domingo, 24 de março de 2013

Maratona de Clássicos

Nos últimos dias, venho assistindo a vários filmes considerados clássicos da história do cinema. Todos faziam parte de uma lista de produções que eu já deveria ter assistido há algum tempo. Na falta do que publicar aqui no blog (ando ficando sem ideias, infelizmente), comento agora algumas dessas obras que são imperdíveis para qualquer cinéfilo.
- A Felicidade Não se Compra (It’s a Wonderful Life, 1946), de Frank Capra:
A história de A Felicidade Não se Compra meio que já serviu de base para outros filmes, como As Novas Aventuras de Riquinho e o ótimo Um Homem de Família (estrelado por Nicolas Cage). Com James Stewart em uma grande atuação, o filme coloca o ator interpretando George Bailey, um banqueiro que sempre ajudou as boas pessoas da cidade de Bedford Falls. Mas em um momento difícil, George pensa em se matar, sendo impedido pelo anjo Clarence (Henry Travers), que o mostra como a cidade seria caso ele nunca tivesse existido.
Apesar de demorar para chegar no ponto principal da trama, A Felicidade Não se Compra encanta do início ao fim com a bondade de seu protagonista e a simpatia de sua história, resultando em momentos muito tocantes. É um filme que merece toda a fama de ser o clássico definitivo de Natal.
- Sindicato de Ladrões (On the Waterfront, 1954), de Elia Kazan:
Marlon Brando domina a tela interpretando Terry Malloy em Sindicato de Ladrões, provando o porquê de ser considerado por muitos como o melhor ator de todos os tempos. A presença que ele tinha em cena somada à naturalidade que ele exibia é algo absolutamente fascinante. É muito interessante, por exemplo, ver Brando em determinado momento brincar com a luva de sua parceira de cena, Eva Marie Saint, em um ato claramente improvisado.
Mas não é só Brando que arrebenta no filme. O elenco todo traz grande força para seus personagens, desde Karl Malden como o Padre Barry até Lee J. Cobb como o vigarista Johnny Friendly. E a bela direção de Elia Kazan é outro show à parte. Aliás, muitos consideram Sindicato de Ladrões como sendo um pedido de desculpas ou uma espécie de defesa de Kazan, que testemunhou no Comitê de Atividades Antiamericanas do Congresso e entregou oito colegas de trabalho comunistas.
- Assim Caminha a Humanidade (Giant, 1956), de George Stevens:
Com um grande elenco liderado por Elizabeth Taylor, Rock Hudson e James Dean, Assim Caminha a Humanidade acompanha seus personagens durante décadas, tratando de maneira interessante as mudanças sociais que ocorrem ao longo dos anos, como por exemplo o racismo com relação aos mexicanos. Além disso, apesar de Elizabeth Taylor e Rock Hudson terem atuações muito competentes como Leslie e Bick Benedict, é mesmo James Dean quem rouba o filme sempre que aparece interpretando Jett Ritter. Isso faz com que sua morte precoce (que aconteceu pouco depois do fim das filmagens deste filme) seja ainda mais lamentável.
- Intriga Internacional (North by Northwest, 1959), de Alfred Hitchcock:
Contando com algumas das cenas mais famosas da filmografia de Alfred Hitchcock, como quando Cary Grant é perseguido por um avião em um milharal ou a grande sequência que se passa no Monte Rushmore, Intriga internacional é mais uma obra-prima do Mestre do Suspense.
Tendo uma história intrigante onde o personagem de Grant é confundido com o homem que está tentando acabar com os planos dos vilões (interpretados por James Mason e Martin Landau), Intriga Internacional é envolvente do início ao fim e com níveis de tensão muito bem impostos por Hitchcock quando necessários. É, em suma, um thriller exemplar e empolgante.
- Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia, 1962), de David Lean:
Grande vencedor do Oscar de 1963, Lawrence da Arábia são quase quatro horas de puro espetáculo. O que David Lean faz ao longo do filme é realmente impressionante, conduzindo com maestria a história do tenente T.E. Lawrence e criando momentos muito impactantes, desde a cena em que o protagonista é obrigado a matar um homem que havia salvado anteriormente até as belíssimas cenas de batalha.
Com um Peter O’Toole magistral no centro da narrativa (incrível como ele nunca ganhou um Oscar, tendo sido indicado oito vezes) e um maravilhoso elenco de apoio que inclui Omar Sharif e Alec Guinness, Lawrence da Arábia é, sem dúvida, um épico inesquecível.

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