sábado, 29 de maio de 2010

Tudo Pode Dar Certo

Apesar de ter assistido a apenas um filme de Woody Allen antes deste Tudo Pode Dar Certo (Whatever Works), sei que seus roteiros são muito inteligentes. Em Tudo Pode Dar Certo não é diferente. O diretor dá uma ajuda ao próprio roteiro ao criar um personagem com uma visão diferente sobre o mundo.
Boris Yellnikoff diz logo no início do filme: “Eu não sou um cara agradável”. Ele acha que todas as pessoas são imbecis e que ele é o cara mais inteligente do mundo porque vê as coisas da forma mais realista possível. Até a hora em que encontra a “caipira” Melody, que nos mostra que o velho rabugento não é tão chato quanto parece.
Sim, Boris é um cara desagradável. Mas como é que nós nunca conseguimos odiá-lo ou algo parecido? A resposta está na ótima atuação de Larry David e no roteiro de Woody Allen, que criou diálogos e situações excelentes para o personagem. É impossível não rir quando ele xinga as crianças a quem ele tenta ensinar xadrez.
Mas não é só nisso que o roteiro de Allen tem êxito. Apesar de ficar um tempo concentrado demais na parte em que Marietta, a mãe de Melody, faz de tudo para a filha largar Boris e casar com um ator britânico (o que tira um pouco da graça do filme), Tudo Pode Dar Certo tem outras cenas hilárias. Exemplo disso é a cena em que Marietta confunde o prêmio Nobel com o Oscar.
Voltando para Nova York depois de passar um tempo na Europa, com filmes como Match Point – Ponto Final e Vicky Cristina Barcelona, Woody Allen trata a Big Apple como uma cidade que muda as pessoas. E isso acaba sendo muito engraçado, já que os personagens “caipiras” mudam de formas diferentes e divertidas.
Tudo Pode Dar Certo é uma ótima comédia sobre relacionamentos e a vida em si, mostrando que Woody Allen voltou muito bem para a sua querida Nova York.
Cotação:

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