Como muitos já devem ter cansado de dizer, 2020 foi um ano profundamente atípico. Falando só na parte de cinema, a pandemia de coronavírus fechou salas de exibição por um longo período, fez muitos lançamentos serem adiados e motivou estúdios a tomarem decisões drásticas. De minha parte particular, a pandemia chegou a tirar a vontade de ver filmes, algo que eu nunca havia experenciado desde que comecei acompanhar e a estudar a sétima arte. Ir ao cinema definitivamente foi algo que fez (e ainda faz) uma falta absurda nesse sentido, já que em casa encontrei sérias dificuldades de focar e fazer as coisas que eu mais gostava (ou melhor, gosto) de fazer. Ao menos as minhas idas ao cinema em 2020 foram bem encerradas, já que o último filme que vi em uma tela grande foi o ótimo O Homem Invisível. Mas retornaremos a programação normal depois da vacina.
Diante desse caos (que não acabou
ainda e não tem previsão de acabar, ao contrário do que dizem negacionistas
como o presidente), por um bom tempo fiquei pensando se seria legal fazer as
listas de fim de ano que sempre faço aqui no Linguagem Cinéfila. Como
ser justo tendo em vista os impactos que a pandemia teve no cinema e o fato de
eu não ter conseguido assistir a tantos lançamentos quanto eu gostaria? Mas se
você está aqui lendo essas palavras, é porque eu achei melhor publicar alguma
coisa.
Por conta de todos esses fatores,
decidi que as listas desse ano seriam diferentes. Ao contrário das ocasiões
anteriores, não irei fazer um ranking com dez melhores filmes e dez piores
filmes entre as produções lançadas. Ao invés disso, decidi eleger três filmes
como os melhores de 2020 e três como os piores de 2020, algo um pouco mais
simples e enxuto.
Sem mais delongas...
Os piores filmes lançados comercialmente no Brasil em
2020:
O Grito (The Grudge), de Nicolas Pesce
A Hora da Sua Morte (Countdown), de Justic Dec
Judy: Muito Além do Arco-Íris (Judy), de Rupert Goold
Menções desonrosas:
2020 Nunca Mais (Death
to 2020), de Al Campbell e Alice Mathias
Artemis Fowl, de Kenneth Branagh
Bloodshot, de Dave Wilson
Dolittle, de Stephen Gaghan
Os Orfãos (The Turning), de Floria Sigismondi
Você Deveria Ter Partido (You Should Have Left), de David
Koepp
Os melhores filmes lançados comercialmente no Brasil em 2020:
AmarElo: É Tudo Pra Ontem, de Fred Ouro Preto
Menções honrosas:
Adoráveis Mulheres
(Little Women), de Greta Gerwig
Alice Júnior, de Gil Baroni
Borat: Fita de Cinema Seguinte (Borat Subsequent Moviefilm:
Delivery of Prodigious Bribe to American Regime for Make Benefit Once Glorious
Nation of Kazakhstan), de Jason Woliner
Destacamento Blood (Da
5 Bloods), de Spike Lee
O Farol (The Lighthouse), de Robert Eggers
O Homem Invisível (The Invisible Man), de Leigh Whannell
Joias Brutas (Uncut Gems), de Benny Safdie e Josh Safdie
Um Lindo Dia na Vizinhança (A Beautiful Day in the
Neighbourhood), de Marielle Heller
Má Educação (Bad Education), de Cory Finley
Para Sama (For Sama), de
Waad Al-Kateab e Edward Watts
O Som do Silêncio
(Sound of Metal), de Darius Marder
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É isso. Esperemos que 2021 seja
um ano um pouco melhor em todos os quesitos. Tudo bem que até agora ele não deu
muitos indícios de que será diferente, mas torçamos para que isso mude. Depois
do desgaste de 2020, precisamos urgentemente de um sopro de ar fresco.
Um comentário:
bah, eu vi o trailer de artemis fowl e pensei esse filme deve ser horroroso. aparentemente, é mesmo. vários filmes na lista de melhores filmes que eu acabei não vendo, acho que chegou a hora. haha
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