça dos espectadores para então enganá-lo no final, em uma reviravolta muito bem executada pelo diretor.
O filme é cheio de momentos interessantes. Um deles é quando Andrey começa a “recrutar” seus amigos para tocar na orquestra. Como eles foram obrigados a seguir outros rumos na vida, é bom ver o que cada um deles se tornou. Isso é importante para que nós possamos entender o que eles sentem ao receber uma nova oportunidade. E o filme fica mágico toda vez que tais personagens tocam um instrumento, porque o resultado é pura beleza para os ouvidos.
A trilha sonora do filme é excelente e fundamental na cena em que Andrey está jantando com Anne-Marie Jacquet (a bela Mélanie Laurent, de Bastardos Inglórios), famosa solista que ele convida para tocar no concerto. Ao invés de investir em uma trilha sonora triste para mudar o tom da conversa, Mihaileanu simplesmente interrompe a música. Isso faz com que a cena tenha um impacto muito maior.
A montagem do filme é muito boa, principalmente no final do filme. Ao mesmo tempo em que a orquestra está tocando depois de tantos anos, flashbacks do antigo concerto são inseridos, deixando o filme muito mais emocionante.
O Concerto é sensível e muito divertido. Assim como a apresentação da orquestra no final, o filme é uma beleza tanto para os olhos quanto para os ouvidos.
Cotação:

sábado, 25 de dezembro de 2010

Aniversário da Morte de Charlie Chaplin

25 de dezembro é Natal, dia em que as pessoas presenteiam umas as outras, comem e bebem bastante. Mas para mim, este vai ser sempre um dia cinematograficamente triste. Hoje fazem 33 anos que um dos maiores gênios do cinema faleceu. Estou falando do grande Charles Spencer Chaplin. Eu sei que 33 é um número quebrado, mas eu não podia esperar dois anos para falar sobre um dos meus ídolos.
Mestre da comédia, Chaplin sempre será um dos caras que mais admiro. Seus filmes são simplesmente espetaculares. Começando pelo emocionante O Garoto (seu primeiro filme como diretor), passando pelos críticos Tempos Modernos e O Grande Ditador e chegando em Luzes da Ribalta (pelo qual ganhou seu único Oscar em competição), os filmes de Chaplin estão na história da sétima arte. Infelizmente, ele foi uma das pessoas mais injustiçadas que já vi. Seu exílio na Suíça, onde ficou de 1952 até seu último dia de vida, foi o grande resultado disso.
Em 1972, Chaplin saiu um pouco do exílio para ser finalmente reconhecido pelos colegas e pela indústria cinematográfica com um Oscar Honorário, na 44ª edição dos prêmios da Academia. Foi aplaudido de pé e se emocionou no palco.
Em 1992, a vida do gênio foi transposta para tela por Richard Attenborough. Chaplin trazia Robert Downey Jr. no papel principal em uma grande atuação indicada ao Oscar.
Sendo um dos maiores críticos que o cinema já viu, Chaplin concebeu um legado mágico e por isso nunca será esquecido.
“Não preciso drogar-me para ser um gênio. Não preciso ser um gênio para ser humano. Mas preciso do teu sorriso para ser feliz.”
Charles Chaplin

