domingo, 28 de novembro de 2010

Megamente

Esse ano as animações resolveram transformar os vilões em protagonistas. Vimos isso em Meu Malvado Favorito e agora em Megamente, animação claramente influenciada pelos famosos quadrinhos de super-heróis.
Megamente (voz de Will Ferrel) é um vilão que resolveu fazer o mal no momento em que percebeu que tinha grande talento para isso. Desde criança sempre teve de aguentar a fama de Metro Man (voz de Brad Pitt), o grande herói de Metro City. Mas quando Megamente finalmente vence uma de suas batalhas contra o mocinho, seu mundo fica sem graça pois não há mais ninguém que lute contra ele. Sendo assim, o vilão resolve criar um super-herói, mas as coisas não saem como esperado.
A influência dos quadrinhos é mostrada na aparência dos personagens. Megamente é praticamente um clone do Líder, vilão do Incrível Hulk, mudando apenas a cor verde para azul. Já Metro Man é um clone do Superman. Na verdade, os quadrinhos do homem de aço foram os que mais influenciaram esta produção, já que até a mocinha (Roxanne Ritchi, voz de Tina Fey) é uma jornalista que se aventura.
Mas o mais interessante em Megamente é que mostra o que aconteceria com o vilão se este não tivesse um herói para combater. Iria dominar o mundo, escravizar as pessoas, mas e depois? Criaria planos mirabolantes que nunca seriam usados? Ou ficaria em seu esconderijo sem fazer nada?
Outro elemento que gostei no filme foi sua trilha sonora. Ao invés de investir nas bandas e cantores que estão fazendo fama atualmente, Megamente investe no bom e velho rock n’ roll. Aqui escutamos AC/DC, Guns N’ Roses, Ozzy Osbourne. Ainda temos a inclusão do grande Michael Jackson.
Me decepcionei um pouco ao constatar que o final de Megamente foi exatamente o que eu havia previsto na metade do filme. Mas tirando isso, Megamente é um desenho que consegue entreter o público sem se esforçar, o que é uma grande vitória.
Cotação:

