sábado, 5 de junho de 2010

Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo

Muitos games já tiveram adaptações para o cinema e, geralmente, são tão ruins que simplesmente não sei por que Hollywood continua investindo nisso. Houve fracassos totais, como Super Mario Bros., Double Dragon, e Alone in the Dark: O Despertar do Mal, e produções regulares como Street Fighter: A Última Batalha, Final Fantasy, e Lara Croft: Tomb Raider. As exceções ficam por conta de Resident Evil: O Hóspede Maldito, Hitman: Assassino 47 e Mortal Kombat.
Esse tipo de filme deixa muito a desejar porque as histórias criadas em volta dos personagens dos games não são muito boas, desagradando principalmente aos fãs. Mas eis que chega Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo (Prince of Persia: The Sands of Time), que, apesar de não ser um filme perfeito, é o melhor filme baseado em um game.
O filme conta a história do príncipe Dastan, filho adotivo do rei Sharaman. Ele ajuda seus irmãos Tus e Garsiv a invandir outros impérios, entre eles o império sagrado da princesa Tamina, onde Dastan encontra uma adaga. Porém, ele é acusado de matar o rei, e acaba fugindo com a ajuda da princesa. Ela mostra que a adaga tem o poder de voltar o tempo. A partir disso, Dastan tenta provar sua inocência, mas descobre que pessoas importantes estão por trás da morte de seu pai, inclusive seu tio, Nizam.
Produzido por Jerry Bruckheimer (produtor de grandes filmes como os da franquia Piratas do Caribe), Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo é um bom filme porque usa alguns (e não um, como visto em outros filmes) elementos dos jogos, como as estratégias de Dastan, alguns desafios (que seriam os “chefões” nos jogos) e as acrobacias do personagem. Aliás, essas acrobacias acabam ajudando na criação de cenas de ação e perseguição, que acabam sendo ótimos atrativos do filme. E os efeitos especiais são excelentes, um brilho nos olhos de quem está assistindo ao filme.
As atuações também são boas. Gemma Arterton, que apareceu recentemente em Fúria de Titãs, nos apresenta uma princesa Tamina que não é nenhuma donzela em perigo. Alfred Molina, que vive o xeique Amar, acaba por protagonizar a maioria das cenas cômicas, que por sinal são muito divertidas. Ben Kingsley faz bem o papel do vilão da trama, Nizam, mas o ator já teve atuações melhores. Quem impressiona mesmo é o protagonista Jake Gyllenhaal, que consegue trazer a essência do personagem dos games. O curioso é que ele é um dos atores que ninguém achou que seria um bom príncipe Dastan.
Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo é um bom entretenimento, e tem potencial para iniciar uma nova franquia. Tudo depende do sucesso de bilheteria que o filme fizer, tarefa um pouco difícil já que estreou concorrendo com Shrek Para Sempre e Sex & the City 2.
Cotação:

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