quarta-feira, 4 de abril de 2012

Homenageando O Poderoso Chefão e Cantando na Chuva

Março de 2012 foi um mês cinematograficamente especial. Isso porque duas das maiores obras-primas do cinema completaram mais uma década de existência. No dia 15, O Poderoso Chefão, um dos grandes expoentes do período da Nova Hollywood, completou 40 anos desde sua primeira exibição. E no dia 27, foi a vez de Cantando na Chuva, que completou 60 anos. Espero que os Corleone e o trio Gene Kelly, Debbie Reynolds e Donald O’Connor me perdoem por esta homenagem sair atrasada.
Para comemorar essas datas importantes, revi a trilogia O Poderoso Chefão e assisti Cantando na Chuva pela primeira vez, corrigindo um dos erros vergonhosos na minha vida de cinéfilo.
Apesar de ter sido o aniversário apenas da primeira parte da saga dos Corleone, resolvi comemorar a existência da trilogia inteira. Diferente de minha primeira visita (quando vi a parte 1 e a parte 2 em curto espaço de tempo e esperei dois anos para ver a parte 3), dessa vez assisti aos três filmes de O Poderoso Chefão quase que um atrás do outro, e é incrível o impacto que essa maravilha tem quando vista dessa forma.
O Poderoso Chefão é uma história trágica, sobre um jovem, Michael Corleone, que no início não quer se envolver nos negócios da família, mas acaba mudando toda sua vida por amor a ela. Apesar de dizer que os crimes que cometeu foram para proteger seus entes queridos, Michael afasta todos eles por ser diferente de seu pai, Vito Corleone, colocando os negócios antes de qualquer outra coisa. E como resultado de sua vida como mafioso, ele chega ao fim de sua história sentado em uma cadeira, com uma laranja na mão e um cachorro andando em sua volta, sem mais ninguém por perto.
É uma saga tão triste e tão bem contada por Francis Ford Coppola que quando cheguei ao final da terceira parte, lágrimas começaram a cair dos meus olhos. Não só a história, mas tudo o que envolve O Poderoso Chefão é algo fascinante. São várias cenas sensacionais, falas memoráveis e atuações brilhantes, só para citar alguns dos elementos que tornam essa trilogia algo absolutamente perfeito.
Saindo de uma obra-prima para outra, chegou a vez de falar um pouco sobre Cantando na Chuva. Um filme que traz números musicais incríveis, uma história divertidíssima, personagens carismáticos e tantas outras coisas que o tornam um verdadeiro clássico. Tudo isso envolvendo uma belíssima homenagem ao cinema, retratando muito bem o período em que os filmes mudos começaram a dar espaço aos filmes falados. Vendo Cantando na Chuva, logo vi de onde saiu um pouco da inspiração para um recente (e brilhante) ganhador do Oscar.
Como não se divertir vendo Donald O’Connor pular e cantar em “Make ’em Laugh” ou vendo os três personagens principais cantando “Good Morning”? Como não se emocionar com Kathy Selden (interpretada por Debbie Reynolds) recebendo seu devido reconhecimento em uma das últimas cenas do filme? E claro que não podemos esquecer de Gene Kelly brincando com poças d’água em “Singin’ in the Rain”, cena que se tornou antológica. Não consigo entender como que o Oscar pôde esnobar aquele que é considerado por muitos o melhor musical já feito.
Existem produções que quando chegam ao fim me fazem dizer “É por isso que gosto de cinema!”. O Poderoso Chefão e Cantando na Chuva são dois desses filmes que me dão orgulho em ser um cinéfilo inveterado e aspirante a crítico. Não há palavras o bastante para descrever como é bom saber que essas obras-primas existem.

Um comentário:

Lauro Jorge Amorim disse...

Não se preocupe com o atraso,o que importa é que você fez a homenagem! Eu também escrevi um pouco,fique a vontade pra dar uma olhada ;)