À Procura do Amor nos apresenta a
Eva (Julia Louis-Dreyfus), que trabalha como massagista e há algum tempo está
divorciada, sendo que agora está prestes a se despedir da filha, Ellen (Tracey Fairaway), que está indo para a
universidade. Em uma festa, ela conhece Marianne (Catherine Keener), poetisa
divorciada e que vira sua amiga e cliente. Na mesma festa ela conhece Albert
(James Gandolfini), também divorciado e com quem recomeça sua vida amorosa. Mas
ela acaba descobrindo que Marianne e Albert eram casados um com o outro, o que
pode colocar em risco sua relação com ambos.
É possível descobrir essa relação
entre Albert e Marianne bem antes de Eva ligar os pontos, e o roteiro passa por
conflitos que não poderiam ser mais previsíveis, além de uma subtrama envolvendo
Eva e Chloe (Tavi Gevinson), a melhor amiga de Ellen, que toma um espaço às
vezes maior do que o necessário. Mas a diretora e roteirista Nicole Holofcener compensa
esses problemas ao fazer um retrato interessante sobre relacionamentos, sejam casamentos
duradouros ou fracassados. E algo curioso de se ver é que Eva gosta de Albert e
Marianne mesmo com eles falando mal um do outro o tempo todo, o que mostra que
o casamento deles acabou não por eles serem más pessoas, e sim por o amor que
eles sentiam um pelo outro ter se dissipado.
Holofcener ainda traz certa
graciosidade à história, conseguindo também impedir que ela caia em um
sentimentalismo bobo em determinados momentos. Além disso, as belas atuações de
Julia Louis-Dreyfus e James Gandolfini (em um de seus últimos trabalhos, tendo
ele falecido em junho desse ano e fazendo muita falta desde então) merecem
créditos não só por eles trazerem grande carisma para Eva e Albert, mas também por
terem uma química em cena impecável, o que rende uma série de momentos
divertidos.
Boa parte das comédias românticas
encontram problemas ao investir demais em fórmulas batidas do gênero. No entanto,
vale dizer que muitas vezes surgem filmes como À Procura do Amor, que mesmo seguindo
certas convenções em sua história, ainda assim consegue funcionar.
3 comentários:
É legal ver um filme com a simpática Julia Louis Dreyfus, que será a eterna Elaine de "Seinfeld".
Uma pena, Gandolfini se foi muito cedo.
Abraço
Oi, conheci o seu blog a pouco tempo e eu acho legal o modo como você descreve os filmes. Ah, eu procurei por How I live now e não achei nada :( teria como fazer um texto sobre ele ?
Hugo - O filme é bacana mesmo e a Julia Louis-Dreyfus segura bem as pontas, assim como o Gandolfini.
Anônimo - Fico feliz que tenha curtido os textos. Quanto ao "How I Live Now", acho que ele não foi lançado no Brasil ainda, então não tenho como assisti-lo.
Abraços
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