domingo, 21 de novembro de 2010

Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1

Incrível. Absolutamente incrível. Tudo em Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1 é perfeito. Não há o que reclamar neste filme, que não fez quase nenhum corte e foi fiel a obra original.
Era com muita expectativa que eu esperava ver este filme, porque As Relíquias da Morte é o meu livro favorito. Aqui ocorrem eventos memoráveis da saga de Harry Potter e devo dizer que houve momentos em que chorei enquanto o lia (e não foi diferente enquanto eu assistia ao filme).
Em Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1, Harry e seus inseparáveis amigos Rony e Hermione não voltam para Hogwarts (que tem Severo Snape como atual diretor) e vão em busca das Horcruxes, objetos nos quais Lord Voldemort depositou pedaços de sua alma com o objetivo de ser imortal. Uma tarefa dificílima, já que o falecido Alvo Dumbledore parece não ter dado muitas pistas sobre onde encontrá-las e como destruí-las.
Em primeiro lugar, quero destacar o trabalho do roteirista Steve Kloves (que escreveu todos os roteiros da franquia com exceção de A Ordem da Fênix). Ele conseguiu driblar os vários cortes que foram feitos ao longo da saga de forma simples e muito eficiente. Dois exemplos disso são quando Harry reencontra Dobby (o elfo doméstico que o ajudou em A Câmara Secreta) e quando ele conhece Gui Weasley (um dos irmãos mais velhos de Rony). Harry deveria ter reencontrado Dobby em O Cálice de Fogo. Depois disso, o elfo doméstico apareceria nos livros seguintes. Em As Relíquias da Morte - Parte 1, quando os dois se reencontram, Dobby diz apenas: “Harry Potter, há quanto tempo!”. Quanto a Gui Weasley, ele deveria ter conhecido Harry, se não me engano, em A Ordem da Fênix. Em O Enigma do Príncipe ele é ferido por Lobo Greyback. Nesta sétima parte, ele diz um “Muito prazer, Harry” e menciona que a cicatriz no rosto veio com os cumprimentos do Comensal da Morte.
Outro cara que merece aplausos é David Yates, o diretor que passou de vilão a herói. Depois de não ter feito um trabalho muito bom em A Ordem da Fênix, ele se recuperou em O Enigma do Príncipe e chega à perfeição em As Relíquias da Morte – Parte 1. Ele conduz cada cena com muita calma, algo que vi apenas meu ídolo Christopher Nolan fazer em seus filmes. Até as transições de cena não foram feitas de forma apressada. Yates conta a história da forma que deveria ser contada. Sua calma para conduzir o filme foi essencial na cena em que é explicado o que são as Relíquias da Morte.
Esta primeira parte do último capítulo da saga não tem como principal foco a ação, que fica em segundo plano. Os perigos que aparecem ao longo da história são apenas aqueles que deveriam ser mostrados. Não há nenhum exagero nessas cenas que são feitas exatamente como estão no livro.
Outro destaque no filme é o humor, característica dos filmes de Harry Potter. A cena em que vemos os sete Potters é muito divertida por nos apresentar uma situação inusitada. Mas os grandes momentos engraçados de As Relíquias da Morte – Parte 1 são protagonizados, é claro, por Rony, que é um dos personagens mais divertidos dos livros/filmes. Há também uma pequena brincadeira com Crepúsculo, que é bem engraçada (mas você precisa assistir ao filme legendado e saber que Crepúsculo em inglês é Twilight).
Mas a melhor cena de As Relíquias da Morte – Parte 1 nem está no livro. Em certo momento, Harry puxa Hermione para dançar ao som de O’Children, de Nick Cave. É, definitivamente, a mais bela cena de todos os filmes de Harry Potter. Ao mesmo tempo em que Harry dança com sua grande amiga, ele está dizendo a ela algo do tipo “Não se preocupe, no final tudo vai dar certo”. Aqui vemos, mais uma vez, o quanto Harry se preocupa com seus amigos e faz de tudo para que estes se sintam bem, mesmo que o momento não seja dos mais tranquilos. Só esta cena já vale o ingresso.
O trio principal dá um verdadeiro show de interpretações. Como eu havia dito na postagem anterior, Daniel Radcliff, Emma Watson e Rupert Grint são demais. Aqui eles estão melhores do que nunca. Eles deveriam receber um Oscar especial, como retribuição pelos dez anos de ótimo trabalho. Daniel Radcliff está engraçado em certos momentos (a cena dos sete Potters é divertida graças a ele), mas ele brilha por mostrar um Harry Potter muito mais amadurecido e determinado. Rupert Grint nos faz rir e também consegue mostrar que a situação em que Rony Weasley se encontra é muito difícil, pois ao mesmo tempo em que quer ajudar seu amigo, ele está muito preocupado com sua família. Mas entre os três, Emma Watson (linda como sempre) é quem mais consegue se destacar, mostrando Hermione como uma garota muito forte. O que ela sofre durante o filme não é para qualquer um.
Finalizado em um momento simplesmente perfeito, Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1 conseguiu fazer algo que nenhum outro filme do bruxo fez nos últimos seis anos: se tornar o meu favorito. O gosto de “quero mais” deste filme é muito melhor do que o dos outros. Não há palavras suficientes para descrever. Como meu amigo Eduardo (que foi na pré-estreia) disse: “Este filme tem apenas uma falha. Ele não acabou ainda”. Agora é esperar nove meses para ver o gran finale.
P.S.: Li esta semana que alguns sites especializados em Harry Potter estão pensando em encerrar os seus trabalhos após o lançamento do último filme. Acho que eles não deveriam fazer isso, pois futuramente vai haver uma nova geração que vai se interessar pela saga de Harry. Além do mais, ano que vem vai fechar dez anos da existência da franquia nos cinemas, e muitas edições especiais dos filmes serão lançadas. Estes sites ainda terão muitas coisas sobre Harry Potter para postar/divulgar, pois ele é como todos os personagens da literatura e do cinema: ETERNO.
Cotação:

sábado, 20 de novembro de 2010

Preparando o terreno para Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1

Hoje irei assistir a Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1. Sendo assim, antes de ir para o cinema, vou preparar o terreno para crítica do filme (a minha primeira de Harry Potter) postando o que achei dos seus antecessores.
Vou colocar Harry Potter e a Pedra Filosofal (*****) e Harry Potter e a Câmara Secreta (*****) no mesmo parágrafo. Isso porque foram as adaptações mais completas da franquia até o momento. O melhor de tudo é que foram ótimas adaptações. Ambas foram dirigidas por Chris Columbus, escolhido por já ter certa experiência com atores mirins, algo que era necessário para dar o rumo certo para o inicio da franquia. Na época do lançamento dos dois filmes, eu não dava nenhuma bola para Harry Potter. Tanto que não fui ao cinema assisti-los. Me arrependo profundamente de ter feito isso.
Em Harry Potter e o Prisioneiro de Askaban (*****) houve uma mudança na cadeira do diretor. Saiu Chris Columbus e entrou o ótimo diretor mexicano Alfonso Cuarón. A partir desta terceira parte, começamos a ver Harry amadurecer. Também conhecemos dois dos melhores personagens dos livros: Sirius Black e Remo Lupin. Acho uma pena Lupin ter ganho tão pouco espaço nos filmes seguintes. Tudo bem que a participação dele nos outros livros também é pequena, mas nos filmes isso foi reduzido para quase nada. Enfim, voltando para O Prisioneiro de Askaban, foi o primeiro filme de Harry Potter que assisti no cinema e também foi o primeiro livro da saga que li. De toda franquia, O Prisioneiro de Askaban é o meu favorito. Pelo menos, até agora.
Quando Harry Potter e o Cálice de Fogo (****) foi lançado eu já estava viciado na saga. Houve mais uma mudança na cadeira do diretor. Saiu Alfonso Cuarón e entrou Mike Newell, que soube conduzir muito bem as cenas de ação do Torneio Tribruxo. Mas o grande impacto deste filme é que Lord Voldemort finalmente retorna, interpretado com maestria pelo ótimo Ralph Fiennes.
Com mais uma mudança na cadeira do diretor (desta vez o cineasta foi David Yates, que continuou na função nos capítulos seguintes) chegamos a Harry Potter e a Ordem da Fênix (***), o filme que menos gosto na saga. Algumas coisas importantes nesta parte foram colocadas de maneira completamente displicente. Não gostei do modo como fomos apresentados a Sala Precisa, lugar onde Harry dá aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas para seus colegas. Também não gostei do fato de a Ordem da Fênix não ter sido muito bem explicada. Como eu disse, tudo de forma displicente.
Chegamos a Harry Potter e o Enigma do Príncipe (****), minha primeira pré-estreia. Aqui, foram incluídos momentos marcantes que não estavam nos livros, como a destruição da Toca. Por outro lado, momentos marcantes que tinham nos livros foram deixados de lado. Quando os Comensais da Morte invadem Hogwarts há uma batalha entre eles e os alunos, algo que seria muito bacana de ver na tela grande. E o relacionamento entre Harry e Gina Weasley é mostrado de forma muito forçada. Mas no geral, O Enigma do Príncipe foi um ótimo filme, pois a história em si foi muito bem contada.
Mas o trio principal é, definitivamente, o que há de melhor nos filmes. Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson (uma das minhas atrizes favoritas) foram as escolhas mais certeiras para os papéis principais. Eles estão imortalizados e serão alguns dos bons elementos que a franquia Harry Potter deixará quando chegar ao seu fim.
Bem, o terreno está preparado. Agora, vou ao cinema assistir o inicio do último capítulo!!!

domingo, 14 de novembro de 2010

Red: Aposentados e Perigosos

Red: Aposentados e Perigosos é um filme “nunca pensei”. Nunca pensei que veria Helen Mirren segurando uma metralhadora. Nunca pensei que John Malkovich desafiaria uma bazuca com um revólver. Nunca pensei que um elenco de atores lendários estaria em uma adaptação de graphic novel. O resultado é uma comédia de ação muito divertida.
Baseado na graphic novel criada por Warren Ellis e Cully Hamner, Red mostra Frank Moses (Bruce Willis), agente da CIA aposentado que sofre uma tentativa de assassinato. Para descobrir o que está acontecendo, ele recruta seus antigos colegas: Joe (Morgan Freeman), o excêntrico Marvin (John Malkovich) e Victoria (Helen Mirren). Os vilões da história acabam descobrindo que esta equipe não é o que aparenta ser, classificando-os como RED (Retired Extremely Dangerous ou Aposentados Extremamente Perigosos).
O clima de ação misturado com comédia persiste em boa parte do filme. Em certo momento, para um melhor desenvolvimento da história, Red acaba ficando um pouco parado, quase se arrastando. Mas logo depois vemos Helen Mirren mandando balas para todos os lados e o filme volta a ficar bacana.
O diretor Robert Schwentke (o mesmo do bom Plano de Voo) comanda muito bem as cenas de ação, com destaque para a luta entre Bruce Willis e Karl Urban, que com a ajuda do roteiro fica divertida. Schwentke também tem um grande momento em uma transição de cena na qual um olho se torna uma bala.
Mas é o elenco que dá um toque especial a Red. Todos nós já sabemos que Bruce Willis é um ator duro de matar, e por isso não nos surpreendemos muito ao vermos ele em ação. Já John Malkovich (o mais engraçado do filme) e Helen Mirren mostram que ainda estão com tudo em cima para as cenas mais perigosas. Morgan Freeman não tem muitas cenas de ação, mas se saí muito bem como sempre. Temos ainda Mary-Louise Parker interpretando Sarah, o divertido interesse amoroso de Frank.
Sou um grande fã de quadrinhos, porém não conheço a graphic novel Red. Sendo assim, não tenho como argumentar se o filme é ou não fiel à história original, mas posso afirmar que o longa é muito divertido.
Cotação:

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Um Parto de Viagem

As comédias do diretor Todd Phillips têm grande destaque por colocar seus personagens em situações inusitadas que são realmente engraçadas, ao contrário de outras produções do gênero. Este Um Parto de Viagem não é diferente.
Peter Highman (Robert Downey Jr.) está voltando a Los Angeles para o nascimento de seu filho. Graças ao aspirante a ator Ethan Tremblay (Zach Galifianakis), Peter tem problemas com o sistema aeroviário e entra para a lista dos proibidos de voar. Ele aceita ir de carro com Ethan, mas não pensava que a viagem seria cheia de confusões.
Os dois protagonistas são exatamente o oposto um do outro. Peter é um cara sério e rabugento, ao ponto que Ethan é uma criança crescida que ri por qualquer bobagem e faz perguntas absurdas. Quando tais personalidades se chocam, Um Parto de Viagem tira boas risadas.
Todd Phillips concentra o filme no relacionamento dos protagonistas e nas confusões em que eles se metem. Com isso ele deixa, mais uma vez, a personagem feminina (Sarah, esposa de Peter, interpretada por Michelle Monaghan) em segundo plano, assim como fez em Se Beber, Não Case. As cenas nas quais Sarah aparece servem para nós respirarmos um pouco e nos prepararmos para rir um pouco mais.
A química entre Robert Downey Jr. e Zach Galifianakis é muito boa. Ver os dois juntos em um filme é um pouco estranho, porque Downey é um ator mais versátil. Sendo um comediante de primeira linha (como podemos ver em alguns dos seus últimos filmes), ele dá conta do recado. No entanto, é uma pena que Peter Highman seja um personagem que limite os talentos do ator para comédia.
Já Zach Galifianakis rouba a cena do filme. Interpretando um personagem que em alguns momentos se parece com aquele que vimos em Se Beber, Não Case, Galifianakis nos faz rir até quando caminha. Uma das cenas mais legais do filme é quando ele imita Don Corleone, tentando mostrar seus talentos dramáticos. Esta parte conta com as participações de Juliette Lewis e Todd Phillips.
Um Parto de Viagem é um filme que cumpre o seu objetivo: fazer as pessoas rirem. Essa é, talvez, a melhor comédia de 2010.
Cotação:

Dicas de Filmes - Novembro

Devido ao ENEM, não tive muito tempo para me dedicar a postagem de dicas do mês. Por isso, para não passar em branco, vou dar apenas uma dica que vale muito a pena assistir.
Então, vamos direto ao assunto:
- Match Point: Ponto Final (2005), de Woody Allen - *****: com a estreia do novo filme de Woody Allen, Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos, nada melhor do que assistir a uma das melhores produções deste grande diretor. De todos os filmes de Woody Allen que assisti, Match Point é o melhor. O filme é de uma ironia incrível, com um roteiro muito inteligente escrito, é claro, pelo próprio diretor. Para mim, Match Point é uma obra-prima. Ainda conta com ótimas atuações de seus protagonistas, Jonathan Rhys Meyers e Scarlett Johansson, atriz de quem me tornei grande fã. O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original em 2006. Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos estreia dia 26 e conta com um elenco encabeçado por Naomi Watts, Antonio Banderas, Josh Brolin, Freida Pinto e Anthony Hopkins.
Essa é a dica de novembro. Bom filme!!!