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Tron: O Legado

Em 2010, o cinema dos anos 80 foi resgatado para dar origem a novos filmes. Exemplos disso são os remakes A Hora do Pesadelo e Karate Kid, o retorno de Gordon Gekko em Wall Street 2 e a reunião de Sylvester Stallone com outros atores brutamontes em um filme de ação típico daquela época. Agora, é hora de revisitar o mundo virtual de Tron: Uma Odisséia Eletrônica, de 1982, neste Tron: O Legado.
A história desta continuação começa 20 anos atrás, quando Kevin Flynn simplesmente desaparece, deixando seu filho Sam como herdeiro da empresa ENCOM. Pulamos para os dias de hoje e vemos Sam estragar os planos da empresa para tentar manter o legado de seu pai. Ele é visitado por Alan Bradley, que diz ter recebido uma mensagem vinda do escritório de Flynn, no antigo fliperama. Ao chegar no local, Sam acaba sendo levado para dentro da Grade, que agora é comandada de forma ditatorial por Clu, o programa que seu pai criou. Na Grade, Sam finalmente reencontra Flynn, e faz de tudo para tirá-lo de lá.
O roteiro, escrito por Edward Kitsis e Adam Horowitz e baseado na história bolada ao lado de Brian Klugman e Lee Sternthal, é esperto ao não colocar alguma espécie de birra na relação de Kevin e Sam (algo que seria muito clichê). O reencontro dos dois não é tão emocionante, mas é por causa da inevitável surpresa que ambos sentem ao se reverem. Os roteiristas ainda tentam investir um pouco no humor, mas falham miseravelmente. Há apenas um momento engraçado no filme todo, quando Flynn faz um comentário sobre o wi-fi, revelando ser um homem que poderia ter realizado muitas coisas se não fosse por seu súbito desaparecimento.
Se formos comparar o primeiro Tron com esta continuação, vemos o quanto a tecnologia de efeitos visuais evoluiu nos últimos 30 anos. Se no filme original os jogos tinham um formato muito mais simples, em O Legado eles são muito mais realistas. Aliás, não são apenas os jogos, mas a Grade em si está muito mais verossímil, não sendo um monte de quadrados como antigamente.
Os efeitos visuais são, na verdade, o maior atrativo de Tron: O Legado. São simplesmente espetaculares, a ponto de eu ter ficado de boca aberta toda vez que uma moto de luz se formava na tela. No entanto, a tecnologia usada para rejuvenescer Jeff Bridges falha toda vez que Clu aparece sob uma luz mais clara. E é uma pena que em certos momentos a história seja deixada um pouco de lado para dar espaço ao show de efeitos visuais que o diretor Joseph Kosinski coloca no filme. Mas o importante é que ela nunca é esquecida.
Não é só com os efeitos visuais que o filme empolga. As cenas de ação também são caprichadas, sendo que grande parte delas se passa nos jogos desafiadores que Sam precisa enfrentar. E a bela trilha sonora composta pelo Daft Punk combina muito bem com as situações em que os personagens se encontram.
Os figurinos e os cenários de Tron: O Legado deixam a tela brilhante, no sentido literal da palavra. As roupas que Kevin Flynn usa ao longo de toda projeção refletem o que exatamente ele se tornou: uma espécie de deus da Grade. O lugar onde ele passou todos os seus dias desde que desapareceu é como se fosse o seu reino, de tão brilhante e calmo.
Aliás, se acabei de dizer que Flynn parece um deus, percebe-se que os personagens de Jeff Bridges nesta sequência podem até ser os mesmos que ele interpretou no filme anterior, mas estão muito diferentes. Antes, Flynn era um cara inteligentíssimo que se gabava por saber disso. Em Tron: O Legado, ele é um personagem trágico que faria qualquer coisa para passar mais um dia com seu filho. Quanto a Clu, ele era apenas o programa que ajudava Flynn a invadir os arquivos da ENCOM. Agora, ele passa a ser um ditador da Grade, destruindo tudo o que considera imperfeito (neste caso seriam os ISOs, programas que não foram criados por usuários) e desejando dominar muito mais do que o mundo virtual. Jeff Bridges está muito bem neste “novo” trabalho duplo.
Garrett Hedlund se mostra bastante contido em sua atuação. Ele exagera apenas quando começa a atirar em várias naves de luz e solta um grito completamente desnecessário. Já sua companheira de cena, a bela Olivia Wilde, se sai muito bem interpretando Quorra, o programa que ajuda Sam ao longo do filme.
Tron: O Legado é um filme fiel ao seu antecessor, mas mais importante que isso é o fato de ser ainda melhor em todos os sentidos, conseguindo entreter o seu público do início ao fim.
Cotação:

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Globo de Ouro 2011 - Indicados

