sábado, 9 de outubro de 2010

Comer, Rezar, Amar

Desde que foi lançado, em 2006, o livro Comer, Rezar, Amar já teve 4 milhões de cópias vendidas no mundo todo. Era questão de tempo até que Hollywood colocasse os olhos na obra de Elizabeth Gilbert. O resultado é um filme que não é de todo ruim e consegue divertir o público.
Comer, Rezar, Amar segue Elizabeth Gilbert (interpretada por Julia Roberts) que, depois de se divorciar, embarca em uma viagem para recomeçar sua vida. Liz começa pela Itália, depois Índia e finaliza em Bali. No caminho, ela conhece pessoas novas e descobre diferentes culturas que a ajudam em sua jornada.
Como toda produção sobre viagens (podemos incluir na lista o recente Karate Kid), as culturas dos outros países são muito bem mostradas. A cena em que são explicados os significados de alguns gestos dos italianos é bem engraçada. Aliás, a parte em que Liz está na Itália (país que espero poder visitar um dia) é a melhor do filme.
Mas Comer, Rezar, Amar acaba se transformando, em parte, na procura de Liz pela palavra que a define, e o fato de nós sabermos que mais cedo ou mais tarde ela vai descobrir é um sinal de que o roteiro é um pouco repetitivo. Até por isso, acho que o filme não precisava ser tão longo.
Julia Roberts trás, como sempre, seu carisma para a personagem. Isso é importante para que gostemos de Liz do início ao fim do filme. Se fosse qualquer outra atriz, aposto que as duas horas e meia de Comer, Rezar, Amar se tornariam insuportáveis.
Richard Jenkins, que vive o amigo que Liz conhece na Índia, também está ótimo. Richard, seu personagem, protagoniza a cena mais emocionante do filme. As participações de Billy Crudup, como Stephen, e James Franco, que vive David, também são muito boas e interessantes, já que são seus personagens que dão o novo rumo na vida e Liz.
Por outro lado, não vi necessidade nenhuma de chamar o espanhol Javier Bardem para interpretar o brasileiro Felipe. Isso não quer dizer que Bardem está mal no filme. Muito pelo contrário, ele está ótimo. Mas o papel de Felipe deveria ter sido interpretado por um brasileiro. Toda vez que Bardem arrisca falar português, o sotaque espanhol acaba aparecendo e estragando não a sua atuação, mas seu personagem.
Comer, Rezar, Amar é uma bela viagem através de culturas interessantes. Graças às atuações, essa viagem se torna ainda mais cativante. Para um filme direcionado mais para o público feminino, devo reconhecer que não é tão ruim como andam dizendo.
Cotação:

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