sábado, 16 de abril de 2011

Pânico 4

Há 15 anos, Pânico foi lançado e trouxe consigo uma nova onda de filmes de terror onde o assassino persegue os adolescentes, como Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado e Lenda Urbana. Mas os filmes da franquia são diferentes das outras produções de terror porque, ao mesmo tempo em que trazem uma história tensa e envolvente, eles brincam com o gênero. Agora, 11 anos depois de Pânico 3, chegamos ao quarto capítulo com mais uma história interessante para ser contada, mantendo a boa regularidade da franquia.
Pânico 4 se passa dez anos depois dos acontecimentos de Pânico 3. Sidney Prescott retorna a Woodsboro para o lançamento de seu livro. Mas ela parece não poder mais colocar os pés na cidade, já que mais uma pessoa resolve vestir a roupa de Ghostface para infernizar a vida dela e de todas as pessoas a sua volta.
O filme começa mal. As típicas mortes que acontecem antes de o título aparecer não têm tanto impacto quanto as que aconteceram nos outros filmes da franquia. Em Pânico, tivemos Drew Barrimore. Em Pânico 2, foi a vez de Jada Pinkett Smith. E em Pânico 3 foi Liev Schreiber o assassinado. Todos eles são bem conhecidos pelo público. Em Pânico 4, as atrizes “sacrificadas” não são muito conhecidas, fazendo com que nós não nos importemos muito com elas.
Kevin Williamson (que retorna a franquia depois de Pânico 2) teve sacadas inteligentes em seu roteiro. Atualmente, os filmes de terror têm sido refilmados, como Sexta-Feira 13 e A Hora do Pesadelo. Williamson acrescentou isso na ordem dos assassinatos, que ocorrem como se fossem uma refilmagem de Stab, o “filme dentro do filme”. Aliás, Stab teve várias sequências, como é mostrado logo no início do filme, aproximando Pânico 4 da nossa realidade. Williamson ainda volta a colocar alguns personagens falando exatamente o que os fãs de filmes de terror sempre dizem: “O filme original é o máximo, mas as sequências foram uma droga!”. Por outro lado, as referências a outros filmes de terror são pobres, ficando limitadas a menções de títulos. A melhor referência é quanto ao nome do policial interpretado por Anthony Anderson (não vou dizer qual é o nome dele para não estragar a brincadeira).
Outra coisa interessante é o fato de os personagens de Pânico 4, assim como nós espectadores, já terem entendido que tudo é possível nessa onda de assassinatos. Então, qualquer acontecimento já os leva a pensar: “Eu sou o próximo!”. E o filme ainda segue a regra básica do “todos são suspeitos”. São vários os personagens que aparecem falando ou fazendo algo que indica que um deles pode ser o assassino.
Wes Craven conduz bem o filme, mantendo-o tenso sempre que necessário. Mas o diretor falha no mesmo erro que cometeu em Pânico 3. Em vários momentos ele usa a trilha sonora para assustar, o que é incômodo pois dá a impressão de que o filme não tem graça e não confia em sua história.
Neve Campbell volta muito bem no papel de Sidney Prescott. Ela aparece muito mais vulnerável, já que dessa vez Ghostface nos deixa em dúvida se ela sairá viva dessa história. David Arquette também volta bem como o atrapalhado Dewey Riley, mas é estranho o fato de o novo xerife de Woodsboro não estar mancando neste quarto filme. Já Courtney Cox deixa a desejar porque aparece com a mesma cara em todas as cenas, parecendo não ter expressões. Dos novos rostos do elenco, Rory Culkin e Erik Knudsen se saem muito bem como os substitutos de Jamie Kennedy, sendo um bom alivio cômico para o filme.
Tecnicamente mais violento que seus antecessores (dessa vez Ghostface não dá chance alguma para suas vítimas fugirem), Pânico 4 pode não ser o melhor da franquia, mas diverte com sua história e as boas sacadas de seu roteirista. Eis uma franquia na qual as sequências não foram uma total perda de tempo. Pelo menos até agora.
Cotação:

3 comentários:

Jack Ford Coppola disse...

OI cara,foi mal pela falta de comentários,sobre o pânico 4,não pude ver o final já que fui expulso da sessão antes dele.

Thomás R. Boeira disse...

Sem problema, cara!
Uma pena tu não ter conseguido assistir ao final. Foi bem legal.

Paula disse...

Eu me senti de volta à 6ª série! Achei que iria levar sustos, mas dei muita risada assistindo, pela primeira vez eu torci pro Ghostface matar as pessoas, só os nosso três queridos protagonistas que eu torci pra não serei esfaqueados (só assistindo pra saber quem sobreviveu e quem morreu).
Mas é divertido, vale a pena assistir, só não pode ir ao cinema esperando o melhor filme da franquia, pq nenhum será melhor que o primeiro.