domingo, 21 de novembro de 2010
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
Incrível. Absolutamente incrível. Tudo em Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1 é perfeito. Não há o que reclamar neste filme, que não fez quase nenhum corte e foi fiel a obra original.
Era com muita expectativa que eu esperava ver este filme, porque As Relíquias da Morte é o meu livro favorito. Aqui ocorrem eventos memoráveis da saga de Harry Potter e devo dizer que houve momentos em que chorei enquanto o lia (e não foi diferente enquanto eu assistia ao filme).
Em Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1, Harry e seus inseparáveis amigos Rony e Hermione não voltam para Hogwarts (que tem Severo Snape como atual diretor) e vão em busca das Horcruxes, objetos nos quais Lord Voldemort depositou pedaços de sua alma com o objetivo de ser imortal. Uma tarefa dificílima, já que o falecido Alvo Dumbledore parece não ter dado muitas pistas sobre onde encontrá-las e como destruí-las.
Em primeiro lugar, quero destacar o trabalho do roteirista Steve Kloves (que escreveu todos os roteiros da franquia com exceção de A Ordem da Fênix). Ele conseguiu driblar os vários cortes que foram feitos ao longo da saga de forma simples e muito eficiente. Dois exemplos disso são quando Harry reencontra Dobby (o elfo doméstico que o ajudou em A Câmara Secreta) e quando ele conhece Gui Weasley (um dos irmãos mais velhos de Rony). Harry deveria ter reencontrado Dobby em O Cálice de Fogo. Depois disso, o elfo doméstico apareceria nos livros seguintes. Em As Relíquias da Morte - Parte 1, quando os dois se reencontram, Dobby diz apenas: “Harry Potter, há quanto tempo!”. Quanto a Gui Weasley, ele deveria ter conhecido Harry, se não me engano, em A Ordem da Fênix. Em O Enigma do Príncipe ele é ferido por Lobo Greyback. Nesta sétima parte, ele diz um “Muito prazer, Harry” e menciona que a cicatriz no rosto veio com os cumprimentos do Comensal da Morte.
Outro cara que merece aplausos é David Yates, o diretor que passou de vilão a herói. Depois de não ter feito um trabalho muito bom em A Ordem da Fênix, ele se recuperou em O Enigma do Príncipe e chega à perfeição em As Relíquias da Morte – Parte 1. Ele conduz cada cena com muita calma, algo que vi apenas meu ídolo Christopher Nolan fazer em seus filmes. Até as transições de cena não foram feitas de forma apressada. Yates conta a história da forma que deveria ser contada. Sua calma para conduzir o filme foi essencial na cena em que é explicado o que são as Relíquias da Morte.
Esta primeira parte do último capítulo da saga não tem como principal foco a ação, que fica em segundo plano. Os perigos que aparecem ao longo da história são apenas aqueles que deveriam ser mostrados. Não há nenhum exagero nessas cenas que são feitas exatamente como estão no livro.
Outro destaque no filme é o humor, característica dos filmes de Harry Potter. A cena em que vemos os sete Potters é muito divertida por nos apresentar uma situação inusitada. Mas os grandes momentos engraçados de As Relíquias da Morte – Parte 1 são protagonizados, é claro, por Rony, que é um dos personagens mais divertidos dos livros/filmes. Há também uma pequena brincadeira com Crepúsculo, que é bem engraçada (mas você precisa assistir ao filme legendado e saber que Crepúsculo em inglês é Twilight).
Mas a melhor cena de As Relíquias da Morte – Parte 1 nem está no livro. Em certo momento, Harry puxa Hermione para dançar ao som de O’Children, de Nick Cave. É, definitivamente, a mais bela cena de todos os filmes de Harry Potter. Ao mesmo tempo em que Harry dança com sua grande amiga, ele está dizendo a ela algo do tipo “Não se preocupe, no final tudo vai dar certo”. Aqui vemos, mais uma vez, o quanto Harry se preocupa com seus amigos e faz de tudo para que estes se sintam bem, mesmo que o momento não seja dos mais tranquilos. Só esta cena já vale o ingresso.
O trio principal dá um verdadeiro show de interpretações. Como eu havia dito na postagem anterior, Daniel Radcliff, Emma Watson e Rupert Grint são demais. Aqui eles estão melhores do que nunca. Eles deveriam receber um Oscar especial, como retribuição pelos dez anos de ótimo trabalho. Daniel Radcliff está engraçado em certos momentos (a cena dos sete Potters é divertida graças a ele), mas ele brilha por mostrar um Harry Potter muito mais amadurecido e determinado. Rupert Grint nos faz rir e também consegue mostrar que a situação em que Rony Weasley se encontra é muito difícil, pois ao mesmo tempo em que quer ajudar seu amigo, ele está muito preocupado com sua família. Mas entre os três, Emma Watson (linda como sempre) é quem mais consegue se destacar, mostrando Hermione como uma garota muito forte. O que ela sofre durante o filme não é para qualquer um.
Finalizado em um momento simplesmente perfeito, Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1 conseguiu fazer algo que nenhum outro filme do bruxo fez nos últimos seis anos: se tornar o meu favorito. O gosto de “quero mais” deste filme é muito melhor do que o dos outros. Não há palavras suficientes para descrever. Como meu amigo Eduardo (que foi na pré-estreia) disse: “Este filme tem apenas uma falha. Ele não acabou ainda”. Agora é esperar nove meses para ver o gran finale.