Hoje saíram os indicados ao Globo de Ouro 2011. The King's Speech lidera em número de indicações (7). Dessa vez Christopher Nolan foi finalmente lembrado, junto com outros grandes diretores que gosto muito, David Fincher e Darren Aronofsky. Por outro lado, um filme que eu jurava que seria indicado em várias categorias, Atração Perigosa, foi lembrado apenas para Ator Coadjuvante (que, aliás, foi merecido).
Estes são os indicados (os com estrela são aqueles em que eu estava apostando):
Melhor Filme (Drama):
- Cisne Negro*
- O Vencedor
- A Origem*
- The King's Speech*
- A Rede Social*
Melhor Filme (Musical/Comédia):
- Alice no País das Maravilhas
- Minhas Mães e Meu Pai
- Red: Aposentados e Perigosos
- O Turista
- Burlesque
Melhor Direção:
- Darren Aronofsky, Cisne Negro*
- David Fincher, A Rede Social*
- Tom Hooper, The King's Speech*
- Christopher Nolan, A Origem*
- David O. Russell, O Vencedor
Melhor Ator (Drama):
- Jesse Eisenberg, A Rede Social*
- Colin Firth, The King's Speech*
- James Franco, 127 Horas*
- Ryan Gosling, Blue Valentine
- Mark Wahlberg, O Vencedor
Melhor Atriz (Drama):
- Halle Berry, Frankie e Alice
- Nicole Kidman, Rabbit Hole
- Jennifer Lawrence, Inverno da Alma
- Natalie Portman, Cisne Negro*
- Michelle Williams, Blue Valentine
Melhor Ator (Musical/Comédia):
- Johnny Depp, Alice no País das Maravilhas
- Johnny Depp, O Turista
- Paul Giamatti, Barney’s Version
- Jake Gyllenhaal, Amor e Outras Drogas
- Kevin Spacey, Casino Jack
Melhor Atriz (Musical/Comédia):
- Annette Bening, Minhas Mães e Meu Pai
- Julianne Moore, Minhas Mães e Meu Pai
- Anne Hathaway, Amor e Outras Drogas*
- Angelina Jolie, O Turista
- Emma Stone, Easy A
Melhor Ator Coadjuvante:
- Christian Bale, O Vencedor*
- Michael Douglas, Wall Street 2: O Dinheiro Nunca Dorme (meia estrela, porque apostei nele como Melhor Ator)
- Andrew Garfield, A Rede Social*
- Jeremy Renner, Atração Perigosa*
- Geoffrey Rush, The King's Speech
Melhor Atriz Coadjuvante:
- Melissa Leo, O Vencedor
- Helena Bonham Carter, The King's Speech
- Mila Kunis, Cisne Negro
- Amy Adams, O Vencedor*
- Jacki Weaver, Animal Kingdom
Melhor Roteiro:
- Danny Boyle e Simon Beaufoy, 127 Horas
- Lisa Cholodenko e Stuart Blumberg, Minhas Mães e Meu Pai
- Christopher Nolan, A Origem*
- David Seidler, The King's Speech*
- Aaron Sorkin, A Rede Social*
Melhor Animação:
- Meu Malvado Favorito
- Como Treinar seu Dragão*
- O Ilusionista
- Enrolados*
- Toy Story 3*
Melhor Filme Estrangeiro:
- Biutiful (México)*
- The Concert (França)
- The Edge (Rússia)
- I Am Love (Itália)
- In a Better World (Dinamarca)
Melhor Trilha Original:
Alexandre Desplat, The King's Speech
Danny Elfman, Alice no País das Maravilhas
A.R. Rahman, 127 Horas
Trent Reznor e Atticus Ross, A Rede Social
Hans Zimmer, A Origem*
Melhor Canção Original:
“Bound To You” (Burlesque)
“You Haven’t Seen The Last of Me” (Burlesque)
“Coming Home” (Country Strong)
“I See The Light” (Enrolados)
“There’s a Place For Us” (As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada)
A cerimônia será realizada no dia 16 de janeiro.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Filmes Favoritos - Pânico

