sábado, 15 de maio de 2010

A Hora do Pesadelo

Ultimamente, os assassinos de slasher movies que ganharam fama nas décadas de 1970 e 1980 têm voltado para as telonas através de refilmagens, ou novas versões para as suas histórias. Foi assim com Leatherface (O Massacre da Serra Elétrica), Michael Myers (Halloween) e Jason Vorhees (Sexta-Feira 13). Era questão de tempo até que o melhor assassino, ou o mais assustador, ganhasse a sua nova versão: Freddy Krueger, de A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street).
Até o momento, não consegui assistir a refilmagem de Halloween, mas as de O Massacre da Serra Elétrica e Sexta-Feira 13 foram produções que detestei. Não por serem inferiores aos seus originais, mas por serem muito ruins mesmo. A nova versão de A Hora do Pesadelo, na verdade, me surpreendeu. Não é um filme ruim, como eu pensava que seria. Mas também não é bom.
Freddy Krueger ficou famoso por ser o primeiro assassino sobrenatural em slasher movies. Ele é um “monstro” que ataca as suas vítimas enquanto elas dormem, o que faz dele uma espécie de bicho-papão, diferente de caras como Jason, que atacam no mundo real. Tudo o que Freddy faz para as pessoas durante os sonhos acontece também na vida real.
O roteiro de A Hora do Pesadelo, escrito por Wesley Strick e Eric Heisserer, trata o “Freddy-pessoa” como um personagem mais humano, como podemos ver no desespero que ele fica ao se trancar em um armazém para ser queimado vivo (no filme original ele fica sentado e ainda ri enquanto vira churrasquinho, tamanho era a sua personalidade psicótica). Mas essa é a única vantagem deste filme em relação ao seu original.
O resto, infelizmente, é desagradável. Os roteiristas tiram um pouco da originalidade que o filme poderia ter ao "roubar" uma parte do filme de 1984 (aquela em que a garota morre enquanto flutua pelo quarto e tem seu namorado preso, acusado de matá-la). Os jogos psicológicos e as torturas que Freddy fazia antes de matar as suas vítimas aqui aparecem só umas três vezes. E durante a maior parte do filme, o vilão persegue as suas vítimas e mata elas rapidamente, o que me fez lembrar dos seus companheiros Myers e Vorhees. E para completar, Jackie Earl Haley, um ator que admiro muito, fez eu sentir saudades de Robert Englund no papel de Freddy Krueger.
Apesar de ter visto tantos pontos negativos, achei a trama de A Hora do Pesadelo um tanto envolvente, e isso é raro de se ver nos filmes de terror atuais. E entre os novatos do elenco, apesar de não ter nenhum Johnny Depp (que teve o original como seu primeiro filme), os destaques ficam por conta de Rooney Mara e Kyle Gallner, que interpretam Nancy e Quentin.
Mesmo não tendo achado esta nova versão de A Hora do Pesadelo uma grande coisa, ainda espero ver Freddy Krueger de volta às telas, por que este é um dos vários personagens imortais da história do cinema de terror.
Cotação:

3 comentários:

Simone disse...

Primeiro filme que não ganha cinco estrelas!

Alan Noronha disse...

Tu já assistiu o novo do Woody Allen? Na verdade, o que tu achas do Woody Allen?

Jack Ford Coppola disse...

http://filmessempipoca.blogspot.com/2010/12/fast-review-hora-do-pesadelo-2010.html