P.S.: Li esta semana que alguns sites especializados em Harry Potter estão pensando em encerrar os seus trabalhos após o lançamento do último filme. Acho que eles não deveriam fazer isso, pois futuramente vai haver uma nova geração que vai se interessar pela saga de Harry. Além do mais, ano que vem vai fechar dez anos da existência da franquia nos cinemas, e muitas edições especiais dos filmes serão lançadas. Estes sites ainda terão muitas coisas sobre Harry Potter para postar/divulgar, pois ele é como todos os personagens da literatura e do cinema: ETERNO.
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8 comentários:
Olá Tomás mas vou ter que discordar de novo de ti,acredito que o maior erro da Franquia Harry Potter no Cinema foi terem tirado o Afonso Cuáron da direção que foi um diretor muito melhor que David Yates.Sobre o Voldemort,não gosta da forma caricata que ele foi composto,melhor dizendo a sua aparência deformada e sua voz rouca servem apenas para que o espectador comum posso identificá-lo como vilão(não estou dizendo que Ralph Fiennes seja um mal ator ).
Não acho que harry potter seja eterno pela sua qualidade e sim pela sua popularidade.Os livros são obras literárias medíocres porém viciantes (com exceção do 7 que é um porre).Respeito a saga por ter incentivado as crianças a ler.
PS1-COMENTAREI SOBRE O sétimo filme semana que vem
ps2-comentarei com mais freqüência mas gostaria que você respondesse mais os comentários pois acredito que críticas de cinema servem para provovar a discussão sobre cinema.
Desculpas mais os três de atores de harry potter não merecem um oscar por isso principalmente pois excelentes cineastas como Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock nunca receberam um oscar.
É uma pena que você discorde de mim mais uma vez. Mas como eu havia lhe dito antes, cada um tem sua opinião.
Pelo menos concordamos que Cuarón fez um ótimo trabalho.
Mas esse sétimo filme eu realmente achei sensacional. Espero que você também goste.
O Oscar especial que mencionei para o trio foi só um modo de me expressar. Mas, na minha opinião, Emma Watson até agora teve a melhor atuação em 2010.
E te corrigindo, Hitchcock recebeu, na verdade, um Oscar especial em 1968.
Pode deixar que vou começar a responder mais os comentários!
medíocre é quem não se permite viver um pouco de fantasia, triste de quem não sabe sonhar.
médiocre = mediano,fala da forma que elas foram escritas são historias divertidas e fáceis de ler.Gosto de obras de fantasia tanto que um dos meus livros favoritos é o Senhor dos Anéis.Agradeço ao Harry Potter por ter popularizado o gênero novamente.
Amei esse filme!!!!!!!
PERFEITO!!!!!!!!!!!!!!
Eu tinha certeza que As Relíquias da Morte ia ser maravilhoso!!!!!
Estou ansiosa pela segunda parte!
Quanto ao comentário do Coppola, no livro 4, Cálice de Fogo, tem a descrição do Voldemort, e ele é exatamente como no filme, não tem nada a ver esse comentário de que ele teria sido composto deste jeito para o "espectador comum" identifica-lo como o vilão. A autora dos livros escreveu assim e era isso.
Como a maioria dos livros que foram traduzidos para o português, Harry Potter parece realmente simples, tem muitas coisas que ficam melhores na versão original, em Inglês, e que foram perdidas na tradução que tende a ser mais simples ainda. Os primeiros três livros são mais "direto ao ponto", curtinhos e até mesmo simples se formos pensar como adultos lendo a saga, mas é necessário levar em consideração o público alvo, e até mesmo o próprio Harry Potter que era um menino de 11 anos no primeiro livro, o vocabulário não podia ser floreado demais e nem a história poderia ser complexa demais, senão o público alvo não entenderia, e também seria ridiculo um menino de 11 anos passando por situações ou filosofando coisas que não condizem com a sua idade.
É uma saga para ler e se deixar envolver, sem preconceito. Não importa se é simples ou complexa, o importante é perceber a essência da obra e ficar encantado. Como o Coppola disse, é viciante!
Não dá pra agradar todo mundo, tem gente que não gostou de ler O Senhor dos Anéis porque achou muito detalhado, muito longo e cheio de enrolação, mas tenho certeza de que se não fosse uma obra tão detalhada o público alvo não teria ficado maravilhado com o universo criado por Tolkien e nem teríamos os filmes que na minha opinião ainda são as melhores adaptações de livros para as telonas.
Ainda não li As Relíquias da Morte, vou ler depois de assistir a segunda parte, quero ser surpreendida.
Não gostei da primeira parte mas tenho certeza que gostarei da segunda
fiz uma pequena critica sobre aqui;
http://filmessempipoca.blogspot.com/2010/11/fast-review-harry-potter-7-part-1.html
Ps: lendo meus comentários vi que ataquei a Saga Harry Potter sem necessidade .
O filme é muito bom, assim como os livros. Cumpre bem sua função de conquistar mais público leitor jovem, os personagens são bem construidos e a trama é convincente. Gosto da associação entre os death eaters e o nazismo. Claro que espera-se sempre que os leitores crescam e tenham curiosidade para buscar coisas mais densas e elaboradas depois, mas é um belo começo.
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