(Atenção: contém spoilers)
Neste fim de semana, nenhum filme que estreou chamou muito a minha atenção. Na falta de críticas para postar, resolvi escrever sobre um de meus filmes favoritos. A escolha foi difícil, mas optei por Pânico, o melhor slasher movie que já assisti.
O subgênero dos slasher movies estava considerado morto no início da década de 1990. Mas Pânico o ressuscitou. Junto com o sucesso de crítica e público do filme, veio uma nova onda de filmes de “assassino correndo atrás de adolescentes”. O máximo que algumas dessas produções conseguiram foi alcançar a linha do “mediano”, mostrando que Pânico é realmente um caso à parte.
Dirigido por Wes Craven e escrito por Kevin Williamson, Pânico mostra uma série de assassinatos que ocorrem na pequena cidade de Woodsboro, todos envolvendo adolescentes. Nisso, entra em cena a heroína pura e virginal Sidney Prescott, que começa a ser assombrada pelo assassino.
Pânico surpreende desde seus momentos iniciais. Na época do lançamento do filme, a campanha de divulgação colocava Drew Barrymore como uma das protagonistas. Mas no momento em que ela morre logo no prólogo (uma das cenas mais tensas de todos os tempos), o filme mostra suas cartas, dizendo que tudo pode acontecer, qualquer um pode morrer e todos são suspeitos.
Pânico tem cenas assustadoras e de pura tensão, mas é um filme que se encaixa muito bem como uma comédia. O roteiro de Kevin Williamson é demais pois ele sabe como fugir do lugar comum mas mesmo assim não o faz, exatamente para fazer uma espécie de paródia do subgênero. Sendo assim, é impossível não rir quando Randy (o hilário Jamie Kennedy) dita as regras de como sobreviver a um filme de terror (não beber, não fazer sexo e não dizer “volto já”) e ninguém segue elas. Outra cena engraçada envolvendo Randy é quando ele está sozinho assistindo Halloween e começa a falar para Jamie Lee Curtis “Cuidado, Jamie. Ele está atrás de você!”. Nesse momento, Ghostface aparece atrás de Randy e eu pergunto “Qual o nome do ator que interpreta o personagem?”.
Não é só Jamie Kennedy que serve como alívio cômico para o filme. David Arquette, interpretando o inexperiente policial Dewey Riley, também faz rir por que o personagem vive tentando mostrar ser uma autoridade. Mas. em certos momentos do filme, até ele se assusta. Outro destaque é Courteney Cox (na época embalada pelo sucesso de Friends), que consegue fazer da repórter Gale Weathers uma verdadeira babaca, que se aproveita da desgraça alheia para vender livros.
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No jovem elenco, além de Kennedy, outros destaques são Skeet Ulrich e Matthew Lillard, os caras que descobrimos, ao final do filme, ser os assassinos. Os dois atores mostram muito bem o quão loucos seus personagens são. Mas a grande surpresa é Neve Campbell. Depois que Jamie Lee Curtis correu de Michael Myers em Halloween e que Heather Langenkamp escapou das lâminas de Freddy Krueger em A Hora do Pesadelo, o público não viu nenhuma heroína digna de viver. Mas, em Pânico, finalmente há uma personagem a quem torcer. Campbell corre, dá socos e chutes no assassino, ressuscitando a heroína de caráter forte que os slasher movies tanto precisam para funcionar.
Sendo também uma homenagem aos filmes de terror (fazendo referências a A Morte Convida Para Dançar, Psicose, Sexta-Feira 13, entre outros), Pânico merece ser visto e revisto, porque a cada visita há sempre algo interessante/engraçado que passou despercebido. Isso é algo que acontece apenas com grandes filmes.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Breve comentário sobre Absoluto

