sábado, 22 de dezembro de 2012

Breve Comentário - A Última Casa da Rua

Jennifer Lawrence é uma das grandes revelações dos últimos anos, e desde que estourou no excepcional Inverno da Alma, ela pegou ótimos papéis para interpretar. Dessa forma, ela ainda se destacou em X-Men: Primeira Classe e Jogos Vorazes. Sendo assim, não vejo muitos motivos para a garota fazer um filme como A Última Casa da Rua, já que este é um daqueles fracos filmes de suspense que poderia muito bem ser lançado direto no mercado de home video.
Escrito por David Loucka e com argumento de Jonathan Mostow, A Última Casa da Rua nos apresenta a Elissa (Lawrence), jovem que acaba de se mudar com sua mãe, Sarah (Elizabeth Shue), para uma casa em uma pequena cidade. Na residência vizinha, uma menina assassinou os próprios pais quatro anos antes, o que fez o local perder muito de seu valor. Com uma vizinhança composta por pessoas extremamente idiotas, Elissa acaba se aproximando de Ryan (Max Thieriot), o outro filho do casal assassinado e que continua morando na casa onde aconteceu a tragédia. Mas mal sabe ela que o rapaz guarda um segredo obscuro.
O roteiro de Loucka é problemático demais. O conflito que existe entre mãe e filha, por exemplo, só é lembrado quando o roteirista acha necessário, e ainda assim não acrescenta muita coisa a narrativa, representando uma perda de tempo. O roteirista ainda se mostra preguiçoso logo no início, ao começar a incluir várias coincidências para colocar a protagonista no caminho de Ryan, como o detalhe de começar a chover exatamente quando o rapaz a oferece uma carona. Como se não bastasse, a história é muito pouco envolvente, e as reviravoltas além de bobas, ainda são realizadas de um jeito meio bagunçado.
Pra piorar, o diretor Mark Tonderai busca assustar o público, mas falha em todas as tentativas. Mesmo quando usa a trilha sonora o cineasta não consegue causar algum pulo na cadeira, o que prova que ele não tem muita competência nesse quesito. Além disso, Tonderai não impõe tensão alguma ao filme, o que só não o torna entediante graças aos risos involuntários que algumas cenas causam, como quando Elissa encontra determinada caixa dentro do lixo de Ryan.
Lawrence faz o possível com a personagem que tem em mãos, surgindo carismática no papel, o que acaba sendo importante porque Elissa incomoda um pouco sendo uma garota metida demais. Já Elizabeth Shue (outra atriz talentosa, mas que lamentavelmente não consegue bons papéis há algum tempo) infelizmente não consegue impedir que Sarah se torne uma figura desinteressante, ao passo que Max Thieriot aparece inexpressivo como Ryan, o que até combina um pouco com os traumas do personagem.
No fim, A Última Casa da Rua é só mais um filme de suspense genérico, que procura apenas ganhar dinheiro usando sua estrela em ascensão.
Cotação:

Um comentário:

Marcos Rosa disse...

Assisti e não achei ruim, no nível dos últimos filmes de terror.
Feliz Natal!

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