sábado, 17 de julho de 2010

À Prova de Morte

Finalmente, À Prova de Morte (Death Proof) chega aos cinemas depois de ter sua estreia adiada várias vezes nos últimos 3 anos. É o filme que Quentin Tarantino dirigiu quando ele e Robert Rodriguez (diretor dos filmes da franquia Pequenos Espiões) lançaram o projeto Grindhouse, com o propósito de homenagear as sessões duplas de filmes B dos anos 70. Grindhouse tinha como banner aquela famosa frase de promoções: “Dois filmes pelo preço de um”. Enquanto Tarantino dirigiu À Prova de Morte, Rodriguez fez Planeta Terror (que já está disponível em DVD).
A história de À Prova de Morte é bem simples. Stuntman Mike é um assassino que usa uma arma nada convencional para matar as pessoas: seu carro, que a propósito é à prova de morte. Suas vítimas são garotas que ele encontra por acaso. Para mata-las vale tudo, até destruir o próprio carro.
Vendo assim, podemos pensar que o filme é ridículo, afinal que tipo de pessoa usa um carro para matar as pessoas. Mas estamos falando de um filme de Tarantino, ou seja, tem que ser uma “viagem”.
Desde o início podemos ver que À Prova de Morte é um filme de Quentin Tarantino. Ele mostra a sua tara por pés logo na primeira cena do filme. Os diálogos também são típicos dele, sendo que alguns têm um pouco de humor, algo que também é bem “tarantinesco”. Exemplo disso é quando vemos Stuntman Mike dizer para uma de suas vítimas que o carro é à prova de morte, mas apenas no lado do motorista.
Outro ponto positivo do filme é a atuação de Kurt Russel, que constrói um Stuntman Mike louco, mas um tanto carismático. Isso é fruto da experiência do ator com personagens “do mal”. Afinal, ele é o intérprete de Snake Plissken, dos filmes Fuga de Nova York e Fuga de Los Angeles. Mas é uma pena que o personagem não tenha um destino melhor.
À Prova de Morte é um filme que, se formos ver como uma produção normal, vamos achar uma porcaria. Mas se vermos o filme como uma homenagem aos filmes B, acabamos tendo uma boa sessão de cinema.
Cotação:

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