Ontem assisti a Absoluto, o documentário que narra a conquista do Internacional na Libertadores 2010. É algo arrepiante para todos os colorados.
Exibido em pleno Beira-Rio, que contou com um público de 27.000 pessoas (algo que entrou para o livro dos recordes como maior sessão de cinema ao ar livre), Absoluto conta com trilha sonora, montagem, e entrevistas muito boas. Jogadores, torcedores, comissão técnica e dirigentes contam histórias sensacionais sobre os jogos. Os lances do Inter são mostrados de todos os jeitos possíveis. É um documentário espetacular, pelo menos para nós colorados.
Agora é torcer muito no Mundial Interclubes para que depois possamos assistir a Gigante 2: Como o Inter Conquistou o Mundo Pela Segunda Vez.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Prêmio Dardos

Meu amigo Clenio Viegas, dos ótimos blogs Lenny's Mind e Um Filme Por Dia, me presenteou com este belíssimo selo Dardos. As regras são essas:
1 - Exibir a imagem do selo no blog;
2 - Linkar o blog pelo qual recebeu a indicação;
3 - Escolher outros blogs para receber o Prêmio Dardos;
4 - Avisar os escolhidos.
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Esses são os blogs que indico:
1 - Guamundo
2 - Dimensão Cinema
3 - Um Blog, Muitos Pensamentos
4 - Filmes Sem Pipoca
Mais uma vez, muito obrigado Clenio. Seus blogs já estão linkados!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A Rede Social

O Facebook é um dos maiores hits da última década. O que começou apenas como uma idéia de conexão entre os alunos de Harvard se expandiu para o mundo inteiro. Hoje, o Facebook tem cerca de 500 milhões de usuários. Mas por trás da criação deste fenômeno viciante há uma história de inveja, traição, e ganância que originou inimizades até hoje não resolvidas. Para contar esta história, entra em cena A Rede Social.
Escrito por Aaron Sorkin (um dos melhores roteiristas da área) baseado no livro de Ben Mezrich, A Rede Social mostra como Mark Zuckerberg, um gênio da computação e perfeito looser, teve uma ideia que o transformou no bilionário mais jovem do mundo. Com a ajuda de seu melhor amigo, o brasileiro Eduardo Saverin, Zuckerberg criou o Facebook. Mas os gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss juntamente com Divya Narendra o processam, acusando ele de ter roubado a ideia deles.
Uma bela sacada do diretor David Fincher é o fato de ele colocar as audiências ao mesmo tempo em que a história se desenrola. Isso é muito bom porque faz com que o filme não insulte a inteligência do espectador, que pode até já saber como elas terminaram.
A Rede Social mostra um pouco da influência do Facebook na vida das pessoas. Alguns indivíduos que fazem uma conta no site e o transformam em suas vidas, de forma literal. Ele é viciante porque se pode descobrir tudo sobre a vida de uma pessoa através de seu perfil.
Fincher coloca em A Rede Social um ritmo muito rápido, quase frenético, que é auxiliado pela atuação de Jesse Eisenberg, que profere suas falas da mesma forma que Rambo atira com uma metralhadora.
O elenco inteiro do filme merece aplausos, mas é Jesse Eisenberg quem rouba a cena. Depois de se destacar no ótimo Zumbilândia, ele chega ao auge em A Rede Social ao interpretar Mark Zuckerberg de forma excêntrica, quase autista. Em certos momentos, ele fala com as pessoas sem manter contato visual com elas, algo que reforça a ideia de que este é um jovem especial, o que não deixa de ser verdade já que ele é um gênio.
A história por trás da criação do Facebook era algo que realmente merecia um filme, e é um prazer conhecê-la através de uma grande produção como A Rede Social.
Cotação:

domingo, 5 de dezembro de 2010

Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos

Quando escrevi sobre Tudo Pode Dar Certo, havia dito que não conhecia muito bem os filmes de Woody Allen. Até aquele momento, havia assistido a apenas um filme dele. De lá para cá, consegui adicionar vários filmes dele à minha lista de assistidos. Acabei me tornando um grande admirador.
Agora ele lança Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos, uma comédia romântica fora dos padrões hollywoodianos. Por que fora do comum? Dois motivos. Primeiro tem vários elementos que não são típicos de comédias românticas. Segundo, é um filme de Woody Allen.
Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos segue vários casais em uma história que envolve desejos, traições e decepções. Alfie (Anthony Hopkins) e Helena (Gemma Jones) são divorciados e sua filha Sally (Naomi Watts) tem um casamento infeliz com Roy (Josh Brolin), um médico que resolveu seguir a carreira de escritor, sem muito sucesso. Ela começa a ter sentimentos por Greg (Antonio Banderas), seu chefe. Já Roy não consegue tirar os olhos de Dia (Freida Pinto), a nova vizinha. Enquanto isso, Alfie se casa com Charmaine (Lucy Punch), uma prostituta com metade de sua idade, em uma tentativa de retornar à juventude.
Tudo isso é traçado com o olhar sempre irônico de Woody Allen. Ele mostra que a vida consegue ser uma grande pregadora de peças. A ironia nos diverte por colocar os personagens em situações nas quais pensamos: “Eu não gostaria de estar na pele deles!”. As reações de tais personagens são muito divertidas de se ver.
Infelizmente, o filme peca um pouco em seu elenco estelar. Naomi Watts, Gemma Jones e Josh Brolin aparecem como os grandes destaques, por captarem muito bem a energia de seus personagens. O restante dos atores não tem a mesma sorte. Anthony Hopkins não está conectado com seu personagem, que poderia ter tido mais destaque. Freida Pinto não tem muitas cenas, servindo apenas para embelezar a tela. Antonio Banderas entra para acrescentar um pouco mais de ironia para história. Para fechar o elenco, Lucy Punch se esforça, mas exagera muito nos trejeitos de Charmaine.
Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos é, no geral, um filme bacana que diverte graças a sua ironia, pelo seu modo de ver a vida. Pode não ser um dos GRANDES filmes de Woody Allen, mas vale a pena conferir.
Cotação:

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dicas de Filmes - Dezembro

Grandes diretores voltando com novos filmes e uma grande história da década de 1980 tendo a sua seqüência 28 anos mais tarde. Tenho grandes dicas este mês.
Então vamos direto ao assunto:
- Zodíaco (2007), de David Fincher - *****: Este é um dos grandes filmes de David Fincher. Zodíaco mostra os bastidores do caso sobre o serial killer que assombrou San Francisco nas décadas de 1960 e 1970. Conhecido como O Zodíaco, o assassino matou cerca de cinqüenta pessoas. O novo filme de Fincher, A Rede Social, chega aos cinemas dia 3. Trata-se da história por trás da criação do Facebook, a maior rede social do mundo. É uma das apostas para o Oscar e conta com um elenco encabeçado por Jesse Eisenberg, Justin Timberlake e Andrew Garfield.
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- Tron: Uma Odisséia Eletrônica (1982), de Steven Lisberger - ****: Acho que todos nós já ouvimos nossos pais dizerem algo do tipo: “Se continuar jogando desse jeito, você vai entrar no jogo”. Tron: Uma Odisséia Eletrônica levou esta frase ao pé da letra. Trata-se de uma aventura que se passa dentro de um jogo de computador. A história mostra Kevin Flynn (vivido por Jeff Bridges), ex-funcionário da empresa ENCOM. Ele tenta provar que um de seus ex-colegas roubou uma de suas ideias, mas no meio do caminho acaba sendo abduzido para dentro de um jogo. Tron: O Legado, seqüência do filme, traz Jeff Bridges de volta como Flynn, além de Garret Hedlund, Olívia Wilde e Michael Sheen.
- Crash: No Limite (2004), de Paul Haggis - *****: Com este belíssimo drama, Paul Haggis tirou o Oscar das de Melhor Filme das mãos de O Segredo de Brokeback Mountain. Crash: No Limite mostra pessoas de diferentes classes sociais que têm suas vidas cruzadas graças a acontecimentos que envolvem preconceito. Não há motivo para contestar o porquê de Crash ter ganho o Oscar, já que é um filme realista e emocionante. Este mês chega aos cinemas brasileiros o novo filme de Haggis. 72 Horas tem Russel Crowe, Elizabeth Banks e Liam Neeson no elenco.