domingo, 17 de janeiro de 2021

Os Melhores e os Piores Filmes de 2020

Como muitos já devem ter cansado de dizer, 2020 foi um ano profundamente atípico. Falando só na parte de cinema, a pandemia de coronavírus fechou salas de exibição por um longo período, fez muitos lançamentos serem adiados e motivou estúdios a tomarem decisões drásticas. De minha parte particular, a pandemia chegou a tirar a vontade de ver filmes, algo que eu nunca havia experenciado desde que comecei acompanhar e a estudar a sétima arte. Ir ao cinema definitivamente foi algo que fez (e ainda faz) uma falta absurda nesse sentido, já que em casa encontrei sérias dificuldades de focar e fazer as coisas que eu mais gostava (ou melhor, gosto) de fazer. Ao menos as minhas idas ao cinema em 2020 foram bem encerradas, já que o último filme que vi em uma tela grande foi o ótimo O Homem Invisível. Mas retornaremos a programação normal depois da vacina.

Diante desse caos (que não acabou ainda e não tem previsão de acabar, ao contrário do que dizem negacionistas como o presidente), por um bom tempo fiquei pensando se seria legal fazer as listas de fim de ano que sempre faço aqui no Linguagem Cinéfila. Como ser justo tendo em vista os impactos que a pandemia teve no cinema e o fato de eu não ter conseguido assistir a tantos lançamentos quanto eu gostaria? Mas se você está aqui lendo essas palavras, é porque eu achei melhor publicar alguma coisa.

Por conta de todos esses fatores, decidi que as listas desse ano seriam diferentes. Ao contrário das ocasiões anteriores, não irei fazer um ranking com dez melhores filmes e dez piores filmes entre as produções lançadas. Ao invés disso, decidi eleger três filmes como os melhores de 2020 e três como os piores de 2020, algo um pouco mais simples e enxuto.

Sem mais delongas...

Os piores filmes lançados comercialmente no Brasil em 2020:

O Grito (The Grudge), de Nicolas Pesce


A Hora da Sua Morte (Countdown), de Justic Dec


Judy: Muito Além do Arco-Íris (Judy), de Rupert Goold


Menções desonrosas:

2020 Nunca Mais (Death to 2020), de Al Campbell e Alice Mathias

Artemis Fowl, de Kenneth Branagh

Bloodshot, de Dave Wilson

Dolittle, de Stephen Gaghan

Os Orfãos (The Turning), de Floria Sigismondi

Você Deveria Ter Partido (You Should Have Left), de David Koepp


Os melhores filmes lançados comercialmente no Brasil em 2020:

AmarElo: É Tudo Pra Ontem, de Fred Ouro Preto



Estou Pensando em Acabar Com Tudo (I’m Thinking of Ending Things), de Charlie Kaufman



Retrato de Uma Jovem em Chamas (Portrait de la Jeune Fille en Feu), de Céline Sciamma


Menções honrosas:

Adoráveis Mulheres (Little Women), de Greta Gerwig

Alice Júnior, de Gil Baroni

Borat: Fita de Cinema Seguinte (Borat Subsequent Moviefilm: Delivery of Prodigious Bribe to American Regime for Make Benefit Once Glorious Nation of Kazakhstan), de Jason Woliner

Destacamento Blood (Da 5 Bloods), de Spike Lee

O Farol (The Lighthouse), de Robert Eggers

O Homem Invisível (The Invisible Man), de Leigh Whannell

Joias Brutas (Uncut Gems), de Benny Safdie e Josh Safdie

Um Lindo Dia na Vizinhança (A Beautiful Day in the Neighbourhood), de Marielle Heller

Má Educação (Bad Education), de Cory Finley

Para Sama (For Sama), de Waad Al-Kateab e Edward Watts

O Som do Silêncio (Sound of Metal), de Darius Marder

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É isso. Esperemos que 2021 seja um ano um pouco melhor em todos os quesitos. Tudo bem que até agora ele não deu muitos indícios de que será diferente, mas torçamos para que isso mude. Depois do desgaste de 2020, precisamos urgentemente de um sopro de ar fresco.